#BringThemHomeNow!
Ha ainda nos túneis de Gaza, um numero estimado em 136 reféns israelitas e judeus sequestrados no fatídico dia dos massacres de 07/10/23.
Solidariedade é a essencia da Justiça Social
Para que uma sociedade se desenvolva em justiça social é fundamental a cultura da solidariedade.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Um Novo Olhar Sobre o Mundo
quinta-feira, julho 19, 2007
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Ver o mundo e as pessoas pelo mesmo
prisma é mais uma forma de prisão, porque pode ser também o princípio de uma
mentalidade preconceituosa, a qual não vê as peculiaridades de cada um,
seja uma pessoa, um grupo, uma comunidade ou um povo.
É imperioso que saibamos respeitar
outros pontos de vista, não no sentido de ter obrigatoriamente que concordar
com os mesmos, mas sim o de sabermos nos colocar no lugar do outro, sobretudo
de tentar compreender o próximo no modo como é e vê o mundo, por outras
palavras urge eliminar o critério do julgamento tácito e por vezes tenaz que se
faz comummente na sociedade dos nossos dias, e que normalmente acontece de um
grupo, contra um indivíduo, ou de uma maioria contra uma minoria.
O nosso próximo, não é apenas o outro
ou uma pessoa diferente, é sim o outro, no seu todo, que é o resultado não só da sua vontade, mas
fundamentalmente de uma série de fatores e circunstâncias que lhe moldaram a
liberdade e o fizeram ser quem é, ou fazer o que as circunstâncias lhe
permitem. Ou seja o resultado de um processo natural, cultural, e também
social, sem este olhar a tolerância não terá o mínimo espaço para
emergir no meio de nós, pelo que não poderíamos provocar uma mudança
para a evolução do mundo que nos rodeia.
Todos nós somos em parte, fruto dos
nossos esforços, em nos cultivarmos e em termos uma consciência crítica sobre
nós mesmos e o mundo, ou a sociedade que nos cerca, não obstante, nem todos têm
tido a mesma capacidade ou sorte, há no mundo toda uma enorme quantidade de
flagelos e injustiças que em maior ou menor grau destroem e deformam a pessoa
humana.
Muitas pessoas rendem-se, já não
questionam nada, contudo estão desesperadas à procura de um emprego, de páo
para matar a fome, de uma solução que tardem em vir em seu socorro, e assim
tornam-se escravos do sistema globalizado, inconsequente, frio e desumano do
capitalismo renascido com a queda do Muro de Berlim.
As religiões, e em particular o cristianismo,
quer católico quer ortodoxo, criticam naturalmente qualquer socialismo materialista
e totalitário. Contudo também condena veementemente o capitalismo e o
neoliberalismo existentes hoje, que apesar do pragmatismo é nociva e acaba por
deformar a consciência das massas, para as tornar numa massa meramente submissa
e rendida ao consumismo.
O grito do Mundo para salvar o planeta,
poderá ser tardio se não for também o grito do mundo para acabar com a
globalização e o capitalismo, se não for também o grito do mundo para
salvaguardar os direitos e liberdades das pessoas e dos povos, mas a mudança
ansiada, ou mesmo necessária, não deve impor o fim de todo o conjunto da nossa
herança civilizacional milenar, nem deve subverter os valores
tradicionais, só porque são tidos como de uma outra era, para agradar ou as
massa ou interesses, movidos segundo a condução de uma batuta cujo móbil será
tão somente os interesses comerciais e financeiros cujo pano de fundo será a
moda ou a modernidade.
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Absurdos & Incongruências
quinta-feira, julho 12, 2007
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
O blog, pretende ser um espaço de discussão, debate de
ideias e defesa de causas aberto a todos que tenham uma consciência critica do
Mundo em que vivemos, pela crítica construtiva voltada para o bem comum, na qual
as nossas lutas sejam as lutas da Justiça
social, da sustentabilidade ambiental que nos alertem para as
questões da seca e falta de água potável, da erosão, da poluição e das
diversas agressões ao ecossistema; de lutas contra os maus tratos aos
animais e a extinção de espécies, que graça por todo o planeta, que
indique caminhos para a distribuição de riqueza e justiça social
e não fiquemos só pela critica pura do derrotismo ou no bota a baixo, que aliás
nascem da inépcia e de um fechar-se em si mesmo.
