#BringThemHomeNow!
Ha ainda nos túneis de Gaza, um numero estimado em 136 reféns israelitas e judeus sequestrados no fatídico dia dos massacres de 07/10/23.
Solidariedade é a essencia da Justiça Social
Para que uma sociedade se desenvolva em justiça social é fundamental a cultura da solidariedade.
sábado, 16 de abril de 2011
A Informatização e as Transformações Sociais
sábado, abril 16, 2011
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Computerization and Social Transformations - de Rob Kling (Resumo)
Rob Kling examina neste artigo a relação entre a informatização e as
mudanças sociais, e pergunta: “A informatização trouxe à sociedade,
transformações consideráveis nos
seus diferentes aspetos? E se sim, como? Em que é que a sociedade foi
modificada? E como?
Trata-se de uma abordagem da sociologia da tecnologia, tendo sido feitos
vários estudos para responder esta questão, estudos tais como a informatização
e a qualidade de vida no trabalho, incluído por vários autores nos seus livros
sobre este tema, como Strassman em 1985, com o seu livro “The transformation of
work in the electric age”.
Estudos cujo tópico é, essencialmente a influencia do desenvolvimento da
inteligência artificial e a relação da informática com a organização
empresarial, a reorganização do processo de trabalho e os custos, bem como a
influencia no poder político e nas decisões económicas. Mostrando que a
transformação da Sociedade da Informação é irreversível.
Rob Kling apresenta como ideia chave o desenvolvimento das relações
interpessoais, intergrupais e institucionais, através da informatização e da
reestruturação dessas mesmas relações, reorganizando o fluxo de informação, daí
a ideia de Aldeia Global.
Kling escreve sobre Alvin Toffler e John Naisbitt como promotores
futuristas da ideia da revolução da informação. Toffler é lembrado no que se
refere à Info-esfera e à Tecno-esfera, do seu livro da “Terceira Vaga” (1980). Embora
não precisando uma data, Toffler consegue ser quase que preciso nas suas
previsões.
Comentário do Artigo “A Sociedade irreversível da Informação”
Neste artigo de Rob Kling, e a questão, quais as transformações sociais
feitas pela informatização, nos seus mais diversos aspetos sociais? E como é
que se processaram essas transformações? Saltam á nossa consciência todo um
mundo que nos cerca, e parece natural (a Physis é a natureza na Grécia antiga), mas
não é natural, é sim fruto da obra humana (a Poiesis na Grécia antiga era a ação, criação),
do seu génio inventivo e criativo, também irreversivelmente nos encontramos num
mundo em que já não saberíamos viver (no mesmo grau de eficiência e
desenvolvimento) sem as conquistas feitas pela tecnologia (a Techne que na Grécia é Conhecimento),
conquistas essas que no espaço de tempo de mais ou menos de 250 anos, têm vindo
a mudar o mundo gradativa e irreversivelmente. A filosofia da Tecnologia e a
Sociologia da Tecnologia tentam nos dar resposta a estas questões que são de
suma importância.
A grande causa disso é a revolução industrial do século XVIII, que permitiu
ao Homem um grau de desenvolvimento industrial e pesquisa cientifica,
desenvolver-se progressivamente desde a máquina a vapor em 1765 por J. Watt, a
bateria em 1800 por A. Volta, o telegrafo em 1837 por S. Morse, o telefone em
1876 por Graham Bell, a lâmpada em 1879 por T. Edison, o animatógrafo
(precursor do cinema) em 1895 pelos irmãos Lumiére, e assim sucessivamente de
invenção em invenção, passando pela fotografia, rádio, automóvel, avião,
informática, a Internet, até chegarmos à informatização de ponta mais avançada,
inteligência artificial e robótica. Campos diversos da informática que estão ao
serviço da ciência, como a medicina, a astronomia e astronáutica, mas também de
modo mais prático relacionado com a produção industrial.
