#BringThemHomeNow!
Ha ainda nos túneis de Gaza, um numero estimado em 136 reféns israelitas e judeus sequestrados no fatídico dia dos massacres de 07/10/23.
Solidariedade é a essencia da Justiça Social
Para que uma sociedade se desenvolva em justiça social é fundamental a cultura da solidariedade.
sábado, 2 de abril de 2011
Evento - Recuperação Financeira de Particulares
sábado, abril 02, 2011
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Realizou-se no dia 31 de
Março, pelas 17H no “Económicas Lounge” ISEG, em Lisboa, a conferência com o
tema: “Meios de Recuperação Financeira
de Particulares”, que teve como público alvo os profissionais da área e
pessoas interessadas no assunto da insolvência de particulares.
O evento teve a presença de vários advogados especializados no assunto como oradores especializados nesta
matéria, através de informações sobre o Código de Insolvência e
Recuperação de Empresas, que agora contempla os particulares.
O número de pessoas
singulares, em situação de insolvência tem vindo a aumentar de ano para ano,
segundo dados fornecidos pela DECO, terão sido cerca de 432 os processos
iniciados em 2007, de 656 em 2008 e de 1258 em 2009 , o que se deve ao
agravamento da crise económica e à situação de sobreendividamento das famílias
(Fonte).
Esta é uma das causas do
empobrecimento de inúmeras famílias portuguesas, os chamados “novos pobres”,
pessoas que perderam o emprego ou que sofreram a falência da própria empresa,
herdando uma situação de grande dificuldade financeira, e também psicológica. As
pessoas nessa situação podem pedir apoio à justiça e declararem-se
“insolventes”, ficando assim garantidas as condições mínimas necessárias às
necessidades básicas da família, sendo o excedente do seu rendimento entregue
ao Administrador de Insolvência nomeado pelo Tribunal.
A participação na
conferência teve um custo de 25€ como valor de participação, valor esse que
reverteu a favor da Associação APOIARE.
Autor Filipe de Freitas Leal
terça-feira, 29 de março de 2011
Adoção de Idosos e Exclusão Social
terça-feira, março 29, 2011
Filipe de Freitas Leal
3 comentários
Portugal mais uma
vez está a realizar um censo, o seu XVº recenseamento geral da população, pelo
que esperamos o fim desta consulta para termos acesso a dados novos sobre a
nossa sociedade. O censo pode ser respondido on-line teoricamente por todos,
embora de facto essa possibilidade esteja vedada à faixa da população que se
encontra em “infoexclusão”, novo conceito de exclusão social em países
desenvolvidos que designa o conjunto de pessoas que não têm acesso aos meios
informáticos, quer seja por inaptidão devido à idade, quer seja por falta de
recursos.
Um dos dados que se
aguarda com antecipação é o do nível de envelhecimento da nossa população – a
expectativa de vida em Portugal é maior hoje que no passado naturalmente, mas
há que saber precisar exatamente quanto. Segundo a CIA
World Factbooka longevidade nas mulheres portuguesas atinge em
média os 82 anos e nos homens fica-se pelos 75, o que contudo é baseado apenas
nas estimativas possíveis entre recenseamentos gerais.
Segundo dados do INE, existiam em 2009 cerca de
321 mil idosos a viver sozinhos em Portugal (via), sendo a maioria mulheres viúvas.
Ora, estes dados, que aparecem associados ao relato por parte da autoridade
estatística do seu progressivo aumento no passado recente, exigem que se olhe
cada vez de modo mais sério para a problemática da terceira idade na nossa
sociedade, que vem associada a problemas gravosos e cada vez mais bem mapeados
como os da exclusão social dos idosos em geral, os da violência familiar sobre
os idosos, os da escassez de cuidados de saúde especializados e contínuos ou os
da falha da garantia aos idosos dos seus direitos básicos de dignidade
individual e social.
A Santa Casa da
Misericórdia de Lisboa (SCML) é
uma das instituições sociais mais ativas e diversificadas no cuidado que
presta a idosos - ver aqui a diversidade da sua oferta.
