domingo, 5 de junho de 2022

Quando o Poder torna-se Perigoso











Ver toda estes os acontecimentos recentes, tanto as atrocidades sobre a Guerra na Ucrânia, como os suicídios de vários oligarcas e das suas famílias, passa-nos a sensação que passa para fora, é que o Poder instalado no Kremlin, assemelha-se a uma gangue de mafiosos que tomaram o poder afastando Boris Yeltsin, e que desenvolveram uma promiscuidade amoral e antiética com os oligarcas russos, assemelha-se em tudo a um filme de terror, quem sabe, talvez até com pactos de sangue à mistura. Não que eu morra de amores por Biden, ou os lideres ocidentais, mas creio que não têm o nível de ameaça que Putn tem, e ver Putin e o seu séquito e lembrar de tudo isto é assustador.

Desde o início da Guerra na Ucrânia, já apareceram mortos, nove dos oligarcas russos supostamente em suicídios e acidentes muito estranhos.
Podemos até não acreditar no Diabo, mas que o "Mal" existe no coração dos seres humanos, não há dúvida. existe de facto.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sábado, 4 de junho de 2022

Karl Marx era Judeu?

Sim, Karl Marx era judeu, e além disso, não só não era antissemita, como também nem sequer era ateu, no sentido que este termo adquire hoje.

Marx era judeu, filho e neto de judeus, o seu avô paterno, Mordehai Marx fora Rabbi, além do mais Marx usava o termo ateísmo como sinónimo de Laicismo, ou seja a separação da religião do Estado tal como hoje ocorre.

Além disso, muito das ideias marxistas foram retiradas dos ensinamentos da Torá judaica e do Talmud.

Karl Marx foi um sociólogo do séc XIX, focado nos aspectos socioeconómicos da organização social, foi a partir dele que se fez uma análise sócio-histórica da economia, baseado também na análise dialética de Hegel.

O pensamento de Marx, está circunscrito a toda uma realidade temporal e socioeconômica diferente de hoje. Marx pensou o mundo do Século XIX, e não usou uma linguagem apropriada para o século XXI. O problema portanto, não é o que pensou e o que escreveu, mas como é interpretado nos dias de hoje pelos seus opositores.

Há portanto três Karl Marx, Sociólogo e economista, o sindicalista e o judeu.

O Marx sindicalista e militante, era o que estava engajado com a defesa das classes trabalhadoras, que à altura estavam totalmente desprovidas de direitos. Nesse sentido foi muito útil a militância sindical de Marx. Hoje as classes trabalhadoras usufruem de direitos plenos graças aos Partidos Social-Democratas que uma vez no Poder nos países de democracia representativa, puderam levar a cabo uma série de reformas importantes para promover as políticas de Bem-Estar social.

Os ideais comunistas, são na verdade da autoria de Lenine e Stalim, embora se definam de marxistas, na verdade há muito pouco de Marx nos regimes comunistas soviético, norte-coreano e até chinês.

Portanto, quando Karl Marx afirmava que a Religião é o Ópio do povo, estava a referir-se à religião oficial, que sendo ligada ao poder politico, pode também ser um instrumento de dominação. Marx não afirmava que D-us não existia, e várias vezes referiu D-us nas cartas que enviara a Engels. Portanto o Ateísmo e o Antissemitismo de Marx são mentiras ideológicas, falsas interpretações criadas tanto à Esquerda como à Direita, e visam desde o inicio distorcer o núcleo do pensamento filosófico de Karl Marx sobre a evolução da sociedade.

 Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades e frequenta o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Sociais Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007.

Porte de Armas - A Banalidade da Violência

A violência entra sorrateira na nossa vida, e sem darmos conta, divertimo-nos com a banalidade dos tiroteios, dos massacres e dos assassinatos, que são propagados através dos meios de comunicação e os audiovisuais como os filmes de cinema, as séries policiais na televisão e os videojogos, tudo isto pejado de armas e sangue, ou ainda na imprensa com jornais e telejornais com notícias das atrocidades das guerras, e assim, alimentamos os nossos jovens com violência do pequeno-almoço ao jantar, até que a violência passa a fazer parte intrínseca da cultura ocidental, com maior gravidade na sociedade estadunidense, visto que em 2022 até ao fim de maio, foram registados 144 tiroteios, com 256 vitimas, ataques ocorridos maioritariamente a escolas, mas também hospitais, supermercados e até templos religiosos.

