sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Porquê Putin admira Stálin e não Lénin?

Putin, o Senhor da Rússia, detesta Vladimir Lénine, mas admira imenso Josef Stalin.
A razão é simples, Lénine era um marxista convicto, um comunista-ortodoxo, que fundou os sovietes e criou as cooperativas agrícolas (Kolkozes), modelo que aliás foi uilizado pelos judeus para criarem os Kibutz em Israel.

Stalin pelo contrário, era um homem desprezível e em tudo semelhante a Hitler, era na prática um fascista vermelho, tendo instaurado uma ditadura com culto da Personalidade (que é contrário aos princípios comunistas), criou os campos de concentração (Gulags) e cimentou um regime autocrático, torcionário que deportou uns e matou outros aos milhões. Está agora explicada a diferença entre Lenin e Stálin, e o porquê de Putin gostar de Stalin, que é o facto de identificar-se com o modo despótico com que Stálin conduziu os destinos da URSS, ou seja, com mão de ferro e tirania.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Fazem Falta as Disciplinas de OSPB e EMC

Há coisas que nunca deveriam acabar, antigamente no Brasil haviam duas disciplinas obrigatórias no currículo escolar, eram denominadas de OSPB Organização Social e Política do Brasil (mas por comparação ensinavam sobre o resto do mundo) e EMC Educação Moral e Cívica.
Se existissem estas duas disciplinas nas escolas de hoje, não haveria o Analfabetismo Político. E as pessoas teriam uma maior compreensão do mecanismo social e do funcionamento dos poderes políticos. Coisa que hoje em dia não têm.

Após a nova constituição de 1988, entenderam que essas disciplinas eram descabidas para um regime democrático, e foram extintas. O resultado está à vista, a maioria das pessoas não entende de política e em particular do exercício de cada um dos três poderes da República.

Há em andamento um pedido para a reposição destas duas disciplinas no currículo do Ensino Básico e Secundário, a Educação Moral para a Cidadania, e o Estudo da Organização Social e Ciência Política seriam nomes mais adequados para os dia de hoje, com um conteúdo programático atualizado. Outra disciplina que seria importante é a do Estudo Comparado das Religiões, não um ensino religioso especifico para um grupo, mas sobre todas as religiões, e de uma forma inclusiva, criar uma maior compreensão de outras formas de crença

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

O Alto preço do transporte em Ambulâncias

O Custo do transporte de doentes para os hospitais, pode custar ao estado até o valor de 992,00 € por cada utente, tendo sido transportados o ano passado 62.500 doentes o que custou ao Estado português cerca de 62 milhões de euros.

Os valores todavia são variáveis, em Lisboa e Vale doTejo, por exemplo, cada doente transportado custou ao SNS 357 euros. Já a Norte a despesa foi menor, com cada saída a custar abaixo dos 104 euros.

O valor do transporte não é cobrado em caso de urgência, quando não se verifica a urgência é cobrado um valor simbólico, como pedagogia para que usemos os serviços apenas em situações de força maior. Mas impressiona-me que um único transporte tenha o custo acima indicado.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

A Nova Direita Republicana nos EUA

A Ideologia da Nova Extrema-Direita nos Estados Unidos da América, é o negacionismo, usam a narrativa das teorias da conspiração, e como táticas a denúncia de fraudes eleitorais. Vamos ver como será após estas eleições intercalares de novembro nos EUA. (Não sou eu que afirmo, está registado no programa 60' minutos do canal estadunidense CBS, que passou na SIC).

Antigamente em Ditadura, os subversivos eram os democratas e esquerdistas, hoje em Democracia, os subversivos são os da Extrema-Direita, os novos fascistas. Por vezes basta ser do contra, ou simplesmente conservador, para se ser rotulado como Fascista.

É importante que tenhamos presente que ser Nacionalista não é a mesma coisa do que ser Fascista, os nacionalistas defendem politicas que protejam o país face aos interesses externos, e que colocam em primeiro plano a nação e os seus cidadãos, quando ao fascismo, é uma ideologia que no poder, aplica politicas de perseguição, censura e supressão das liberdades e dos Direitos Humanos. Portanto ainda que os discursos da Nova Direita se radicalizem, está mais ligado aos aspectos de defesa dos interesses nacionais e não ao fim da democracia.

Os discursos de Donald Trump vão muito nesse sentido, quando fala de Tornar os EUA uma nação grandiosa novamente. Quanto a Erdogan na Turquia, já não é exactamente a mesma coisa, porque trata-se de um regime musculado. O Facto é que os EUA têm vindo a exportar o seu modelo de Nova Direita, aplicada no GOP Grand Old Party (Partido Republicano) para outros países em particular na América Latina, como por exemplo o Brasil de Jair Bolsonaro, que tem um discurso nacionalista, mas de forma contraditória defende politicas económicas ultra-liberais, que na sua maioria foram ou são ainda desfavoráveis ao Brasil.

O que me impressiona imenso é a forma acentuada como a Direita Republicana nos EUA se radicalizou e como exportou este modelo para outros paises. Os discursos eleitorais estão mais agressivos, e criou-se uma barreira do nós vs eles, e os líderes querem convencer os seus apoiantes de que todos os que não sejam Direitistas e republicanos são comunistas. Esta política está descentrada de projectos políticos e focada na dicotomia do Bem Versus o Mal, é uma práxis política que leva à divisão e ao ódio, elementos fundentais que noutros países podem ser potencialmente propícios a despoletar uma Guerra Civil ou instaurar uma ditadura. A sorte, é que a maioria dos cidadãos sejam de direita ou de esquerda são inteligentes, sensatos, gente de boa vontade e não cedem nem um milímetro a este tipo de discursos radicais, que são próprios apenas para os que não percebem nada de política e ainda acreditam no bicho-papão, mas ainda assim, as eleições têm sido renhidas e geram empates técnicos, o que alimenta as acusações de fraudes.

