Eu tenho esperança de estar certo no que penso, e digo isto porque a honestidade intelectual permite formular a ideia, mas impõe a humildade de saber que não sabendo tudo, posso estar errado. E foi em tanta coisa que eu estava errado durante toda a minha vida... Numa primeira fase, é dolorosa a descoberta de que se estava errado, mas depois, é libertador ver nascer a luz da verdade, humilde e tímida mas verdadeira.
O Filósofo não é o que sabe e responde, mas o que questiona a razão de ser das coisas.
O Cientista não é o dono da verdade, mas o que estuda os fenómenos em busca de respostas.
O Historiador, não é o que dita ou reescreve a história, mas sim, o que investiga os factos pretéritos.
Todos eles estiveram em algum momento convictos da verdade, mas sabiam que estavam longe da verdade absoluta que é inacessível.
A Eterna questão, de onde viémos, porque estamos aqui e para onde vamos? Ou Como definir o que é o Universo?
Perante tudo isto, a Torá revela em Bereshit quem é o Ser Humano, Pó.
"És pó e ao pó retornarás". E o pó é o símbolo da humildade intelectual que temos que ter connosco próprios, como disse Sócrates: "Só sei que nada sei", e assim, podemos uma vez mais definir que a honestidade intelectual com humildade é fundamental na busca da verdade e na construção das ideias.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.