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Ha ainda nos túneis de Gaza, um numero estimado em 136 reféns israelitas e judeus sequestrados no fatídico dia dos massacres de 07/10/23.
Solidariedade é a essencia da Justiça Social
Para que uma sociedade se desenvolva em justiça social é fundamental a cultura da solidariedade.
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domingo, 10 de abril de 2011
A Corrente Humanista no Serviço Social
domingo, abril 10, 2011
Filipe de Freitas Leal
4 comentários
O Que é o Humanismo?
A questão de uma
ideologia para o Serviço Social sempre foi tida em conta, sobretudo nos anos 60
e 70, época da reconceituação do Serviço Social na América Latina, e é nesse
contexto que se reforça um corrente de cariz humanista no setor.
O Humanismo é a
corrente filosófica e moral, que defende que o Ser Humano é o centro das
preocupações sociais e políticas, ao contrário por exemplo do neo-liberalismo,
que defende a importância do capital ou do socialismo que defende a sociedade
como um todo no centro das suas preocupações e praxis política.
Inicialmente o
conceito de Humanismo, teve origem na antiga Grécia, nas ideias de Sócrates e Platão,
mas foi no Renascimento e no Iluminismo, que teve um novo impulso, sendo
inclusive confundido com o anticlericalismo.
O humanismo tem
várias vertentes, Humanismo Marxista, Humanismo Secular, Humanismo Positivista
ou Contiano e o Humanismo Religioso (incluindo o Humanismo Cristão), é este
último que influencia o Serviço Social, que era baseado nos valores cristãos e
católicos na ação social, praticada pela caridade cristã dos seus fiéis, tal
como a “Sociedade São Vicente de Paulo” e Frederico Ozanam, ou Ainda Dom Bosco,
que funda a Pia Sociedade São Vicente de Sales (os Salesianos) com o objetivo
de promover a reinserção de adolescentes e jovens.
A Doutrina Social da
Igreja na formação da emergência do Serviço Social.
A doutrina Social da
Igreja, lançada no fim do séc. XIX pelo Papa Leão XIII na sua encíclica “Rerum
Novarum”, lançando não só o “magistério social da igreja” mas também as ideias
de um humanismo cristão que combatia os excessos nefastos do
capitalismo triunfante, por outro lado combatia o socialismo cientifico de
caris marxista, em crescimento na classe operária, trazendo para a sociedade
civil e em particular para o seio do catolicismo uma clara resposta cristã e
humanista, foi claramente este ideal que fez nascer em vários países, a “Assistência Social”, que
por sua vez tem vindo a evoluir ao longo do tempo até chegarmos ao moderno “Serviço
Social”
Os Direitos Humanos
e o Serviço Social.
A política social do
Estado, teve um forte impulso, a partir dos anos que se seguiram à II Guerra
Mundial, da criação da ONU e em especial a DUDH Declaração Universal dos
Direitos Humanos e dos “Gloriosos 30”
que veio a fomentar cada vez mais a preocupação dos Estados em implementar ou
desenvolver políticas sociais, nomeadamente o conceito do “welfare state” muito
em voga nos países desenvolvidos da Europa Ocidental e América do Norte, mas
também de lutar contra a discriminação, a exclusão e a favor de amparar os mais
indefesos da sociedade como as crianças, idosos e os desfavorecidos da
sociedade.
É neste contexto que
surge a reconceituação do Serviço Social na América Latina e nos Estados
Unidos, onde o expoente máximo foi Carl
Rogers, e este novo conceito teve claramente um cariz humanista, muito
voltado para o combate à pobreza, à reinserção social da pessoa humana, mas
também para a consciencialização do individuo face aos seus direitos e à sua cidadania,
onde o sistema cliente passa a ser tido como um importante agente no processo
da sua própria reinserção, em que as pessoas procuram fazer o seu projeto de
vida, muito ao contrario do inicio do Século XX onde o Serviço Social era mais
uma ação higienista, feita do topo para a base, com o objetivo de remediar,
onde a pessoa não era tida no processo de solução. Era uma Assistência na
Pobreza e a pessoa humana não era o centro no processo decisório.
