Se
é para acabar com o Acordo Ortográfico de 1990, assim, sem mais nem
menos, quase como tudo em Portugal, porque então o terão proposto
vários dos Governos portugueses, desde o Estado Novo até ao governo
de Cavaco Silva? Por nada?
Porque
foram precisos 25 anos para se chegar a esta constatação de que
está errado?
Quanto
tempo e recursos humanos e financeiros não foram gastos com esse
intuito, tal como os estudos do malogrado Aeroporto da Ota, em
detrimento do malogrado Aeroporto de Alcochete, ou o malogrado TGV?
Que
mais não são do que sinais de uma malograda Republica com muitos
estudos, mas sem nenhum projeto de futuro.
Esta
é na verdade uma daquelas discussões, que visam desviar os olhares
para fora do foco dos problemas reais do Portugal profundo.
Nas
se esqueçam os diletantes críticos, que reformas ortográficas
houve muitas, e que tentativas de acordo malogradas foram pelo menos
umas quatro. 1931, 1940 e 1971 durante o Estado Novo, e em 1978.
(Todas de iniciativa portuguesa).
Já
agora pergunto, como será encarada a diplomacia da CPLP e os
respetivos signatários de um Tratado que tendo força de Lei, venha
a ser pura e simplesmente abandonado? No mínimo risíveis.
Autor: Filipe de Freitas Leal
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