A tecnologia é ou pode ser autónoma, humanamente controlável e neutra, onde
seus meios e fins são totalmente separados, isto de acordo com a fé no
progresso liberal.
Tal como Toffler avia previsto no “Choque do Futuro” e na “Terceira Vaga”,
podemos observar que os computadores na atualidade, estão presentes na nossa
vida do dia a dia, cada vez mais baratos, mais pequenos e mais potentes, são
uma presença continua nos lares, nas escolas, e com o wireless nos cafés, nos
transportes públicos, úteis a todos os setores da sociedade e da atividade
humana: da pesquisa cientifica de ponta até à mais banal das ações cotidianas.1
A informatização é presente na Telefonia móvel e fixa, Portugal é aliás o
país da Europa em que há mais telemóveis por pessoa, a informatização está
presente em quase todos os lares, usados para trabalho, estudo e lazer, onde se
reproduzem som, imagem e vídeo, que podem ser partilhados na Internet em
blogues, redes sociais e e-mails e criando um novo conceito o self-media.
Essas diversas dimensões da informatização, também se refletem num mundo
cada vez mais pequeno, em que a aldeia global é monitorizada por uma
informatização global, canais satélite, comunicação em tempo real, transações
financeiras em simultâneo, mercado de trabalho mais exigente e dinâmico, novos
modos de desenvolvimento do ensino como as Universidades Abertas (Open
University), e-learning; No comércio temos o desenvolvimento do e-comerce,
compras on-line onde acedemos aos supermercados a partir de casa, temos ainda a
presença na banca como o já muito conhecido e difundido sistema Multibanco, mas
também o home-banking; Na política há países onde se aplica o voto eletrónico,
mais seguro e de resultados imediatos, tudo isto possível a partir da explosão
da Internet desde a sua criação da ARPANET em 1962, fazendo a passos largos uma
sociedade global, aproximando culturas, valores (democracia liberal),
aproximando pessoas nas redes sociais, claramente o que Toffler diz ser a
“Info-esfera”.
Mas também há impactos negativos na sociedade, desde o impacto no
desemprego, causado pela robotização, a dependência de jovens aos jogos on-line
ou às redes sociais, provocando até a auto exclusão, há também o crime
organizado desde os crimes de colarinho branco até às falsas identidades e
crimes de fraudes, pedofilia, terrorismo entre outros, organizados
informaticamente, usando a Internet para atingir os seus fins, passando a
existir a necessidade de desenvolvimento da segurança informática e de cada vez
maior legislação apropriada.
O termo “Revolução” foi sobejamente utilizado, sendo apropriadamente, visto
que é do que se trata, mas mais apropriado ainda é o termo Sociedade da Informação,
termo surgido nos anos 90 em que se desenvolveu a Internet e a TIC e incluída
mais tarde nas reuniões do G7, já o termo “Sociedade do Conhecimento” é usado
pelos meios académicos e adotado pela UNESCO em detrimento do termo
“Information Society”.2
_________
1 Albuquerque,
João Porto de; “Aspetos Sociotécnicos da computação: contextualizando o
desenvolvimento de sistemas de computação com o modelo Mikropolis.
__________
Bibliografia:
Kling, Rob; Computerization and Social
Transformations; Science, Technology & Human Values,
Vol. 16, No. 3
(Summer, 1991), pp. 342-367
Revista de História
Contemporânea; Vários Autores (Fedo Fragoso, Nelson Bandolim, Letícia Destro, Carolina
Mendes, Vinificas Mar condes e Mamilo Acácio) N.º 1 Abr. 2008 / Brasil
Sitografia:
domingo, 10 de abril de 2011
A Corrente Humanista no Serviço Social
domingo, abril 10, 2011
Filipe de Freitas Leal
4 comentários
O Que é o Humanismo?
A questão de uma
ideologia para o Serviço Social sempre foi tida em conta, sobretudo nos anos 60
e 70, época da reconceituação do Serviço Social na América Latina, e é nesse
contexto que se reforça um corrente de cariz humanista no setor.