No entanto não se pode ficar impávido, ao vermos degradarem-se
na nossa sociedade os direitos conquistados após anos de luta na
clandestinidade, o facto é que as liberdades de abril, conquistadas com
sacrifício estão a cair por terra dia após dia, os nossos direitos mais
elementares, a nossa dignidade e até a esperança no regime que nascia do 25 de
abril, têm vindo a desaparecer na cultura política do povo, devido à corrupção,
à imoralidade política e da vergonhosa submissão de alguns dos nossos
dirigentes, face aos interesses estrangeiros ou mesmo de grandes multinacionais.
Também no campo empresarial as falências fraudulentas, as
fugas para o estrangeiro de multinacionais tecnicamente chamadas de
deslocações, enfim surge por todo o país um rumor de um descontentamento enorme
e silencioso. Graça neste país, a loucura disfarçada sobe a capa de discursos
pragmáticos e de sebastianismos inconfidentes. Loucura que mostra o rosto do
absurdo, através de juntas médicas que recusam pensões vitalícias e levam a que
doentes terminais sejam declarados aptos para o trabalho e sem quaisquer apoios
sociais, além de serem obrigados a apresentar-se ao trabalho, acabando por
vir a morrer.
Pessoas que contribuíram toda uma vida, para a
sociedade em que viviam, e que foram desprezadas e espezinhadas pela
incompetência, pela mesquinhes sórdida, que acabara por tirar a dignidade a
quem incapacitado, sem voz e com todos os indícios da doença que o
consumia, fora obrigado a humilhar-se impotente de fazer ver a sua doença, como
o que foi noticiado na imprensa de um professor que mesmo doente fora-lhe
negada a baixa por uma junta médica, vendo-se obrigado a continuar a desempenhar
as suas funções, ainda que sem as poder realizar devido a se encontrar numa cadeira
de rodas.
Dirigentes políticos, que não tiveram a consciência, a
visão, a razão e muito menos o coração para reconhecer o que era óbvio, de
que o professor estava gravemente doente e não quiseram admitir o que de si
era impossível negar; Escolheram o caminho do absurdo e a
incongruência dos seus atos, que se repetem de lés a lés no triste
Portugal.
Este espaço pretende humildemente juntar-se a outros
tantos na internet, a fim de contribuir construtivamente para que se faça uma
revolução cultural, que em Portugal nunca houve e que cada vez mais faz-se necessário.
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
sábado, 7 de julho de 2007
O Judaísmo - O Berço da Civilização
sábado, julho 07, 2007
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
O
Judaísmo, não é meramente uma religião, e nem apenas marcada por dogmas profundos, no judaísmo não se
define a divindade, e a vida e o post-mortem não são o centro do
judaísmo, o que faz esta religião ser tão especial, é que do seu cunho surgiu a filosofia do Humanismo, e também as duas grandes religiões monoteístas, da revelação ou do livro, o Cristianismo e o
Islamismo, o judaísmo não é mera filosofia de vida, é fundamentalmente a
religião de um povo que não definindo D-us, conhece-o e relaciona-se com Ele de
um modo peculiar de geração em geração, séculos após séculos, com uma
verdadeira devoção a um D-us, que não pode ser definido nem representado por
imagem alguma, a não ser pela imagem do amor que tem para com seu Povo.
A
oração judaica mais conhecida, é por excelência a melhor definição do que é o
judaísmo e de quem são os judeus, ou qual o seu propósito, o "Shmáh Yisrael" que diz "Ouve
Ò Israel, o Senhor é o teu D-us, o Senhor é Um", e continua, “Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração,
com toda a tua alma e com toda a tua mente”, o que equivale a dizer que a fé em
D-us dá-se não só pela adesão, mas uma adesão completa de corpo, mente e
espírito.