Logo hoje totalmente
distante dos erros do inicio desse tempo, a Exclusão Social é totalmente
incompatível com o humanismo dos “Direitos Humanos”, do “Estado de Direito” e
da cidadania plena dos indivíduos.
Bibliografia:
Silva, Guadalupe
Maria; Ideologias e Serviço Social, 1983 Cortez
Editora / Brasil
Kisnerman, Natalio; Sete
Estudos sobre Serviço Social, 1980 Cortez e Moraes / Brasil
Núncio, Maria José
Núncio – Introdução ao Serviço Social, 2010 ISCSP / Portugal
Caratini, Roger –
História Critica do Pensamento Social.
Sitografia:
sábado, 28 de agosto de 2010
Há Humanismo Sem D-us?
sábado, agosto 28, 2010
Filipe de Freitas Leal
2 comentários
Tenho observado que à exceção do MH Movimento Humanista e do PH Partido
Humanista, a maioria dos movimentos humanistas de hoje estão afastados de
D-us, de forma explicitamente ideológica, não respeitando assim a natureza
intrínseca de seus membros, no que se refere à fé, aceito que se coloque o
homem (pessoa humana) no centro das atenções, mas para fins políticos, ou seja
o fim máximo da politica governativa deve ser o bem estar da pessoa humana, a
promoção da alimentação, saúde, habitação, trabalho, educação, cultura,
liberdades e garantias fundamentais para a plena realização da pessoa humana em
sociedade, num mundo de paz e concórdia entre famílias, vizinhos, colegas,
países, etnias, povos e religiões diferentes.
Mas o discurso corrente do Humanismo atual, é baseado num ateísmo
disfarçado, embora com preocupações realmente humanas, de politicas sociais e
denuncias de crimes contra a humanidade, têm-se limitado a denunciar o mundo
capitalista, e as injustiças sociais ao modelo agora vigente.
Por isso acho que esses movimentos humanistas não têm conseguido atingir as
suas metas, de despertar a consciência politica da maioria das pessoa, só com
um humanismo pluralista e integrador de diferentes culturas e filosofias pode
atingir-se cotas de aceitação exponenciais, ou de um eleitorado considerável.
Pois ao se rejeitar o que de mais importante há em 6 biliões de seres
humanos: a fé no Criador, faz com que quem crê não se volte para os
movimentos humanistas.
Quem coloca D-us acima de tudo não se coloca contra o seu semelhante, mas
coloca-se em igualdade perante ele.
Há que promover um HUMANISMO verdadeiramente coerente com este aspeto tão
humano que é a religião, a filosofia, a fé, temos de ver que todas as religiões
tem características humanistas, todas elas, sem exceção, sendo que o judaísmo e
o cristianismo em particular são o berço do Humanismo ocidental.
Pelo que vejo o Movimento Humanista Internacional e Partido Humanista tem
mostrado um grande respeito pelas diferentes correntes religiosas, nas fileiras
dos seus membros, e defendendo inclusive que o oposto seria o contrario do
ideal humanista é isso que faz que tenha uma grande aceitação internacional e
um crescimento de militantes e eleitores por vários países.
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Solidariedade Social
quinta-feira, outubro 29, 2009
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Muito tem sido feito e mudado nos
últimos tempos, sobretudo a maneira como o poder político encara e administra
as políticas sociais.
Nunca antes o
capital havia ocupado tamanha importância, passando para segundo plano os
cuidados com a saúde, a terceira idade, a maternidade, os subsídios necessários
à reinserção social, desemprego entre tantos outros cuidados que até aqui o
Estado se sentia na obrigação de cuidar e de fazer chegar a quem desses apoios
precisasse, menorizando assim os desníveis sociais entre ricos e pobres.