O Humanismo é a
corrente filosófica e moral, que defende que o Ser Humano é o centro das
preocupações sociais e políticas, ao contrário por exemplo do neo-liberalismo,
que defende a importância do capital ou do socialismo que defende a sociedade
como um todo no centro das suas preocupações e praxis política.
Inicialmente o
conceito de Humanismo, teve origem na antiga Grécia, nas ideias de Sócrates e Platão,
mas foi no Renascimento e no Iluminismo, que teve um novo impulso, sendo
inclusive confundido com o anticlericalismo.
O humanismo tem
várias vertentes, Humanismo Marxista, Humanismo Secular, Humanismo Positivista
ou Contiano e o Humanismo Religioso (incluindo o Humanismo Cristão), é este
último que influencia o Serviço Social, que era baseado nos valores cristãos e
católicos na ação social, praticada pela caridade cristã dos seus fiéis, tal
como a “Sociedade São Vicente de Paulo” e Frederico Ozanam, ou Ainda Dom Bosco,
que funda a Pia Sociedade São Vicente de Sales (os Salesianos) com o objetivo
de promover a reinserção de adolescentes e jovens.
A Doutrina Social da
Igreja na formação da emergência do Serviço Social.
A doutrina Social da
Igreja, lançada no fim do séc. XIX pelo Papa Leão XIII na sua encíclica “Rerum
Novarum”, lançando não só o “magistério social da igreja” mas também as ideias
de um humanismo cristão que combatia os excessos nefastos do
capitalismo triunfante, por outro lado combatia o socialismo cientifico de
caris marxista, em crescimento na classe operária, trazendo para a sociedade
civil e em particular para o seio do catolicismo uma clara resposta cristã e
humanista, foi claramente este ideal que fez nascer em vários países, a “Assistência Social”, que
por sua vez tem vindo a evoluir ao longo do tempo até chegarmos ao moderno “Serviço
Social”
Os Direitos Humanos
e o Serviço Social.
A política social do
Estado, teve um forte impulso, a partir dos anos que se seguiram à II Guerra
Mundial, da criação da ONU e em especial a DUDH Declaração Universal dos
Direitos Humanos e dos “Gloriosos 30”
que veio a fomentar cada vez mais a preocupação dos Estados em implementar ou
desenvolver políticas sociais, nomeadamente o conceito do “welfare state” muito
em voga nos países desenvolvidos da Europa Ocidental e América do Norte, mas
também de lutar contra a discriminação, a exclusão e a favor de amparar os mais
indefesos da sociedade como as crianças, idosos e os desfavorecidos da
sociedade.
É neste contexto que
surge a reconceituação do Serviço Social na América Latina e nos Estados
Unidos, onde o expoente máximo foi Carl
Rogers, e este novo conceito teve claramente um cariz humanista, muito
voltado para o combate à pobreza, à reinserção social da pessoa humana, mas
também para a consciencialização do individuo face aos seus direitos e à sua cidadania,
onde o sistema cliente passa a ser tido como um importante agente no processo
da sua própria reinserção, em que as pessoas procuram fazer o seu projeto de
vida, muito ao contrario do inicio do Século XX onde o Serviço Social era mais
uma ação higienista, feita do topo para a base, com o objetivo de remediar,
onde a pessoa não era tida no processo de solução. Era uma Assistência na
Pobreza e a pessoa humana não era o centro no processo decisório.
Logo hoje totalmente
distante dos erros do inicio desse tempo, a Exclusão Social é totalmente
incompatível com o humanismo dos “Direitos Humanos”, do “Estado de Direito” e
da cidadania plena dos indivíduos.
Bibliografia:
Silva, Guadalupe
Maria; Ideologias e Serviço Social, 1983 Cortez
Editora / Brasil
Kisnerman, Natalio; Sete
Estudos sobre Serviço Social, 1980 Cortez e Moraes / Brasil
Núncio, Maria José
Núncio – Introdução ao Serviço Social, 2010 ISCSP / Portugal
Caratini, Roger –
História Critica do Pensamento Social.
