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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Ciência Política # 20 - A Teoria das Elites


A etimologia da palavra mostra-nos o seu verdadeiro significado, vem do francês antigo éliere e significa eleger escolher, utilizado para designar algo ou alguém que tinha uma qualidade excepcional  mais tarde empregou-se o termo a fins militares, políticos e sociais.

Ao contrário do que a grande maioria das pessoas pensa, Elite não significa ser rico ou de uma classe social alta, mas significa sim ser o melhor naquilo que se faz. Todas as classes e todas as profissões têm a sua elite, os seus líderes.

Os teóricos desta teoria são os sociólogos Vilfredo Pareto, Gaetano Mosca e Robert Michels.

Pareto entendeu que se deveria descobrir o porquê as pessoas agem de uma determinada maneira, sendo tanto lógica como ilógica, essas ações pautam-se por ações e por omissões. Pareto chamou a estas atitudes de "Resíduos" e "Persistência nos Agregados".

I - Resíduos de Combinações
: Instintos que explicam comportamentos e que estão ligados ao risco, à inovação, à mudança e que fazem as Elites.

II - Persistência nos agregados - São também instintos que explicam por sua vez o contrário, ou seja a resistência ao risco, à inovação e à mudança que tanto têm caracterizado o que Pareto chama de "Massas".

Para Pareto a alternância do poder político ocorre entre as elites, governantes e não governantes, contudo não ocorre nunca nas "massas", visto não estarem aptas para o poder.

Coroação de Carlos Magno pelo Papa Leão III
Há vários tipos de Elite, segundo Pareto, uma é a Elite de Raposas - esperteza na governação (como exemplo temos o Partido Democrático nos EUA e o Presidente Clinton), a outra é a Elite dos Leões - governam com a força (como exemplo temos o Partido Republicano dos EUA e o Presidente Bush ou o Candidato Donald Trump, (ultra conservadores e imbuídos de uma ideologia belicista).

A Elite é conservadora no que se refere às massas.
Hoje em dia, temos também como exemplo de elite, os formadores de opinião e os líderes em diversas áreas sociais, politicas económicas e culturais


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

2 de Outubro - Dia Internacional da Não Violência


No dia 2 de outubro celebra-se o "Dia Internacional da Não Violência", tendo sido escolhido este dia, por ser a data do aniversário de Mahatma Ghandi, um dos mais conhecidos lideres e promotores da NVA Não Violência Ativa como modo de consciencialização, reivindicação e de luta pelos Direitos Humanos. Outros desses lideres mundiais foram Martin Luther King, Nelson Mandela e o fundador no Novo Humanismo Mário Rodriguez Cobos conhecido por Silo.
A NVA Não Violência Ativa, é diretamente conotada com a Cidadania Ativa no que se refere a uma participação politica consciente e ativa, lutando contra as injustiças sociais, as desigualdades e toda a forma de violência praticada contra toda a pessoa humana, visto que a violência não é apenas física, verbal ou psicológica, há também um violência cultural, racial, religiosa, mas também sexual  e sem falar na violência doméstica em todas as suas formas.
Podemos falar na violência económica, que é a que escraviza milhões de seres humanos condenados a viver abaixo dos níveis de pobreza, logo trata-se como afirma o movimento humanista de uma atitude frente a vida, no seu modo de ser, com o total repúdio pelas diversas formas de violência praticadas na sociedade, quer seja de forma explicita ou implícita.
A Não Violência Ativa, repudia também a violência propagada pelos meios de comunicação social, os Mass media, que banalizam a violência em todas as suas formas. Há que se promover uma revolução humanista, que gradualmente possa nos levar a combater e substituir esta cultura do lucro e da violência.
Para se promover a NVA é necessário que de uma forma pessoal, se repudie a violência, não colaborando com nada que seja claramente ou veladamente violento contra o semelhante, um animal ou a natureza, bem como denunciar todos os atos violentos e mobilizar pessoas, grupos e comunidades para que se organizem a fim de promover a luta pela Não Violência, se preciso for até com a desobediência civil como nos ensinou Mahatma Ghandi o libertador da Índia.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Dia em Memória das Vitimas do Holocausto


Nunca Mais! Mas lembrar sempre as vítimas do Holocausto
Dia 27 de Janeiro é o Dia Internacional em Memória das Vitimas do Holocausto, cometido pelo regime nazista. Dos 6 milhões de Quedoshim (santos mártires) muitas almas deixaram de prosseguir o curso de suas vidas, de fazer parte da criação diária que Deus concedeu a cada um de nós.

