sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O que é o Movimento Humanista?

Os humanistas são pessoas de todas as raças, credos, independentemente de género, que tendo diferentes experiências de vida, diferentes culturas e visões de mundo, formam um conjunto intergeracional de mulheres e homens que lutam e acreditam num mundo melhor, por outras palavras são jovens, adultos e idosos ativos deste século, que atuam neste tempo, com vista a um futuro promissor para toda a humanidade. Os humanista revêem-se em cada pessoa, colocando-se no seu lugar, sobretudo os mais necessitados e os mais desfavorecidos pelo que não chamamos à humanidade o que comummente se designa como o "Homem", para nós não há o Homem e sim de forma mais plena e mais abrangente "o Ser Humano", formado por homens e mulheres deste século e de todo o Mundo, em igualdade de género e de gerações.

Se anteriormente o humanismo, foi uma corrente ligada ao ressurgimento das artes, das ciências e da reorganização da sociedade em moldes contrários à Teocracia, é também verdade que o foi no intuito da reposição da centralidade do Ser Humano nas questões políticas, sociais e económicas, e colocando a religião no seu devido lugar, de serviço, consciencialização e fortalecimento filosófico, moral, ético e teológico, que aliás sempre foi o seu lugar, e reconhecem nisso os antecedentes do Humanismo histórico e as bases do novo humanismo, que se quer voltado para a urgência dos problemas atuais e a eminência das dificuldades que a Humanidade enfrentará no curto espaço que nos espera.

Os humanistas são um movimento, que defende a democracia participativa, a liberdade, na são internacionalistas, e pessoas presentes, de todas as profissões, atuando assim na sua região, localidade e bairro, contactando e participando de forma ativa pela defesa dos interesses das populações, sempre em prol de uma comunidade humana universal.

Mas a luta e a aspiração dos humanista é feita de forma plural, cada um com a riqueza da sua cultura, língua, religião, costumes, tradições, bem como dos diferentes graus de ensino e formação técnica e o respetivo exercício profissional, contribuem para um mundo plural, rico e que no respeito e na integração de todos será um mundo melhor.

É preciso que todos se consciencializem do direito e do dever de exercerem da melhor maneira possível, os direitos humanos, e a liberdade de pensamento, expressão e de associação política ou religiosa.

Resta-me dizer parafraseando um grande filósofo, Humanistas de todo o Mundo Uni-vos.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Documento do Partido Humanista Face à Crise

DOCUMENTO DO PHI FACE À CRISE MUNDIAL
Quando os humanistas observam e participam nos processos sociais, políticos e económicos em todo o mundo, não podem deixar de refletir sobre a vigência que tem neste momento histórico o Documento do Movimento Humanista, escrito por Silo em 19931. Da sua leitura pode compreender-se até que ponto o rumo da história foi confirmando as tendências aí explicadas e até que ponto hoje – mais do que nunca – se torna necessária a união de todos os humanistas do mundo, para que as mais profundas aspirações humanas se possam converter em realidade.
Como partido político inspirado nesta corrente do Humanismo Universalista, acreditamos que neste momento histórico é necessário analisar a situação atual, para assim chegar a propostas de ação no presente contexto mundial.

A ANÁLISE CONJUNTURAL
A irrupção das novas gerações
Nos últimos tempos, por todo o mundo irromperam diferentes movimentos sociais que surpreenderam os analistas e formadores de opinião que anunciavam o fim da história. As expressões sociais em países tão diferentes como a Tunísia, o Egito, a Islândia, a Espanha e o Chile, diversas nas suas causas e reivindicações, têm em comum o facto das novas gerações terem sido os protagonistas. Milhares de jovens começaram a ocupar as ruas mostrando a sua indignação pelo mundo injusto que herdaram, assumindo o desafio de protagonizar a mudança social e adotando a Não-violência Ativa como metodologia de ação.
A expressão destes jovens, em conjunto com o que têm de melhor as gerações passadas, começa a germinar o nascimento de uma nova sensibilidade planetária. É uma nova sensibilidade que não dá importância aos líderes acostumados a manipular tudo; que não só fala de horizontalidade como a exerce quotidianamente nas suas distintas formas de organização autogestionária. Uma nova sensibilidade que não só tolera a diversidade como a aceita e estimula, pois sabe que essa diversidade é necessária quando se deseja produzir verdadeiras mudanças; que reconhece a banca e o capital especulativo como os verdadeiros adversários que sequestraram a democracia representativa, evidenciando a necessidade de avançar para uma Democracia Direta.
Uma nova sensibilidade que já não entrega a sua subjetividade aos meios de comunicação oficiais manipulados pelo Capital Financeiro, mas que utiliza e se apropria das novas tecnologias e redes sociais para se comunicar, informar, denunciar, organizar e ocupar a rua.

