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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

A Loucura da Guerra na Ucrânia

A loucura está instalada, Putin não quer salvar a Ucrânia do ocidente, nem as províncias separatistas hoje, da mesma forma que os soviéticos não queriam salvar o Afeganistão em 1979, mas sim o seu regime. No caso soviético, era a defesa do regime apelando ao idealismo comunista que já dava sinais de agonia, no caso de Putin é a defesa do seu governo autocrático apelando ao sentimento nacionalista.

Os dados estão lançados, agora é um dia de cada vez, para vermos como evolui a situação, e resta saber se as represálias europeias e estadunidenses a nível económico serão ou não suficientes para castigar Putin e a Rússia, e saber ainda, se a Rússia pretende fazer o mesmo que fez com a Geórgia, que em Agosto de 2008 reconheceu a independência das Repúblicas separatistas da Abcázia e da Ossétia do Sul.   

Certo é que num cenário de guerra, todos nós, cada um de nós, sai a perder, num período de tempo indeterminado de um conflito militar, que trará certamente consequências económicas para toda a Europa com a escassez de energia e o consequente aumento de preços. 

Loucura I - A opção militar de Putin
É um facto que Putin, não quer resolver esta questão pela via diplomática, prova disso é a sua retórica ao ter reconhecido unilateralmente as Repúblicas Populares de Lugansk e Donetsk, e com ousadia e ironia enviou tropas em missão de "Paz".

Loucura II - Os erros de calculo de parte a parte
Em certa medida, há erros de todos os lados; Em primeiro de Putin com o seu imperialismo e ousadia belicista para salvar a face; Em segundo: Também dos europeus que com a sua febre neoliberal nos "Mercados" quis expandir a UE para leste, e para tal, reconheceram em 2014 um golpe de Estado na Ucrânia que derrubou um governo pró-russo mas legitimamente eleito; Em terceiro: Também dos Estados Unidos, que nunca foi capaz de perceber que avançar com bases militares da OTAN para Leste seria uma afronta à Rússia.

Loucura III - A imprudência dos governantes ucranianos
Por ultimo, mas não menos importante, há culpas dos governantes ucranianos que não tiveram a sensibilidade de incluir plenamente na sociedade os cidadãos russófilos, não se preocuparam em reconhecer o direito à Autonomia das Províncias de etnia russa e são estas duas razões que fazem parte dos motivos do atual conflito.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sábado, 19 de fevereiro de 2022

OTAN Acusa Rússia de Concentrar Mais Tropas






A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), denúncia que a movimentação de tropas russas junto às fronteiras da  Ucrânia são a maior concentração de tropas russas de que se tem notícia, desde o fim da Guerra Fria no inicio dos anos 90 do século XX, trata-se de um total calculado entre 160.000 a 190.000 soldados, prontos a combater.

Trata-se de um reacendimento da Guerra Fria em novos moldes, com uma denominada "Guerra Hibrida", e a simples renúncia de Kiev a entrar para a OTAN ou a UE, não serão suficientes para acalmar o Kremlin e em particular os interesses estratégicos de Vladimir  Putin.

Na quinta feira dia 17 de fevereiro de 2022, os separatistas russos na região de Donbass,  no Leste da Ucrânia, mais precisamente nas Províncias separatistas de Donetsk e Lugansk, acusaram a Ucrânia de ter atacado Escolas e jardins de infância, que todavia não tiveram vitimas.  Não obstante, o ocorrido foi suficiente para o inicio de uma escalada de confrontos militares entre tropas ucranianas e milicianos separatistas. O aumento da tensão na região, levou a que a Rússia iniciasse um aumento das tropas junto à fronteira e à retirada das populações civis da região, ficando apenas os homens acima dos 18 até aos 60 anos.

O quadro acima, leva os países da OTAN a crer que se trata de indícios claros de que haverá uma invasão da Ucrânia, mas provavelmente poderá ser limitada ao território do Donbass.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Ir à Guerra não é brinquedo

No meu tempo, ir à Guerra, não era com hora marcada como quem vai para o chá das cinco.

Ir à Guerra não é o mesmo que ser convidado para um jantar na casa do vizinho, com cordialidade e pedindo licença para entrar.

No meu tempo, ir à Guerra era meter o pé na porta e arromba-la de surpresa, quando menos preparado estava o inimigo.

