Em 1987, Allan Bloom, um grande pensador estadunidense e um notável professor catedrático de filosofia, publicou uma obra sobre o “declínio da cultura geral” na América, ou daquilo a que chamou The Closing of the American Mind (O Fechamento do Espírito na América; 1987). Preocupava-o o modo como “o ensino superior nos Estados Unidos, defraudava a democracia e empobrecia o espírito critico dos estudantes”. Em Portugal o livro foi publicado em 2001 pelas Edições Europa-América com o título "A Cultura Inculta".
Mais de 30 anos volvidos sobre as preocupações que Allan Bloom manifestou no livro, acima referido, a revolução tecnológica e as mudanças sociais que a mesma promoveu nesta época, e o advendo do Wokismo que elevaram o debate político nos EUA para um patamar nunca antes visto, numa espécie de "Tribalização", não apenas no campo conservador republicano, mas também na ala dos democratas na última eleição para a Presidência dos Estados Unidos.
Estamos na época do apogeu das redes sociais, onde se observa que um líder político pode tornar todo um país na sua própria tribo, e isto porque vivemos numa cultura de "tribos" pós modernas, que para além do direito de existir, querem a todo o custo mostrar que existem e que o seu "modus vivendi" é o correcto, face ao do vizinho do lado.
Devido às suas ideias e análise crítica, Allan Bloom foi considerado pelos Média como um Conservador, rótulo que aliás Bloom rejeitou peremptoriamente, ele afirmava-se defensor da "Vida Teórica", ou por outras palavras, da "vida ideal".
Allan Bloom, mais uma grande personalidade, um grande judeu para a minha lista dos favoritos; Aliás, o povo Judeu tem sido a grosso modo, a Pedra Angular da Civilização Ocidental, esta mesma civilização que hoje é odiada pelos seus membros e que está a ser destruída paulatinamente, para se colocar no seu lugar apenas o Abismo Social e Civilizacional.
Autor Filipe de Freitas Leal
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