1 - Introdução
"Só engrandecemos o nosso direito à
vida,
Cumprindo o nosso dever de
cidadãos do mundo”
Mohandas Gandhi
A Migração Humana é uma realidade desde o princípio dos tempos, até porque
as tribos ou clãs eram nómadas, as suas causas são estudadas pela Etnologia e também pela Antropologia, Economia Política, Política Social e pela Sociologia.
Os migrantes são intitulados de emigrantes para o país originário, de imigrantes para o país de acolhimento, no caso
chamamos Imigrantes
Transnacionais em Portugal, aos
vários grupos étnicos oriundos de vários países que se estabeleceram em
Portugal.
2 - O meu próprio exemplo
"Cada fracasso ensina ao homem
algo que necessitava aprender"
Charles
Dickhens
Na verdade sei na minha própria carne o que é isso de ser emigrante, pois
eu mesmo fui um, vivendo no Brasil após a revolução de 25 de Abril de 1974 e os
tempos conturbados que se seguiram.
O Brasil deixou-me marcas profundas, e acho que nós portugueses que
emigramos em massa para lá, deixamos uma nova imagem de Portugal, contribuindo
com alguma coisa naquela sociedade multicultural, mas a emigração também me
trouxe marcas indissociaveis não só na cultura e no modo de ver, mas também na
vida, até porque a minha mulher e o meu filho mais velho são brasileiros.
Se as razões da emigração foram de cariz político a causa do retorno foi de
cariz económico, a degradação que o Brasil viveu nos anos 90, fez-nos voltar, e
como é sabido vieram também muitos brasileiros para cá, inclusive descendentes
de portugueses de gerações distantes, mas não só.
3 - As causas das migrações
“O meu ideal político é a democracia
Para que todo o homem seja respeitado como individuo
E nenhum seja venerado.”
Albert Einstein
A migração, geralmente ocorre de livre iniciativa, da pessoa ou família que
o faz, e principalmente na maioria dos casos à procura de um nível de vida
melhor (por motivos económicos), mas também poderá ser por motivos políticos ou
ainda religiosos, fugindo assim a possíveis perseguições e de actos
discriminatórios no Estado de que são naturais.
Cada país e cada cultura têm a sua própria maneira de gerir e encarar o
problema das migrações, uns mais tolerantes que outros, a verdade é que quase
sempre este foi um tema delicado que gerou sempre preconceitos entre as partes,
em particular das populações autóctones.
4 - Os grupos Transnacionais em Portugal e o seu contributo
"Cada fracasso ensina ao homem
algo que necessitava aprender"
Charles Dickhens
Com preconceitos ou não, a realidade é que uma sociedade tal como a brasileira ou a estadunidense, entre outras que se tornaram multiculturais, mostram ao mundo a sua riqueza cultural, social, económico e também política devido à democracia que permite a participação de todos num pluralismo multicultural e étnico, aliás nos EUA os negros são uma minoria étnica e mesmo assim elegeram Barak Obama para Presidente, em Portugal temos o exemplo de António Costa, de origem goesa / indiana que foi eleito Presidente da Câmara da Cidade de Lisboa.
Portugal hoje é um país diferente do que à 25 ou 30 anos, e porquê? Porque está a tornar-se num país multicultural, Até aos anos 90 do séc. XX, a imigração era essencialmente de pessoas vindas dos PALOP's sobretudo cabo-verdianos e angolanos, a partir dos anos 90 começou o fluxo originário da Europa de Leste e América Latina, desde brasileiros que trouxeram novos hábitos alimentares e musicais, vindo também romenos, russos, moldavos e ucranianos (estes últimos vieram refortalecer a Igreja Ortodoxa em Portugal) entre tantos outros, inclusive de países membros da UE, que com o acordo de Schengen adoptaram Portugal como país para viverem a sua reforma, em particular os ingleses e alemães, o que veio a contribuir para uma atitude de “relativismo cultural” rompendo a pouco e pouco com o uma visão “etnocêntrica” até então estabelecida.
Portugal hoje é um país diferente do que à 25 ou 30 anos, e porquê? Porque está a tornar-se num país multicultural, Até aos anos 90 do séc. XX, a imigração era essencialmente de pessoas vindas dos PALOP's sobretudo cabo-verdianos e angolanos, a partir dos anos 90 começou o fluxo originário da Europa de Leste e América Latina, desde brasileiros que trouxeram novos hábitos alimentares e musicais, vindo também romenos, russos, moldavos e ucranianos (estes últimos vieram refortalecer a Igreja Ortodoxa em Portugal) entre tantos outros, inclusive de países membros da UE, que com o acordo de Schengen adoptaram Portugal como país para viverem a sua reforma, em particular os ingleses e alemães, o que veio a contribuir para uma atitude de “relativismo cultural” rompendo a pouco e pouco com o uma visão “etnocêntrica” até então estabelecida.
5 – Bibliografia consultada
SANTOS, José
Luís dos (198), “O que é cultura”, Brasiliense, .São Paulo / Brasil
PERALVA, Angelina
(2008), “Globalização, migrações transnacionais e
Identidades nacionais”, Instituto Fernando Henrique Cardoso IFHC, São Paulo / Brasil.
INE, Instituto
Nacional de Estatísticas, (2010) Dados sobre comunidades imigrantes em Portugal.
Autor Filipe de Freitas Leal
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