Ir à Guerra não é um espetáculo de circo, uma série televisiva, nem um folhetim de jornais, e muito menos, sorteios ou apostas de lotaria.

No meu tempo, ir à Guerra, era destruir a vida de muita gente, de um país inteiro, onde se perdia a vergonha por um lado e por outro lado perdia-se a dignidade, a esperança e a vida.

Mas hoje, hoje tudo é diferente, menos uma coisa: É que entre mortos e feridos alguém há de escapar, e curiosamente, tal como antes, vence não o melhor ou o mais justo, mas o mais forte.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

domingo, 13 de fevereiro de 2022

Questões sobre o Conflito Rússo-ucrâniano

Há algumas perguntas que me surgem, para as quais eu não consigo obter resposta, porque para mim, este conflito é um absurdo autêntico:

1º - Se de facto irá ocorrer uma invasão da Ucrânia, porque é que Putin perde tanto tempo em negociações sem fim e com um aparato militar mediático, permitindo dessa forma, que a Ucrânia e os Aliados se organizem, obtendo maior capacidade de defesa e resposta?
2º - Se de facto o objetivo da Rússia é ter uma zona tampão, não permitindo que os países satélites estejam no campo de influência da OTAN, sendo essa uma das exigências russas para não invadir a Ucrânia. E neste caso, se a independência e a soberania da Ucrânia dependem do facto de não pertencer a uma organização que seja considerada uma ameaça para a vizinha Rússia, então porque é que os EUA insistem em que a Ucrânia venha a tornar-se membro da respetiva organização?
3º - O que ganha a Ucrânia com este conflito, ao ser invadida, ao perder território e à ruína da sua economia; Porquê então, o Presidente Volodymyr Zelensky não desiste da OTAN, em nome da paz, da estabilidade económica, política e social, para o seu país e o seu povo?
4º - Por fim, resta perguntar onde está a lógica disto tudo? Não em relação à Rússia de Putin, aos EUA de Biden e à Europa representada aqui por Macron, mas sobretudo em relação às decisões dos políticos da Ucrânia. Creio que estão a ser conduzidos como cordeiros para interesses que não são verdadeiramente os interesses do povo ucraniano.

De acordo com o exposto acima, verifico que é demasiado estranho, que mais do que os políticos ucranianos, sejam os EUA a decidir o destino da Ucrânia, ao quererem impor esse país do Leste europeu como membro e parceiro da OTAN, estão assim, a agravar a situação e a empurrar a Ucrânia para o abismo.
Não podemos esquecer que Biden já cometeu erros que cheguem, primeiro a desastrosa saída do Afeganistão, e agora com o escalar do seu discurso de ameaças à Rússia, pode cometer mais um grave erro, o de provocar o conflito militar, prejudicando neste caso, não apenas a Ucrânia mas também a Europa.

Quando um país como Israel, que tem um dos melhores serviços secretos do mundo, decide retirar a sua representação diplomática de Kiev, e informa aos seus cidadãos para não viajarem para a Ucrânia, pode ser entendido como um grande sinal da eminente invasão da Ucrânia, probabilidade muito maior do que se esperava.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sábado, 22 de janeiro de 2022

Rússia Vs. Ucrânia - Holodomor não acabou


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, afirma um famoso ditado português, mas nem sempre assim é, a vontade da Rússia em perseguição face à Ucrânia não é de hoje, e por isso, Holodomor não deve nem pode ser esquecido, facto 
ocorrido em 1932 e 1933, que resultou na morte pela fome a que milhões de ucranianos foram votados pelo caudilho comunista Joséf Stálin,  o ditador soviético que tentou criar uma URSS  multicultural, desterrando povos inteiros da sua pátria, como os tártaros, e que o mais que conseguiu foi ter transformado o comunismo numa espécie de nazi-fascismo vermelho, oprimindo a todos, mas em particular e com especial ódio, o povo da Ucrânia.

Embora a região da Crimeia seja conhecida na atualidade, pelos recentes conflitos de invasão, ou pela anexação da Crimeia em 2014 por parte da Rússia, o facto é que o mesmo território tem uma população própria, os tártaros que foram impedidos de voltar à sua terra natal, terra que já havia pertencido ao Império Otomano, passando para o Império Russo em 1792, mas foi apenas em 1954 que o Soviete Supremo passou a região da Crimeia para a República Socialista Soviética da Ucrânia, todavia, recuperar a Crimeia para a Rússia, sempre foi um desejo de  Putim, para mostrar a sua força e ao mesmo tempo o seu desprezo total pela Ucrânia e os ucranianos.