Resta-me dizer que o que me assusta na mentalidade deste Século XXI, é o fenómeno cada vez maior, que vai dos novos valores e hábitos até ao Desporto e sobretudo à Política, onde tudo é vivido com uma paixão desmedida, desproporcional e irrefletida, atingindo patamares em tudo idênticos ao fanatismo religioso, que por sinal, torna-se terreno fértil para a divisão e o ódio, pois onde reina o fanatismo não brilha a paz, o progresso e nem a luz da razão e da verdade. Este fenómeno está muito presente nos Estados Unidos de hoje após o surgimento de Trump na cena politica, e também do Brasil com Bolsonaro e o seu discurso radical e da divisão do "nós e eles" que gerou os protestos que paralisaram a economia brasileira após as eleições, ganhas por Lula da Silva na segunda volta das Presidenciais. Em tudo Bolsonaro seguiu os passos de Trump, desta nova forma radical e inconsequente de se fazer politica.

O próximo passo neste capítulo da Nova Direita, após o anúncio de Donald Trump de que será candidato, será saber se ele terá ou não o apoio do seu partido para ir a eleições,

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

domingo, 6 de novembro de 2022

A Nova Mentalidade no Século XXI

O que me assusta na mentalidade deste Século XXI, é o fenómeno cada vez maior, que vai dos novos valores e hábitos até ao Desporto e à Política, onde tudo é vivido com uma paixão desmedida, desproporcional e irrefletida, atingindo patamares em tudo idênticos ao fanatismo religioso, que por sinal, torna-se terreno fértil para a divisão e o ódio, pois onde reina o fanatismo não brilha a paz, o progresso e nem a luz da razão e da verdade.

Neste ano de 2022, verificou-se um exacerbar de sentimentos à flor da pele, com as eleições presidenciais e legislativa no Brasil, onde a mera simpatia ou posicionamento político deu lugar a uma onde de fanatismo, e de posições radicais, não raros os casos de violência, sobretudo após o resultado eleitoral que deu lugar ao ex-Presidente Lula da Silva do PT, que foi eleito por uma margem muito reduzida. Num episódio de manifestação por parte de simpatizantes de Bolsonaro, foi cantado o hino nacional com a saudação nazi-fascista, o que chocou a opinião publica.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sábado, 5 de novembro de 2022

Países Liberais ou Países Democráticos?

Agora a moda é usar os termos "Países democráticos" e "Países liberais", como se fossem sinónimos, e a meu ver não são.

A democracia é um regime político, um sistema de governo; o liberalismo é referente a uma ideologia política de cariz económico, que defende a economia de mercado livre e sem a regulação e interferência do Estado.
Para os liberais, o mercado não precisa de leis ou intervenção estatal, crêem que funciona bem por si mesmo (a mão invisível), e afirmam que até mesmo o mercado de trabalho funciona bem sem regulação legal. Nada mais errado. Tal como a sociedade, os mercados para funcionarem bem e a favor de todos, precisam e devem ser regulados pela Lei.
No passado, foi o Liberalismo que deu origem às Monarquias constitucionais, de inspiração burguesa, mas com o apogeu da República, o liberalismo transformou-se no actual Neoliberalismo, que é o oposto das ideologias social-democrata e democrata-cristã, que têm um forte cunho ideológico de intervenção a favor da Justiça e Bem-estar Sociais.
Entendem agora porque não sou a favor da ideologia Liberal?

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

O Alto Preço para a Liberdade da Ucrânia

Eu tenho estado a reflectir muito, sobre esta guerra na Ucrânia, e hoje, passados oito meses penso de maneira diferente. Creio que eu no lugar do Zelensky não sacrificava a vida do meu povo, nem as infraestruturas do meu país, a resistência está no fundo a ser em vão. A Europa fala de uma derrota da Rússia, mas o que eu vejo é a derrota de um país devastado e de um povo massacrado, vejo que os ucranianos foram atirados para a guerra, em nome do Liberalismo.

E não, não estou a dar razão de forma alguma a Putin, mas a evidenciar que, poderia ter sido evitado. Bastava um acordo, tipo isto: entra na UE mas fica de fora da OTAN. Ou algo do género, mas está claro que a Ucrânia foi empurrada para este cenário, e embora eu goste muito do Zelensky, eu no lugar dele teria evitado por todos os meios que um só inocente pagasse com a vida, o que de facto é um capricho dos EUA que quer mostrar que ainda manda e da UE que só pensa no vil metal.
Aliás, é nítido que as actuais lideranças europeias e estadunidenses não chegam aos pés em brio, em competência e em sabedoria face aos que testemunhamos nos anos 70 a 90. Onde a UE era uma união solidária de povos europeus, hoje é um mero mercado financeiro, e que por isso, está hoje menos preocupado com o bem-estar social que promovia nos anos 70, bem como com a sustentabilidade ambiental, que só agora urge corrigir. Embora digam o contrário, não passa de meros tecnocratas.
É fácil hastear bandeiras da Ucrânia na UE, e bater palmas nas costas do Zelensky e dizer-lhe: Força, estamos contigo. No entanto não vivem em búnqueres nem comem ração de combate, pelo contrário, jantam caviar e dormem tranquilos preocupados com os dados macroeconómicos e as posições geoestratégicas.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

 
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