Há algumas perguntas que me surgem, para as quais eu não consigo obter resposta, porque para mim, este conflito é um absurdo autêntico:
Ha ainda nos túneis de Gaza, um numero estimado em 136 reféns israelitas e judeus sequestrados no fatídico dia dos massacres de 07/10/23.
Para que uma sociedade se desenvolva em justiça social é fundamental a cultura da solidariedade.
Há algumas perguntas que me surgem, para as quais eu não consigo obter resposta, porque para mim, este conflito é um absurdo autêntico:
Embora a região da Crimeia seja conhecida na atualidade, pelos recentes conflitos de invasão, ou pela anexação da Crimeia em 2014 por parte da Rússia, o facto é que o mesmo território tem uma população própria, os tártaros que foram impedidos de voltar à sua terra natal, terra que já havia pertencido ao Império Otomano, passando para o Império Russo em 1792, mas foi apenas em 1954 que o Soviete Supremo passou a região da Crimeia para a República Socialista Soviética da Ucrânia, todavia, recuperar a Crimeia para a Rússia, sempre foi um desejo de Putim, para mostrar a sua força e ao mesmo tempo o seu desprezo total pela Ucrânia e os ucranianos.
Putin procura hoje, mostrar ao mundo que tem poder, e quer reerguer a Rússia no xadrez internacional, sobretudo com o enfraquecimento político dos EUA, e com a ascensão inegável dos chineses, além disso, tenta ainda aproveitar para manter o poder musculado dentro de fronteiras, afastando opositores e esmagando a oposição. No Xadrez político apoia o Irão, a Síria e outros inimigos do ocidente, aqueles mesmos a que George W. Bush denominou de o Eixo do Mal.
As manobras que hoje se verificam para intimidar Kiev, e se se verificarem com invasão efetiva, são em primeiro lugar para se impor perante a Europa e o resto do mundo, aproveitando para continuar a oprimir a Ucrânia, usada como bobe expiatório de todos os problemas internos russos. Se a Europa mantiver apenas as ameaças de sanções económicas e financeiras, e os EUA a dizer que avançam para o terreno, torna ainda mais perigoso o barril de pólvora.
O facto é que ódios irracionais antigos, somados a contextos políticos específicos de um reposicionamento geopolítico e geoestratégico, ainda causam bastantes problemas, oxalá os ventos mudem.
No passado domingo dia 26 de setembro, realizaram-se na Alemanha as eleições legislativas, para as quais Angela Merkel já não concorreu como deputada, e está de saída do cargo de Chanceler da Alemanha, cargo que exerceu durante 16 anos consecutivos, os últimos dos quais em coligação com os sociais democratas do SPD.
A campanha foi renhida tal como foram os votos até ao ultimo momento da contagem, tendo saído como partido vencedor o SPD Partido Social-democrata da Alemanha liderado por Olaf Scholz (63 anos), obteve 25,7 % dos votos e 206 deputados, contra os 24,1 % de votos da UDC-CSU e com 196 assentos no Parlamento, ou seja, quase um empate técnico, mas deixa o líder do partido mais votado em condições de negociar a formação de um governo de coligação, e caso consiga, poderá ser nomeado para o cargo de Chanceler sucedendo a Angela Merkel da UDC, lembramos que o Chefe de Governo não é um cargo eleito, mesmo o partido mais votado pode não conseguir formar governo caso não obtenha uma maioria absoluta ou relativa (também chamada de confortável) para poder governar, situação muito comum no Parlamentarismo.
O líder democrata cristão Amim Laschet (60 anos), também tem esperança de conseguir formar governo e manter a UDC/CSU no poder, mas o resultado dos partidos mais à esquerda como os Verdes liderados por Annalena Baerbock (40 anos) obteve 14,8 % dos votos e 118 lugares no Bundestag, somando-se ainda com o partido Die Link (A Esquerda) que obteve 4,9 % do escrutínio e conquistou 39 assentos no hemiciclo, mesmo que não formem governo, a possibilidade de aprovar um governo social-democrata é grande.Os Democratas Cristãos podem tentar um acordo com o FPD Partido Liberal Democrata que 11,5% e 92 cadeiras no Parlamento, e tentar também negociar com as Verdes tal como fez Merkel no passado, mas o mais certo, é que ao fim e ao cabo, tentem em primeira instância a negociação de um governo CDU/CSU - SPD, para depois ir então ao encontro de outras possibilidades incluindo a AfD da Direita mais conservadora.
A grande surpresa destas eleições foram, os votos dos mais jovens que não votaram na CDU, mas sim nos Verdes do Die Grüne e nos Liberais Democratas do FDP.
O Sistema Eleitoral alemão
Na Alemanha, o voto é universal, direto e secreto, cada eleitor tem direito a dois votos, um voto numa lista à esquerda do boletim de voto, para eleger os deputados denominados por representantes constituintes, que em alemão diz-se de "wahlkreisabgeordneten"; podemos ver à direita a imagem de um boletim de voto alemão e vimos que está dividido em primeiro e segundo voto, sendo este último para eleger-se o partido. Cada um destes escrutínios conta como 50% cada para a formação do Bundestag, o Parlamento, ou seja, metade da camara baixa é formada por votos diretamente nas listas de deputados e a outra metade elege os deputados de forma a representar a votação meramente partidária.
Os deputados formam o Parlamento que é o Primeiro órgão de soberania do Estado Federado, cabe aos deputados legislarem, e entre outras funções a de eleger o Chefe do Estado, que é o Presidente da Alemanha. Ao Presidente, cabe nomear o governo após as eleições, ouvindo todas as forças políticas com assento parlamentar, quando para tal tenha maioria absoluta ou tenha realizado entendimentos para uma coligação que permita governar com estabilidade.