E a consequência
deste estado de coisas, em que o estado passou a ser um gerente em vez de
regente, e que o poder político se submete ao poder económico, acarreta uma
maior incidência de casos de injustiça social. Não tardará que aumente o índice
de pobreza, criminalidade, desemprego, carências de variadíssimas formas nas
camadas mais necessitadas da população.
A solução não é
simples, e o problema tem vindo a agravar-se de uma forma caricata, com a crise
económica agravada, a queda nas balanças comerciais, perda do valor das
principais moedas e inflação, mostra que os Estados estão a ficar empobrecidos
e as grandes multinacionais neles instaladas, bem como a classe dominante está
cada vez mais rica, e cada vez mais a asfixiar o Estado, a manipula-lo e
empobrece-lo não só de recursos financeiros mas também de falta de ética.
Graça por todos os
países do mundo, um aumento da corrupção activa e passiva, do branqueamento de
capitais, do narcotráfico, entre tantos outros males.
Portanto
o problema não é a falta de dinheiro, é a falta de uma distribuição justa, das
riquezas existentes.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Como Vejo o Humanismo
segunda-feira, outubro 29, 2007
Filipe de Freitas Leal
2 comentários
O humanismo tem sido visto como uma mera filosofia, que coloca o ser humano acima
de qualquer outro interesse, até certo ponto não está longe de ser verdade, mas
não é só isto, o humanismo que eu defendo é uma filosofia de vida, uma moral e uma ética centradas na ação humana, logo uma práxis, que tem como objectivo, a resolução de todos os problemas humanos em sociedade, abrangendo as areas da ecologia, da política, ciência e cultura.
Acho que o ser humano não se pode entender, como independente de uma
entidade espiritual superior, seja ela qual for, a religião não deve ser
subtraída pela filosofia humanista, antes pelo contrário, deve juntamente com
ela dar resposta aos problemas humanos e sociais, nas diferentes cultura,
credos e raças de todo o mundo.
Claro está que se me perguntarem sobre se é ou não, utópico, eu vou afirmar
positivamente que o é, mas lembrem-se que a viajem à lua, a energia nuclear, a
democracia, a robótica e tantas outras invenções que hoje são tidos como
comuns, sobretudo para as camadas mais jovens, foram em tempos impensáveis e
tidas como utopicas.
Não devemos ter medo de sonhar, de lutar por um mundo melhor, creio claro
como crente em Deus que sem ele nada nos será possível, mas lutemos. A
solidariedade social é hoje mais que nunca uma necessidade urgente e deve
partir de cada um particularmente dando o melhor de si para construir no
Serviço Social uma sociedade mais humanizada.
Houve vertentes diferentes de humanismo ao longo da história, o Humanismo
clássico, o humanismo cristão, o humanismo marxista entre outras variantes
desta filosofia.
Mas não me verão a fazer aqui qualquer tipo de apologia
politico-partidária, apenas a critica social, e o elogio sincero de grandes
homens e mulheres que lutaram por um mundo melhor.
Moisés, Buda, Hilel, Jesus, Leonardo Da Vinci, Tomas More,João XXIII,
Luther King, Gandhi, Aristides de Sousa Mendes, António Sérgio, Gilberto
Freyre, Yitzhak Rabin, Sérgio Vieira de Mello. Nelson Mandela, Madre Tereza de
Calcutá, entre tantos outros em todo o mundo.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Por um Novo Humanismo.
terça-feira, agosto 28, 2007
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Creio que chegamos a uma época, que como sociedade ou civilização já não há mais margem para erros, não há mais possibilidade de soluções que
não tenham o Ser Humano com centro, objetivo e motor desta nova caminhada da
Humanidade pela sobrevivência do Planeta e de toda a espécie.
Muito do que foi feito em nome do "progresso" e das suas falsas
ilusõesm de riqueza e grandeza dentro de um prisma individualista, criaram um
fosso entre os seres humanos e deixaram ano após ano e décadas após décadas uma
erosão e destruição maciça e irreversível do nosso planeta.
A fauna e a flora agonizam, a natureza reage agressiva como que desesperada
por fazer viver todo um ecossistema que destruímos inconsciente e
egoisticamente.
