segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Citações # 12 - A Paz (Golda Meir)

"A Paz virá, quando os árabes amarem os seus filhos, tanto quanto nos odeiam" frase célebre de Golda Meir, proferida em 1957 no Clube Nacional de Imprensa em Washington.

De facto isto ilustra que a Paz não é um produto que se venda, mas é um processo que se pode negociar, não funciona por decreto e nem por mera simpatia, a Europa e o Mundo se querem uma Palestina Livre, tem que exigir garantias de Paz, tais como o desarmamento do Hamas e o reconhecimento de Israel por parte dos palestinianos.

Terão por acaso os políticos e diplomatas europeus esquecido que o conflito Israelo-árabe não é unilateral? Ou até de quem partiu a agressão em 15 de maio de 1948?


Filipe de Freitas Leal



Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas filosóficos e poesia.

Portugal Reconhece a Palestina sem Contrapartidas

Após a Suécia, o Reino Unido, e a Espanha, foi a vez de o Parlamento português aprovar nesta sexta-feira, uma resolução de recomendação para que o governo reconheça a Palestina como Estado independente; a autoria do projeto tripartido, é feito a três mãos, pelos socialistas do PS, os liberais do PSD e  os democratas cristãos do CDS, mas não tendo havido consenso dentro destes três partidos.

O que é espantoso, nesta  onda de um reconhecimento pela independência da Palestina é o facto de não terem em conta contrapartidas que possam garantir a paz.

Digo isto porque em primeiro lugar sou defensor da paz no Médio Oriente, e a visão europeia e estadunidense deste conflito é equivocada, na medida em que o conflito por si só, não parte de Israel, parte do não reconhecimento pelos países árabes da Existência de Israel como país soberano em 1948, tendo recusado a resolução da ONU, e é equivocada ainda porque esquecem ou finge ignorar que o Hamas, que é um dos principais partidos políticos palestinianos, tem como objetivo programático principal a destruição de Israel além de promover o antissemitismo, portanto quais as garantias que foram pedidas para a paz de facto seja uma realidade perene ou mesmo perpétua? O modelo encontrado agora pela Europa é tão ou mais falacioso que os acordos de paz de Camp David.

Posto isto, resta-nos perguntar, o que é que está por trás desta onda de reconhecimento da causa palestiniana? se for o desejo profundo de paz porque é que se esperou 66 anos para se só agora querer a paz? E se de facto os políticos europeus querem a paz porque não pediram garantias ao Hamas?

As garantias devem ser exigidas através de um acordo celebrado na ONU entre a comunidade internacional e a Palestina, onde esta assine a aceitação e reconhecimento irrevogável da partilha da Terra Santa, tal como previsto pela resolução 181 das Nações Unidas em 1947. Sem esta condição a politica externa de um reconhecimento sem contrapartidas é irresponsável e hipócrita, porque poderá estar baseado em interesses ou receios desconhecidos.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 14 de dezembro de 2014

MOSTRA-ME - Documentários de Direitos Humanos

Decorre em Sintra nos dias 19, 20 e 21 de dezembro, a XIII Mostra de Documentários sobre os Direitos Humanos, este ano de 2014, surge rebatizada de MOSTRA-ME, O Evento é promovido como habitualmente, pela Amnistia Internacional, através do grupo 19 de Sintra, cuja exibição dos filmes será no Centro Cultural Olga Cadaval.

O MOSTRA-ME tem o objetivo de consciencializar, e denunciar as injustiças e o desrespeito dos direitos humanos que ocorre em diversos países, é um evento que ocorre já há dez anos, sempre entre novembro e um dos filmes é "A FERRO E FOGO - As Vitimas Ocultas da Austeridade na Grécia"  o programa completo está no link abaixo.

Local: Sintra - Centro Cultural Olga Cadaval
Data: 19 a 21 de dezembro de 2014.
Preço: 2,00 €
Página do Programa: www.ccolgacadaval.pt

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Mário Soares - 90 Anos

O Ex-presidente português Mário Soares completou no dia 7 de dezembro deste ano de 2014, os seus 90 anos de idade, uma efeméride que é indubitavelmente merecedora de todas as atenções, pela sua importância histórica. Soares é carinhosamente apelidado pelos portugueses de "O Bochechas" conhecido por ser além de um homem combativo, uma pessoa afável, com um ar bonacheirão e de um temperamento bastante determinado. 
  