Além disso, e talvez mais importante, esta nova sensibilidade intui que na base da injustiça social se encontra a violência física, económica, racial e religiosa. E, portanto, a sua resposta à repressão e à difamação é distanciar-se dessa atitude, é a não confrontação e a desobediência civil, em suma a Não-violência Ativa.
Esta nova sensibilidade é apenas um sinal do novo mundo que está a nascer no meio de um velho mundo que – com grande violência e repressão – tenta permanecer.
Em direção à Nação Humana Universal.

Nos últimos 20 anos tem-se vindo a acelerar a comunicação e a interconexão mundial, tendo-se definido certos aspetos desse fenómeno como «globalização». Mas os humanistas, que são internacionalistas e aspiram a um mundo múltiplo e diverso, vêm na tal «globalização» os sinais do anti-humanismo, porque o poder económico mundial quis manipular esse processo de acordo com os seus interesses, criando um Paraestado, tanto a nível dos estados nacionais como a nível mundial. Esse paraestado opera dentro dos limites dos países comprando ou chantageando os governos e manipulando a opinião pública mediante o controlo dos meios de comunicação de massas. Em simultâneo, opera também internacionalmente: mantendo ao seu serviço organismos económicos como o FMI, o Banco Mundial e a OMC; criando tribunais internacionais à sua medida como é o caso do CIADI; utilizando os exércitos dos EUA e da NATO como polícias do mundo; encobrindo todas as suas maldades sob um manto de legalidade mediante o controlo das decisões das Nações Unidas; e manipulando a opinião pública através da imprensa internacional.

Assim sendo, as populações do mundo não só têm que enfrentar os problemas que existem dentro das suas fronteiras, mas também, além disso, sentem que muitos dos seus problemas são gerados globalmente e que não têm modo de agir para os resolver. Os humanistas dizem que, tal como os povos devem tomar o poder dentro das suas fronteiras através de uma Verdadeira Democracia para que tenham governantes que os representem genuinamente, também a nível mundial é preciso trabalhar para desarticular esse Paraestado que se disfarça de institucionalidade mediante organismos que são meros testas-de-ferro do poder económico global.

Por isso, a imagem de avançar em direção a uma Nação Humana Universal não deveria ser somente a luminosa utopia que orienta as lutas dos povos, mas também uma concepção estratégica a partir da qual surjam as ações táticas tendentes a desmontar o poder desse Paraestado Global, enquanto se vão construindo simultaneamente os pilares de uma verdadeira Nação Humana Universal. Porque essa Nação Humana Universal, que para as velhas gerações pode aparecer como uma mera expressão de desejos, para as novas gerações já aparece como um horizonte visível a partir de uma nova sensibilidade.
Está claro que, entre a situação atual e o horizonte visualizado, haverá que percorrer um caminho de ações, algumas das quais iremos propor neste documento. A mudança de paradigmas económicos num mundo em que o dinheiro se tornou o valor central da existência, não nos deveria surpreender as consequências de semelhante negação do sentido da vida humana. Não nos pode surpreender a crescente iniquidade na distribuição da riqueza, tendo em conta que a concorrência individualista implica necessariamente que haja ganhadores e perdedores. Não nos podem surpreender as sucessivas crises financeiras e correspondente recessão num sistema que apenas se pode sustentar graças ao endividamento crescente. Não nos podem surpreender as guerras pelos recursos naturais escassos num mundo depredado pelo consumismo dos mais privilegiados. Não nos pode surpreender a violência social, havendo cada vez mais pessoas que se sentem marginalizadas e fracassadas quando se comparam com o mundo paradisíaco oferecido pela publicidade consumista. E não nos pode surpreender o niilismo, a loucura e o suicídio, quando se perdeu o sentido da existência ao querer trocá-lo pelo afã do êxito materialista.

É evidente que existem procedimentos para transformar este sistema económico desumano melhorando a distribuição do rendimento, disciplinando o sistema financeiro, avançando em direção a um desenvolvimento sustentável que permita uma vida digna a cada ser humano sem devastar o planeta. Mas seria ingénuo pretender uma execução espontânea de tais procedimentos sem antes estimular uma mudança genuína de paradigmas na concepção da economia e que se fundamentem numa profunda mudança de valores culturais.