Sitografia:
http://www.infopedia.pt/$humanismo
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Escolas do Futuro e a Inclusão Social
sexta-feira, abril 08, 2011
Filipe de Freitas Leal
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Realizou-se a 6 de Abril, a I Conferencia Internacional da EPIS - Empresários pela Inclusão Social,
com o tema "Escolas do Futuro", que teve lugar na Fundação Caloust
Gulbenkian.
O evento foi gratuito e destinado a um vasto
público, como empresários, professores, alunos e interessados na área, onde
foram abordadas as vias e as alternativas possíveis para uma "Escola do
Futuro", correndo o evento em paralelo no Facebook.
O orador é um consultor da rede "Education
Impact", o britânico Dun Buckley, autor do modelo pedagógico "Personalization
by Pieces", Buckhey é um pedagogo com larga experiência na inovação
educativa e é atualmente colaborador da Microsoft no projeto "Building
Schools for the future".
Entre outros esteve presente o Presidente da
EPIS António Pires de Lima; bem como Isabel Alçada, Ministra da Educação;
António Costa, Presidente da Câmara de Lisboa e Eduardo Marçal Grilo da
Fundação Gulbenkian. O evento decorreu num único dia.
Sites
relacionados:
Programa do evento.
Autor Filipe de Freitas Leal
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
terça-feira, 5 de abril de 2011
"Quanto Custa ser Feliz? 10º Congresso CAIS
terça-feira, abril 05, 2011
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
A
Associação CAIS vai organizar de 06
a 08 de Abril, o 10º Congresso CAIS, com o tema: “Quanto
custa ser feliz? Por uma economia do Bem Estar”, em que o objetivo é dar a
conhecer o “Estudo sobre o nível de felicidade dos portugueses” e por extensão
da qualidade de vida no nosso País, um estudo que faz parte de uma investigação
académica realizada por Maria Júlia Nunes do ISCTE/IUL, o evento terá lugar no
ISEG Edifício Quelhas, Auditório 1, e nele pretende-se criar um ambiente de
debate sobre a situação sócio-económica da realidade portuguesa, que neste
momento é de crise, torna pertinente o estudo abordado e sobretudo pela
Associação CAIS, cuja razão de existir prende-se com a reinserção social ou de
uma forma mais lata as causa que produzem a exclusão social.
Vale a
pena a todos os interessados, participarem do estudo sobre a felicidade dos
portugueses através do inquérito realizado online aqui, todas as informações
dadas por si são confidenciais e anónimas)
O
Congresso tem entrada livre, no entanto requer-se que façam as inscrições por
telefone: 218 369 005 ou por mail eliana.lavos@cais.pt
Para
mais informações: Associação Cais e o Programa do evento.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
sábado, 2 de abril de 2011
Evento - Recuperação Financeira de Particulares
sábado, abril 02, 2011
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Realizou-se no dia 31 de
Março, pelas 17H no “Económicas Lounge” ISEG, em Lisboa, a conferência com o
tema: “Meios de Recuperação Financeira
de Particulares”, que teve como público alvo os profissionais da área e
pessoas interessadas no assunto da insolvência de particulares.
O evento teve a presença de vários advogados especializados no assunto como oradores especializados nesta
matéria, através de informações sobre o Código de Insolvência e
Recuperação de Empresas, que agora contempla os particulares.
O número de pessoas
singulares, em situação de insolvência tem vindo a aumentar de ano para ano,
segundo dados fornecidos pela DECO, terão sido cerca de 432 os processos
iniciados em 2007, de 656 em 2008 e de 1258 em 2009 , o que se deve ao
agravamento da crise económica e à situação de sobreendividamento das famílias
(Fonte).