Honrar os que morreram, crianças, jovens e idosos, mulheres e homens, sefarditas e asquenazis, ortodoxos e conservadores, de todas as partes da europa ocupada, foram arrancados à vida, para um sofrimento inqualificável; juntamente com os 6 milhões de judeus, morreram também Testemunhas de Jeová, ciganos, doentes mentais, deficientes físicos, comunistas, sociais-democratas, artistas, e intelectuais opositores ao regime nazista.

Não permitamos nunca que isto volte a acontecer, nem ao nosso povo, nem aos nossos amigos e nem aos nossos inimigos. Que a paz prevaleça, e que a justiça sobreviva sempre para o bem de todos.

O Primeiro Ministro Israelita Benjamin Netanyahu afirmou: "O desejo de destruir o povo judeu permanece, o que mudou foi a capacidade de nos defendermos!"

Holocausto Nunca Mais!!!



Por Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Pensamentos # 05 - Memorial à Mãe

A palavra Mãe, tem para mim, um significado que ultrapassa em muito o seu sentido literal e etimológico, para mim significa "Meu Amor Eterno", porque nos lembraremos sempre dos momentos mais preciosos da nossa vida em que o amor de Mãe é fulcral para o nosso desenvolvimento como pessoas plenas em mente e corpo sãos.
Na minha vida tive, uma mãe maravilhosa, Maria Graciete a que sempre terei as melhores lembranças, foi ela que me incutiu os valores maiores, os princípios fundamentais, com os quais hoje me identifico, e a essa grande mãe, melhor amiga e mulher, tão grande e bela de Nome Graciette, deixo a minha homenagem o meu memorial, sobretudo neste dias de véspera do seu aniversário, se fosse viva faria dia 22 de março 75 anos, que D-us nosso Pai lhe transmita nos céus o meu muito obrigado póstumo, por tudo o que ela fez e foi para mim, e para os meus irmãos, bem como netos e netas.
Quis D-us, que partisse, talvez antes do tempo, creio que tenha cumprido o seu desígnio nesta vida, mas o Eterno é sábio e justo, e resta-nos na nossa saudade, desejar-lhe a paz.



Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 30 de novembro de 2014

Banco Alimentar - Campanha a 29 e 30 de Dezembro

Os Bancos Alimentares Contra a Fome, realizam este fim de semana, dias 29 e 30 de novembro,  mais uma campanha de recolha de alimentos, como habitualmente é efetuada fundamentalmente nos hipermercados e supermercados de norte a sul de Portugal.
Está prevista para esta campanha de recolha, a participação de mais de 40 mil voluntários, no entanto a organização estende a data para os que preferirem contribuir pela internet com as suas dádivas, ou ainda com a compra de vales nas caixas dos supermercados.
Face à crise e a uma taxa de crescimento exponencial do desemprego, devido a falências de empresas e insolvência de famílias, os portugueses tem dado sinais de solidariedade com os mais desfavorecidos e com as famílias em situação de vulnerabilidade social.
Segundo dados estatísticos do BA Banco Alimentar contra a fome, foram recolhidos no mesmo período do ano passado, aproximadamente 30 toneladas de alimentos, que foram distribuídas por mais 2.500 instituições de solidariedade social por todo o País, abrangendo mais de 400 mil pessoas com ajuda alimentar, esta é uma ideia que vele a pena alimentar.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 26 de outubro de 2014

Hemisférios Alternam Horários

Horário de Inverno atras-se em uma hora os ponteiros.
Os Horários de Inverno e Verão, alternaram-se, no dia 26 de outubro, pelas 2h00; hora em que os ponteiros do relógio foram movidos para a 1h00 da madrugada, reduzindo assim em uma hora no hemisfério norte, tendo já ocorrido a alteração com a adição de uma hora no hemisfério sul (onde agora é verão) facto que ocorreu na semana anterior, e a essa  mudança de horários, traduz-se no facto de que os hemisférios norte e sul, passarem a ter apenas duas horas de diferença como é o caso da diferença horária entre Portugal e o Brasil, o que é uma aproximação pelo tempo e um ganho, isso notar-se-á nas comunicações via telefone e Internet, que são feitas nos dois sentidos, bem como nas viagens onde os passageiros não sentirão a tão grave diferença horária.