Há quem acredite que, apenas por as crises económicas afetarem muita gente, haverá na maioria das pessoas a convicção de mudar o sistema económico. Mas isso não será assim porque o individualismo está muito enraizado e o facto de, perante uma crise generalizada, muitas individualidades convergirem num protesto, não significa que se tenha transcendido o individualismo. Por isso, não é tão simples passar a outras instâncias organizativas que realmente sejam capazes de substituir o sistema.
De modo que a proposta de uma transformação do sistema económico não pode ser pensada apenas em termos de exequibilidade técnica nem em termos de conveniências maioritárias. Deve ser pensada a partir de uma mística social que tenha como bandeira a ética da coerência, que no campo económico significa dar prioridade à resolução das necessidades básicas de todos os habitantes do mundo, antes de qualquer outro interesse setorial ou individual.

Sabemos que hoje se está em condições de resolver as necessidades básicas de todo o mundo. Há exemplos de sobra do que se poderia fazer com os recursos que hoje se destinam ao armamento, à especulação financeira, à produção de bens luxuosos ou ao consumismo irracional.

Bastaria mudar a direção das forças que já existem na economia para, num prazo não muito longo, reconverter e multiplicar o aparelho produtivo, com menos armas e mais alimentos, menos recursos para a especulação e mais para a produção. Mas a direção das forças da economia não mudará apenas por pedir a quem ocupa o cume da pirâmide que a desmonte; mudará quando uma boa parte daqueles que ainda atuam como tijolos dessa pirâmide começar a retirar-lhe sustentação e isso conseguir-se-á quando se deixe de acreditar na pirâmide. Isso implica que haja novos valores, novos paradigmas e uma mística social que os enraíze no coração dos seres humanos.
Efetivamente, o grau de perversão crescente na relação entre o capital e o trabalho é possível graças ao individualismo reinante na população, que impede as respostas conjuntas e deixa a grande maioria desarmada face à minoria economicamente poderosa. Porém, o absurdo é tão grande que está a impelir camadas cada vez maiores da população a uma tomada de consciência. O Partido Humanista deverá trabalhar em todo o mundo organizando e dando elementos de análise à maior quantidade possível de pessoas. A nossa resposta, a não-violência ativa, indica-nos um primeiro passo de denúncia ao qual deverá seguir-se a não colaboração com os violentos. Do mesmo modo como, a seu tempo, deveremos promover a não colaboração com os Estados violentos, também deveremos propugnar a não colaboração com um capital que maltrata as populações. A certa altura, os trabalhadores (e consumidores) deverão assumir projetos de desenvolvimento social construídos sem intervenção de sócios capitalistas (ou com aqueles que admitirem uma relação justa e recíproca). Haverá um momento em que a população deixará de reclamar a satisfação das suas necessidades ao capital e decidirá resolvê-las como conjunto: «não queremos os vossos créditos, nem os vossos postos de trabalho, nem os vossos produtos, nem os vossos serviços». Isso só será possível quando a reciprocidade começar a ocupar o lugar do individualismo.
Em direção a uma Democracia Real.

Os humanistas rejeitam os totalitarismos e as ditaduras de qualquer tipo, porque pensam que a liberdade do ser humano de decidir o seu destino sem amos, tutores ou chefes é um direito inalienável em qualquer circunstância. Mas também denunciam a hipocrisia das democracias formais, nas quais os poderosos da corporação económico-político-mediática utilizam a sua capacidade de manipulação para deixar as populações perante falsas opções eleitorais, tendo que escolher entre o “menos mau” dos seus verdugos ou o suposto caos da instabilidade institucional.
É claro que atualmente no mundo nem todos os governos eleitos livremente são iguais: há os mais progressistas e os mais conservadores. Porém, seja por cumplicidade, seja pelas limitações impostas pelo poder económico, não quiseram ou não conseguiram reverter a direção do processo. Porque uma coisa é ter a boa intenção de “compensar” os mais desfavorecidos por este sistema (apesar de a marginalização aumentar de igual forma) e outra coisa é transformar a própria estrutura do sistema para que não seja uma maquinaria de marginalizar pessoas. E desde o fracasso do socialismo real não houve novas alternativas ao sistema atual.

Em qualquer caso, a possibilidade das populações intervirem nas políticas públicas apenas se limita à eleição dos seus supostos representantes nos períodos eleitorais. De modo que se pretendemos que haja transformações substanciais no mundo, devemos conseguir que os cidadãos tenham maior participação nas decisões públicas que mais os afetam, e não estar à mercê dos arbítrios dos interesses dos mercados ou dos funcionários.

