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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

No Parlamento Decide-se Quem Forma Governo

Ao contrário do que popularmente se julga, o cargo de Primeiro Ministro, não é elegível, havendo contudo e apenas uma mera tradição política na jovem democracia portuguesa, em que os Presidentes da República têm vindo a respeitar, ao nomear assim, o líder do partido ou da coligação mais votados, mesmo que com maioria simples.

Foi assim com Mário Soares em 1976 (PS) e com Cavaco Silva em 1985 (PSD) nomeados por Ramalho Eanes, voltando o mesmo a suceder-se com António Guterres em 1995 nomeado por Mário Soares e em 1999 por Jorge Sampaio, tendo ocorrido o mesmo com o segundo governo de José Sócrates (PS) em 1999 nomeado por Cavaco Silva.

No entanto no sistema parlamentarista ou mesmo semi-parlamentarista, o governo emana do Parlamento, quer isto dizer que o facto de haver um partido com maioria relativa, não obriga o Presidente da República a nomear e empossar um governo dessa força política, se tal não der indícios de ser estável ou de poder obter apoios parlamentares para que haja governabilidade no país. Assim, o PR pode nomear um governo que saia de um entendimento parlamentar pós-eleitoral, não sendo obrigado a nomear apenas o partido mais votado, o que tornaria o sistema parlamentarista nulo.

Posto isto, podemos observar, que uma dada corrente política (por exemplo de direita) vença as eleições com uma maioria relativa, se no entanto a maioria dos assentos parlamentares for de uma corrente oposta (esquerda por exemplo), o governo poderá ter grande dificuldade na aprovação do seu programa e projetos, logo o PR vê-se no dever de nomear um governo de coligação pós-eleitoral.

Pelo que o parlamentarismo mostra ser um sistema político mais flexível e até viável que o Presidencialismo em alguns países, todavia, a dicotomia entre esquerda e direita e a falsa mensagem da eleição do Primeiro Ministro, torna os eleitores portugueses reféns do voto útil.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

As Sondagens Como Campanha

Segundo a média das sondagens, feitas para conhecer a intenção de voto dos eleitores portugueses às eleições legislativas de 2015, realizadas pelas empresas de estudos de mercado e sondagens Aximage, Eurosondagem entre outras, revelam haver de facto um empate técnico entre as duas maiores forças políticas concorrentes a este pleito, o PS e o PàF - Portugal à Frente, coligação governativa, entre o PSD Partido Social Democrata e o CDS/PP Partido Popular.

Contudo, apesar do empate o PàF poderá mesmo vir a perder as eleições do dia 4 de outubro, por se encontrar atrás do PS nas intenções de voto, tal como revelam as sondagens acima referidas, tendo também sido o mesmo observado no centro de sondagens interno do PSD, realidade que contrasta com o que afirma a grande imprensa e as TV's, desde a Estatal RTP às privadas como a SIC e a TVI, ao que nos faz pensar, que além da disputa entre empresas de Estudos de Mercado, há uma verdadeira campanha para influenciar os eleitores.

No que concerne à definição dos resultados, em ser a Norte ou a Sul do país, como afirmam alguns analistas políticos, parece não se aplicar nestas eleições, visto que serão os indecisos a definir o voto à ultima hora, pode-se esperar também uma grande abstenção  superior face às eleições legislativas anteriores.

Os indecisos são talvez a maior força política do país hoje, devido à grave crise que atravessa, embora o governo goste de maquilhar os resultados, há um grande fosso social inegável, uma taxa de desemprego nunca antes vista, voltou-se a viver o tempo da emigração, tendo uma das maiores taxas de população emigrada de toda a Europa comunitária, uma das maiores taxas de licenciados que abandona o país e nada disto está a ser debatido.