Posto isto, podemos aferir que o livre porte e uso de armas, revela ser a fonte da decadência civilizacional que se vive hoje no Ocidente, e em particular nos EUA; tornando-se no maior perigo ao Estado de Direito e à Democracia.
"Quem com ferro mata, com ferro morre!". A Lei das armas, volta-se de forma implacável contra os cidadãos estadunidenses, pessoas inocentes, que não têm culpa de nascer e viver num país de incongruências.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

Crer ou Não Crer? Eis a questão.

"Crer ou não crer", eis a questão. "Ninguém é obrigado a crer no que quer que seja", eis a resposta. Por outras palavras, cada um crê no que consegue crer, crê no que sente e no que faz sentido para si.

Quanto à Ciência, trata-se de um conhecimento que não abrange tudo, e não visa destruir a crença ou opor-se à fé (como muitos pensam), mas sim, estudar dentro dos limites do possível, os fenómenos astronómicos, naturais, sociais e humanos, trazendo-nos respostas à luz da verdade.

Muito antes de sabermos a verdade que a Terra era esférica, e que andava à volta do Sol, acreditávamos que era um disco e que o sol andava à volta da Terra, tal crença não mudou a realidade dos factos, apenas revelaram-se mais tarde, com o advento da ciência.

De igual modo, para o facto de a Ciência não poder estudar a existência ou não de D-us, porque não é mensurável, tal não significa que não exista essa "Entidade" espiritual, que é também inefável por palavras e indefinível em conceitos.

Por outras palavras, a ciência não prova, não tem sequer como provar, e nem quer provar que D-us existe ou não, porque não é essa a sua área de pesquisa, não é essa a sua vocação cientifica e nem o seu papel na sociedade, e como tal, cabe a cada um de nós crer ou não, nos limites do que se consegue crer, mas se possível, sempre com "Verdade" e "honestidade".

Há muito mais realidade e vida, para além dos limites da matéria e da nossa existência. Sabemos muito pouco sobre tudo, mesmo com a ajuda e o esforço da ciência, sabemos com toda a certeza que nunca saberemos tudo, e que haverá sempre muitas perguntas, muitas hipóteses, muitas lacunas e sempre algo em aberto, algo por descobrir.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Azovstal - A Retirada dos Resistentes


A retirada dos soldados do complexo da Azovstal, que Putin classifica de Rendição, é na verdade a alma da natureza desta guerra na Ucrânia, que é a ascensão da "Tirania" e dos seus seguidores, contra as democracias e a autodeterminação dos Povos.

Não morro de amores por Biden nem pelos EUA, que já cometeu o grave erro da retirada desastrosa no Afeganistão, mas para além disso, entendo que a OTAN é mais uma plataforma de países para a defesa conjunta, do que uma hipotética ameaça a quem quer que seja. A OTAN não foi criada para atacar, mas sim para defender o Ocidente. A retórica da ameaça da OTAN é um mito.
Se a Suécia e a Finlândia pediram para aderir, é porque têm razões para crer que necessitam de proteger-se. Além disso, são países democráticos e soberanos, e como tal, decidem com quem querem se aliar, de que lado querem estar, e procurar o melhor para o bem dos seus cidadãos.
Do outro lado, na Nova Cortina de Ferro que Putin reergueu, lançam-se as bases de um sistema cada vez mais opressor. A questão que ninguém ousou até agora colocar é: Porque razão Putin receia a proximidade da OTAN junto às suas fronteiras? De que é que tem medo? Eu creio que a resposta é que Putin teme que lhe façam o mesmo que ele gostaria de nos fazer. Putin imagina que todos os líderes ocidentais são iguais a ele e que pensam como ele. Logo, vê em cada país do Ocidente um inimigo.
Simbolicamente a Ucrânia é o Ocidente e a Azovstal a Liberdade; assim estamos todos a ser agredidos, a queda da Rússia na Ucrânia é a vitória das democracias. Só o PCP e a Esquerda Radical não conseguem ou não querem ver isto. Em primeiro lugar, porque este conflito não é entre Esquerda e Direita, mas entre Liberdade e Tirania, e segundo, porque Putin não é comunista, mas um capitalista selvagem, um oligarca, ou seja, é tudo o que a retórica da Esquerda combate.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