Concretamente, tudo isto significa, entre outras coisas, consultas populares vinculativas para decisões de certa relevância, significa orçamentos participativos, significa a eleição direta de todos os funcionários e a possibilidade de os destituir dos cargos em qualquer momento.

Mas é evidente que, assim como não podemos pretender que aqueles que estão na cúspide da pirâmide económica mudem as regras do jogo por si mesmos, também não podemos esperar que aqueles que se enquistaram no poder político graças à democracia formal, legislem para dar maior participação às pessoas em decisões centrais. De modo que será necessário promover a prática da Democracia Real já desde o seio da sociedade, apoiando com o voto apenas aqueles que se comprometeram com a implementação das transformações democráticas necessárias. E se não houver candidatos que se comprometam ou aqueles que o fazem não merecerem a nossa confiança, então teremos que penetrar o sistema político com candidatos próprios do povo, ao mesmo tempo que organizamos a não-colaboração e a desobediência civil quando um número suficiente de pessoas organizadas tomar consciência de que este sistema não tem emenda. Mas não há outra saída para este embuste da democracia formal, pelo menos no caminho que os humanistas propõem, que é o da luta não-violenta.

AS PROPOSTAS
Estas propostas, além de serem necessariamente aperfeiçoáveis na sua amplitude e profundidade, e além de representarem apenas alguns exemplos do que se poderia fazer, podem também ser recebidas de maneiras diferentes por aqueles que concordarem com elas, de acordo com a sua possibilidade de atuação. Para alguns, poderão significar ideais a alcançar e funcionar como referências no momento de escolher os seus governantes. Para outros, poderão significar imagens mobilizadoras, a partir das quais se podem organizar para exigir aos governos que trabalhem para as concretizar. Outros considerarão melhor a opção de participar politicamente e incluir tais propostas na sua plataforma eleitoral. E aqueles que hoje tenham algum espaço de poder político e económico e aspirem genuinamente a um mundo melhor, talvez possam tentar aplicar já alguma delas.

Propostas para os governos, para avançar na direção de uma confederação de estados nacionais com aqueles que se tenham comprometido com as mesmas.
1. Estabelecer constitucionalmente a obrigação do Estado de garantir de forma concreta a cobertura das necessidades básicas da população, com políticas contributivas concordantes com tal prioridade. Estabelecer, a partir da cobertura de tais necessidades, uma percentagem para destinar à ajuda de nações mais desfavorecidas.
2. Desmantelamento total dos arsenais nucleares. Redução progressiva do armamento convencional dos estados. Renúncia à guerra como metodologia para resolver conflitos.
3. Controlo estatal do sistema financeiro. Criação de bancos nacionais e regionais sem juros, com administração mista e participação de utentes e trabalhadores. Regulamentação que castigue as práticas especulativas e usurárias. Acordos internacionais para assegurar o reinvestimento produtivo dos lucros das empresas, o desaparecimento dos paraísos fiscais e qualquer manobra evasiva ou especulativa por parte do capital privado.

4. Liberdade de circulação e igualdade de direitos para todos os habitantes do planeta, em todos os países. Liberdade e igualdade de direitos para todas as culturas e religiões, garantindo o respeito pela diversidade.

5. Implementação de mecanismos de Democracia Real: consultas vinculativas, eleição direta dos três poderes do estado, descentralização, representação de minorias, revogação de mandatos, responsabilidade política e orçamentos participativos, em todos os níveis do Estado. Utilização dos meios de comunicação de massas para a capacitação e o debate sobre os temas a decidir, garantindo a pluralidade de opiniões em igualdade de condições. Consultas internacionais a todos os habitantes envolvidos em políticas regionais ou mundiais.

Propostas para a mobilização social, para pressionar os governos e construir alternativas ao poder constituído.

1. Exigir a implementação de uma consulta popular sobre cada decisão relevante que os governantes devam tomar nos campos económico, político ou social, denunciando as medidas não consultadas como anti-democráticas.

2. Promover o intercâmbio, o debate, a capacitação e a circulação da informação para que toda a sociedade possa formar opinião sobre os temas que devem ser objeto de consultas populares. Utilizar para isso os fóruns presenciais e as redes, exigindo aos meios de comunicação que cedam espaço para tais fins e denunciando aqueles que não o fizerem como cúmplices da democracia formal.

3. Elaborar anteprojetos de lei para exigir o seu tratamento e impulsioná-los a partir da construção político-social alternativa. Lei de Democracia Real (com a incorporação de todos os mecanismos da mesma). Reforma fiscal que garanta a redistribuição da riqueza e o reinvestimento produtivo dos lucros. Lei de Propriedade Participativa dos Trabalhadores nas empresas. Controlo estatal do sistema financeiro e criação da Banca sem Juros.