Sim é preciso um "Novo Humanismo", novas
politicas mais pragmáticas mas livres de ideias de lucro, riqueza ou progresso,
neste momento seria salutar um revivalismo naturalista da humanidade, sobretudo
menos consumismo por parte das populações, bem como maior solidariedade entre
as pessoas e o respeito mutuo entre governados e governantes.
No entanto, os tempos tornam-se difíceis e o futuro duvidoso, não
só pelo que será a sobrevivência das pessoas em termos económicos, mas até o
ambiente social, através da violência, desemprego, crime entre outros
fenómenos, que são sobejamente de grande importância para que passemos a olhar
o futuro com o objetivo de perspectivar caminhos possíveis para uma
maior justiça social, igualdade e liberdades e garantias num quadro de
cidadania ativa, de outro modo não poderemos ultrapassas os grandes obstáculos que
se nos avizinham.
Não, há mais margem para erros, não há mais possibilidade de soluções que
não tenham o Ser Humano com centro, objetivo e motor desta nova caminhada da
Humanidade pela sobrevivência do Planeta e de toda a espécie.
Muito do que foi feito em nome do "progresso" e das suas falsas
ilusõesm de riqueza e grandeza dentro de um prisma individualista, criaram um
fosso entre os seres humanos e deixaram ano após ano e décadas após décadas uma
erosão e destruição maciça e irreversível do nosso planeta.
A fauna e a flora agonizam, a natureza reage agressiva como que desesperada
por fazer viver todo um ecossistema que destruímos inconsciente e
egoisticamente.
Sim é preciso um "Novo Humanismo", novas politicas mais pragmáticas mas livres de ideias de lucro, riqueza ou progresso, neste momento seria salutar um revivalismo naturalista da humanidade, sobretudo menos consumismo por parte das populações, bem como maior solidariedade entre as pessoas e o respeito mutuo entre governados e governantes.
Sim é preciso um "Novo Humanismo", novas politicas mais pragmáticas mas livres de ideias de lucro, riqueza ou progresso, neste momento seria salutar um revivalismo naturalista da humanidade, sobretudo menos consumismo por parte das populações, bem como maior solidariedade entre as pessoas e o respeito mutuo entre governados e governantes.
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
domingo, 5 de agosto de 2007
Socialismo Cristão
domingo, agosto 05, 2007
Filipe de Freitas Leal
1 comentário
O socialismo cristão tem antecedentes que remontam a épocas anteriores, não
apenas na figura de Jesus Cristo mas na de outras importantes figuras como Thomas More, com a sua Utopia, e mesmo santos da Igreja Católica, como São Francisco de
Assis, é fundamentalmente, com o
surgimento da Revolução
Industrial que nascem as
bases deste ideal, como resposta às desigualdades gritantes surgidas de um
sistema capitalista emergente, e de um estado despreparado para respostas
sociais em prol dos mais desfavorecidos, na medida em que se entende que o
cristianismo é naturalmente uma forma de socialismo, mas também por outro lado,
que o socialismo marxista, é sumamente influenciado pelos ideais
judaico-cristãos em Karl Marx, que se sabe nasceu judeu e convertera-se ao
catolicismo, e que o ateísmo pregado no seu materialismo
dialético, não era mais que a
necessidade de se criar um estado leigo.
é um movimento que teve o seu início em meados do Século XIX, nas obras de vários
doutrinários cristãos católicos, principalmente franceses (Ozanam, Henri de Saint Simon, Lamennais, Montalembert, Albert de Mun) e alemães (Ketteler)
que propunham um socialismo novo,
baseado nos ideais do cristianismo, oposto à luta de classes, mas preocupado com as
reivindicações das classes pobres e trabalhadoras, propondo um governo mais
justo e uma sociedade mais equilibrada.
