quarta-feira, novembro 11, 2015
Filipe de Freitas Leal
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Morreu aos 96 anos, o antigo chanceler da extinta Alemanha Ocidental, Helmut Schmidt (1918-2015), cuja figura foi marcante e respeitada por todos os quadrantes políticos da Alemanha e da política mundial. Schmidt faria 97 anos no próximo dia 23 de dezembro. Schmidt governou de 1974 a 1982 quando foi sucedido pelo democrata-cristão Helmut Kohl.
Lembro-me bem desde os meus dez anos, da imagem de Helmut Schmidt nos noticiários da televisão (ainda a preto e branco) e dos jornais diários que o meu pai trazia, com um cheiro forte e agradável acabados de imprimir em offset, e continuei a ver a sua imagem ao longo do tempo, como um político sereno.
Em 1974, iniciou-se aquele ano, com lideres que marcaram a iconografia da época, nas revistas internacionais e nas primeiras páginas do jornais (na altura jornais não tinham capa apenas a 1ª página); como o presidente francês Georges Pompidou que morreu e foi sucedido por Valéry Giscard D'Estaing; Nos EUA, Richard Nixon, renunciou ao cargo e fora sucedido por Gerald Ford; No Brasil Medici da lugar ao General Ernesto Geisel, e em Portugal, Marcelo Caetano foi deposto no 25 de Abril e sucedido por Adelino da Palma Carlos no governo provisório, em Inglaterra o conservador Edward Heath é sucedido pelo trabalhista Harold Wilson, e na antiga Alemanha Ocidental, Helmut Schmidt, sucedeu ao chanceler Willy Brandt na chefia do governo e na liderança do Partido Social-democrático da Alemanha (SPD) e na Internacional Socialista (IS).
Helmut Schmidt foi um dos mais marcantes lideres alemães dos anos 70 e 80, pelo modo como fez política e como respeitava os seus adversários, não os vendo nunca como inimigos mas sim portadores de outros ideais e defensores de outras políticas, isso fez dele um modelo de político a seguir. O jornal The International New York Times, num artigo dedicado à sua memória, salienta que se tratou do mais assertivo dos lideres mundiais, além de afirmar ser um político brilhante, apesar de discreto mas dinâmico e de ter tido uma visão de longo alcance na política internacional da época. Atualmente Schimdt era um dos críticos das politicas europeias de austeridade económica.
Por Filipe de Freitas Leal
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Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
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