O facto de ter nascido numa família de tradição republicana, cujo pai João Lopes Soares havia chegado a ministro durante a I República, influenciou a que ainda muito jovem ingressasse na militância política, tendo entrado para o PCP Partido Comunista Português onde conheceu Álvaro Cunhal, seu antigo amigo, de quem viria a desligar-se alguns anos depois, Soares participara do apoio à candidatura de Norton de Matos à Presidência da República, na década de 50, através do MUD Movimento de Unidade democrática, a partir daí Soares passa a defender uma linha esquerdista moderada, um socialismo ainda marxista sim, mas de corrente democrática, mais tarde já no exilio veio a contactar e até ser amigo de François Miterrand, Willi Bandt, Olof Palm, entre outros líderes Socialistas/Sociais-democratas europeus, devido às suas convicções e à luta pela democracia, esteve preso 12 vezes,  numa das quais chegou a casar na prisão com a atriz portuguesa Maria Barroso, mais tarde é-lhe imposto em 1968 o degredado no arquipélago de São Tomé e Príncipe, e posteriormente exilado em França em 1970, de onde regressara a Portugal, vindo de comboio alguns dias após a queda do governo de Marcello Caetano.


Criticado à esquerda e à direita, pela sua política e acusado durante o período conturbado da revolução dos cravos de abril de 1974, sobretudo no que concerne à forma como foi feita a descolonização das antigas colónias portuguesas em África, como o caso de Angola, cujo poder caíra nas mãos do MPLA (então um partido comunista afeto ao Stalinismo soviético) muito ao contrario do que se tinha assinado no tratado de Alvor, entre esse partido a UNITA e a FNLA, pelo que fez com que essa ex-colónia mergulhasse numa guerra civil que mais não foi que um dos palcos da Guerra fria; Paralelamente a isso a situação dos antigos colonos (denominados em Portugal de retornados) era na verdade a da situação de refugiados tendo perdido tudo, e em alguns casos até familiares, regressarando em pontes aéreas criadas de emergência para evacuar os cidadãos portugueses em África, esta é uma das criticas que sofre da direita portuguesa, que é a sucessora ideológica da ANP Ação Nacional Popular o partido do poder do regime salazarista durante o governo de Marcello Caetano. No entanto creio sinceramente que esta critica pela descolonização é-lhe injustamente imputada, pois Soares não era o chefe de governo, e não estava sozinho nos governos provisórios, que eram compostos por vários partidos como o PS socialista liderado pelo próprio Mário Soares, PPD de Sá Carneiro e Magalhães Motta, PCP liderado por Avaro Cunhal, CDS de Freitas do Amaral e MDP/CDE de FranciscoPereira de Moura.

As criticas à esquerda, condenam-no de traidor da causa socialista que era de certa forma o cunho da revolução dos cravos, tendo como exemplo a célebre frase de Soares quando tomou posse no I Governo constitucional em 1976 dizendo: "Guardemos o socialismo na gaveta."

Mas não esquecendo que também herdou muitos simpatizantes, e uma das frases populares mais conhecidas dos anos 80 "Soares é fixe", e isso ilustra que de facto é uma figura a quem os portugueses devem muito, pois no meu entender, embora tenha-o criticado por algumas opções menos felizes que tomou, não deixou de ter um papel importantíssimo na História do nosso país por três grande obras suas

1.º - A coragem e a determinação de ter criado um movimento de oposição que era a alternativa democrática face à oposição dos comunistas, inicialmente pelo MUD, que se desfez, posteriormente pela CEUD, Comissão Eleitoral de Unidade Democrática que era a sucessora do movimento acima citado, e por último a ASP Ação Socialista Portuguesa, constituída no exilo, que vem a dar lugar por sua vez em 19 de abril de 1973 na então Alemanha Ocidental na cidade de Bad Musteinfel, ao PS Partido Socialista, denominando-se o herdeiro legitimo do antigo e histórico Partido Socialista Português, fundado em 1875, por Antero de Quental entre outros. 

2.º - O facto de ser um dos pais do regime democrático saído do período revolucionário, e o PS foi inegavelmente o partido que consolidou a democracia em Portugal, tendo sido o voto útil dos portugueses nas eleições constitucionais de 1975, e nas legislativas de 1976.