A 4 de outubro, veremos de facto quem tinha razão, as Sondagens feitas pela imprensa ou a vontade livre dos eleitores de fazer ouvir a sua voz.
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Lista de Partidos Políticos Portugueses


Portugal tem hoje 25 partidos legalizados e registados no TC - Tribunal Constitucional, sendo que desses figuram na AR Assembleia da República 7 partidos. Deixamos na lista abaixo o conjunto dos partidos, a fim de informarmos os leitores e cidadãos, sobre o atual espectro político partidário.

Para abordar este tema, usam-se normalmente dois critérios, o da sua representatividade parlamentar associada aos resultados eleitorais obtidos pelos respectivos partidos, ou a classificação pela ordem alfabética.
No entanto optei por não usar nenhum dos dois, uso aqui um outro critério, o histórico, ou seja a data de fundação do partido e da sua legalização, tal como na  alista abaixo de 1974 a 2019.
PCP - Partido Comunista Português (15 deputados), partido de Esquerda, fundado em 1921 através de uma cisão no seio do antigo PSP Partido Socialista Português de 1875. O partido foi legalizado após a revolução de 1974 que pôs fim a 48 anos de ditadura, é um partido de esquerda da corrente Estalinista, com uma vasta história de luta anti-fascista em Portugal durante o regime Salazarista. O seu mais eminente líder foi Álvaro Cunhal (1913-2005) O partido está coligado com o PEV Partido Ecologista "Os Verdes" na CDU Coligação Democrática Unitária, que conta com 16 assentos parlamentares, sendo 14 do PCP.  Página Oficial:  www.pcp.pt
PCTP/MRPP - Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses, partido de Extrema-Esquerda, fundado em 1970, como Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado, é de extrema-esquerda, de corrente maoista. O partido nunca chegou a ter assento parlamentar, ficando sempre aquém de o conseguir por margens muito reduzidas, foi no entanto proibido de concorrer às eleições constitucionais de 1975, juntamente com outros partidos. O seu líder mais notório é Garcia Pereira, um advogado especializado na legislação laboral e empenhado na defesa dos trabalhadores mas uma das figuras destacadas foi José Manuel Durão Barroso que chegou a Primeiro Ministro pelo PSD de centro-direita e mais tarde abandonaria o cargo por ser designado Presidente da Comissão Europeia. Página Oficial:  lutapopularonline.org
PS - Partido Socialista (86 deputados), partido de Centro-Esquerda, fundado no Exílio em 1973 na Alemanha, como ASP Ação Socialista Portuguesa, e legalizado após o 25 de Abril de 1974, é tido como de centro esquerda, e de linha social-democrata. Na história do partido, o nome mais sonante é o de Mário Soares, um dos fundadores, que chegou ao cargo de Primeiro Minitro em 1976, e 1983, e Presidente da República de 1986 a 1996, quando foi eleito Jorge Sampaio, outro socialista notável, que veio das fileiras do antigo MES - Movimento da Esquerda Socialista. Outros nomes sonantes no PS são António Guterres e José Sócrates, este último obteve a primeira maioria absoluta da história do partido. Atualmente o partido é liderado por António Costa o Primeiro Ministro, que formou governo obtendo apoio parlamentar do BE, do PCP e do PEV, a direita nas últimas eleições obteve mais votos e mais mandatos, mas ainda assim não obtiveram a maioria absoluta para poder governar. Página Oficial:  www.ps.pt