O socialismo cristão desenvolveu-se, mais tarde, como um ramo ou variante
progressista do catolicismo
social consignado nas
encíclicas papais, sobretudo de Leão XIII e Pio XI. Em
oposição ao socialismo de Proudhon e,
mais tarde, ao marxismo ou socialismo científico, mas opondo-se também e de igual modo ao capitalismo, o catolicismo social recusa a luta de classes, promove a colaboração
entre patrões e trabalhadores e prega a aplicação da doutrina cristã e a
intervenção do Estado para corrigir os males criados pela industrialização,
criando uma maior justiça social e uma distribuição mais equitativa da riqueza
produzida.
O Socialismo é uma ideia de cariz cristão. |
O socialismo cristão, também dito movimento cristão social ou
social-cristão, teve o seu apogeu após a encíclica papal "Rerum Novarum" de (1891) de Leão
XIII, que pretendia constituir uma resposta progressista alternativa à corrente
dominante da Associação Internacional dos Trabalhadores (depois Internacional Socialista), o socialismo materialista de Karl Marx, e também uma resposta
cristã ao Manifesto do Partido Comunista de
Marx e Engels(1848).
Na encíclica Rerum Novarum o Papa Leão XIII reconhecia a
gravidade das questões sociais provocadas pelo capitalismo que
é considerado mau em si mesmo, pelo que só os valores cristãos poderiam
corrigir esses males sociais, mas colocou-se contra alternativas igualitárias
ou mesmo revolucionárias.
O socialismo de cariz cristão, comumente denominado pelos católicos de Movimento Social Cristão,
defende as organizações sindicais, as lutas dos trabalhadores em prol de
melhores condições de trabalho e de vida e a justiça social.
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Um Novo Olhar Sobre o Mundo
quinta-feira, julho 19, 2007
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Ver o mundo e as pessoas pelo mesmo
prisma é mais uma forma de prisão, porque pode ser também o princípio de uma
mentalidade preconceituosa, a qual não vê as peculiaridades de cada um,
seja uma pessoa, um grupo, uma comunidade ou um povo.
É imperioso que saibamos respeitar
outros pontos de vista, não no sentido de ter obrigatoriamente que concordar
com os mesmos, mas sim o de sabermos nos colocar no lugar do outro, sobretudo
de tentar compreender o próximo no modo como é e vê o mundo, por outras
palavras urge eliminar o critério do julgamento tácito e por vezes tenaz que se
faz comummente na sociedade dos nossos dias, e que normalmente acontece de um
grupo, contra um indivíduo, ou de uma maioria contra uma minoria.
O nosso próximo, não é apenas o outro
ou uma pessoa diferente, é sim o outro, no seu todo, que é o resultado não só da sua vontade, mas
fundamentalmente de uma série de fatores e circunstâncias que lhe moldaram a
liberdade e o fizeram ser quem é, ou fazer o que as circunstâncias lhe
permitem. Ou seja o resultado de um processo natural, cultural, e também
social, sem este olhar a tolerância não terá o mínimo espaço para
emergir no meio de nós, pelo que não poderíamos provocar uma mudança
para a evolução do mundo que nos rodeia.
Todos nós somos em parte, fruto dos
nossos esforços, em nos cultivarmos e em termos uma consciência crítica sobre
nós mesmos e o mundo, ou a sociedade que nos cerca, não obstante, nem todos têm
tido a mesma capacidade ou sorte, há no mundo toda uma enorme quantidade de
flagelos e injustiças que em maior ou menor grau destroem e deformam a pessoa
humana.
Muitas pessoas rendem-se, já não
questionam nada, contudo estão desesperadas à procura de um emprego, de páo
para matar a fome, de uma solução que tardem em vir em seu socorro, e assim
tornam-se escravos do sistema globalizado, inconsequente, frio e desumano do
capitalismo renascido com a queda do Muro de Berlim.
As religiões, e em particular o cristianismo,
quer católico quer ortodoxo, criticam naturalmente qualquer socialismo materialista
e totalitário. Contudo também condena veementemente o capitalismo e o
neoliberalismo existentes hoje, que apesar do pragmatismo é nociva e acaba por
deformar a consciência das massas, para as tornar numa massa meramente submissa
e rendida ao consumismo.
