segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Como Vejo o Humanismo

O humanismo tem sido visto como uma mera filosofia, que coloca o ser humano acima de qualquer outro interesse, até certo ponto não está longe de ser verdade, mas não é só isto, o humanismo que eu defendo é uma filosofia de vida, uma moral e uma ética centradas na ação humana, logo uma práxis, que tem como objectivo, a resolução de todos os problemas humanos em sociedade, abrangendo as areas da ecologia, da política, ciência e cultura.
Acho que o ser humano não se pode entender, como independente de uma entidade espiritual superior, seja ela qual for, a religião não deve ser subtraída pela filosofia humanista, antes pelo contrário, deve juntamente com ela dar resposta aos problemas humanos e sociais, nas diferentes cultura, credos e raças de todo o mundo.
Claro está que se me perguntarem sobre se é ou não, utópico, eu vou afirmar positivamente que o é, mas lembrem-se que a viajem à lua, a energia nuclear, a democracia, a robótica e tantas outras invenções que hoje são tidos como comuns, sobretudo para as camadas mais jovens, foram em tempos impensáveis e tidas como utopicas.
Não devemos ter medo de sonhar, de lutar por um mundo melhor, creio claro como crente em Deus que sem ele nada nos será possível, mas lutemos. A solidariedade social é hoje mais que nunca uma necessidade urgente e deve partir de cada um particularmente dando o melhor de si para construir no Serviço Social uma sociedade mais humanizada.
Houve vertentes diferentes de humanismo ao longo da história, o Humanismo clássico, o humanismo cristão, o humanismo marxista entre outras variantes desta filosofia.
Mas não me verão a fazer aqui qualquer tipo de apologia politico-partidária, apenas a critica social, e o elogio sincero de grandes homens e mulheres que lutaram por um mundo melhor.
Moisés, Buda, Hilel, Jesus, Leonardo Da Vinci, Tomas More,João XXIII, Luther King, Gandhi, Aristides de Sousa Mendes, António Sérgio, Gilberto Freyre, Yitzhak Rabin, Sérgio Vieira de Mello. Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá, entre tantos outros em todo o mundo.





Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Por um Novo Humanismo.


Creio que chegamos a uma época, que como sociedade ou civilização já não há mais margem para erros, não há mais possibilidade de soluções que não tenham o Ser Humano com centro, objetivo e motor desta nova caminhada da Humanidade pela sobrevivência do Planeta e de toda a espécie.
Muito do que foi feito em nome do "progresso" e das suas falsas ilusõesm de riqueza e grandeza dentro de um prisma individualista, criaram um fosso entre os seres humanos e deixaram ano após ano e décadas após décadas uma erosão e destruição maciça e irreversível do nosso planeta.
A fauna e a flora agonizam, a natureza reage agressiva como que desesperada por fazer viver todo um ecossistema que destruímos inconsciente e egoisticamente.
Sim é preciso um "Novo Humanismo", novas politicas mais pragmáticas mas livres de ideias de lucro, riqueza ou progresso, neste momento seria salutar um revivalismo naturalista da humanidade, sobretudo menos consumismo por parte das populações, bem como maior solidariedade entre as pessoas e o respeito mutuo entre governados e governantes.
No entanto, os tempos tornam-se difíceis e o futuro duvidoso, não só pelo que será a sobrevivência das pessoas em termos económicos, mas até o ambiente social, através da violência, desemprego, crime entre outros fenómenos, que são sobejamente de grande importância para que passemos a olhar o futuro com o objetivo de perspectivar caminhos possíveis para uma  maior justiça social, igualdade e liberdades e garantias num quadro de cidadania ativa, de outro modo não poderemos ultrapassas os grandes obstáculos que se nos avizinham.
Não, há mais margem para erros, não há mais possibilidade de soluções que não tenham o Ser Humano com centro, objetivo e motor desta nova caminhada da Humanidade pela sobrevivência do Planeta e de toda a espécie.
Muito do que foi feito em nome do "progresso" e das suas falsas ilusõesm de riqueza e grandeza dentro de um prisma individualista, criaram um fosso entre os seres humanos e deixaram ano após ano e décadas após décadas uma erosão e destruição maciça e irreversível do nosso planeta.
A fauna e a flora agonizam, a natureza reage agressiva como que desesperada por fazer viver todo um ecossistema que destruímos inconsciente e egoisticamente.