PPD/PSD - Partido Social Democrata (89 deputados), partido de Centro-Direita, fundado em 1974, por Francisco Sá Carneiro, Magalhães Mota e Pinto Balsemão, vindos da ala liberal do partido do governo de Marcello Caetano a ANP Ação Nacional Popular, tendo renunciado ao mandato como deputados e fundado um semanário interventivo "Expresso" que foi marcante para a altura em que se vivia, após o 25 de Abril formam este partido com a sigla PPD Partido Popular Democrático, com cariz social-democrata, que chegou ao poder pela AD - Aliança Democrática (PSD-CDS-PPM) em 1979/83. Em 1983 participa do governo do BC Bloco Central (PS/PSD) e volta sozinho ao poder com Cavaco Silva, que muda o cariz politico ideológico, passando a ser de Centro-Direita e de tendência Neo-Liberal. Página Oficial:  www.psd.pt
CDS/PP - Partido do Centro Democrático Social / Partido Popular  - (18 deputados), partido de Direita, fundado em 1974, é um partido de direita da corrente Democrata-Cristã, foi fundado após a Revolução dos Cravos. O seu fundador e proeminente líder foi Freitas do Amaral. O Partido participou em vários governos coligado com o PSD, e uma com o PS em 1977. Um dos seus líderes foi o Professor Doutor Adriano Moreira, que é o Presidente de Honra do ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Página Oficial:  www.cds.pt
PPM - Partido Popular Monárquico, partido de Direita, fundado em 1975 pelo arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles, é um partido considerado de centro direita, cujo objetivo é conseguir a restauração da Monarquia em Portugal, que neste momento recairia sobre o Duque de Bragança D. Duarte Pio, descendente de D. Miguel I. O PPM já esteve no governo coligado na AD entre 1979-83. Página Oficial:  www.ppm.pt
PEV - Partido Ecologista "Os Verdes", (2 deputados) é um partido de Esquerda de corrente ambientalista ou ecossocialista, foi fundado em 1982, e desde o seu inicio que está coligado com o PCP na CDU Coligação Democrática Unitária, tendo 2 dos 16 assentos desta coligação no Parlamento. Heloísa Apolónia foi durante décadas a líder de bancada do partido; O partido apresenta uma autonomia muito limitada fora da CDU. Página Oficial:  www.osverdes.pt
MPT - Movimento "O Partido da Terra", partido político fundado por Gonçalo Ribeiro Teles, arquiteto urbanista e paisagista, fundador do PPM, e ex-ministro do ambiente, que defende um movimento verdadeiramente ecológico em Portugal, desvinculado de correntes ideológicas, mas fundamentado cientificamente na defesa de um ambientalismo, que focado tanto nos aspectos urbanos como nos ecológicos. O Partido teve grande repercussão nas ultimas eleições ao parlamento europeu tendo sido eleitos dois deputados para Estrasburgo. Atualmente o partido é considerado de centro, da corrente ambientalista. Página Oficial:  www.mpt.pt
BE - Bloco de Esquerda, (19 deputados) frente formada  em 1999 pela fusão de quatro da Esquerda e da Extrema-Esquerda, o PSR Partido Socialista Revolucionário, de Francisco Louçã, a UDP União Democrática Popular de Mário Tomé, a PXXI Política XXI (que é a sucessora do MDP/CDE) e também a FER Frente de Esquerda Revolucionária. Logo no ano que foi fundada o BE liderado por Francisco Louçã, conseguiu eleger 2 deputados à AR Assembleia da República. Página Oficial:  www.bloco.org