terça-feira, 12 de abril de 2022

Ucrânia - A Nova Batalha das Termópilas









A imagem que ilustra este post, foi criada em abril de 2017 para ilustrar um outro artigo num dos meus blogues sobre a solidariedade social, as cores azul e amarelo de fundo foram escolhidas por mero acaso, na verdade gosto imenso destas cores em bandeiras que tenham azul e branco como a antiga de Israel ou a antiga bandeira de Portugal, e do azul e amarelo como as bandeiras da Suécia, da Madeira e claro, da Ucrânia, todavia, nunca pensei que tal imagem pudesse ser tão pertinente para os dias de hoje no que concerne à Guerra na Ucrânia e à luta que um povo trava para manter a sua soberania.

A Ucrânia nestes dias, apesar da propaganda, da informação e contrainformação oficiosa de ambas as partes, revela-se heroica e feroz na luta pela sua independência, faz-nos até lembrar na História antiga a famosa Batalha das Termópilas, (que gerou um filme em 2006: "300" de Zack Snyder), que relata a luta dos gregos espartanos com 7.000 homens, que bravamente contra 300.000 soldados persas, até serem reduzidos a um batalhão de 300 homens, hoje a Pérsia é a Rússia, e os espartanos são os ucranianos.

Atualmente na cidade de Mariupol a resistência está a ser feita por um grupo reduzido de soldados ucranianos incluindo o tão falado batalhão de Azov, contra 14.000 soldados russos, que por terra, mar e ar estão a destruir toda a cidade, desde as suas infraestruturas militares, industriais e de transportes até zonas residenciais, passando também por escolas e hospitais, até destruir toda a resistência ucraniana naquela região, e parece ser este o novo Objetivo de Putin para impor os termos do armistício.

Batalha das Termópilas em 480  AEC.
No meio desta tenebrosa campanha, perpetrada pela Rússia no lugar da Pérsia, contra a Ucrânia no
lugar da antiga Grécia, a comparação com a Batalha das Termópilas não é mera coincidência é a repetição histórica da natureza humana e do uso como algumas pessoas ou grupos usam o poder, todavia, esta guerra gerou uma onda de solidariedade enorme em toda a Europa, onde de par em par se abriram as fronteiras e as portas para receber e acolher as famílias ucranianas de braços abertos.

Mas o mais curioso é o milagre que se faz, olhar para a vida como uma vitória, em Mariupol até já se celebraram casamentos, como forma derradeira de celebrar a vida e acreditar na vitória, ainda que se perca uma batalha, não se perderá a guerra.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

A Lógica (Falácia) da Guerra da Ucrânia


Se a Rússia já não é um país comunista, se não há o perigo comunista nem o fantasma da URSS, se acabou a "Cortina de Ferro" que dividiu a Europa e não havendo mais o "Pacto de Varsóvia", então, qual é a razão do avanço da OTAN para Leste? Qual a lógica do Ocidente por trás disso? Não faz sentido.

Por outro lado, se a Rússia já não é comunista, se a URSS se desmembrou há 32 anos (as repúblicas estavam unidas à força), se adotou a economia de mercado, se a Ucrânia devolveu o arsenal nuclear em troca de paz, então qual a lógica de Putin querer invadir a Ucrânia e aniquilar a sua soberania? É algo que também não faz sentido.

Além disso, quem ganha verdadeiramete a Guerra da Ucrânia? Os EUA, que vão passar a vender gás para a Europa? A Rússia que destrói a economia ucraniana por algum tempo e rouba-lhe a região do Leste? A Europa que se uniu e fortaleceu a OTAN? Não, nada disso, esta guerra na Ucrânia, foi um erro político e militar de Putin, mas também de Biden que poderia ter evitado, há todavia um vencedor à partida, a China, porque a Rússia sai isolada economicamente e enfraquecida politica e militarmente no plano internacional, será para a China o momento de deslocar os centros de decisão para a Ásia.

A China sai fortalecida com a guerra da Guerra, sem disparar um tiro, a China fortalece-se como potência política mundial, quer pelo enfraquecimento politico e quer económico da Rússia e dos erros de Putin que não previu as dificuldades e as consequências deste conflito.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

 
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