Esta é uma das causas do
empobrecimento de inúmeras famílias portuguesas, os chamados “novos pobres”,
pessoas que perderam o emprego ou que sofreram a falência da própria empresa,
herdando uma situação de grande dificuldade financeira, e também psicológica. As
pessoas nessa situação podem pedir apoio à justiça e declararem-se
“insolventes”, ficando assim garantidas as condições mínimas necessárias às
necessidades básicas da família, sendo o excedente do seu rendimento entregue
ao Administrador de Insolvência nomeado pelo Tribunal.
A participação na
conferência teve um custo de 25€ como valor de participação, valor esse que
reverteu a favor da Associação APOIARE.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
terça-feira, 29 de março de 2011
Adoção de Idosos e Exclusão Social
terça-feira, março 29, 2011
Filipe de Freitas Leal
3 comentários
Portugal mais uma
vez está a realizar um censo, o seu XVº recenseamento geral da população, pelo
que esperamos o fim desta consulta para termos acesso a dados novos sobre a
nossa sociedade. O censo pode ser respondido on-line teoricamente por todos,
embora de facto essa possibilidade esteja vedada à faixa da população que se
encontra em “infoexclusão”, novo conceito de exclusão social em países
desenvolvidos que designa o conjunto de pessoas que não têm acesso aos meios
informáticos, quer seja por inaptidão devido à idade, quer seja por falta de
recursos.
Um dos dados que se
aguarda com antecipação é o do nível de envelhecimento da nossa população – a
expectativa de vida em Portugal é maior hoje que no passado naturalmente, mas
há que saber precisar exatamente quanto. Segundo a CIA
World Factbooka longevidade nas mulheres portuguesas atinge em
média os 82 anos e nos homens fica-se pelos 75, o que contudo é baseado apenas
nas estimativas possíveis entre recenseamentos gerais.
Segundo dados do INE, existiam em 2009 cerca de
321 mil idosos a viver sozinhos em Portugal (via), sendo a maioria mulheres viúvas.
Ora, estes dados, que aparecem associados ao relato por parte da autoridade
estatística do seu progressivo aumento no passado recente, exigem que se olhe
cada vez de modo mais sério para a problemática da terceira idade na nossa
sociedade, que vem associada a problemas gravosos e cada vez mais bem mapeados
como os da exclusão social dos idosos em geral, os da violência familiar sobre
os idosos, os da escassez de cuidados de saúde especializados e contínuos ou os
da falha da garantia aos idosos dos seus direitos básicos de dignidade
individual e social.
A Santa Casa da
Misericórdia de Lisboa (SCML) é
uma das instituições sociais mais ativas e diversificadas no cuidado que
presta a idosos - ver aqui a diversidade da sua oferta.
De destacar é
contudo, pela sua oportunidade e originalidade, a campanha que vem
desenvolvendo desde Maio de 2010, que pretende identificar famílias que estejam
disponíveis para adotar idosos carenciados sem família. Não obstante as famílias
disponíveis recebam pelo menos 447,27€ por mês para acolherem o idoso, podendo
acolher até um máximo de três, os primeiros meses da campanha foram uma
deceção, obrigando a uma nova fase de ativa publicitação dessa possibilidade,
no fim do ano passado, também sem grandes resultados (via).
Ora, continua em aberto essa possibilidade, e as necessidades são crescentes.
Sobre essa forma de apoio social, contacte-se a Direção de Acção Social da
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (ver aqui).
Outro serviço que merece relevo é o de
Atendimento e Apoio Telefónico para Idosos, em especial o de TeleAssistência. Para além de um fim
assistencial, estes serviços têm também o fim declarado de ajudarem a combater
a solidão dos idosos.
