Toda a minha vida, pensei que quem decidia o que eu era em termos de posição política e ideológica era eu próprio.
Também acreditava desde muito jovem. que a democracia era o Regime Político da Liberdade de Pensamento e Expressão.
Acreditei toda a minha vida que, em democracia não havia o problema de ser rotulado por ser de uma minoria religiosa.
E os anos passaram, descobri que afinal não sou eu quem decide a minha posição ideológica, cheguei mesmo a ser chamado de reacionário e fascista por aqueles em que sempre votei.
E descobri que não posso dizer tudo o que penso, porque não é já considerada uma linguagem correta, passei a ser policiado na linguagem.
No Parlamento, os deputados nos quais eu votava antes, passaram a abraçar apenas as novas causas identitárias e esqueceram-se de mim, dos trabalhadores e da população em geral.
E já nem posso hoje andar na rua com o meu Kipá, nem a estrela de David sem ter medo de ser insultado pelos antissionistas e antissemitas. Afinal, alguém sabe dizer-me o que é a democracia, é que eu pensei que fosse uma coisa, mas afinal é outra.
O que se passou em Amsterdão é sinal da decadência da democracia tal como a conhecíamos.
Autor Filipe de Freitas Leal
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