Do ponto de vista histórico o que existe não é uma mudança no horário de inverno, mas sim no horário de verão, pois a mudança deu-se precisamente no verão, com o intuito de se economizar energia elétrica num período em que os dias são mais longos que as noites, o horário de inverno é a consequência de se voltar ao horário solar, ou seja tornar à hora normal, comummente associado à posição do Sol e os movimentos da Terra, desvios esses que geram as diferentes e alternadas estações do ano nos hemisférios.


Aproveitar para pôr em dia a leitura
Qualquer das formas não são todos os países que adotam o horário de verão, a medida favorece mais os países que se encontram longe da linha do Equador, na Austrália por exemplo só os estados do sul é que adotam esta medida, que aliás idealizada pelo Presidente dos Estados Unidos da América, Benjamin Franklin em 1874, mas só foi aplicada pela primeiras vez com caráter oficial pela Alemanha em 1916. Bem com este novo horário ganhamos mais uma hora no hemisfério norte, o que dá para pôr em dia as leituras.

Por Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor                                                                           
Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. É estagiário como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, Blogger desde 2007, com o ideal de cariz Humanista, além disso dedica-se a outros blogs de cariz filosófico e poesia.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Atingimos os 500 Artigos Publicados

Com este artigo/post, o blog, atinge o número total de 500 artigos escritos e publicados ao longo de 7 anos, difundidos pelas redes sociais, com centenas de seguidores no facebook, twitter e google.

Obrigado a todos os leitores, que de uma forma pertinente ajudaram no debate de ideias, no apoio a causas, na divulgação de eventos.

Os blogs nascem pessoais, algo nosso a dizer ao mundo e a nós mesmos, mas eles ganham vida per si, e tornam-se propriedade pública de todos vós leitores, que são de acordo com o ideal humanista, o centro do nosso objetivo, e continuaremos, esperemos mais 500 artigos, bem como as vossas 500 criticas e sugestões sempre bem vindas.

No entanto serão agregados a este blog, os artigos de meus ouros blogs que estão agregados, e passará muito provavelmente dos 700 artigos já no inicio de setembro. Aguardem e cofiram.

Obrigado a todos.


Por Filipe de Freitas Leal

Este artigo respeita as normas do Novo Acordo Ortográfico

Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

sábado, 12 de julho de 2014

7º Aniversário do Blog


O Blog Humanista, comemora este mês de julho o 7º Aniversário, e assim vai paulatinamente afirmando-se como um blog que veio para ficar, na defesa de ideias e causas, e num sinal inequívoco de consolidação no universo blogger, tendo sido construído ao longo destes sete anos, com um espírito de perseverança, dedicação e com objetividade de princípios claramente voltados para a causa humanista, da defesa dos direitos humanos e da justiça social, que aliás não poderia ser de outro modo.

Este blog entra assim no ano VIII da sua atividade, mas não entra sozinho, entra acompanhado de leitoras e leitores, que acumulou ao longo destes sete anos, quer no Blogger, quer nas redes sociais como Facebook ou Twitter, mas sempre a somar, e a seguir em frente num projeto cujo foco é o debate de ideias e a partilha de conhecimentos sobre inúmeros temas sociais, políticos, económicos e também educativos na partilha de conhecimentos. Este ano a novidade no aniversário é o lançamento do El Blog Humanista, a edição em língua espanhola deste blog.


A todos os leitores o agradecimento sincero do vosso contributo, este é um aniversário em que mais do que as congratulações que nos enviam, é de facto o "Muito obrigado a todos os leitores, e que hajam ainda muitos anos de vida para o blog humanista"

Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.


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Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

domingo, 6 de abril de 2014

O Desperdício de Alimentos


Dados estatísticos, revelam, que o desperdício alimentar, gera um custo de 750 Biliões de dólares por ano em todo o Mundo, sendo que é desperdiçada metade de toda a comida produzida, um contra senso, tendo em conta a fome que atinge 8 centenas de milhões de pessoas em todo o mundo sem falar nas consequencias ambientais, devido ao efeito estufa e poluição de rios e solos pelos detritos.

O desperdício de alimentos é uma realidade que tem passado despercebida, ao interesse e atenção do cidadão comum, deve-se pois salientar a importância de tomarmos conhecimento deste fenómeno que não sendo novo, tem adquirido uma nova dimensão com o aumento populacional.

