quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Raif Badawi - O Direito de Ser Blogger


O blogger saudita Raif Badawi, de 31 anos, casado e pai de três filhos, foi condenado pelo uso da liberdade de expressão e pensamento, em artigos no site Rede Liberal Saudita, onde pedia a diminuição da influência da religião islâmica da corrente wahabita, na sociedade e na política do seu país, Badawi é acusado de subversão, mas o mais grave é a acusação de renúncia à fé, o que geralmente pode conduzir à pena de morte.
A família do blogger, está a viver exilada no Canadá desde a sua detenção em 2012, e vários ativistas dos direitos humanos, como a Amnistia Internacional, e a Human Rights  Watch, movimentam-se em petições para a libertação do blogger saudita.
Dia 9 de janeiro, Raif Badawi recebeu as primeiras cinquanta das mil chibatadas em que lhe foram impostas com punição, cumprindo-as em praça pública na cidade de Riad, capital da Arábia Saudita.
A mulher de Badawi, teme que o seu marido não resista à próxima aplicação da pena, de outras cinquenta chicotadas, que está prevista para a sexta-feira do dia 16 de Janeiro de 2015.

A Amnistia Internacional, juntamente com outros ativistas, estão a lutar pela libertação do blogger e também para que a liberdade de expressão, como o simples facto de se poder ter um blog possa vir a ser uma realidade na vida social e política saudita.





Ou no LinkAmnistia Internacional, Libertação para Raif Badawi

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Ani Charlie - Je Suis Juif

Foram a enterrar 7 das vitimas dos ataques de Paris
Hoje, dia 13 de janeiro, realizaram-se as exéquias funebres de 7 das 17 vitimas dos ataques de Paris, que se iniciou na quarta-feira do tenebroso dia 7 e terminou na sexta-feira, com a morte dos terroristas, tendo um deles assassinado quatro reféns, todos de religião judaica que se encontravam no supermercado kosher no momento em que se deu o sequestro.

As quatro vitimas, de confissão judaica, foram a sepultar em Jerusalém, a Capital de Israel, que para efeito estava coberta de bandeiras pretas com os dizeres "Jerusalém é Charlie" e contrastando com o branco da neve que cobre a cidade.

Netanyahu discursando nas exéquias
A cerimónia realizou-se junto ao muro das lamentações, num clima de grande consternação, onde estiveram presentes os familiares, políticos e lideres religiosos, como o Gran-rabino sefardita Ytzak Yosef, na leitura dos salmos e do Kadish (uma oração fúnebre judaica lida em aramaico), entre os presentes, contou-se com a presença do Presidente israelita Reuven Rivlin, e do Primeiro-Ministro Benyamin Netanyahu, ambos discursaram sobre o crescente antissemitismo que se vive hoje, tendo Israel conseguido a garantia do governo de França para a proteção das escolas e sinagogas, que passam a estar guardadas por elementos do exército francês. Por fim Netanyahu citou o nome das quatro vitimas: François Michel Saada  com 60 anos, Philipe Braham de 40 anos, Yoav Hatabb com apenas 21 e Yohan Cohen de 22 anos, todos os quatro receberam uma condecoração da Legião de Honra a titulo póstumo, pela mão da ministra francesa do ambiente, Segolene Royal. 

"Clarissa, Franck, Ahmed morreram para que nós possamos viver livres." François Hollande

Os três agentes da policia francesa enterrados em Paris
Quase que simultaneamente em França, foram também a enterrar numa cerimónia com honras de Estado, os três polícias mortos no combate aos terroristas, foram condecorados pelo Presidente francês François Hollande, tendo também a companhia do Primeiro-Ministro Manuel Valls, no momento Hollande referiu-se aos policias assassinados, como pessoas de grande coragem e dignidade, que morreram pela liberdade, frisando os nomes dos agentes Ahmed Merabet de 40 anos, muçulmano e de ascendência argelina, Clarissa Jean-Philipe de 26 anos, nascida na Martinica e Franck Brinsolaro que tinha 47 anos.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Maomé na Nova Edição do Charlie Hebdo

Está já definida a nova capa para o último número do CHARLIE HEBDO, que terá um total de 3.5 milhões de cópias, e que optou por colocar o Profeta Maomé na capa do último número, com uma frase por baixo do logotipo, onde afirma: "Este é um jornal irresponsável", a edição sairá para as ruas dia 14 de janeiro, tendo a cor verde de fundo, e o profeta segurando um papel a dizer "Je Suis Chalie" e como manchete, a frase "Tout est Pardonné" tudo é perdoado.
Esta é a primeira edição, que se segue após o ataque que vitimou 17 pessoas ao todo, 8 jornalistas, 2 policias, 4 reféns do supermercado kosher e dois cidadãos que estavam perto do edificio do Charlie no dia fatídico.
Este número tem a diferença que é elaborado na sede do jornal francês, "Liberation", e manter-se-á assim provisoriamente; O advogado do jornal satirico francês, deu uma entrevista a uma estação de rádio, a France Info, na qual afirmou que o semanário, terá para além de Maomé, cartoons sobre políticos e figuras religiosas, e que é essa a natureza do semanário, informar através de cartoons, e não abdicará da sua linha editorial e da liberdade de expressão.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Poema # 45 - Se fosse assim

Se fossem tijolos os meus sentimentos
Erguia as paredes de uma mansão,
Alegre, ampla, colorida, em flor.
E se fossem telhas meus pensamentos
Abrigava ternamente no coração,
Casas, jardins, crianças e amor.

Mas sentimentos não são assim, não
Não são tijolos, nem casas, nem flor
Não constroem muros, talvez ilusões.
Pensamentos não são como telhas, não
Não me dão abrigo, nem fulgor,
São só um suavíssimo sopro de sensações.

Sentimentos nascem sem ter motivo,
E crescem alimentados de pensamentos,
Teimosamente ternos, ilhados em dor.
Mas embriagados na alegria do cativo,
Que preso ao sentimento, diz lamentos,
Não querendo amar, ama o seu amor.

Se sentimentos fossem certezas,
Não teria duvidas algumas que viver
Seria insensivelmente desprezível
Por saber que não te poderia ter

Se pensamentos fossem duvidas,
Não duvidava nunca, que o amor
Seria inevitavelmente impossível,
Por não saber que te amava.





Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A Verdadeira Religião

A religião, seja ela qual for, é algo de ordem pessoal, e não está e nem poderá ser colocada acima do Estado e nem da Lei.

A validade de uma determinada religião, mede-se pela sua capacidade em ser um instrumento que auxilie os seus fiéis, e contribua para o desenvolvimento dos mesmos e da coletividade, estando assim a par com outros instrumentos sociais, de cariz psicossocial, educativo, cultural e de solidariedade social.

Abraçar a causa de grupos-religiosos ou para-religiosos que ultrapassem estas características e finalidades, pode revelar-se uma má escolha.

Artigo 18.º - Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Toda a pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião, este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática pelo culto e pelos ritos.


















Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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