De destacar é
contudo, pela sua oportunidade e originalidade, a campanha que vem
desenvolvendo desde Maio de 2010, que pretende identificar famílias que estejam
disponíveis para adotar idosos carenciados sem família. Não obstante as famílias
disponíveis recebam pelo menos 447,27€ por mês para acolherem o idoso, podendo
acolher até um máximo de três, os primeiros meses da campanha foram uma
deceção, obrigando a uma nova fase de ativa publicitação dessa possibilidade,
no fim do ano passado, também sem grandes resultados (via).
Ora, continua em aberto essa possibilidade, e as necessidades são crescentes.
Sobre essa forma de apoio social, contacte-se a Direção de Acção Social da
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (ver aqui).
Outro serviço que merece relevo é o de
Atendimento e Apoio Telefónico para Idosos, em especial o de TeleAssistência. Para além de um fim
assistencial, estes serviços têm também o fim declarado de ajudarem a combater
a solidão dos idosos.
Actualmente, nesse âmbito, a SCML tem ao serviço
da população idosa as linhas abaixo:
- STA – Serviço Tele Alarme –
Serviços de Apoio a idosos: 21 793 33 60
- Linha do Cidadão Idoso: 800 20
35 31.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Mendicidade, Um Estigma na Pobreza I
segunda-feira, março 28, 2011
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Mas eis que, na
realidade, não obstante seja positivo o sentido global de evolução,
inegavelmente, a grande desprotecção dos pobres e dos excluídos face à variação
das condições socioeconómicas fez com que, neste século que tem até ao momento
sido de mudanças e desafios profundos ao nível do modelo económico vigente, se
tem verificado um agravamento generalizado nas sociedades ocidentais da
situação dos mais desfavorecidos, quer em consequência da crise económica do Subprime em 2008 quer do efeito dominó que a
partir daí arrebatou as economias de países que entraram em banca rota,
como a Islândia, o Equador, a Grécia, a Irlanda. Portugal não ficou imune,
sendo arrastado para uma crise económica, política e social que se agrava.
Esta crise acarreta
a ruína de uma franja da população de forma violenta, os mais necessitados, os
sem abrigo, os sem emprego, os sem família os sem esperança, e sobretudo os
dependentes quase exclusivamente da caridade alheia e das instituições
religiosas e de solidariedade social, tais como por exemplo
(internacionalmente) “O Exército de Salvação” e a “Santa Casa da Misericórdia”
e por exemplo (nacionalmente) a “Comunidade Vida e Paz”, a “Casa” e a “CEPAC
Centro Padre Alves Correia” que prestam uma grande ajuda às pessoas mais
pobres e empobrecidas. Destacaremos hoje as duas últimas quer como modo de
divulgar os seus esforços, quer como de as promover junto dos estudantes e
especializados na área das Ciências Sociais, convidando todos a uma visita,
desde logo, aos seus sites.
A CEPAC, tem como objectivo reinserir os
imigrantes ilegais explorados em Portugal, tais como as ciganas romenas. O
centro pretende ajudar quem vive em situação de mendicidade, tendo baixa
escolaridade e encontrando-se em situação de uma forte exclusão social.
A CEPAC presta um enorme serviço, por exemplo no caso das mulheres ciganas romenas,
dando formação a estas mulheres, não só escolar mas também profissional, o que
se torna numa grande mais valia para a sua inserção social, auto estima,
autonomia, bem como para a conquista do seu espaço na sociedade, deixando as
ruas, a indigência e a mendicidade.
A CEPAC tem vários projectos de desenvolvimento para imigrantes, tais como o:
“Fronteiras do Imigrante – Agir para Incluir”, sendo apoiada pela ONGD
“Pórticus”.
Recomenda-se quer a
visita ao site quer a colaboração. Nesta página encontram-se dados sobre como apoiar
financeiramente a instituição ou como colaborar com tempo, em regime de
voluntariado.