A
aliança com Abraão e os Patriarcas. (1800-
AEC)
O
Judaísmo יהדות é a primeira religião monoteísta
da história, foi a partir de Avraham que o Senhor D-us fez uma
aliança, a chamada "Aliança Abraamica", foi então que D-us fez de um
só homem, a partir de Ur na Babilónia disse a esse homem para sair de sua terra
em direção a Canaã, a Terra Santa, e dele fez um povo numeroso que seria e é o
"Povo Eleito", daí pai de nações é o significado do seu nome, devido
ao facto de ser o patriarca das três grandes religiões da revelação, chamadas
de religiões Abraamicas, ou monoteístas: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islão,
em Abraão encontram-se Moisés, Cristo e Maomé.Abraão fala com os anjos |
Mas o
mais curioso é que Abraão e Sara não conseguiam ter filhos, e Abraão duvidava,
até que teve um filho com a escrava da sua mulher Agar e nasceu Ismael, mas o
Senhor não queria assim, quis sim um filho legitimo vindo de Sara que foi mãe
aos 90, Abraão foi pai aos 100, e a Aliança dizia que aos 8 dias o menino e
todo o varão do clã de Abraão teriam de ser circuncidados, daí o nome do filho
é Isaac יצחק, que junta os
números cabalísticos 100, 90 e 8 da raiz do verbo rir. No entanto D-us
testa a fidelidade de Abraão, e após mandar expulsar para o deserto Ismael e
sua mãe, pede o sacrifício de Isaac, e vê a sua fidelidade absoluta, dando-lhe
em troca um cordeiro sacrificial, daí vem a tradição hebraica de sacrifícios no
templo, contrastando com os outros povos bárbaros que cometiam infanticídios e sacrifícios
humanos em nome de deuses falsos.
O
cativeiro no Egito e o Êxodo. (1650-1260
AEC)
Moisés abre as águas do Mar Vermelho |
Após
Abraão, Isaac foi pai de Jacob que o
anjo mudou o nome para Israel, este de 12 filhos dos quais se formariam as
dose tribos de Israel, seus filhos são Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali,
Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim e uma filha Diná.
José יוֹסֵף, através do qual o clã desceu ao
Egito, onde o povo acabou por viver em cativeiro por 400 anos, como havia sido dito
pelo próprio D-us a Abraão. É no cativeiro do Egito, que nasceu um líder que os
irá libertar Moisés, que se revoltando descobre as suas origens hebraicas e
de ter sido salvo das águas de um rio por uma princesa egípcia de nome Seth.
Vai
para o deserto e de lá casa, tem filhos até que D-us o chama no cume do monte
do Monte Horeb, onde D-us o nomeia libertador do povo hebreu.
Após as
sucessivas investidas de Moisés e Araão, e as pragas de D-us culminaram na fuga
do povo hebreu do Egito, através do mar Vermelho o povo pisou chão seco e o
atravessou em direção a 40 anos no deserto.
Nesse
tempo Moisés dá a partir do Monte Sinai, os 10 primeiros dos 613 mandamentos da
Toráh, que é a Instrução do judaísmo, e criou-se o Tabernáculo, ninguém daquela
geração entrou na Terra Santa.
A
Conquista da Terra Santa e os Juízes (1200-1055
AEC)
Conquista de Jericó |
Mas o
povo, entendeu que só uma monarquia forte, como tinham os países vizinhos, e
portanto um Rei que os unisse, é que lhes poderia proporcionar vitórias,
conquistas e paz.
Assim o
Juiz Samuel nomeou
Saul da tribo de Benjamin como
o primeiro Rei de Israel unificado.
O Reino
Unificado de Israel (1055-931
AEC)
"Saul arremessa lança contra David" por George Tinworth |
Uma vez
coroado Samuel, começa a governar Israel e o conduz em vitórias, mas começou a
entrar em decadência ao cometer transgressões no seu reinado, que o levaram a
perder a graça divina, ao invés de se reabilitar Saul cometeu pecados mais
graves que acabaram por lhe custar a vida na sua ultima batalha, e lançar o
pais na Guerra Civil pela sucessão, opondo o filhos de Saul a David, este
último já havia sido nomeado por Samuel, para o substituir, e só assumiu o
Reinado de Israel após a morte de Isboset I, filho de Saul.
O
reinado de David foi dos mais notáveis da História de Israel, conquistando
Jerusalém e fazendo dela a Capital do Reino de Israel, no entanto não Conseguiu
construir o Templo, o que só foi realizado por seu filho Salomão, rei
de grande sabedoria.Foi um rei amado por muitos, tanto de Israel como de reinos
vizinhos, Construiu o 1º Templo de Jerusalém, mas também cometeu pecados por
ter casado com mulheres estrangeiras.