Ergue-te
(ex-PNR - Partido Nacional Renovador
, partido de Extrema-Direita, fundado em 2000, do que se pode chamar dos escombros do antigo PRD Partido Renovador Democrático; Mudou de nome em 2020. O Ergue-te é um partido ultra-nacionalista, com tendências neo-fascistas, atualmente uma grande parte dos militantes do partido apoia o CHEGA. Página Oficial:  www.pnr.pt
PTP - Partido Trabalhista Português, partido de Centro-Esquerda, fundado em 2009, de tendência trabalhista, social-democrata, só está representado no Parlamento Regional da Madeira, O partido tem concorrido tem todas as eleições legislativas desde a sua fundação . Página Oficial:  www.partidotrabalhista.com
PAN - Pessoas Animais e Natureza (2 deputados), partido de Centro-Esquerdafundado em 2011, de ideologia ambientalista e humanista, mais voltado para a defesa das pessoas e de questões-ambientais. O Partido logo no primeiro ano teve uma votação bastante expressiva faltando poucos votos para eleger um deputado. foi fundado em 2011. Em 2015 elegeu o seu primeiro deputado e em 2019 conseguiu eleger 4 cadeiras, mas dois dos deputados abandonaram o partido. Página Oficial:  www.pan.com.pt
MAS - Movimento Alternativa Socialista, partido de Extrema Esquerda, fundado em 2013, é um partido de corrente trotskista, e encontra-se ligado à 4ª Internacional, vem preencher o espaço deixado aberto pelo PSR, que se fundira no Bloco de Esquerda. Página Oficial:  www.mas.org.pt
L - Partido Livre, partido de Extrema-Esquerda, fundado em 2014, por dissidentes do Bloco de Esquerda, é da corrente libertária e ao mesmo tempo europeísta. Os objetivos de eleger um deputados para o PE Parlamento Europeu falharam, todavia em 2019 o partido conseguiu eleger uma cadeira no Parlamento, com a deputada negra Joacine Katar Moreira, que entretanto se incompatibilizou com a direção e abandonou o partido, tornando-se em uma deputada independente. Página Oficial:  partidolivre.pt
JPP - Juntos Pelo Povo, fundado em 2015, de Centro-Esquerda. moderado, é um movimento de cidadãos, surgido na senda das autarquias, defende uma maior participação cívica dos cidadão na vida política do país,tendo como ideais a democracia participativa e a cidadania ativa. Página Oficial:  juntospelopovo.pt