3.º - Uma vez, derrubado o regime fascista, consolidada a democracia, foi o responsavel pelo primeiro verdadeiro plano para um futuro para portugal, que era em primeiro lugar voltar-se para a Europa da então CEE Comunidade Económica Europeia, tendo feito o pedido formal ainda durante o seu primeiro governo em 1976.


Filipe de Freitas Leal


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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos e poesia.

Provérbios # 01 - Provérbio Africano

 Em África todos os dias,
Uma gazela acorda
ao romper do dia,
e sabe que terá de correr
mais rápido que o leão mais veloz.

E todos os dias um leão acorda, 
e sabe que terá de correr
mais rápido
que a gazela mais lenta.

Não interessa se somos
uma gazela ou um leão,
o que interessa é que devemos
começar a correr assim que o sol nasça.

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos e poesia.

Workshop no ISCSP - Igualdade de Género 18 Dez

A Igualdade de Género é o tema central de um workshop no âmbito do programa "Cidadania Ativa" da iniciativa da Fundação Kaloust Gulbenian, sendo promovido pela  ACA - Associação Conversa Amiga em parceria com o Núcleo de Serviço Social dos estudantes do ISCSP, o respectivo evento realiza-se sob a orientação do formador Duarte Paiva, no dia 18 de Dezembro,  15h às 18h, no ISCSP, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas no Polo da Ajuda da Universidade de Lisboa.

Este workshop tem como temas a serem abordados a igualdade de género, papeis sociais, paradigmas e estereótipos.

Inscrição: Para o e-mail nss_iscsp@hotmail.com



Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Nós e as Redes Sociais - II

É curioso como uma grande maioria das pessoas usa, as redes sociais, reparo que muito poucos ousam ultrapassar os caminhos da partilha da vida privada, em favor de causas, lutas e ideias, é o que chamamos o "espaço de conforto" e detrimento da "Arena de Confronto".

Claro que tudo isso é legítimo, mas não deixa de ser triste, vermos a nossa sociedade, e o nosso País a precisar de um maior engajamento do povo para clamar por maior justiça social, vimos que encontrar os "Likes" no facebook, para as causas delicadas da política ou das mais sublimes como a cultura, torna-se impossível, sendo mais difícil do que encontrar uma agulha num palheiro.

Por outro lado, o futebol, as receitas de culinária, os ditados morais, os famosos "selfies", as piadas e as fotografias de algumas atrizes famosas, ou de sexsimbols, tornam-se virais, e arrasam completamente a estrutura e a cultura de sociedade em desenvolvimento, ... o que fazer o quê? talvez emigrar  para alguns... não sei.

Não que sejam necessários os likes, muito menos para mim, mas não deixa de ser um indicio de que as pessoas ainda têm medo na nossa sociedade de se identificar, de tomar partido, de dar a cara e de ter a coragem de ousar ser cidadãos ativos e tomar posição, para mim isso sim faz falta, esse é o verdadeiro like que gostaria de ver em maior quantidade e qualidade.


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Modelo Suicida? A Culpa Não é da Alemanha!

Recentemente num site francês Marianne.net questionava-se, sobre de quem seria a culpa do modelo económico suicida, há uma grande tendência para se culpar a Alemanha, mas a meu ver é um erro, e acho até injusto.

Penso que o modelo suicida surgiu quando a Europa recusou funcionar a duas velocidades, como havia proposto Jacques Chirac por razões de justiça social, e isto é que está a dar maus resultados, e poderá vir a arrastar também a Alemanha pouco a pouco para uma crise económica, que não interessa a ninguém neste momento. Há que se encontrar um novo modelo que tenha em conta as disparidades sócio-económicas de cada país ou entre o Norte e o Sul da Europa. Até porque o modelo vigente foi imposto a todos os países, onerando os custos da Alemanha (entre outros) face a países como os PIGS Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha. (Já agora onde formam parar biliões e biliões de Euros para o investimento na Indústria e na Educação tecnológica para nos equipararmos aos outros países europeus?)

E penso deveras, que foi um pouco a "ganância" (desculpem-me o termo) de uma Europa ansiosa por ver crescer a Leste o seu mercado e aproveitar mão de obra barata e até (imigração ilegal) também terá acelerado a crise europeia que não suportou a crise do Subprime estadunidense de 2008. Não sou economista, e como tal pouco percebo de economia, mas lembro-me bem em termos históricos dos passos acelerados que a Europa tomou e dos quais agora se arrepende.



Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, É Blogger desde 2007, com o ideal de cariz Humanista, além disso dedica-se a outros blogs de cariz filosófico, teológico e poético.

Frases # 01 - O Estudo

"Por menor que seja o seu tempo de estudo, estude!
Não tenha medo de crescer lentamente.
Tenha medo apenas de ficar parado."
Este é verdadeiramente o meu lema de vida, o meu modo de ser e de estar.

Esta frase interessantíssima e verosímil, foi retirada de uma página do facebook, denominada de "Língua Portuguesa" da autoria de Céu Marques.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Catastroika - A Democracia Morre Onde Nasceu

A Democracia morre onde nasceu, exatamente na Grécia. E morre à mão de tecnocratas, capitalistas e de economistas cujo ideal é desmontar o Estado. Sem Estado, não há poder político, sem poder político não há democracia, por mais que se tente iludir ou fingir a mascara cai sempre.

E quando se diz que a democracia morre, significa que o governo do povo para o povo e pelo povo, tal como na antiga helénica, deixou de ser uma realidade e passou a ser uma utopia invertida, visto que já ter existido e não tem hoje quaisquer condições de poder voltar a existir, sobretudo num mundo totalmente globalizado, dirigido por uma corrente ultra-liberal vocacionado a destituir os Estados da sua propriedade, funções e essência, até que o que sobrar não será mais suficiente para evitar que se torne um mero pró forma.

 A ideologia que nos bombardeou com a consciência do direito do contribuinte, do consumidor, embrulhado num papel bonito e sedutor, não foi mais que uma forma de nos converter a colaboradores inconscientes do desmantelamento das instituições, umas após outras, e num regime onde a economia sobrepõe e se substitui nas funções do poder político, o resultado não poderá ser bom.

Se o comunismo falhou pelo excesso da estatização e de uma pressão cultural e psicológica vigente através de uma ideologia política de economia planificada, o caminho trilhado hoje pelo neo-liberalismo não nos trará melhor sorte. Porque as privatizações de setores chave da economia e a liberalização radical dos mercados gera a catástrofe onde se vende tudo, serviços de água, energia, comunicações, transportes, bancos, correios, aeroportos, e sobrará apenas uma bandeira já sem sentido de nacionalidade.

Portugal um dos países da Europa comunitária, que mais tem perdido com esta politica desde a subida ao poder do ultraliberal Cavaco Silva, que iniciou lenta mas paulatinamente as politica europeias e globalizantes das privatizações, com consequências visíveis e irreversíveis para o país e as gerações futuras.

Abaixo está disponível o vídeo na integra do documentário "Catastroika" focando as causas, os efeitos, e a razão de ser de todo este fenómeno.  



Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Sócrates Preso - E o Movimento Revolução Branca

Criado em 2012 o MRB Movimento Revolução Branca, quer vir a engrossar as fileiras da acusação como assistente e dar assim uma "força", ao processo de acusação do MP Ministério Público contra o Ex-Primeiro Ministro português José Sócrates, notícias divulgadas pelo site "Notícias ao Minuto".

José Sócrates encontra-se detido preventivamente desde o dia 24 de novembro, numa Prisão de Évora, sendo acusado de corrupção e branqueamento de capitais, num processo que envolve outros três arguidos também presos. Devido ao segredo de justiça não se sabe ainda a que época é que se referem as acusações, se foi durante o seu mandato como Primeiro Ministro, ou se posteriormente a essa data.

O movimento acima referido é um movimento popular  cujo nome até parece retirado da história do inicio do Século XX, onde o então Exército Branco lutava na Guerra Civil contra o regime soviético do Exercito Vermelho, instalado após a revolução de 1917. História à parte, qual é a análise critica que podemos aferir sobre isto?

Quanto a tudo isto, acho estranho e um absurdo, pois assemelha-se ao prazer de ajudar a matar moralmente as pessoas, sem sequer se ter iniciado o julgamento. Estamos se calhar a anos de ver o veredicto final que só à JUSTIÇA compete.