O grito do Mundo para salvar o planeta,
poderá ser tardio se não for também o grito do mundo para acabar com a
globalização e o capitalismo, se não for também o grito do mundo para
salvaguardar os direitos e liberdades das pessoas e dos povos, mas a mudança
ansiada, ou mesmo necessária, não deve impor o fim de todo o conjunto da nossa
herança civilizacional milenar, nem deve subverter os valores
tradicionais, só porque são tidos como de uma outra era, para agradar ou as
massa ou interesses, movidos segundo a condução de uma batuta cujo móbil será
tão somente os interesses comerciais e financeiros cujo pano de fundo será a
moda ou a modernidade.
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Absurdos & Incongruências
quinta-feira, julho 12, 2007
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
O blog, pretende ser um espaço de discussão, debate de
ideias e defesa de causas aberto a todos que tenham uma consciência critica do
Mundo em que vivemos, pela crítica construtiva voltada para o bem comum, na qual
as nossas lutas sejam as lutas da Justiça
social, da sustentabilidade ambiental que nos alertem para as
questões da seca e falta de água potável, da erosão, da poluição e das
diversas agressões ao ecossistema; de lutas contra os maus tratos aos
animais e a extinção de espécies, que graça por todo o planeta, que
indique caminhos para a distribuição de riqueza e justiça social
e não fiquemos só pela critica pura do derrotismo ou no bota a baixo, que aliás
nascem da inépcia e de um fechar-se em si mesmo.
No entanto não se pode ficar impávido, ao vermos degradarem-se
na nossa sociedade os direitos conquistados após anos de luta na
clandestinidade, o facto é que as liberdades de abril, conquistadas com
sacrifício estão a cair por terra dia após dia, os nossos direitos mais
elementares, a nossa dignidade e até a esperança no regime que nascia do 25 de
abril, têm vindo a desaparecer na cultura política do povo, devido à corrupção,
à imoralidade política e da vergonhosa submissão de alguns dos nossos
dirigentes, face aos interesses estrangeiros ou mesmo de grandes multinacionais.
Também no campo empresarial as falências fraudulentas, as
fugas para o estrangeiro de multinacionais tecnicamente chamadas de
deslocações, enfim surge por todo o país um rumor de um descontentamento enorme
e silencioso. Graça neste país, a loucura disfarçada sobe a capa de discursos
pragmáticos e de sebastianismos inconfidentes. Loucura que mostra o rosto do
absurdo, através de juntas médicas que recusam pensões vitalícias e levam a que
doentes terminais sejam declarados aptos para o trabalho e sem quaisquer apoios
sociais, além de serem obrigados a apresentar-se ao trabalho, acabando por
vir a morrer.
Pessoas que contribuíram toda uma vida, para a
sociedade em que viviam, e que foram desprezadas e espezinhadas pela
incompetência, pela mesquinhes sórdida, que acabara por tirar a dignidade a
quem incapacitado, sem voz e com todos os indícios da doença que o
consumia, fora obrigado a humilhar-se impotente de fazer ver a sua doença, como
o que foi noticiado na imprensa de um professor que mesmo doente fora-lhe
negada a baixa por uma junta médica, vendo-se obrigado a continuar a desempenhar
as suas funções, ainda que sem as poder realizar devido a se encontrar numa cadeira
de rodas.
Dirigentes políticos, que não tiveram a consciência, a
visão, a razão e muito menos o coração para reconhecer o que era óbvio, de
que o professor estava gravemente doente e não quiseram admitir o que de si
era impossível negar; Escolheram o caminho do absurdo e a
incongruência dos seus atos, que se repetem de lés a lés no triste
Portugal.
Este espaço pretende humildemente juntar-se a outros
tantos na internet, a fim de contribuir construtivamente para que se faça uma
revolução cultural, que em Portugal nunca houve e que cada vez mais faz-se necessário.
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.