Eis uma sugestão de
leitura, cujo autor deixa vincada na sua obra, a leveza do seu pensamento, na
acutilância e na crueza da realidade vivida na Guerra Civil de Moçambique. Onde
uma criança Muidinga e um idoso, sobreviventes da Guerra, fazem de um
"Machibombo" queimado (autocarro/ónibus) a sua casa, no entanto tem
de retirar os mortos do interior do veiculo, tendo o menino encontrado um
diário, e passando a desmembrar-se a história em duas, tendo o menino Muidinga,
encontrado o diário de um adulto, passa a narrar os acontecimentos nele
registados, e ambas as histórias cruzam-se no personagem Muidinga, que
revive-as como sendo ele um homem adulto.
Aqui o autor não repete a tragédia, mas fala-nos de esperança, fala-nos de duas
pessoas que representam o passado e o futuro, e do diário que é o presente,
juntos um presente para lutar, por ser um livro vivo que fala dos vivos e
da vida, mais que dos mortos, talvez seja inclusive essa a razão pela qual,
tenha sido traduzido em tantas línguas e até já passou para o cinema.
Mia
Couto, escritor moçambicano, sempre jovem no seu modo de ser e de pensar, vencedor
em 2013 do Prémio Camões, entre outros tantos em anos anteriores, é também
membro da ABL Academia Brasileira de Letras.
Editora: Leya
Coleção: BIS (Livros de Bolso)
Páginas: 204
Preço: 5,36 €
Preço: 5,36 €
Autor Filipe de Freitas Leal
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