O desperdício é um fenómeno que ocorre simultaneamente ao crescimento exponencial da fome, que graça não só no 3º Mundo, ou dito mundo dos Países em Desenvolvimento, sendo também uma presença constante, nas ruas e nas casas onde cada vez mais, devido ao desemprego, à velhice desamparada, à doença, entre outros fenómenos socias, que ocorre no dito Primeiro Mundo, ou o mundo dos países, neste sentido o combate ao desperdicio é também o combate à fome, e uma luta pelo equilibrio do ecossistema, na medida em que se deixa de desperdiçar os recursos naturais, energéticos e também humanos, e colocando-os assim em prol do desenvolvimento comunitário e no aproveitamento ambiental.

O combate ao desperdicio passa, como salienta o jornal Público, pelo modos de produção, embalamento, cuidados de distribuição, aproveitamento inteligente das matérias primas, mas também é algo cultural, que precisa ser incentivado, o combate ao desperdicio cabe a todos nós, em beneficio das gerações vindouras.





Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.



Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Da Primavera ao Inferno Árabe.

A Tunísia  deu inicio espontaneamente a um movimento de protestos, após a imolação de Mohamed Bouazi, no interior daquele país, em protesto contra a corrupção, e fez-se com a ajuda das redes sociais, facebook e twitter, que levaram à queda em 2011 do ditador tunisino Ben Ali, após esta primeira vitória, a onda de protestos e revoltas voltou-se a outros países árabes, que se sentiam traídos pelo ideal de um socialismo pan-arabista que nunca chegou a existir e que deu lugar à opulência de ditadores  que  mais não faziam que se manter no poder, recebendo o apoio dos europeus e dos estadunidenses, que preferiam ditadores pacíficos a democracias ameaçadoras dos valores e dos interesses ocidentais. A este movimento de protestos denominou-se de Primavera Árabe, pois maioritariamente eram jovens estudantes universitários, informados e que aspiravam à democracia e a um grau de desenvolvimentos dos seus países semelhante ao ocidente, sem no entanto perder a sua cultura e identidades árabe e muçulmana.
Seguiram-se outros países vizinhos, ainda em 2011 como a Argélia, a Libia, o Yemen, o Egito e a Síria, onde foram derrubados três caudilhos e seus regimes, Muammar Kaddafi da Libia, Hosni Mubarak do Egito e Salleh do Yemen, outros protestos se seguiram sem no entanto haver mudanças de chefias do estado como o caso do Marrocos, que convocou um referendo e do qual se fizeram alterações à constituição, permitindo a democratização do país, outras medidas de reformas dissuasoras ocorreram também na Jordânia, Kuwait, Bahrein e Omã.
No entanto, a revolta e os protestos da primavera árabe, chegaram à Siria, de Bashar El Assad, tendo este intensificado a repressão às manifestações, bem como a persecução aos seus opositores do seu regime, acabando por degenerar em Guerra Civil que se iniciou em 2011 e ainda permanece a derramar o sangue dos sírios e a devastar de forma brutal todo o País que ja entrou em colapso. No entanto há um fundo de cunho religioso por trás destes conflitos, e sobretudo na Síria, onde se opõem os sunitas do lado do poder, contra os xiitas na oposição.
Várias cidades sírias ficaram tal como nesta imagem.
No Egito, a democratização levou ao poder a Irmandade Muçulmana, e elegeu Mohamed Morsi, que numa tentativa de islamizar o país, foi derrubado por um golpe militar, os protestos levaram à rua os apoiantes de Morsi a exigir a sua recondução à Presidência, num movimento de contestação denominado "Dia de Cólera", que se fez sentir no resultado de um massacre de 72 pessoas, perpetrado pelos militares em plena praça pública. Diante deste quadro calamitoso de atos dantescos, podemos dizer que se trata sim, do inferno árabe.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 18 de agosto de 2013

O 4º Poder e a Crise na Grande Imprensa I

A imprensa livre e tradicional, formada por gigantes da informação, está em crise, de tal modo que nos primeiros dias de agosto caíram três dos gigantes da informação estadunidense, os centenários The Boston Globe e o The Washington Post, este ultimo fundado em 1877, e muito famoso pelo escândalo do Watergate, que derrubou em 1974 o Presidente Richard Nixon, mas não é só nos diários que aconteceu iste fenómeno, também uma conceituada revista semanal de grande informação a Newsweek, e ao todo estes três grandes títulos, abalam o mundo da imprensa, lançando a duvida de como se desenvolverá a informação do futuro.