Divisão e Cativeiro (931-586 AEC)
Divisão e Cativeiro (931-586 AEC)
Add caption |
No fim do reinado de Salomão, o Reino divide-se entre
Israel e Judá, com diversos reinados e guerras civis encarniçadas, pelo meio o
pecado da idolatria, e o castigo seria o Cativeiro da Babilónia e Assíria, o
cativeiro teve um impacto enorme na vida e religião do povo Israelita, pois
tiveram que adaptar a praticar a religião sem o Templo que fora destruído a 9
de Av, daí o jejum de Tesha
BeAv. A toráh foi o grande alicerce do povo
judeu no exílio. Desse tempo muitos relatos saíram para a Tanakh, como o livro
de Ester, o profeta Daniel entre outros livros e histórias que marcaram o povo
judaico nesta fase. O que marcou este período foi o aparecimento anterior à
conquista de Nabucodonossor, dos profetas que, avisavam e profetizavam o que
poderia acontecer, se Israel não se arrependesse de pecar pela Idolatria e
desobediência, uma outra consequência do Cativeiro da Babilónia foi a diáspora,
e separação de muitos judeus e 10 das doze tribos. Um dos Profetas ditos
maiores dessa época, foi Daniel, ele que até hoje tem profecias que se
cumpriram no fim dos Tempos.
O
Período do Segundo Templo (450 AEC a 70 EC)
Templo de Herodes |
Este
período Relata, desde a Reconstrução do Templo por Neemias, até à Destruição do
Segundo Templo feito por Herodes, já no ano 70 EC pelos Romanos. Passando Claro
pela colonização Helénica de Alexandre o Grande.
Os
judeus estavam ansiosos por independência, haviam sido colonizados
sucessivamente por vários povos uns atrás dos outros, esperavam pois por um
líder Religioso que libertasse o país e o conduzisse à prosperidade, daí a
espera no Messias. Foi
uma época rica do ponto de vista filosófico e teológico, tais como o Rabbi
Hillel, contemporaneo de Jesus Cristo, e surgiram também muitos
movimentos como os zelotas, Essénios entre outros.
A
Diáspora e o novo judaísmo (70-1500
EC)
Com o
fim das guerras Romano-Judaicas, e a Derrota de Bar Kocbah, nasce
uma nova Diáspora. O massacre de "Massada", os milhares de judeus
crucificados, e um povo sem templo, partem por expulsão para o exílio em todas
as partes do mundo. Os judeus até então compreendiam grupos como os Fariseus,
Essénios, Zelotes, Saduceus, nasce o judaísmo caraíta, e vêm nascer no judaísmo
os Nazarenos, que se dividiram em Paulinos e Ebionitas, mas acabaram por se
separar do judaísmo recusando lutar ao lados dos judeus na defesa do Templo,
pois afirmavam que Jesus tinha previsto tal facto.
O
apogeu do cristianismo deu-se com a aceitação de gentius e a simbiose de outras
doutrinas como a religião pagã dos romanos entre outros. O que facilitou a
igreja a tomar atitudes antissemitas e perseguir os judeus mas também os
cristãos que praticassem as leis da Toráh tais como Shabat, alimentação kosher,
Pessach etc.
Saque do Templo |
A
partir daqui, a extinção de Essénios e Zelotas, e a separação dos
Nazarenos, os judeus do grupo dos Fariseus é que tomam conta do judaísmo na
Diáspora.
Surge doravante a reforma do judaísmo, que se faz pelo chamado judaísmo talmúdico, os cristãos e os judeus separam-se definitivamente da fé judaica, no ano 70 EC (da era comum), no Ano de 150 EC, a revolta de Bar Cokba, termina em tragédia no cerco de Massada, Jerusalém é destruída e seria sucessivamente ao longo da História ocupada e reocupada por vários povos, que deixaram sempre à margem o povo judeu, obrigado à exclusão, os judeus são expulsos da sua própria terra, uma vez convertido o Império Romano à nova religião monoteísta, surgirá a prática do antissemitismo, que se prolongará no longo tempo nebuloso da História humana, por mais de 1900 anos, não tendo no entanto conseguido surtir o efeito desejado, da eliminação do povo judeu ou simplesmente da sua fé inabalável em D-us.