Outra instituição, e
esta totalmente voltada para os “Sem Abrigo” é a “Casa – Centro de Apoio aos Sem Abrigo”, que suportando-se no apoio de voluntários e de restaurantes e benfeitores
das cidades onde actua, tem vindo a servir todas as noites, refeições quentes e
embaladas, a distribuir roupas e uma palavra amiga e de esperança, aos sem
abrigo nas cidades de Lisboa, Porto, Coimbra, Faro e Setúbal.
A “Casa” necessita também de voluntários, agradecendo também todos os donativos que
lhe possam ser encaminhados. Sobre donativos ver aqui. Sobre voluntariado especializado e
não especializado aqui.
Ambas as
instituições podem ser receptoras da consignação de 0,5% em sede de IRS. Vejam
nas páginas indicadas como.
C.A.S.A. – Centro de
Apoio ao Sem Abrigo
Sede Institucional: Rua
Dona Estefânia, 124, 1º, 1000-158 Lisboa
Tel: 212 419 968
Fax: 213 163 488 email: info@casaapoioaosemabrigo.org
CEPAC – Centro Padre
Alves Correia
Sede Institucional: Rua
Dona Estefânia, 124, 1º, 1000-158 Lisboa
Tel: 213.973.030 Fax: 213.951.280 e-mail: director.tecnico@cepac.pt
www.cepac.pt.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
domingo, 27 de março de 2011
Serviço Social em Contexto de Crise
domingo, março 27, 2011
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Mediante
este quadro, e com bastante pertinência vai realizar-se na UTAD – Universidade
de Trás os Montes e Alto-Douro, a Conferência dedicada ao tema “Os Serviços
Sociais e os Profissionais em Contextos de Crise”, a decorrer dia 7 de Abril
das 14h30 às 17h00, no Auditório do Edifício CIFOP em Vila Real, no âmbito do
II Ciclo de Conferências em
Serviço Social, e que terá como orador o Professor Doutor Pedro Hespanha da
Universidade de Coimbra.
No
âmbito do mesmo Ciclo, está ainda agendada para dia 11 de Maio, no mesmo
horário e local da conferência anterior, a Conferência “Tendências, Enfoques e
Modalidades do Serviço Social”, ministrada pela Professora Doutora Marlene Braz
Rodrigues, docente no ISSSL.
O
objectivo destas conferências é explorar o contexto que decorre da actual
conjuntura socioeconómica portuguesa, ou seja do agravamento da crise e das
consequências que daí advém tanto para a um fatia da população que se vê
empobrecida bem como para os profissionais de serviço social que têm de
reavaliar a prática e a abordagem do seu método de trabalho para a intervenção
junto do sistema cliente, agora mais alargado.
A
Entrada é livre, mas não dispensa a inscrição prévia. Para mais informações
clique-se aqui ou
recorra-se aos contactos abaixo:
UTAD/DESG,
Av. Almeida Lucena, 1 /5000-660 Vila Real
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Diversidade Cultural e Religiosa
domingo, março 27, 2011
Filipe de Freitas Leal
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Decorreu no dia 25 de Março, sexta-feira pelas 14h, um encontro
promovido pela ACIDI – Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo
Intercultural que é representado por Filomena Cassis do projecto
“Entreculturas”, cujo tema central é “Diversidade
Cultural e Religiosa em Contexto Escolar”. Este evento, realizou-se no
Auditório Agostinho da Silva na Universidade Lusófona de Humanidades, dos temas abordados foram para
além do tema principal, a diversidade linguística na escola portuguesa e as boas
práticas em interculturalidade.
Autor Filipe de Freitas Leal
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
sábado, 26 de março de 2011
OTAN Assume Ação Militar na Líbia
sábado, março 26, 2011
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
A OTAN vai assumir a ação militar na Líbia
contra o regime do Coronel Muamar Kaddafi, com o apoio da Turquia após dias de
discussão em que só sexta-feira se fez um acordo final.