O que se vislumbra à primeira vista, é a crise da imprensa, que perdeu gradativamente terreno face a outros meios de informação, como a internet, em particular a busca dos leitores por novas formas de informação como o Tabletes ou os telemóveis (celulares) de ultima geração, no qual os leitores acedem ao portal de noticias e à informação de uma forma mais rápida, mais barata e também mais especializada em determinado tema, que no jornal de grande informação. Pelo que a crise na imprensa não é apenas de venda, sobretudo a venda de espaço publicitário que tem vindo a ser maior para o formato digital que o papel,  e a publicidade é o fundamental meio de financiamento da imprensa escrita, há que ter em conta que o mundo da informação é pautado pelo interesse do lucro, mas também da influencia sobre os consumidores e não menos sobre os eleitores.


Posto isto, a equação imediata é a do controlo da imprensa por grupos económicos, que à partida nada ou quase nada tem a ver com a imprensa, nomeadamente o empresário estadunidense que comprou o The Boston Globe é detentor de clubes desportivos nos EUA e no Reino Unido, a Newsweek, foi adquirida pelo grupo de edição digital a IBT Média, pelo que a revista será apenas editada no formato digital a partir de janeiro de 2014, a edição de papel terminará em dezembro do corrente ano, de forma semelhante o The Washington Post, foi adquirido pela Amazon, por 250 milhões de dólares  o que revela o interesse da edição digital como segmento de mercado, em detrimento da tradicional edição de papel, que marcou gerações inteiras, mas também que foi instrumento de exercício da cidadania e consciencialização em momentos cruciais da história do século XX, na nova imprensa que nasce, fragmentada e segmentada em especialização diversa, a verdadeira informação e a liberdade de expressão precisam ser discutidas, porque ficam mais longe do grande público que vai atrás da cantiga da sereia de uma época em que a cultura é massificada, fruto dos Media (rádio, TV, Imprensa escrita e digital) que são hoje grandes empresas que visam lucro, e que não deixarão de ser instrumento de interesses políticos e económicos. Resta-nos saber se ainda se poderá falar no 4º Poder.

É assustador estarmos perante a incógnita da informação do futuro, pois na realidade há uma luta pela manipulação das massas, nos anos 50, 60 e 70 a imprensa desempenhou um papel fulcral na consciencialização política e na consolidação da democracia, tal como ocorreu no Brasil e até em Portugal, hoje a imprensa dividiu-se em vários temas especializados e temáticos, dispersando a atenção dos problemas globais da população. É um novo mundo, um outro 




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 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

sexta-feira, 12 de julho de 2013

6º Aniversário - O Blog Dá-lhe Música

O Blog Humanista, comemora hoje o seu 6º Aniversário, sinal da consolidação na blogosfera, com a sua vocação de luta por ideias e causas, atravessados seis anos, e entrando hoje no ANO VII de atividade, trás assim a todos os leitores, um brinde, composto de algumas das músicas clássicas, que o caro leitor pode simplesmente ouvir, ou descarregar em mp3 se desejar, Obrigado a si leitor por estar connosco e por contribuir para que este blog persista.

Embora a música clássica, seja pouco apreciada, sobretudo pelas camadas mais jovens, e tida por muitos como uma música elitista, no entanto trata-se de um tipo de música que é fruto de uma época, na qual se produziram grandes obras, que simplesmente se perpetuarão na história, até porque a harmonia da música clássica com os sons da natureza é algo de surpreendente  e podemos constatar isto através da música de Vivaldi, sobretudo nas "Quatro Estações", em particular a "Primavera", que é uma das selecionádas abaixo.

A música clássica é uma evolução na forma e no conteúdo, da música erudita medieval, e eclesiástica que lhe antecedeu, e que se tornou mais popular à medida que se difundiu pelos modernos meios de comunicação social, ou de massas, sendo que algumas das músicas clássicas tornaram-se famosas do grande público pela sua utilização no cinema, ou em spots publicitários, da difusão da internet, mas também fruto do aumento da escolaridade e da didatica da música nas escolas, as pessoas hoje são mais informadas que no passado, e tem acesso a um conteúdo musical que além de diverso é abrangente; Não obstante é ainda reduzido o número de pessoa que apreciam verdadeiramente a música clássica.

Oferece-mos lhe as seguintes músicas:

"As Quatro Estações" de Vivaldi (Séx. XVIII - Itália)
"Sinfonia Nº 4" de Mendelssohn (Séx. XVIII - Alemanha)
"Sinfonia Nº 40" de Mozart (Séx. XVIII - Áustria)
"Sinfonia Nº 1" de João Domingos Bomtempo (Séx. XVIII - Portugal)
"Bachianas Brasileiras" de Heitor Villa-Lobos (Séx. XX - Brasil)

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Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

 
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