Após três anos, a Catalunha volta a votos, com a promessa de Independência, em Novembro de 2012 tinha como pano de fundo uma profunda crise financeira e económica na Europa, que com o efeito dominó, veio a fazer cair país após país, fez também cair a Espanha numa situação de crise económica e financeira, que agora se encontra estabilizada, tendo essa crise sido posterior à de Portugal, Grécia e Irlanda, outros balançaram sem na altura se saber se caiam ou não, com foi o caso de França e da Itália, e até falou-se que a poderosa Alemanha estaria em recessão, hoje esse cenário está afastado. Mas a vontade de Independência da Catalunha não.
O que chama atenção da opinião pública internacional, é o acirrar de velhos
sonhos de separatismo, que poderão criar uma secessão, iniciada no reino de
Juan Carlos I, e que se estende agora ao de Filipe VI, é isso que está em causa e é para a Catalunha que o Mundo se volta no dia 27 de setembro, dia de eleições parlamentares da
Catalunha e da reeleição do Presidente catalão Artur Mas, tendo como programa eleitoral, mais uma vez a Independência da Catalunha e
a criação de um novo Estado Soberano na Europa, deve-se ter em conta que a maioria dos
Catalães não se sente espanhola, tendo já sido um país independente e livre até
1714.
Esta é uma eleição de deputados ao Parlamento Regional, que divide os catalães em independentistas e federalistas, e une os espanhois do PP e do PSOE, sendo que com esta eleição Artur Mas pretende torna-la num plebiscito indireto, no qual se observe a percentagem de independentistas, quer pelo numero de votos quer pelo de assentos parlamentares de todas as forças independentistas desde a CiU - Convergència i Unió, do Presidente Mas, até aos republicanos da ERC - Esquerra Republicana de
Catalunya entre outros partidos independentistas.
Em 2014 houve de facto um referendo, mas era considerado ilegal de acordo com a constituição espanhola, e não seria reconhecido por nenhum estado europeu uma independência proclamada de forma unilateral, neste sentido, o que mais se prevê é que Mas, utilize este ato eleitoral para encetar negociações com o governo espanhol de Rajoy e num diálogo com Filipe VI, tendo em vista uma maior autonomia da Catalunha, ou tentar tornar possível atingir um compromisso de forma gradativa para atingir o direito a um referendo tal como aconteceu na Escócia em setembro de 2014.
Autor Filipe de Freitas Leal
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