4. Mobilização permanente pelos direitos fundamentais, como é o caso da Educação e
Saúde públicas, gratuitas, universais e de grande qualidade, exigindo não apenas a sua existência, mas também as dotações orçamentais de acordo com a sua importância.
5. Impulsionar e difundir por todos os meios possíveis os paradigmas de uma nova cultura para a Nação Humana Universal: a não-violência, a não-discriminação, a reciprocidade, a liberdade, a justiça social e o sentido da vida. Simultaneamente, denunciar comoretrógrados os valores do individualismo, do consumismo, da violência, da xenofobia e da guerra.

Extraído de http://visaohumanista.blogspot.com/ Blog do Partido Humanista PH

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Discurso de Silo - O Fim do Sofrimento (1969)


1 - Durante a ditadura militar argentina, tinha sido proibida a realização de todo e qualquer ato público nas cidades. Por conseguinte, escolheu-se uma paragem isolada, conhecida como Punta de Vacas, perto da fronteira entre o Chile e a Argentina. Desde muito cedo as autoridades controlaram as rotas de acesso. Distinguiam-se ninhos de metralhadoras, veículos militares e homens armados. Para aceder ao local era necessário exibir documentação e dados pessoais, o que criou alguns conflitos com a Imprensa internacional. Num magnífico cenário de montes nevados, Silo começou a sua alocução perante um auditório de duzentas pessoas. O dia era frio e soalheiro. Por volta das 12h. tudo tinha acabado.
2 - Esta é a primeira intervenção pública de Silo. Com uma envolvente mais ou menos poética, explica-se que o conhecimento mais importante para a vida (“a real sabedoria”) não coincide com o conhecimento de livros, de leis universais, etc., mas sim que é uma questão de experiência pessoal, íntima. O conhecimento mais importante para a vida está referido à compreensão do sofrimento e à sua superação.
Em seguida, expõe-se uma tese muito simples, em várias partes: 1. Começa-se por distinguir entre a dor física e os seus derivados, sustentando que podem retroceder graças ao avanço da ciência e da justiça, à diferença do sofrimento mental que não pode ser eliminado por elas; 2. Sofre-se por três vias: a da percepção, a da recordação e a da imaginação; 3. O sofrimento denuncia um estado de violência; 4. A violência tem como raiz o desejo; 5. O desejo tem diferentes graus e formas. Atendendo a isto (“pela meditação interna), pode-se progredir. Assim: 6. O desejo (“quanto mais grosseiros são os desejos”) motiva a violência, que não fica no interior das pessoas, antes contamina o meio de relação; 7. Observam-se diferentes formas de violência e não somente a primária, que é a violência física; 8. É necessário contar com uma conduta simples que oriente a vida (“cumpre com mandamentos simples”): aprender a levar a paz, a alegria e sobretudo a esperança.
Conclusão: a ciência e a justiça são necessárias para vencer a dor na espécie humana. A superação dos desejos primitivos é imprescindível para vencer o sofrimento mental. Se vieste escutar um homem de quem se supõe que transmite a sabedoria, enganaste-te no caminho, porque a real sabedoria não se transmite por meio de livros nem de arengas; a real sabedoria está no fundo da tua consciência como o amor verdadeiro está no fundo do teu coração.
Se vieste empurrado pelos caluniadores e os hipócritas para escutar este homem, a fim de que o que escutas te sirva depois como argumento contra ele, enganaste-te no caminho, porque este homem não está aqui para te pedir nada, nem para te usar, porque não precisa de ti.
Escutas um homem desconhecedor das leis que regem o Universo, desconhecedor das leis da História, ignorante das relações que regem os povos.
Este homem dirige-se à tua consciência a muita distância das cidades e das suas ambições enfermas. Lá nas cidades, onde cada dia é um afã truncado pela morte, onde ao amor sucede o ódio, onde ao perdão sucede a vingança; lá nas cidades dos homens ricos e pobres; lá nos imensos campos dos homens, pousou um manto de sofrimento e de tristeza.
Sofres quando a dor morde o teu corpo. Sofres quando a fome se apodera do teu corpo. Mas não sofres só pela dor imediata do teu corpo, pela fome do teu corpo. Sofres também pelas consequências das enfermidades do teu corpo.
Deves distinguir dois tipos de sofrimento. Há um sofrimento que se produz em ti mercê da doença (e esse sofrimento pode retroceder graças ao avanço da ciência, assim como a fome pode retroceder, mas graças ao império da justiça). Há outro tipo de sofrimento que não depende da doença do teu corpo, mas que deriva dela: se estás impedido, se não podes ver, ou se não ouves, sofres; mas ainda que este sofrimento derive do corpo, ou das doenças do teu corpo, tal sofrimento é da tua mente.
Há um tipo de sofrimento que não pode retroceder face ao avanço da ciência nem face ao avanço da justiça. Esse tipo de sofrimento, que é estritamente da tua mente, retrocede face à fé, face à alegria de viver, face ao amor. Deves saber que este sofrimento está sempre baseado na violência que há na tua própria consciência. Sofres porque temes perder o que tens, ou pelo que já perdeste, ou pelo que desesperas alcançar. Sofres porque não tens, ou porque sentes temor em geral... Eis os grandes inimigos do homem: o temor à doença, o temor à pobreza, o temor à morte, o temor à solidão. Todos estes são sofrimentos próprios da tua mente; todos eles denunciam a violência interna, a violência que há na tua mente. Repara que essa violência deriva sempre do desejo. Quanto mais violento é um homem, mais grosseiros são os seus desejos.