 ADN - Alternativa Democrática Nacional
, Fundado por António Marinho e Pinto em 2015 como PDR Pardito Democrático Republicano, define-se como um partido de Centro, passou em 2020 a ser liderado por Bruno Fialho, que alterou o nome. Defende os valores democráticos e tenta ser uma alternativa na política portuguesa, o partido defende valores conservadores que o aproximam do Centro-direita. Página Oficial: adn.com.pt
NC - Nós Cidadãos, posiciona-se de Centro-Esquerda, foi fundado a 23 de junho de 2015, é um partido moderado e de corrente social-democrática e eurocéticismo, ou seja um partido anti-europeista. É liderado por Mendo C. Henrique. O partido estreou-se na eleições legislativas de 2015. Página Oficial:  www.noscidadaos.pt
PURP - Partido Unido dos Reformados e Pensionistas, fundado em 2015 por associações de reformados e pensionistas, foi reconhecido e oficializado em julho com vista a concorrer às eleições legislativa do mesmo ano, no qual obteve apenas 0.26 % dos votos. Página Oficial:  www.purp.pt
IL - Iniciativa Liberal (1 deputado), partido de Centro-Direita fundado em 2016 como Associação Iniciativa Liberal, e legalizado em setembro de 2017, sob a liderança de Miguel Silva e Rodrigo Saraiva, a ideologia é o  Liberalismo com cariz europeísta, em outrubro de 2019 o IL consegui conquistar uma cadeira no parlamento. Página Oficial:  iniciativaliberal.pt
Aliança, partido de Centro-Direita, fundado em 2018 por Santana Lopes, após perder as eleições para a liderança do PSD Partido Social Democrático, o partido é formado por dissidentes do PSD e CDS/PP. É um partido claramente neoliberal. Participou pela primeira vez às eleições europeias de 2019. E irá concorrer às eleições Legislativas do dia 6 de outrubro de 2019. Página Oficial:  partidoalianca.pt
CH - Chega (1 deputado), partido de Extrema-Direita, ultra-nacionalista, foi fundado em abril de 2019 por André Ventura, antigo membro do PSD e Presidente da Câmara Municipal de Loures, tendo abandonado o partido e radicalizado o seu discurso nacionalista, apresentou-se como candidato ao Parlamento Europeu pela coligação Basta. Agora é a vez de mostrar na campanha os seus verdadeiros ideais políticos de Direita nacionalista e do seu discurso contra a imigração. Página Oficial:  partidochega.pt
RIR - Reagir, Incluir, Reciclar, Partido afirma-se ser de Centro-Esquerda fundado em maio de 2019 pelo calceteiro e antigo autarca pelo PS. Tino de Rans, ficou famoso num congresso do Partido Socialista, pela forma com discursava, mais tarde, candidatou-se a Presidente da Câmara mas perdeu, veio a participar de programas de reality shows na TV portuguesa, chegou a candidatar-se a Presidente da República em 2016. O partido identifica-se como sendo de ideologia humanista, ecologista, europeísta e universalista. Página Oficial:  www.partido-rir.pt
VP - Volt  Portugal, partido de Centro-Esquerda, fundado em julho de 2020 por uma plataforma pan-europeia liderada por um conjunto de estudantes europeus nos EUA, o partido foi elaborado como reação ao Brexit, é um partido Federalista que pretende a criação de um Meta-Estado, com governo central eleito diretamente pelos eleitores. É o primeiro partido Pan-europeu a ser legalizado em Portugal.
ND - Nova Direita
, partido de Direita, fundado em abril de 2022 por Ossanda Liber, angolana naturalizada portuguesa, que fora candidata pelo Aliança às Eleições Legislativas de 2022. O Partido foi legalizado em 2023, assume-se como um partido conservador e luta contra a ideologia woke e a ideologia de género, bem com defende uma politica de imigração sustentável, o regresso do serviço militar obrigatório e uma politica externa autónoma, não indo a reboque da União Europeia. O site oficial do partido é https://novadireita.pt/. 
Partidos Extintos
POUS - Partido Operário de Unidade Socialista, Partido de Extrema-Esquerda, fundado em 1976, por Aires Rodrigues, e Carmelinda Pereira, dois dissidentes do PS, que não concordaram com a linha que o partido de Mário Sorares estava a ter. O partido é tido como de esquerda da corrente Trotskista, ligado à IV Internacional.  Página Oficial:  www.pous4.sapo.pt
PH - Partido Humanista, 
partido de Esquerda já extinto, foi fundado em 1999; é atualmente uma associação política da corrente do Novo Humanismo que é parte integrante do Movimento Humanista, da corrente Siloista, Silo (Mário Rodrigues Cobos) foi o fundador do PHI Partido Humanista Internacional, ideologia que defende uma política real, onde o Ser-Humano esteja em primeiro plano em todos os setores e atividades sociais, culturais, económicas, políticas. Defende ainda uma transformação social e politica pela consciencialização da pessoas, pela NVA Não Violência Ativa e por uma economia natural e justa.
PPV/CDC - Portugal Pró-Vida / Cidadania e Democracia Cristã, é um partido de Direita, que defende os ideais da Democracia Cristã, e da Doutrina Social da Igreja Católica baseada na encíclica da Reum Novarum, em particular o direito à vida do feto, e condena abertamente o aborto. Foi fundado em 2009. Página Oficial:  portugalprovida.blogspot.com