Creio que os cidadãos devem manter a calma e o bom senso, pois a Justiça age sem a necessidade de ajudinhas, mezinhas ou novenas e muito menos de meros linchamentos morais em praça pública, sabe-se lá orquestrados por quem e com que finalidade. Para mim isso só levará a politizar um processo que à partida não deveria ser tido como tal, até porque se aproximam eleições dentro de nove meses e o que está em jogo nessas eleições é a governabilidade e um projeto para o país.

Além disso, creio que este gesto é um ato digno da Idade Média, onde não havia os Direitos Humanos muito menos o Estado de Direito, tratando-se de um tempo em que qualquer pessoa acusada tinha à partida a presunção de culpa e a justiça podia ser feita pelas próprias mãos em determinados casos.

Isto leva-me a convidar quem por ventura leia este artigo a indagar-se, se não serão estes movimentos também algo que prejudica o andamento do processo e que motivam uma politização do mesmo em detrimento da democracia, e do bom funcionamento de cada um dos três poderes soberanos?

Um cidadão com dois dedos de testa, e um pouquinho de dignidade, não se junta a iniciativas nem a favor nem contra, deixa que a justiça aja, e além disso independentemente de o acusado ser culpado ou não, essa pessoa já tem a sua carreira pública destruída. E se por acaso as acusações fossem falsas? E se for ilibado? Já não haveria como voltar a trás, e devolver-lhe a reputação, não chega isso?

Meus amigos leitores, atitudes assim, não são dignas de cidadãos portugueses que viveram quase meio século em ditadura. De acordo com o ideal humanista que defendo, creio que a Liberdade exige respeito por quem tem o direito a ter um julgamento justo, independentemente de nomes ou de cores partidárias. Claro que é natural que se possa ter a sua própria ideia sobre este e outros casos, mas daí a achar que o que a acreditamos é a verdade absoluta e partir para uma condenação em praça pública vai uma grande distância, sendo uma falta de civismo e uma incongruência.

Porque em vez disso não se batem para denunciar outros casos e prender suspeitos de iguais crimes que se encontram em liberdade? É claro que todos nós temos as nossas tendências, e por isso mesmo não devemos esquecer que na política há sempre telhados de vidro.

Autor Filipe de Freitas Leal



Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 30 de novembro de 2014

Poema # 32 - Um Brinde

Decidi abrir uma garrafa de champanhe,
Nem sei bem para comemorar o quê,
Talvez tudo, talvez quase nada,
Ou um nadinha de tudo.

Comemorar sobretudo a vida,
Comemorar que mais um dia passou,
Sem que perdesse a esperança,
Sem deixar-me levar num turbilhão,
De um mar revolto, das indecisões.

Um brinde à vida, um brinde a tudo,
O que o Universo hoje nos permite
Um brinde porque há um passado e uma história,
Um brinde porque há um futuro e uma esperança,
Um brinde porque há o aqui e o agora,
Um brinde porque temos de fazer escolhas
E é aqui que reside a festa da vida,
A responsabilidade das nossas escolhas.

Na luta pelos nossos sonhos,
Na conquista das nossas mais profundas
E misteriosas vocações.

Porque nunca é tarde,
Para dizer o que tem que ser dito,
Nem fazer o que deve ser feito
Um brinde a todos os que sonham
Um brinde a todos os que amam,
Um brinde a ti e a mim.
Um brinde
Um




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Poema # 31 - Barquinhos de Papel

Procuro-me pensativo durante a noite,
Alumiada por velas, e brilhos,
E o sopro da madrugada como açoite,
Tira-me os pensamentos dos trilhos.

Como se comboios fossem,
Sem ter partida, são de brincar.
Não têm sequer paisagem
E nem onde chegar.

O silêncio ecoa, e faz-me pensar,
Em tudo, e até um pouco de nada.  
Procuro, sempre e sem cessar,
Pois nenhuma ideia é acabada.

Nem sei o quê, ou onde me encontrar
Nem em que posição tentar dormir,
Ou se escolho um sonho para sonhar,
Ao menos um que me faça rir.
Sonhos qual barquinhos de papelão
Deitados à fonte como se fossem ao mar,
E se não lhes deito a mão,
Nem sequer podem navegar.

E sem dormir, aporto nos livros acordado,
Procuro-te nas páginas, com saudades
De ter certezas que tive no passado.
E que hoje são só meras vaidades.

Quem sabe talvez na próxima página,
Ou porque não no sonho que virá a seguir,
As respostas quem as tem ou imagina?
A não ser o caminho que se tem a seguir.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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