E porque somos todos Contemporâneos, mas nem todos coetâneos, fora realizado em 2015 pela Nielsen Global um interessante estudo sociológico sobre as diferenças entre gerações. O objetivo do estudo focava os hábitos de consumo, mas revelou aspectos importantes para se compreender as razões dos choques geracionais na sociedade de hoje e das preferências nos diferentes estilos de vida.
Seria importante realizar um novo estudo, mais abrangente sobre as gerações, que permitir-nos-á obter informações mais atualizadas para compreender não só os hábitos de consumo, mas também comportamentos sociais, tendências políticas e posicionamento perante as crenças religiosas, tanto das tradicionais como das novas tendências de espiritualidade emergente.
À exceção deste estudo e de outros, feitos por empresas de 'Sondagens' e 'Estudos dehttps://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/comportamento/geracao-z-tambem-pensa-em-casar/
Segue-se como segunda força política no Poder Local o PSD Partido Social Democrático; no que toca à CDU, esta mantém-se como a terceira força política autárquica, especialmente nas zonas operárias do distrito de Setúbal e nas zonas, Rurais do Alentejo. O Bloco de Esquerda, o PAN e o Livre são partidos que elegem deputados à Assembleia da República, todavia, não têm expressão autárquica, pelo facto de sofrerem do mesmo fenómeno do voto localizado nas zonas urbanas e na população jovem, não conseguindo assim ultrapassar nessas zonas os grandes partidos Catch All Parties, ou seja, PS e PSD.
A percentagem apresentada no quadro abaixo refere-se ao total nacional, onde podemos observar que há uma defasagem entre a votação do CDS-PP que é inferior à do CH, no entanto, conseguiu eleger 6 Presidentes de Câmara, visto tratar-se de localidades do interior com população reduzida. O CH teve a sua votação mais acentuada nas zonas populosas e urbanas daí não ter tido o mesmo resultado.
A Eleição desenvolveu-se de forma ordeira e pacifica em todo o território, tendo sido iniciado o escrutínio às 08 hs de Lisboa e terminado às 20 hs dos Açores (21 hs no Continente). Em Portugal não há a necessidade de cartão de eleitor, para tal, basta apresentar o próprio documento de identidade, que é o 'Cartão do Cidadão', o voto é efetuado em papel, por meio de três boletins de voto, um verde para a Câmara Municipal, um Amarelo para a Assembleia Municipal, e um Branco para a Assembleia de Freguesia (a subdivisão administrativa de um Município), no escrutínio votam os cidadãos recenseados nas respectivas freguesias onde residem, por voto direto, universal e secreto em lista fechada (escolhendo apenas o partido).
A eleição processa-se da seguinte forma; o cabeça de lista do partido mais votado é eleito o Presidente da Câmara, os restantes membros da listas mais votadas são eleitos vereadores de forma proporcional; dependendo da população eleitora pode haver um total de 06, 08 ou 12 vereadores, que são nomeados para Pelouros específicos (saúde, habitação, saneamento, educação, etc), formando assim, juntamente com o Presidente o Colégio Executivo da Autarquia municipal. A Remuneração dos Presidentes de Câmara e dos respectivos vereadores varia consoante o número de eleitores do Município, também denominado de Concelho, ver na tabela abaixo.
A Assembleia Municipal é o órgão deliberativo do Município, não tem poder de criar leis, essas são da inteira responsabilidade da AR Assembleia da República, que é o 1º Órgão de Soberania da República; a Assembleia Municipal é formada por deputados eleitos de forma proporcional por voto direto, no entanto, não há no sistema eleitoral português listas abertas, e nem voto uninominal, vota-se em lista fechada através de um Partido Político, ou de um Movimento de Cidadãos Independentes. Quanto aos deputados municipais não auferem remuneração, cabendo-lhes apenas uma contribuição através de senhas de presença, que variam entre 85 € a 125 € consoante a dimensão do município.
O Municipalismo é um conceito e uma tradição muito forte na cultura política do país, visto que a divisão politica em Portugal, no que concerne à Administração é feita hoje em dia, apenas através de Municípios e de Freguesias, os Distritos são meramente utilizados para demarcação de Círculos eleitorais para as eleições legislativas, as Províncias que foram utilizadas na monarquia, são hoje uma demarcação referente às características da geografia física do território e às diferenças culturais das regiões em Portugal, assim, o país para além das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, tem 308 municípios e 3091 Freguesias. Na Monarquia os Municípios denominavam-se de Concelhos (termo que ainda hoje se mantém) e os Presidentes da Câmara eram denominados de Prefeitos, os termos mudaram mas a cultura municipalista mantém-se viva e dinâmica, de tal modo que as tentativas de Regionalização do país falharam todas até hoje.
Portugal está às portas de eleições autárquicas, dia 27 de setembro, e seria bom aproveitar a oportunidade para lançar o debate sobre um novo tipo de boletim de voto, mais transparente, inclusivo e democrático.
O Boletim de Voto português, que é em papel, como aliás na maioria dos países, é baseado no modelo inglês, mantêm-se o mesmo desde 1975, a quando das eleições constituintes, no boletim aparecem em linhas horizontais as listas, estando à esquerda o nome do partido por extenso, seguido da sigla a meio e à direita o símbolo partidário e o quadrado para se registar a intenção de voto.
Todavia, há uma inovação que a meu ver poderia, ou mesmo, deveria ser feita, ainda dentro do modelo britânico, que é a de incluir o nome dos candidatos distritais de uma lista fechada tal como na imagem acima; esta inovação, permitirá ao eleitor, conhecer todos os candidatos da 'Lista' e saber no momento do voto em quem está a votar; assim, torna-se mais transparente e mais democrático o processo eleitoral.
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