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Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Morreu a Eterna Primeira-dama - Maria Barroso

Morreu Maria de Jesus Barroso (1925 – 2015) mulher do Ex-Presidente português Mário Soares, após ter estado em coma profundo devido a uma queda no passado dia 26 de junho.

Conhecida como a Eterna Primeira-dama de Portugal, e também no meu ver a eterna resistente anfi-fascista e Mãe da democracia portuguesa, tendo sido uma das grande figuras públicas, uma grande mulher na luta democrática tanto em Portugal como no exílio em França, sempre ao lado de Mário Soares e membro ativo do PS Partido Socialista desde a primeira hora, foi uma mulher que sempre manteve o seu nome de solteira, bem como a sua autonomia de pensamento, ensinando-nos a frontalidade com a doçura, sempre num tom respeitoso a que nos habituamos.

Tenho por esta ímpar senhora uma grande admiração, que é para mim mais que a Eterna Primeira-dama, mas acima de tudo um exemplo de um Ser Humano marcante e rico de qualidades e convicções que soube enriquecer a nossa história com o seu ativismo e presenteou-nos com a sua amabilidade, falando-nos sempre com franqueza e com doçura.

Autor Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Mário Soares - 90 Anos

O Ex-presidente português Mário Soares completou no dia 7 de dezembro deste ano de 2014, os seus 90 anos de idade, uma efeméride que é indubitavelmente merecedora de todas as atenções, pela sua importância histórica. Soares é carinhosamente apelidado pelos portugueses de "O Bochechas" conhecido por ser além de um homem combativo, uma pessoa afável, com um ar bonacheirão e de um temperamento bastante determinado. 
  
O facto de ter nascido numa família de tradição republicana, cujo pai João Lopes Soares havia chegado a ministro durante a I República, influenciou a que ainda muito jovem ingressasse na militância política, tendo entrado para o PCP Partido Comunista Português onde conheceu Álvaro Cunhal, seu antigo amigo, de quem viria a desligar-se alguns anos depois, Soares participara do apoio à candidatura de Norton de Matos à Presidência da República, na década de 50, através do MUD Movimento de Unidade democrática, a partir daí Soares passa a defender uma linha esquerdista moderada, um socialismo ainda marxista sim, mas de corrente democrática, mais tarde já no exilio veio a contactar e até ser amigo de François Miterrand, Willi Bandt, Olof Palm, entre outros líderes Socialistas/Sociais-democratas europeus, devido às suas convicções e à luta pela democracia, esteve preso 12 vezes,  numa das quais chegou a casar na prisão com a atriz portuguesa Maria Barroso, mais tarde é-lhe imposto em 1968 o degredado no arquipélago de São Tomé e Príncipe, e posteriormente exilado em França em 1970, de onde regressara a Portugal, vindo de comboio alguns dias após a queda do governo de Marcello Caetano.


Criticado à esquerda e à direita, pela sua política e acusado durante o período conturbado da revolução dos cravos de abril de 1974, sobretudo no que concerne à forma como foi feita a descolonização das antigas colónias portuguesas em África, como o caso de Angola, cujo poder caíra nas mãos do MPLA (então um partido comunista afeto ao Stalinismo soviético) muito ao contrario do que se tinha assinado no tratado de Alvor, entre esse partido a UNITA e a FNLA, pelo que fez com que essa ex-colónia mergulhasse numa guerra civil que mais não foi que um dos palcos da Guerra fria; Paralelamente a isso a situação dos antigos colonos (denominados em Portugal de retornados) era na verdade a da situação de refugiados tendo perdido tudo, e em alguns casos até familiares, regressarando em pontes aéreas criadas de emergência para evacuar os cidadãos portugueses em África, esta é uma das criticas que sofre da direita portuguesa, que é a sucessora ideológica da ANP Ação Nacional Popular o partido do poder do regime salazarista durante o governo de Marcello Caetano. No entanto creio sinceramente que esta critica pela descolonização é-lhe injustamente imputada, pois Soares não era o chefe de governo, e não estava sozinho nos governos provisórios, que eram compostos por vários partidos como o PS socialista liderado pelo próprio Mário Soares, PPD de Sá Carneiro e Magalhães Motta, PCP liderado por Avaro Cunhal, CDS de Freitas do Amaral e MDP/CDE de FranciscoPereira de Moura.

As criticas à esquerda, condenam-no de traidor da causa socialista que era de certa forma o cunho da revolução dos cravos, tendo como exemplo a célebre frase de Soares quando tomou posse no I Governo constitucional em 1976 dizendo: "Guardemos o socialismo na gaveta."

Mas não esquecendo que também herdou muitos simpatizantes, e uma das frases populares mais conhecidas dos anos 80 "Soares é fixe", e isso ilustra que de facto é uma figura a quem os portugueses devem muito, pois no meu entender, embora tenha-o criticado por algumas opções menos felizes que tomou, não deixou de ter um papel importantíssimo na História do nosso país por três grande obras suas

1.º - A coragem e a determinação de ter criado um movimento de oposição que era a alternativa democrática face à oposição dos comunistas, inicialmente pelo MUD, que se desfez, posteriormente pela CEUD, Comissão Eleitoral de Unidade Democrática que era a sucessora do movimento acima citado, e por último a ASP Ação Socialista Portuguesa, constituída no exilo, que vem a dar lugar por sua vez em 19 de abril de 1973 na então Alemanha Ocidental na cidade de Bad Musteinfel, ao PS Partido Socialista, denominando-se o herdeiro legitimo do antigo e histórico Partido Socialista Português, fundado em 1875, por Antero de Quental entre outros. 