Quais as consequências desta decisão da
aliança europeia, da retirada estratégica dos EUA com uma guerra na Líbia que
promete arrastar-se por algum tempo, que não se sabe ao certo quanto, ninguém
sabe responder ainda. Mas espera-se a vitoria da democracia.
O mundo árabe vive hoje uma forte conturbação
social, devido às baixas condições de vida das populações e também da opressão
politica e social, as populações árabes do Magrebe e do Oriente Médio tomaram
consciência da democracia e querem-na em seus países, é da democracia que
depende o desenvolvimento dos seus países e das gerações futuras, é importante
que se dê à Tunísia e ao Egito o apoio e se façam os esforços necessários a
nível internacional para a consolidação da democracia e do desenvolvimento
social nesses países.
No entanto a Costa do Marfim submerge numa
nova guerra civil, após as eleições em que Laurent Gbagbo após perder as
eleições, não reconheceu a derrota e recusou deixar o poder, iniciando-se uma
Guerra Civil lamentável.Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
sexta-feira, 25 de março de 2011
Criminalidade e Reinserção Social
sexta-feira, março 25, 2011
Filipe de Freitas Leal
2 comentários
No âmbito do 1º Fórum de Ciências Sociais e
Políticas que decorreu no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas -
ISCSP, da Universidade Técnica de Lisboa - UTL, tendo particular atenção ao
tema acima referido, do dia 16 de março pelas 18h30, com a conferência sobre a
Criminalidade e a Reinserção dos ex-reclusos na sociedade, na qual estiveram
presentes os seguintes oradores:
Dr.ª Joana Patuleia dando o seu testemunho em nome da DGRSP Direção Geral da Reinserção e dos
Serviços Prisionais, atualmente Vereadora da Cultura na Câmara Municipal de
Bombarral;
Professor Doutor José de Almeida Brites (Psicólogo e Professor universitário) Diretor de “O Companheiro” -
Associação de Fraternidade Cristã, IPSS, Instituição fundada em fevereiro de
1987 pelo Padre Dâmaso Lambers,
tendo como lema e missão Para que não haja Homem explorado pelo Homem",
vocacionada a promover a reinserção social da população alvo, de reclusos,
ex-reclusos e as suas famílias;
Dr.ª Sílvia Moço (Assistente Social) que dirige o Gabinete de Inserção Social - GIS, de
"O Companheiro".
Amílcar Velhinho, presente
na conferência, para prestar o seu testemunho vivo, de um ex-recluso, tendo
sido recluso por vários anos, e foi apoiado no seu processo de
reinserção social pelo "O Companheiro, instituição à qual ainda hoje
está ligado.
O Sistema Prisional – Dr.ª. Joana
Patuleia
O sistema prisional português, tem vindo a
mudar ao longo das últimas décadas, a visão e o modo como encara a sua função
na sociedade portuguesa, que desde o inicio da década de 80 tem vindo a ter um
cariz mais humanista.
Segundo a Dr.ª Joana Patuleia, que foi
diretora de um estabelecimento prisional, formada pelo ISCSP em politica social, afirmou que a filosofia atual do Serviço Prisional é o
da segurança e reabilitação, ou seja de retirar a liberdade do recluso com o
objetivo de o reinserir na sociedade, e para tal, os serviços prisionais
encaram que a intervenção deve ser feita logo de inicio da condenação com o
intuito de reabilitar, tendo a visão de que cada caso é um caso, mas devem ser
tidas em conta as necessidades de cada recluso na sua formação escolar,
profissional e revalorização pessoal para o sucesso da sua reinserção.
O universo dos reclusos em Portugal hoje é da
ordem dos 12 mil indivíduos no total e contando com ambos os sexos.
As razões da criminalidade tem de ser tomadas
em linha de conta, que seja por motivos de família disfuncional, estilos de
vida poucos saudáveis e ambiente e companhias com propensão à criminalidade,
isto para se poder preparar com programas eficazes de formação dentro da
penitenciária e cujo objetivo é dar ao recluso muitas vezes aquilo que precisa
mas não soube buscar por si mesmo.