Putin procura hoje, mostrar ao mundo que tem poder, e quer reerguer a Rússia no xadrez internacional, sobretudo com o enfraquecimento político dos EUA, e com a ascensão inegável dos chineses, além disso, tenta ainda aproveitar para manter o poder musculado dentro de fronteiras, afastando opositores e esmagando a oposição. No Xadrez político apoia o Irão, a Síria e outros inimigos do ocidente, aqueles mesmos a que George W. Bush denominou de o Eixo do Mal. 

As manobras que hoje se verificam para intimidar Kiev, e se se verificarem com invasão efetiva, são em primeiro lugar para se impor perante a Europa e o resto do mundo, aproveitando para continuar a oprimir a Ucrânia, usada como bobe expiatório de todos os problemas internos russos.  Se a Europa mantiver apenas as ameaças de sanções económicas e financeiras, e os EUA a dizer que avançam para o terreno, torna ainda mais perigoso o barril de pólvora.

O facto é que ódios irracionais antigos, somados a contextos políticos específicos de um reposicionamento geopolítico e geoestratégico, ainda causam bastantes problemas, oxalá os ventos mudem.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

domingo, 2 de março de 2014

O Porquê da Crise da Ucrânia X Russia

Ao recentes acontecimentos na Ucrânia, desde as manifestações contra a política anti-europeia de Yanukovych, a sua destituição pelo Parlamento, bem como a libertação da antiga primeira ministra, cuja detenção gerou a nível internacional grande descontentamento pelo seu tratamento e dúvidas da veracidade das acusações, que bem podem ter sido verdadeiramente políticas, ao que se presume hoje.
Tudo isto tem uma origem, as manifestações não são apenas por querer ingressar ou não na União Europeia, ou porque o ex-presidente deliberadamente mudou as regras do jogo, mas acima de tudo o que está em causa, é a independência da Ucrânia face à Rússia, e sobretudo face ao poder de Putin.
Zonas com maioria da população russa
A península da Crimeia que forma uma República Autónoma, havia sido oferecida à Ucrânia, pelo Secretário Geral Nikita Khruchov, pois tratava-se de um território que era parte integrante da Russia, e como tal habitado por cidadãos russos, isso ocorreu em 1954 na comemoração dos 3º centenário da União Russo-Ucraniana. Com o Estalinismo, anterior a Khruchov, os russos foram espalhados por toda a União Soviética, e de todos os cantos da extinta URSS uma grande parte das populações autóctones foram expatriadas e reconduzidas a outras terra que não a sua, o objetivo estalinista era claro o de eliminar os sentimentos separatistas, e de controlar a ferro e fogo, toda a população soviética, mas não conseguiu. No entanto o resultado dessa politica está à vista.
A Ucrânia é um país dividido, por ucranianos e por russos, que desejam acima de tudo a paz, os ucranianos desejam a paz, os russos desejam ser integrados à Rússia, onde se sentem ligados. A Criméia tem por sua vez uma vasta área de bases militares russas, e dai já partiram para as ruas do sul da Ucrânia, soldados e tanques.
A atitude russa de enviar mais de dois mil soldados para a região, é uma declaração de guerra contra a Ucrânia, que neste momento só conta com o apoio da opinião publica internacional e as forças da diplomacia dos países europeus, americanos e da ONU.
A grande reviravolta deste processo todo que começou com manifestações de protesto contra o presidente Yanukovich, as batalhas campais que se desenrolaram em Kiev, a deposição do executivo e do presidente, gerando posteriormente a ameaça militar russa.
O primeiro-ministro interino Arseni Iatseniouk, afirmou que isto é um "alerta vermelho" e que tratasse de uma verdadeira declaração de guerra contra o seu país por parte de Vladimir Putin, a quem chamou a razão e pediu  o bom senso de retirar as tropas da Criméia.
Uma coisa é certa, quem perde fundamentalmente neste preciso momento, são as populações, tanto as ucranianas como as russas, mas também a estabilidade na Europa fica uma vez mais ameaçada, e com ela as consequências de um conflito, que ainda que não chegue a vias de facto, já tem de certeza muitos estragos na economias dos estados e das pessoas.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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