Sim é preciso um "Novo Humanismo", novas politicas mais pragmáticas mas livres de ideias de lucro, riqueza ou progresso, neste momento seria salutar um revivalismo naturalista da humanidade, sobretudo menos consumismo por parte das populações, bem como maior solidariedade entre as pessoas e o respeito mutuo entre governados e governantes.
Autor Filipe de Freitas Leal





Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 5 de agosto de 2007

Socialismo Cristão

O socialismo cristão tem antecedentes que remontam a épocas anteriores, não apenas na figura de Jesus Cristo mas na de outras importantes figuras como Thomas More, com a sua Utopia, e mesmo santos da Igreja Católica, como São Francisco de Assis, é fundamentalmente, com o surgimento da Revolução Industrial que nascem as bases deste ideal, como resposta às desigualdades gritantes surgidas de um sistema capitalista emergente, e de um estado despreparado para respostas sociais em prol dos mais desfavorecidos, na medida em que se entende que o cristianismo é naturalmente uma forma de socialismo, mas também por outro lado, que o socialismo marxista, é sumamente influenciado pelos ideais judaico-cristãos em Karl Marx, que se sabe nasceu judeu e convertera-se ao catolicismo, e que o ateísmo pregado no seu materialismo dialético, não era mais que a necessidade de se criar um estado leigo.
é um movimento que teve o seu início em meados do Século XIX, nas obras de vários doutrinários cristãos católicos, principalmente franceses (Ozanam, Henri de Saint Simon, Lamennais, Montalembert, Albert de Mun) e alemães (Ketteler) que propunham um socialismo novo, baseado nos ideais do cristianismo, oposto à luta de classes, mas preocupado com as reivindicações das classes pobres e trabalhadoras, propondo um governo mais justo e uma sociedade mais equilibrada.
O socialismo cristão desenvolveu-se, mais tarde, como um ramo ou variante progressista do catolicismo social consignado nas encíclicas papais, sobretudo de Leão XIII e Pio XI. Em oposição ao socialismo de Proudhon e, mais tarde, ao marxismo ou socialismo científico, mas opondo-se também e de igual modo ao capitalismo, o catolicismo social recusa a luta de classes, promove a colaboração entre patrões e trabalhadores e prega a aplicação da doutrina cristã e a intervenção do Estado para corrigir os males criados pela industrialização, criando uma maior justiça social e uma distribuição mais equitativa da riqueza produzida.
O Socialismo é uma ideia de cariz cristão.
O socialismo cristão, também dito movimento cristão social ou social-cristão, teve o seu apogeu após a encíclica papal "Rerum Novarum" de (1891) de Leão XIII, que pretendia constituir uma resposta progressista alternativa à corrente dominante da Associação Internacional dos Trabalhadores (depois Internacional Socialista), o socialismo materialista de Karl Marx, e também uma resposta cristã ao Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels(1848).
Na encíclica Rerum Novarum o Papa Leão XIII reconhecia a gravidade das questões sociais provocadas pelo capitalismo que é considerado mau em si mesmo, pelo que só os valores cristãos poderiam corrigir esses males sociais, mas colocou-se contra alternativas igualitárias ou mesmo revolucionárias.

O socialismo de cariz cristão, comumente denominado pelos católicos de Movimento Social Cristão, defende as organizações sindicais, as lutas dos trabalhadores em prol de melhores condições de trabalho e de vida e a justiça social.
Autor Filipe de Freitas Leal








Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Bertold Brecht - Quem Faz a História

Quem construiu a Tebas das sete portas?
Nos livros constam os nomes dos reis.
Os reis arrastaram os blocos de pedra?
E a Babilónia tantas vezes destruída
Quem ergueu outras tantas?
Em que casas da Lima radiante de ouro
Moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros
Na noite em que ficou pronta a Muralha da China?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os levantou?
Sobre quem triunfaram os Césares?
A decantada Bizâncio só tinha palácios
Para seus habitantes?
Mesmo na legendária Atlântida,
Na noite em que o mar a engoliu,
Os que se afogavam gritaram por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Ele sozinho?
César bateu os gauleses,
Não tinha pelo menos um cozinheiro consigo?
Filipe II de Espanha chorou quando sua armada naufragou.
Ninguém mais chorou?
Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?
Uma vitória a cada página.
Quem cozinhava os banquetes da vitória?
Um grande homem a cada dez anos.
Quem pagava as despesas?
Tantos relatos.
Tantas perguntas.

Bertolt Brecht
(1898-1956)

Autor do blog Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Bertold Brecht - O Analfabeto Político


O pior analfabeto 
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguer, dos sapatos e dos remédios
Dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Malandro, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.


Bertolt Brecht
(1898-1956)


Autor do blog Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

O Que é a Filosofia Hoje?