Gostaria de te propor uma história que aconteceu há muito tempo.
Existiu um viajante que teve que fazer uma longa travessia. Então, atou o seu animal a uma carroça e empreendeu uma longa marcha rumo a um longínquo destino e com um limite fixo de tempo. Ao animal chamou-lhe Necessidade, à carroça Desejo, a uma roda chamou-lhe Prazer e à outra.
Dor. Assim então, o viajante levava a sua carroça para a direita e para a esquerda, mas sempre rumo ao seu destino. Quanto mais velozmente andava a carroça, mais rapidamente se moviam as rodas do Prazer e da Dor, ligadas como estavam pelo mesmo eixo e transportando como estavam a carroça do Desejo. Como a viagem era muito longa, o nosso viajante aborrecia-se. Decidiu então decorá-la, ornamentá-la com muitas belezas, e assim foi fazendo. Porém, quanto mais embelezou a carroça do Desejo mais pesado se tornou para a Necessidade. De tal maneira que nas curvas e nas encostas empinadas, o pobre animal desfalecia, não podendo arrastar a carroça do Desejo. Nos caminhos arenosos as rodas do Prazer e do Sofrimento enterravam-se no solo. Assim, desesperou um dia o viajante porque era muito longo o caminho e estava muito longe do seu destino. Decidiu meditar sobre o problema nessa noite e, ao fazê-lo, escutou o relincho do seu velho amigo. Compreendendo a mensagem, na manhã seguinte desbaratou a ornamentação da carroça, aliviou-a dos seus pesos e muito cedo levou o seu animal a trote, avançando rumo ao seu destino. No entanto, tinha perdido um tempo que já era irrecuperável. Na noite seguinte, voltou a meditar e compreendeu, por um novo aviso do seu amigo, que tinha agora de acometer uma tarefa duplamente difícil porque significava o seu desprendimento. Muito de madrugada, sacrificou a carroça do Desejo. É certo que ao fazê-lo perdeu a roda do Prazer, mas com ela também a roda do Sofrimento. Montou o animal da Necessidade e, em cima do seu lombo, meteu-se a galope pelas verdes pradarias até chegar ao seu destino.
Repara como o desejo te pode encurralar. Há desejos de diferente qualidade. Há desejos mais grosseiros e há desejos mais elevados. Eleva o desejo, supera o desejo, purifica o desejo, que haverás certamente de sacrificar com isso a roda do prazer, mas também a roda do sofrimento.
A violência no homem, movida pelos desejos, não fica só como doença na sua consciência, antes actua no mundo dos outros homens, exercitando-se com o resto das pessoas. Não creias que falo de violência referindo-me apenas ao facto armado da guerra, em que uns homens destroçam outros homens. Essa é uma forma de violência física. Há uma violência económica: a violência económica é aquela que te faz explorar outro; a violência económica dá-se quando roubas outro, quando já não és irmão do outro, mas sim ave de rapina para o teu irmão. Há, além disso, uma violência racial: achas que não exercitas a violência quando persegues outro que é de uma raça diferente da tua, achas que não exerces violência quando o difamas por ser de uma raça diferente da tua? Há uma violência religiosa: achas que não exercitas a violência quando não dás trabalho, ou fechas as portas, ou despedes alguém, por não ser da tua mesma religião? Achas que não é violência cercar aquele que não comunga os teus princípios por meio da difamação; cercá-lo na sua família, cercá-lo entre a sua gente querida, porque não comunga a tua religião? Há outras formas de violência que são as impostas pela moral filisteia. Tu queres impor a tua forma de vida a outro, tu deves impor a tua vocação a outro... mas quem te disse que és um exemplo que se deve seguir? Quem te disse que podes impor uma forma de vida porque a ti te apraz? Onde está o molde e onde está o tipo para que tu o imponhas?... Eis outra forma de violência. Só podes acabar com a violência em ti e nos outros e no mundo que te rodeia pela fé interior e pela meditação interior. Não há falsas portas para acabar com a violência. Este mundo está prestes a explodir e não há forma de acabar com a violência! Não procures falsas portas! Não há política que possa solucionar este afã de violência enlouquecido. Não há partido nem movimento no planeta que possa acabar com a violência no mundo... Dizem-me que os jovens em diferente latitudes estão a procurar falsas portas para sair da violência e do sofrimento interior. Procuram a droga como solução. Não procures falsas portas para acabar com a violência.
Irmão meu: cumpre com mandamentos simples, como são simples estas pedras e esta neve e este sol que nos bendiz. Leva a paz em ti e leva-a aos outros. Irmão meu: além, na História, está o ser humano mostrando o rosto do sofrimento, olha esse rosto do sofrimento... mas recorda que é necessário seguir adiante e que é necessário aprender a rir e que é necessário aprender a amar. 
A ti, irmão meu, lanço esta esperança, esta esperança de alegria, esta esperança de amor, para que eleves o teu coração e eleves o teu espírito, e para que não te esqueças de elevar o teu corpo.
A cura do sofrimento (Punta de Vacas, Argentina. 04/05/69)
Texto na integra de http://www.movimentohumanista.com




