sábado, 7 de julho de 2007

Cinema - Os Filmes da Minha Vida


Cinema, vem do grego "Kinema" que gerou a palavra "Cinésia" que quer dizer movimento. O cinema é por excelência a 7ª arte, sendo as outras seis a Arquitetura, Pintura, Escultura, Artes cénicas, Literatura e Música que se associa também à dança.
Nascido em 1896 pelas mãos dos irmãos Lumière ao inventarem o Cinematógrafo, exibindo em Paris nesse mesmo ano, o resultado das suas experiências cinematográficas.
Bem, mas não quero falar da História do Cinema, o leitor tem de certeza onde ir buscar informação sobre isso, quero falar de um aspeto muito interessante do cinema, na minha vida e talvez na de muitas pessoas, que é a caraterística filosófica e consciencializadora que o cinema pode ter.
Nascido à 115 anos, o cinema, após a descoberta de vários eventos que transformariam a sociedade e a humanidade, tais como a fotografia, telegrafo, rádio, máquina a vapor, o avião, enfim invenções e evoluções que se olharmos para trás 120 anos, reparamos que o mundo era totalmente diferente. Hoje no entanto não vivemos sem Televisão, Internet, telemóvel (celular), automóveis sejam particulares ou de transportes públicos, o barco passou a ser para os ricos passearem e o avião já é conquista da classe média, que viaja para vários países, mas por vezes não lhe conhece a história, não lhe conhece a arte e as origens.
Mas voltando ao cinema há sempre filmes que marcam a vida das pessoas, não sou um assíduo espectador de cinema, pois prefiro o cinema de alternativa e com critica social do que o cinema industrial que impinge pseudo-cultura, reconheço no entanto que há bons filmes vindos dos Estados Unidos que fogem à regra da academia, prefiro muito mais um festival de Berlim, Gramado ou da Figueira da Foz que os Óscares da Hollywood.

Quando criança ia muito ao cinema, ainda me lembro de ter sido marcado pelos filmes do Bucha e Estica (O gordo e o magro), ou Hobbin Wood ou de ver a Haidi com Shirley Temple e o Mágico de Oz, mas os que me marcaram em termos de mudança de pensamento foram Os Dez Mandamentos, com Charleton Heston e Yul Brynner, (que foi reapresentado nos cinemas em 1973, mais exatamente no Cinema Eden em Lisboa) e ainda de Jesus de Nazaré: Para além disso por exemplo, gosto de Wood Allen com A Rosa Purpura do Cairo, ou ainda Hanna e suas irmãs.
Para além do Mestre Charles Chaplin e toda a   sua obra, em especial O Grande Ditador, devo falar de John Ford e o seu filme As vinhas da Ira, de "Alfred Hitchcock" com Os Pássaros ou Psicose, tenho que me render também ao carisma do ator Orson Wells no Macbeth e com o seu celebre e excelente Citizen Kane que Portugal traduziu para "O Mundo a seus pés" e o Brasil manteve o título "Cidadão Kane", Êxodus com Paul Newman, ainda dos Estados Unidos e fugindo à regra da academia,Zardoz com o ator Sean Connery e O Homem que queira ser Rei com Sean Connery e Michel Kane, Era uma vez na America, de Sergio Leone; Lawrence da Arábia, As sandálias do Pescador, de Michael Anderson com Anthony Quinn baseado no livro de Morris West, e que pareceu ser profético por ter ocorrido muito antes de João Paulo II, ter subido ao trono de São Pedro e mudar o Mundo; Com o mesmo ator A 25ª Hora, baseado no livro do bispo ortodoxo romeno Constantin Virgil Gheorgiu, outros grandes filmes americanos que gostei muito foram, O Mercador de Veneza, Ninguém tem medo de Virginia WolfA Lista de Schindler dirigido por Steven Spielberg, O Fantasma da Ópera e o filosófico Fahrenheit 451.
Da Itália os filmes praticamente todos de Pier Paolo Pasolini em particular o célebre Il decameron, ou ainda do génio do cinema italiano Federico Fellini, e das suas duas grandes obras primas La dolce vita, e Satyricon, e de Giuseppe Tornatore o marcante Cinema Paradiso e a Vida é Bela, mas o filme mais marcante de Itália foi Il Postino que é O Carteiro de Pablo Neruda (titulo em Portugal).
De França o meu realizador favorito é sem duvida e com toda a sua obra Jacques Tati, gostei imenso de "O Meu Tio"; Do Reino Unido o Inspetor Clauseau na Pantera Cor de Rosa, interpretado por Peter Sellers foi um dos filmes britânicos que mais gostei a juntar As Férias de Mr. Bean.
Injusto seria se não falasse do cinema noutros países como os filmes do iraniano de Kiarostami, do sérvio Kusturica, do espanhol Carlos Saura, embora tenha visto de cada um deles não mais que dois ou três filmes, mas rendi-me em particular a Abbas Kiarostami com O vento levar-nos-á e Através das Oliveiras.
De Portugal Tempos difíceis de João Botelho, Os Canibais e Viagem ao Principio do Mundo de Manoel de Oliveira, As recordações da casa amarela de João César Monteiro e Capitães de abril de Maria de Medeiros.
Bem esta lista iria crescer e não é o objetivo aqui de listar o que vi, mas sim de inaugurar uma seção do blog onde colocarei artigos sobre cinema alternativo e com princípios humanistas ou humanitários.
Os leitores desde já estão convidados a participar com as suas criticas, sugestões e opinião para esta seção do blog.
Autor Filipe de Freitas Leal



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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

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