domingo, 13 de setembro de 2015

Marcelo Igual a Marcello

Marcelo Rebelo de Sousa, é o que se pode chamar de um político polivalente, atualmente é professor catedrático de direito e comentador político (e não só) na TVI, sendo de há muito tempo o comentador mais popular e o mais mediático em Portugal.
Marcelo Rebelo de Sousa, foi membro da Ala Liberal durante o governo de Marcello Caetano no inicio dos anos 70, foi ainda em 1973 co-fundador com Pinto Balsemão, do Semanário Expresso, do qual foi jornalista e veio a ser posteriormente diretor; Após a Revolução de 25 de Abril 1974, fundou juntamente com Sá Carneiro, Magalhães Mota e Pinto Balsemáo, o Partido Popular Democrático (PPD/PSD) partido pelo qual foi eleito deputado à Assembleia Constituinte em 1975, tendo sido eleito Presidente do respectivo partido, em 1996, cargo que exerceu até 1998.
Quando do seu afastamento da politica, Marcelo Rebelo de Sousa, manteve-se como Professor catedrático e passou a ser comentador politico, inicialmente na RTP1 (Estação de televisão pública de Portugal), é sem dúvida um comunicador nato, e uma pessoa que fala com eloquência, mas tem também algo em comum com Marcello Caetano, o antigo e último Presidente do Conselho do Estado Novo.
Marcello Caetano, fora aliás, um dos ministros do governo de Salazar, que se esforçou para instalar nos anos 50 a TV em Portugal, algo que desagradava de todo a Salazar, Caetano no entanto conseguiu convencer Salazar e a RTP fora fundada em 1955, tendo sido inauguradas as emissões regulares a 7 de março de 1957.
M. Caetano no Programa "Conversas em Família"
Foi inclusive o próprio Marcello Caetano, a tirar proveito disso quando Presidente do Conselho, utilizou a televisão para comunicar ao país num programa que se intitulava de "Conversas em Família" e que ia ao ar todas as semanas, onde Caetano explicava aos portugueses as suas ideias para Portugal e o Mundo; além disso, Caetano ao contrário de Salazar visitava o interior e contactava com os populares, chegou a fazer visitas oficiais às colónias portuguesas em Africa, entre elas a Província Ultramarina de Moçambique da qual era governador, Baltasar Rebelo de Sousa pai de Marcelo Rebelo de Sousa. 
Marcelo Rebelo de Sousa, assemelha-se a Caetano nisto, o de saber aproveitar os meios de comunicação de massas para chegar até ao cidadão comum, numa espécie de conversas em família, com análise política à hora do jantar, onde no domingo todos os portugueses já regressaram a casa, e onde sabe juntar temas mais populares para além da política, mas Marcelo vai mais longe e utiliza também as novas redes sociais da internet adequando-se ao estilo dos mais jovens, e de igual modo, contacta os populares, indo até ao terreno dos adversários políticos, tal como que a romper os preconceitos e as barreiras ideológicas dos seus correlegionários, indo mesmo visitar a Festa do Avante, que é organizada pelo Partido Comunista Português (PCP) e que tem o nome do Órgão oficial daquele partido.

Contudo se Marcelo é igual a Marcello, no aproveitamento dos meios de comunicação, os tempos são outros, pelo que a suas possíveis pretensões de candidatar-se à Presidência da República em 2016, não contam facilmente com o apoio da liderança tecnocrata do PSD, que já afirmou dar apoio a Rui Rio. Neste cenário, e com todo o apoio que angariou, Marcelo só precisa de coragem e apoios extra-partidários para avançar sozinho para a corrida às presidenciais. contudo nisto espera ele não ser igual a Marcello Caetano, que apesar de comunicativo e de ter inicialmente o apoio popular, acabou só, tanto no fim do Regime que não soube mudar, como no exílio do Brasil após ser deposto e onde veio a falecer em 1980.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

A Reinserção Social de Cariz Humanista

"A Reinserção Social de Cariz Humanista" é o título do Relatório Final de estágio em Serviço Social, da autoria de Filipe de Freitas Leal, cuja defesa realizou-se dia 8 de setembro no Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas (ISCSP) da Universidade de Lisboa; Neste relatório entendemos por Humanismo, não uma mera corrente do trabalho social, mas sim a essência do Serviço Social, voltado para a emancipação e capacitação dos clientes (utentes).
O estágio desenvolveu-se no Gabinete de Intervenção Social (GIS) da Instituição "O Companheiro"IPSS, sob a orientação do Professor Doutor Jorge Rio Cardoso, economista e pedagogo, autor de diversos livros sobre métodos de estudo, como Método Ser Bom Aluno Bora Lá, e também Pais à Beira de Um Ataque de Nervos, da Drª. Sílvia Moço responsável pelo GIS, e também pela coorientadora Drª. Vera Rodrigues (socióloga) técnica social no "O Companheiro".
Com o Professor Jorge Rio Cardoso
no ISCSP após a defesa de relatório.
O trabalho efetuou-se ao longo de um ano, de setembro de 2013 a setembro de 2014, em contacto direto com os clientes (utentes) da Cantina Social, do Banco Alimentar e dos residentes daquela Instituição ímpar, culminou numa entrevista como conclusão do projeto de estágio, entrevista essa que visava compreender as causas que subjazem nas problemáticas sociais que surtem o pedido de apoio, quer por encaminhamento interinstitucional, quer por sinalização de terceiros ou ainda a pedido pelos, em situação de vulnerabilidade social.
A população entrevistada, foi a dos clientes (utentes) da Cantina Social, tendo a seguinte pergunta de partida: Em que medida, a consciencialização dos clientes (utentes) sobre a causa da sua problemática promove a mudança efetiva das suas condições de vida?

