quinta-feira, 19 de julho de 2012

Música - Rosa de Hiroshima - Ney Matogrosso

Rosa de Hiroshima, é um poema escrito por Vinicios de Morais, e que foi adaptado para música, pelo grupo musical brasileiro dos anos 70, Secos e Molhados,  do qual fazia parte o cantor Ney Matogrosso, (a quem muito comumente é tido como o autor da música) está é uma música de intervenção política, embora não focasse a situação brasileira da altura, o Brasil vivia numa ditadura militar, apoiava a política externa estadunidense em todos os sentidos, e criticar a Bomba Atómica, era criticar os seu autores da bomba, da guerra fria e criticar o apoio que os Estados Unidos da América, davam a regimes ditatoriais com era o caso do próprio Brasil, bem como o Chile de Pinochet, ou ainda a Nicarágua de Anastácio Somoza. Mas é uma música que sobretudo combate a loucura humana da guerra levada ao seu extremo, o uso das armas nucleares.


Rosa de Hiroshima
(Letra: Vinicios de Morais, Música Gerson Conrad)


Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada



Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - Convertido pelo Lince

Cartoon # 05 - Eleições na Grécia

A propósito das ultimas eleições na Grécia, que devido à crise foram o foco e as atenções de toda a Europa; este cartoon foi retirado do site: "A Visão Humanista" tendo sido publicado a 18/06/2012.


Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - Convertido pelo Lince

Hiroshima Nunca Mais

Hiroshima é na história moderna do Século XX, um pesado e doloroso marco, o mundo não seria o mesmo após a Bomba atómica, os seres humanos (os capitalistas e imperialistas) mostraram que colocam os interesses acima das vidas humanas, acima do equilíbrio inclusive do ecossistema planetário, custe o que custar, e ainda hoje assim sucede.
A Bomba foi usada com o argumento de acabar com a guerra e impor a paz... mas que preço tão alto! Quão aviltante é o ato, como a ideia.
Dezenas de bombas Atómicas existem no planeta prontas a ser usadas (se preciso for?) outras tantas já foram usadas em testes no Pacífico, com explosões subterrâneas e subaquáticas, criando provavelmente danos naturais, embora que não sejam oficialmente reconhecidos e nem sequer divulgados (não interessa aos poderosos ter um povo informado).
Chernobyil e Fukushima, são exemplos do que não deve ser construído, Hiroshima e Nagasaki são exemplos do que o ser humano tem coragem de fazer, mas não deve ser feito! E ter consciência cívica e política, faz com que não possamos permitir isto; Hiroshima nunca mais deve ser esquecida, como não devem ser esquecidas as vitimas que sucumbiram aos interesses economicistas e políticos, da guerra fria e de jogos geoestratégicos que não nos interessa compreender, sobretudo porque em cada local do mundo um ser humano é sempre um ser humano, (não há raças, não há cores, as nacionalidades dissipam-se na semelhança física e espiritual de cada um de nós) mas sim, há pessoas em toda a parte iguais entre si na dignidade e no direito à vida, pessoas que nascem, vivem, amam e têm o direito de viver e morrer em dignidade e em equilíbrio com o mundo em que vivem.

Guernica – A Arte como intervenção política

Pablo Picasso (foto abaixo), artista plástico espanhol, um nome de grande reconhecimento artístico da História da Arte do Século XX, e que foi sem duvida um vanguardista, cuja obra e o modelo estético fez escola em toda a Europa e no continente americano, influenciando também inúmeros artistas plásticos como a brasileira Tarsila do Amaral, Picasso deixou um cunho pessoal e modernista no modo como se desenvolveu e popularizou a arte até hoje, no modo com é vista e produzida, mas também que a arte pode ser utilizada como uma forma de expressão, de ideias e de intervenção promotora da consciência política, da identidade cultural de um povo, da cidadania e dos Direitos Humanos.
É da sua autoria, o famoso quadro a tons cinzentos, que expressam a agonia de um povo martirizado pelos nazistas de Hitler, em solo espanhol e com a conivência de Franco o caudilho que derrubou a República espanhola.


“Guernica” nome pelo qual é conhecido o quadro, (imagem acima), que descreve a dor causada pelos bombardeamentos que ocorreram na cidade homónima do País Basco, do que sobrou resta apenas escombros e uma única arvore como monumento, que ainda hoje é guardada qual espólio do que restou das gentes e da vila Euskadi, conhecida em todo o Mundo pelo quadro de Picasso, que perpetua a tão barbaramente massacrada, humilhada população, e no qual se pode ouvir os sons mudos do medo, da dor, do desespero de crianças que não viram o futuro ou um sentido para as suas vidas, das mães desesperadas, dos idosos que não puderam descansar em paz, enfim,  Guernica é muito mais que um quadro, é um grito!
Grito que permanece atual, se olharmos sempre com olhos de ver a atualidade política internacional e se reconhecermos nesses sinais o povo sírio massacrado pelas suas próprias tropas, um povo que apenas pediu democracia, tem como resposta o genocídio. 
Picasso não se calou, pintou Guernica, e o grito do seu povo, e ainda que exilado em França denunciou as atrocidades do regime e jurou nunca mais voltar a Espanha enquanto não vigorasse um regime democrático, respeitador dos direitos e da dignidade humana, e o mesmo deixou em testamento para o seu quadro, não poderia ir para Espanha enquanto lá estivesse Franco e o seu regime hediondo.
Não nos calemos também, façamos pela arte, seja na música, seja na pintura, na poesia, no cinema, no teatro, na literatura, a voz dos que a não têm, como é o caso agora do povo sírio.

Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.


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Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa (Portugal), é estudante de Serviço Social no ISCSP  Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Trabalha em Logística na Indústria Farmacêutica. Fundou este blog em 2007 e atualmente está a desenvolver um blog votado para o apoio ao estudo autodidático, a "UHL Universidade Humanista Livre". (ver o Perfil completo)

Siroco

Siroco (termo usado na Meteorologia e na Geografia, para designar o vento quente e seco, que vem do deserto do Saara e atinge o sul da Europa com cerca de 41ºC a 42ºC, (não raras vezes a Madeira trazendo consigo poeira) é um fenómeno que causa grandes tempestades de areia no norte de África,  este ano (2012 atingiu Portugal e Espanha no inicio de Julho), o Siroco é tão famoso e falado que até foi tema de um filme de Hollywood, com o nome de "Siroco" em que participa Humphrey Bogart.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.


 
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