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Sobre o autor do Artigo

Mario Luiz Rodriguez Cobos (Silo) - Pensador, Escritor e Político, nascido em 1964 na cidade de Mendonça (Argentina),no seio de uma família da classe média, de ascendência espanhola, é conhecido pelo apelido de Silo, Formado em Ciência Política, é o fundador do Movimento Humanista Internacional e do PH Partido Humanista, também deixou uma vasta obra literária e filosófica.




Sobre o autor do Blog

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Banco Alimentar - Campanha 28 e 29 de novembro

Realiza-se neste último trimeste do ano, mais precisamente no fim de semana, 28 e 29 de novembro de 2015, mais uma campanha de recolha e angariação do Banco Alimentar, campanha essa que é feita junto das redes de supermercados espalhados em todo Portugal e Ilhas, a campanha estende-se ainda mais alguns dias através da internet com o lema alimente esta ideia e segue até 3 de dezembro, sábado que vem, aproveite a oportunidade e doe, o pouco que puder será muito na soma de gestos de solidariedade, as dádivas podem ser feitas em géneros alimentares ou vales que se compram junto aos caixas.


Apesar da crise e do aumento do desemprego em Portugal, os portugueses não perdem o sentido da solidariedade com os mais necessitados, contudo deve-se salientar que os pedidos de apoio alimentar aumentaram exponencialmente nos últimos anos com as políticas de austeridade.

Seja Voluntário ou contribua com alimentos. Obrigado.
Para mais informações: http://www.bancoalimentar.pt/.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Helmut Schmidt - Um Político Assertivo e Brilhante

Morreu aos 96 anos, o antigo chanceler da extinta Alemanha Ocidental, Helmut Schmidt (1918-2015), cuja figura foi marcante e respeitada por todos os quadrantes políticos da Alemanha e da política mundial. Schmidt faria 97 anos no próximo dia 23 de dezembro. Schmidt governou de 1974 a 1982 quando foi sucedido pelo democrata-cristão Helmut Kohl.

Lembro-me bem desde os meus dez anos, da imagem de Helmut Schmidt nos noticiários da televisão (ainda a preto e branco) e dos jornais diários que o meu pai trazia, com um cheiro forte e agradável acabados de imprimir em offset, e continuei a ver a sua imagem ao longo do tempo, como um político sereno.

Em 1974, iniciou-se aquele ano, com lideres que marcaram a iconografia da época, nas revistas internacionais e nas primeiras páginas do jornais (na altura jornais não tinham capa apenas a 1ª página); como o presidente francês Georges Pompidou que morreu e foi sucedido por Valéry Giscard D'Estaing; Nos EUA, Richard Nixon, renunciou ao cargo e fora sucedido por Gerald Ford; No Brasil Medici da lugar ao General Ernesto Geisel, e em Portugal, Marcelo Caetano foi deposto no 25 de Abril e sucedido por Adelino da Palma Carlos no governo provisório, em Inglaterra o conservador Edward Heath é sucedido pelo trabalhista Harold Wilson, e na antiga Alemanha Ocidental, Helmut Schmidt, sucedeu ao chanceler Willy Brandt na chefia do governo e na liderança do Partido Social-democrático da Alemanha (SPD) e na Internacional Socialista (IS).