A resposta e a análise de conteúdo deste estudo das entrevistas, estão disponíveis no repositório do ISCSP, bem como no Box.com, sendo disponibilizado para leitura na hiperligação abaixo.
Hiperligação A Reinserção Social de Cariz Humanista.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Poema # 07 - A Aurora

Que os nossos desejos
Se transformem em realidade,
Que possamos fazer doravante
De cada dia, uma aurora
E uma grande oportunidade de viver,
Sem que a tarde jamais se ponha 
No horizonte dos nossos mais belos sonhos."

31/10/2012


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Poema # 06 - Renascer a cada manhã

Durmo todas as noites como se morresse,
Renascendo esperançoso a cada manhã,
E nas tardes da vida amadurecesse,
Aprendendo humildemente em mente sã,
Que os erros que cometi não mais os cometesse.

E Qual Fénix que das cinzas se faz renascer,
Faz o passado, pertencer ao esquecimento
Depositado no devido tempo de crescer,
O presente, esse rege ao devido momento
O futuro, é o perpétuo sonho de reerguer.
____________

Na vida, sentimos que há fases, que se sucedem umas às outras, no processo de crescimento, amadurecimento, envelhecimento, pelos erros e acertos que nos ensinam; A Fénix  um pássaro da mitologia grega, que quando morria o seu corpo se auto destruía pelo fogo, pelo que o pássaro voltava a renascer das próprias cinzas; Eis aqui uma metáfora para muitas das fases da vida.

11/06/2012


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Poema # 05 - Oração de Um Ser Humano

Senhor:
Perdoa-me,
Por não ter sido um instrumento da Tua Paz.

Onde houve o Ódio, eu não levei o Amor,
Onde houve a Ofensa, eu não levei o Perdão.
Onde houve a Discórdia, eu não levei a União.
Onde houveram Dúvidas, eu não levei a Fé.
Onde houve Erros, eu não levei a Verdade.
Onde houve Desespero, eu não levei a Esperança.
Onde houve Tristeza, eu não soube levar a Alegria.
Onde reinaram as Trevas, eu não soube levar a Luz!

Por vezes procurei mais:
Ser consolado que consolar;
Ser compreendido, que compreender;
Ser amado em vez de amar,
Deixando de ser quem devia ou poderia ter sido.

Pois se é dando, que se recebe,
Esqueci de doar-me a quem mais precisava.
Se é perdoando, que se é perdoado,
Guardei rancores, magoei pessoas, fechei portas.
Se é morrendo, que se vive para a vida eterna!
Só vivi para o Mundo em vez das pessoas.
Que o amanhã seja diferente,
Talvez um recomeço, mais humilde.
Que amanhã eu possa fazer a Tua vontade,
Aceitando os sacrifícios do caminho.
Que num amanhã, perto ou distante,

Eu renasça.

27/05/2012


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Poema # 04 - O Caminho, no abril que chega.

O caminho faz-se no caminhar, contínuo.
Ainda que na solidão tardia... que me acompanha.
A porta aberta deve ser transposta... sem medo.
Mais que esperar acontecer... Agir.
Deve-se ir a caminho e palmilhar, no chão.
A via que nos espera, a via que se busca,
Na ânsia.

E por fim transformar invernos em primaveras,
Na mudança.
Em flores de abril que chega,
Serenamente.
Mais forte que a minha vontade é o meu destino,
Seja qual for.

Que o que tiver de ser, será,
Certamente.
Mesmo que não queira, partir ou chegar,
Acontecerá.
Até um dia, em que não estarei mais cá,
Saberei que não vou esquecer.

12/03/2012.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Poema # 03 - Fé e Luz

Numa folha de papel em branco,
Com mão firme e a caneta em punho,
Escrevo um sentimento franco,
Entre rabiscos num rascunho,
Como saudades do futuro,
Ou obscuras certezas da procura.

Relembro os eternos valores,
Reavivo princípios de vida,
Que tão fortes como amores,
Fazem minh'alma não ser perdida,
E com fé vivo a esperança,
De que o Eterno que me dê a confiança.

Luz azul, que um dia me visitou,
De raios áureos, prata em meu olhar,
A Perplexidade me imobilizou.
Tomado de e dulcíssima vontade de orar,
Rogo-te um dom, ó luz celeste,
Faz reavivar a minha fé tão pequenina.

(1986)



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.



 
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