O Muro das lamentações tornou-se o símbolo que testemunhou a perseverança,
a garra e a fé viva de um povo, que perpetuou na História o seu nome, por mais
pequeno que fosse o seu numero, na contagem total dos povos e religiões da
Terra, um povo que viu nascer e cair impérios, do Egito à Babilónia, da Grécia
a Roma, entre tantos outros como o Império Otomano, caíram
impérios e caíram regimes, das monarquias absolutas e dos seus pogroms, ao
fascismo, ao Nazismo e Comunismo, todos caíram, mas os judeus estão de pé, permanecem,
no ato continuo e atuante da história que D-us lhes confiou, e ainda assim
soube responder ao antissemitismo, sobressaindo-se,
tendo contribuído para a Humanidade dando, o seu melhor, em todas as
áreas do saber, da ciência e das artes. O Humanismo é um cunho ténue mas
permanente no coração da Toráh, e é uma prática que se sobressai na
solidariedade que os judeus ao longo de dois mil anos aprenderam a estender a
mão (Ten Yad) aos seus e também ao próximo com o anseio da Paz e da Tolerância.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Cinema - Os Filmes da Minha Vida
sábado, julho 07, 2007
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Cinema, vem do grego "Kinema" que
gerou a palavra "Cinésia" que quer dizer movimento. O
cinema é por excelência a 7ª arte, sendo as outras seis a Arquitetura, Pintura,
Escultura, Artes cénicas, Literatura e Música que se associa também à dança.
Nascido em 1896 pelas mãos dos irmãos Lumière ao inventarem o Cinematógrafo, exibindo
em Paris nesse mesmo ano, o resultado das
suas experiências cinematográficas.
Bem, mas não quero falar da História do
Cinema, o leitor tem de certeza onde ir buscar informação sobre isso, quero
falar de um aspeto muito interessante do cinema, na minha vida e
talvez na de muitas pessoas, que é a caraterística filosófica
e consciencializadora que o cinema pode ter.
Nascido à 115 anos, o cinema, após a
descoberta de vários eventos que transformariam a sociedade e a
humanidade, tais como a fotografia, telegrafo, rádio, máquina a vapor, o avião,
enfim invenções e evoluções que se olharmos para trás 120 anos, reparamos que o
mundo era totalmente diferente. Hoje no entanto não vivemos sem
Televisão, Internet, telemóvel (celular), automóveis sejam
particulares ou de transportes públicos, o barco passou a ser para os ricos
passearem e o avião já é conquista da classe média, que viaja para vários
países, mas por vezes não lhe conhece a história, não lhe conhece a arte e as
origens.
Mas voltando ao cinema há sempre filmes
que marcam a vida das pessoas, não sou um assíduo espectador de
cinema, pois prefiro o cinema de alternativa e com critica social do que o
cinema industrial que impinge pseudo-cultura, reconheço no entanto
que há bons filmes vindos dos Estados Unidos que fogem à regra da academia,
prefiro muito mais um festival de Berlim, Gramado ou da Figueira da Foz que os
Óscares da Hollywood.
Quando criança ia muito ao cinema, ainda
me lembro de ter sido marcado pelos filmes do Bucha
e Estica (O gordo e o magro),
ou Hobbin Wood ou de ver a Haidi com Shirley Temple e o Mágico de Oz, mas os que me
marcaram em termos de mudança de pensamento foram Os Dez Mandamentos,
com Charleton Heston e Yul Brynner, (que foi reapresentado nos cinemas em 1973,
mais exatamente no Cinema Eden em Lisboa) e ainda de Jesus de Nazaré: Para além
disso por exemplo, gosto de Wood Allen com A Rosa Purpura do Cairo, ou
ainda Hanna e suas irmãs.