Helmut Schmidt foi um dos mais marcantes lideres alemães dos anos 70 e 80, pelo modo como fez política e como respeitava os seus adversários, não os vendo nunca como inimigos mas sim portadores de outros ideais e defensores de outras políticas, isso fez dele um modelo de político a seguir. O jornal The International New York Times, num artigo dedicado à sua memória, salienta que se tratou do mais assertivo dos lideres mundiais, além de afirmar ser um político brilhante, apesar de discreto mas dinâmico e de ter tido uma visão de longo alcance na política internacional da época. Atualmente Schimdt era um dos críticos das politicas europeias de austeridade económica.

Por Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Crónica de Uma Morte Anunciada - Caiu o Governo

Caiu na Assembleia da República, após 11 dias de existência, o governo PSD-CDS/PP de Passos Coelho, foi o XX.º Governo Constitucional de Portugal, e a queda inevitável e já anunciada, transformou este no mais curto da história da III República Portuguesa.
A queda do governo de direita  era já previsível, tendo sido anunciada logo no dia 4 de outubro, como consequência do resultado inconclusivo nas eleições legislativas, nas quais quem tem a maioria absoluta dos assentos parlamentares, não é um partido mas uma corrente política, a esquerda; Quanto aos resultados partidários, curiosamente o PS foi o mais votado a nível nacional, mas foi o PSD que obteve o maior numero de mandatos, devido ao sistema de círculos nominais do sistema de hondt.
Primeiro foi a votação do Programa do governo que foi rejeitado, por fim foi votada a moção de censura contra o governo, proposta pelo PS, que obteve 123 votos a favor, vindos das bancadas do PS, BE, PCP, PEV e PAN, e 107 votos contra do PSD e CDS, automaticamente o governo cai, e agora está de novo nas mãos de Cavaco Silva decidir se nomeará Costa para formar governo ou opta por deixar este governo com funções limitadas.

Contudo, Cavado Silva, poderia ter evitado o atual cenário da morte anunciada de um governo que nem chegou a nascer, isto, caso tivesse nomeado António Costa logo de inicio, e assim o presidente evitaria a perda de tempo e o impasse que o país vive, além de ter contribuído para dividir os portugueses, apoiado por setores conservadores e de alguma imprensa, que tentam minar a opinião publica contra a alternativa de um governo de esquerda.

Cavaco deveria ter sido um presidente sensato e capaz de transformar esta crise política num normal acontecimento do sistema parlamentarista, e contribuido assim para que o cidadão comum encare com naturalidade ao invés de medo, o que se passa, fazendo-o encarar com normalidade do funcionamento exequível do sistema parlamentarista e que está expresso na constituição em vigor.
Por Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Livro - A Reinserção Social de Cariz Humanista

Editado em livro, pela Createspace/Amazon, o relatório de estágio em serviço social, com resultados de um estudo feito a um conjunto de utentes de uma Cantina Social em Lisboa, no âmbito de um estágio curricular, sendo este dividido em três partes, a primeira trata da caracterização institucional, descrevendo a história, a missão e a vocação da Instituição, a segunda parte, é o enquadramento teórico conceptual, voltado para as questões metodológicas do trabalho social e do estudo efetuado, e por fim a terceira e ultima parte referente aos resultados do estudo e às conclusões finais.

Estudo da autoria de Filipe de Freitas Leal, tendo sido orientadorespel o Professor Doutor Jorge Rio Cardoso, pelo ISCSP; a Dra. Sílvia Moço (Técnica Social) e a co-orientadora, a socióloga Dra. Vera Rodrigues pela Instituição "O Companheiro".

A edição é o segundo livro da Coleção de Livros Etcetera, editado online pela Editora CreateSpace, da Amazon.com, que atribuiu o ISBN (International Standard Book Number), a distribuição de vendas é feita via internet na Amazon dos EUA, Reino Unido e Europa. Outros canais de distribuição só estarão disponíveis dentro dos próximos dois meses, o livro é comprado pelos valores abaixo mais portes de envio.

Poderá fazer a compra do livro, nos seguintes links abaixo:

A Reinserção Social de Cariz Humanista:

Por Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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