2.º - O facto de ser um dos pais do regime democrático saído do período revolucionário, e o PS foi inegavelmente o partido que consolidou a democracia em Portugal, tendo sido o voto útil dos portugueses nas eleições constitucionais de 1975, e nas legislativas de 1976.


3.º - Uma vez, derrubado o regime fascista, consolidada a democracia, foi o responsavel pelo primeiro verdadeiro plano para um futuro para portugal, que era em primeiro lugar voltar-se para a Europa da então CEE Comunidade Económica Europeia, tendo feito o pedido formal ainda durante o seu primeiro governo em 1976.


Filipe de Freitas Leal


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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos e poesia.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Primárias no PS - O Socialismo Partido

O Aparelho do PS Partido Socialista, entrou em eleições Primárias, para que se decida antes do congresso quem é deveras, o candidato do Partido Socialista ao cargo de Primeiro Ministro de Portugal, o desafio de lançar-se à liderança partiu de António Costa o Presidente da Câmara de Lisboa, um autarca popular, apoiado pelos históricos do Partido, mas quem impôs as regras de como essa escolha se faria, foi o atual Secretário-Geral do Partido, António José Seguro.

Perante a opinião pública, António José Seguro, se as eleições fossem hoje, daria a vitória ao PS, mas uma vitória tímida, na qual teria de negociar uma coligação com forças à esquerda BE Bloco de Esquerda ou CDU Coligação Democrática Unitária, dominada pelo PCP Partido Comunista Português, contudo, estas forças politicas muito dificilmente fariam coligação com os socialistas, pelo que o PS poderia voltar-se para o partido "bengala", de Paulo Portas, o PP Partido Popular. (1)


No entanto, o mesmo estudo revela que se o líder do Partido for António Costa, este venceria as eleições com maioria absoluta, levando o PS mais uma vez ao governo sozinho, como o fez, António Guterres em 1995 e 1999 e como fez José Sócrates em 2005 e 2009.

No entanto o partido dá sinais de estar partido, dividido em duas facções, a dos históricos, que lutam pela lealdade aos valores e princípios originais, bem como a uma viragem de politicas, sendo mais clara e contundente no seu papel de oposição ao atual governo e às politicas que tem levado Portugal a um caminho que muito se assemelha a um navio à deriva, e onde se pode prever que a Banca Rota do país, seja bem previsível se as politicas de retoma económica e de criação de emprego não forem tomadas.

António Costa o autarca lisboeta, conta com o maior numero de Federações Distritais, 10 contra 9 de José Seguro, mas respectivamente tem menos votos totalizados 13928 contra 15200 respectivamente. A luta renhida pelo poder interno no Partido não acabou, mas prevê-se que os maiores apoiantes de José Seguro sejam na verdade os sociais democratas, que preferem um líder fraco e permissivo na oposição, a um ativista combativo e um histórico que de certeza irá derrubar este governo nas próximas eleições.

Há quem acredite que esta campanha seja motivada pela ambição pessoal de António Costa, mas segundo fontes do aparelho do Partido Costa apenas ouviu e respondeu a apelos dos Históricos que temem um segundo mandato para este governo caso José Seguro se mantenha na liderança do partido.

No entanto Viriato Soromenho Marques, afirmou no DN Diário de Notícias, que esta disputa só se traduzirá num verdadeiro sucesso se uma das partes, neste caso a de António Costa, for de uma maioria esmagadora, caso contrário, o partido mostrará uma imagem de divisão interna, a ver vamos o que as Primárias de 29 de setembro reservam ao partido e ao País.

Fontes e Referências:
(1): nota do autor.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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