A filosofia, é em si o método que nos leva a pensar de maneira correta e coerente, é o que nos tem ajudado, ao longo dos séculos a tomar as decisões corretas na vida, e é a ciência que gera ciências, é a ciência que procura respostas para os problemas e indica os caminhos para a sociedade e a humanidade.
Dos sofistas, aos filósofos clássicos como Sócrates, Platão, Aristóteles entre outros, passando pela Escolástica de São Tomás de Aquino ou Santo Agostinho, revolucionou o método cientifico com Descartes, revolucionou a filosofia e desbravou a Sociologia com Augusto Conte, a Política e a Economia com Karl Marx, e tem vindo a ser necessária para nos continuar a mostrar caminhos.
Há diferentes filosofias, tantas quantas necessárias forem, porque as pessoas também, são diferentes e inserem o seu cunho pessoal e ideológico nos conceitos filosóficos que defendem, daí haver diferentes religiões e partidos políticos, essa diferença filosófica é o motor do desenvolvimento humano, cultural, social, económico e político de todo o género humano, e é indubitável que está na génese da luta de classes e nos diferentes sistemas económicos, políticos e sociais do mundo de hoje que se projetará no amanhã.


Autor Filipe de Freitas Leal




Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Um Novo Olhar Sobre o Mundo


Ver o mundo e as pessoas pelo mesmo prisma é mais uma forma de prisão, porque pode ser também o princípio de uma mentalidade preconceituosa, a qual não vê as peculiaridades de cada um, seja uma pessoa, um grupo, uma comunidade ou um povo.
É imperioso que saibamos respeitar outros pontos de vista, não no sentido de ter obrigatoriamente que concordar com os mesmos, mas sim o de sabermos nos colocar no lugar do outro, sobretudo de tentar compreender o próximo no modo como é e vê o mundo, por outras palavras urge eliminar o critério do julgamento tácito e por vezes tenaz que se faz comummente na sociedade dos nossos dias, e que normalmente acontece de um grupo, contra um indivíduo, ou de uma maioria contra uma minoria.
O nosso próximo, não é apenas o outro ou uma pessoa diferente, é sim o outro, no seu todo, que é o  resultado não só da sua vontade, mas fundamentalmente de uma série de fatores e circunstâncias que lhe moldaram a liberdade e o fizeram ser quem é, ou fazer o que as circunstâncias lhe permitem. Ou seja o resultado de um processo natural, cultural, e também social, sem este olhar a tolerância não terá o mínimo espaço para emergir no meio de nós, pelo que não poderíamos provocar uma mudança para a evolução do mundo que nos rodeia.
Todos nós somos em parte, fruto dos nossos esforços, em nos cultivarmos e em termos uma consciência crítica sobre nós mesmos e o mundo, ou a sociedade que nos cerca, não obstante, nem todos têm tido a mesma capacidade ou sorte, há no mundo toda uma enorme quantidade de flagelos e injustiças que em maior ou menor grau destroem e deformam a pessoa humana.
Muitas pessoas rendem-se, já não questionam nada, contudo estão desesperadas à procura de um emprego, de páo para matar a fome, de uma solução que tardem em vir em seu socorro, e assim tornam-se escravos do sistema globalizado, inconsequente, frio e desumano do capitalismo renascido com a queda do Muro de Berlim.
As religiões, e em particular o cristianismo, quer católico quer ortodoxo, criticam naturalmente qualquer socialismo materialista e totalitário. Contudo também condena veementemente o capitalismo e o neoliberalismo existentes hoje, que apesar do pragmatismo é nociva e acaba por deformar a consciência das massas, para as tornar numa massa meramente submissa e rendida ao consumismo.
O capitalismo venceu, dizem muitos, de facto é o que as aparências indicam, mas terá mesmo vencido, ou conduz-nos a todos para uma destruição final do Planeta e da espécie humana, devido à irresponsabilidade e da destruição dos recursos naturais e dos ecossistemas frágeis.
O grito do Mundo para salvar o planeta, poderá ser tardio se não for também o grito do mundo para acabar com a globalização e o capitalismo, se não for também o grito do mundo para salvaguardar os direitos e liberdades das pessoas e dos povos, mas a mudança ansiada, ou mesmo necessária, não deve impor o fim de todo o conjunto da nossa herança civilizacional milenar, nem deve subverter os valores tradicionais, só porque são tidos como de uma outra era, para agradar ou as massa ou interesses, movidos segundo a condução de uma batuta cujo móbil será tão somente os interesses comerciais e financeiros cujo pano de fundo será a moda ou a modernidade.

Autor Filipe de Freitas Leal




Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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