Vários programas tem vindo a ser feitos, em
estabelecimentos presidiários, dos quais também fazem parte alguns estudos
sobre “Comportamentos Criminógenos” e “Impacto da Intervenção Penitenciária e
do Nível de Reinserção”, mas alguns ainda não foram verificadas na sua validade
até o momento.
A Reinserção Social – Dr. José
Brites (O Companheiro)
Para o Professor Doutor José de Almeida
Brites, há falhas no serviço prisional no que se refere à preparação do preso
com vista à sua libertação e posterior reinserção social, que por vezes põe em
causa os objetivos do Sistema Prisional no termos acima referidos, pois sem as
mínimas condições de uma estrutura de apoio familiar e social, os reclusos não
terão outra alternativa senão buscar apoio no mundo que conheceram antes da
reclusão e é esse mesmo mundo que os levou à marginalidade social, ao crime à toxicodependência,
ao alcoolismo e a uma vida de reclusão, por vezes há casos de reclusos que
reincidem com o objetivo de voltar à cadeia visto não terem uma perspetiva
positiva da sua vida em sociedade.
Foi neste contexto que há 24 anos, nasceu “O
Companheiro” para dar uma mão amiga e ajudar os reclusos numa serie de
processos de reinserção que passam por ter primeiro um abrigo, um teto, uma
palavra de ápio, mas também de obter documentação, tratar da saúde, encontrar
um emprego, de ter um ordenado enfim de dar sentido à sua vida.
Mas afirmou, que há muita reformulação legal,
muita discussão mas os resultados estão abaixo das expectativas, sem falar no
peso da discriminação social que em nada ajuda aos ex-reclusos que queiram
voltar à sociedade.
O GIS Gabinete de Inserção Social
– Dr.ª. Sílvia Moço
Para Sílvia Moço, nem tudo são rosas, os
reclusos quando saem em liberdade, encontram uma série de problemas, sobretudo
nos tempos que correm de crise económica, as portas da empregabilidade estão a
se fechar, falou também de algo muito forte que o individuo sente cá fora, o
“Rótulo”, “a sociedade marca as pessoas e as rotula”, acumulando o peso da
idade em que alguns saem, 40 e 50 anos, não têm outra ajuda que não seja “O
companheiro” e do apoio de muitos que lá trabalham como voluntários.
As necessidades dos reclusos, são muitas, por
vezes vêm revoltados, não conseguem lutar por si, precisam ser incentivados,
sobretudo os que não tem família, há necessidades de variadíssima ordem,
nomeadamente problemas de saúde, falta de documentação, apoio judiciário, sendo
preciso ajuda-los a criar rotinas de trabalho e de organização, gerir dinheiro,
higiene, horários enfim criar o seu próprio projeto de vida.
Um testemunho – Amílcar Velhinho.
Amílcar Velhinho deu o seu testemunho, com
teor de gratidão pelo apoio recebido no “Companheiro”, e afirmou
categóricamente, “Quem passa pelo Companheiro só volta à cadeia se quiser, pois
as suas atividades, os seus voluntários e o carinho que prestam nos cuidados de
reinserção, é fundamental para o sucesso do indivíduo cá fora em liberdade”,
conclui.
Amílcar Velhinho que na cadeia era “O velho”,
esteve preso quatro vezes, foi reincidente, e decidiu-se a mudar, só
conseguindo com o apoio acima referido, mas que todos sentem que “cá fora” os
rótulos marcam, “lá dentro” é um mundo cão.
Voluntariado – O Companheiro
O Companheiro necessita de voluntários para
manter vivo este projeto e tamém para manter viva a esperança de quem dele
precisa.
Caso esteja interessado(a) em desenvolver um
trabalho de voluntariado contacte de acordo com as indicações abaixo:
E-mail: v.franco@companheiro.org
Av.Marechal Teixeira Rebelo, 1500-424,
Benfica; Telefs: 21 716 00 18/69
Artigo reeditado em 07 de janeiro de 2015
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.