Para além do Mestre Charles Chaplin e
toda a sua obra, em especial O
Grande Ditador, devo falar de John Ford e o seu filme As vinhas da
Ira, de "Alfred Hitchcock" com Os Pássaros ou Psicose, tenho que me render
também ao carisma do ator Orson Wells no Macbeth e com
o seu celebre e excelente Citizen
Kane que Portugal traduziu
para "O Mundo a seus pés" e o Brasil manteve o título "Cidadão
Kane", Êxodus com Paul Newman, ainda dos
Estados Unidos e fugindo à regra da academia,Zardoz com o ator Sean
Connery e O Homem que queira ser Rei com
Sean Connery e Michel Kane, Era uma vez na America, de Sergio Leone; Lawrence
da Arábia, As
sandálias do Pescador, de Michael Anderson com Anthony Quinn baseado no
livro de Morris West, e que pareceu ser profético por ter ocorrido muito antes
de João Paulo II, ter subido ao trono de São Pedro e mudar o Mundo; Com o mesmo
ator A 25ª Hora, baseado no livro do bispo ortodoxo
romeno Constantin Virgil
Gheorgiu, outros grandes
filmes americanos que gostei muito foram, O
Mercador de Veneza, Ninguém tem medo de Virginia Wolf, A
Lista de Schindler dirigido por Steven Spielberg, O
Fantasma da Ópera e o filosófico Fahrenheit 451.
Da Itália os filmes praticamente todos
de Pier Paolo Pasolini em particular o célebre Il decameron, ou ainda do génio
do cinema italiano Federico
Fellini, e das suas duas
grandes obras primas La dolce
vita, e Satyricon, e
de Giuseppe Tornatore o marcante Cinema
Paradiso e a Vida é
Bela, mas o filme mais marcante de Itália foi Il Postino que
é O Carteiro de Pablo Neruda (titulo
em Portugal).
De França o meu realizador favorito é sem duvida e com
toda a sua obra Jacques Tati,
gostei imenso de "O Meu
Tio"; Do Reino Unido o
Inspetor Clauseau na Pantera
Cor de Rosa, interpretado por Peter
Sellers foi um dos
filmes britânicos que mais gostei a juntar As Férias de Mr. Bean.
Injusto seria se não falasse do cinema noutros países como os filmes do
iraniano de Kiarostami, do sérvio Kusturica, do espanhol Carlos Saura, embora
tenha visto de cada um deles não mais que dois ou três filmes, mas rendi-me em
particular a Abbas
Kiarostami com O vento levar-nos-á e Através
das Oliveiras.
De Portugal Tempos
difíceis de
João Botelho, Os
Canibais e Viagem
ao Principio do Mundo de Manoel de Oliveira, As recordações da
casa amarela de
João César Monteiro e Capitães de abril de
Maria de Medeiros.
Bem esta lista iria crescer e não é o objetivo aqui de listar o
que vi, mas sim de inaugurar uma seção do blog onde colocarei artigos sobre
cinema alternativo e com princípios humanistas ou humanitários.
Os leitores desde já estão convidados a participar com as suas criticas, sugestões e opinião para esta seção do blog.
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Autor Filipe de Freitas Leal
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Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
O Autor - Filipe de Freitas Leal
sábado, julho 07, 2007
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Nascido: em
1964, Lisboa Portugal,
Localização: Mem
Martins - Sintra
Formação Académica: Licenciatura
em Serviço Social no ISCSP Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas
da UL - Universidade de Lisboa.
Acerca de mim: Sou um Humanista e assumidamente um crente
em D-us. Não vejo incompatibilidade alguma entre o ideal humanista e a fé, a
ciência não explica a Teologia, e esta não explica a ciência e os seus
fenómenos naturais ou sociais.
Acredito na possibilidade de uma nova era, que seja mais
humanista e onde haja mais solidariedade entre todos os povos, para juntos
criarmos uma nova e melhor sociedade.
Os meus interesses para além da Globosfera, são a
pintura, a leitura de clássicos, (não tenho tempo para ler o que está na moda,
e nunca gostei de modas), leio o fundamental, gosto de temas como sociologia,
filosofia, teologia, judaísmo, tenho como preocupações sociais a solidariedade
social, ecologia e o voluntariado.
Presenciei o 25 de Abril, vivi no Brasil e participei das
"Diretas Já", o que criou em mim uma forte consciência do valor dos
direitos humanos, da democrática e da cidadania aos quais eu não renuncio.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.