Actualmente, nesse âmbito, a SCML tem ao serviço
da população idosa as linhas abaixo:
- STA – Serviço Tele Alarme –
Serviços de Apoio a idosos: 21 793 33 60
- Linha do Cidadão Idoso: 800 20
35 31.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Mendicidade, Um Estigma na Pobreza I
segunda-feira, março 28, 2011
Filipe de Freitas Leal
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Mas eis que, na
realidade, não obstante seja positivo o sentido global de evolução,
inegavelmente, a grande desprotecção dos pobres e dos excluídos face à variação
das condições socioeconómicas fez com que, neste século que tem até ao momento
sido de mudanças e desafios profundos ao nível do modelo económico vigente, se
tem verificado um agravamento generalizado nas sociedades ocidentais da
situação dos mais desfavorecidos, quer em consequência da crise económica do Subprime em 2008 quer do efeito dominó que a
partir daí arrebatou as economias de países que entraram em banca rota,
como a Islândia, o Equador, a Grécia, a Irlanda. Portugal não ficou imune,
sendo arrastado para uma crise económica, política e social que se agrava.
Esta crise acarreta
a ruína de uma franja da população de forma violenta, os mais necessitados, os
sem abrigo, os sem emprego, os sem família os sem esperança, e sobretudo os
dependentes quase exclusivamente da caridade alheia e das instituições
religiosas e de solidariedade social, tais como por exemplo
(internacionalmente) “O Exército de Salvação” e a “Santa Casa da Misericórdia”
e por exemplo (nacionalmente) a “Comunidade Vida e Paz”, a “Casa” e a “CEPAC
Centro Padre Alves Correia” que prestam uma grande ajuda às pessoas mais
pobres e empobrecidas. Destacaremos hoje as duas últimas quer como modo de
divulgar os seus esforços, quer como de as promover junto dos estudantes e
especializados na área das Ciências Sociais, convidando todos a uma visita,
desde logo, aos seus sites.
A CEPAC, tem como objectivo reinserir os
imigrantes ilegais explorados em Portugal, tais como as ciganas romenas. O
centro pretende ajudar quem vive em situação de mendicidade, tendo baixa
escolaridade e encontrando-se em situação de uma forte exclusão social.
A CEPAC presta um enorme serviço, por exemplo no caso das mulheres ciganas romenas,
dando formação a estas mulheres, não só escolar mas também profissional, o que
se torna numa grande mais valia para a sua inserção social, auto estima,
autonomia, bem como para a conquista do seu espaço na sociedade, deixando as
ruas, a indigência e a mendicidade.
A CEPAC tem vários projectos de desenvolvimento para imigrantes, tais como o:
“Fronteiras do Imigrante – Agir para Incluir”, sendo apoiada pela ONGD
“Pórticus”.
Recomenda-se quer a
visita ao site quer a colaboração. Nesta página encontram-se dados sobre como apoiar
financeiramente a instituição ou como colaborar com tempo, em regime de
voluntariado.
Outra instituição, e
esta totalmente voltada para os “Sem Abrigo” é a “Casa – Centro de Apoio aos Sem Abrigo”, que suportando-se no apoio de voluntários e de restaurantes e benfeitores
das cidades onde actua, tem vindo a servir todas as noites, refeições quentes e
embaladas, a distribuir roupas e uma palavra amiga e de esperança, aos sem
abrigo nas cidades de Lisboa, Porto, Coimbra, Faro e Setúbal.
A “Casa” necessita também de voluntários, agradecendo também todos os donativos que
lhe possam ser encaminhados. Sobre donativos ver aqui. Sobre voluntariado especializado e
não especializado aqui.
Ambas as
instituições podem ser receptoras da consignação de 0,5% em sede de IRS. Vejam
nas páginas indicadas como.
C.A.S.A. – Centro de
Apoio ao Sem Abrigo
Sede Institucional: Rua
Dona Estefânia, 124, 1º, 1000-158 Lisboa
Tel: 212 419 968
Fax: 213 163 488 email: info@casaapoioaosemabrigo.org
CEPAC – Centro Padre
Alves Correia
Sede Institucional: Rua
Dona Estefânia, 124, 1º, 1000-158 Lisboa
Tel: 213.973.030 Fax: 213.951.280 e-mail: director.tecnico@cepac.pt
www.cepac.pt.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.