terça-feira, 4 de abril de 2023

Brasil Passou a ser um país de Emigração


O número de imigrantes brasileiros em Portugal é muito superior a 276 mil, calcula-se em bem mais de 400 mil, visto que só no último ano foram legalizados mais de 120 mil brasileiros, e está a ser feita uma legalização extraordinária, há ainda os que estão por pedir a legalização através da Manifestação de Interesse, e não se conta com os que já adquiriram a cidadania portuguesa, pois esses passam a contar como cidadãos nacionais de Portugal pelo processo de "naturalização" e como tal, não entram para as estatísticas no que concerne à imigração.

Posto isto, verifica-se que os papéis inverteram-se, antes Portugal era um país de Emigração (ainda o é mas com outras característica e outra realidade socioeconómica), hoje Portugal é fundamentalmente um país de Imigração, sobretudo de mão de obra indiferenciada. Quanto ao Brasil que foi claramente um País de Imigração, que acolheu largos milhões de estrangeiros, incluindo várias gerações de portugueses que para lá emigraram, depois da independência, embora houvesse um período de interdição na entrada de portugueses no Brasil após a independência ocorrida em 1822, mas que voltou a acentuar-se uma nova onda de emigração de portugueses para o Brasil a partir de 1918 após a I Guerra Mundial. Hoje o Brasil devido às crises políticas e económicas, sociais e um índice elevado de violência, fez com que se desenvolvesse um êxodo, os brasileiros passam a emigrar, hoje há perto de 5 milhões e meio de brasileiros espalhados pelo mundo, a maioria nos EUA, seguindo-se Portugal como segundo país de acolhimento, claramente o Brasil é hoje um País de Emigração fez deixou de ser um país de Imigração, para ser um país de Emigração.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Operação - O Multiplo sentido das palavras


Quantas vezes não teremos sido mal interpretados, mesmo tendo-nos expressado bem?
Por causa disso, certo dia, um autor anónimo criou a história que abaixo vou contar-vos:

Numa escola primária, a Professora pede aos alunos do 4° ano para fazerem uma redação, e na redação, utilizar a palavra operação.
Os alunos apresentam a redação e a professora analisa uma a uma e verifica que:
- Para os alunos filhos de operários metalúrgicos, operação lembra-lhes a execução do fabrico de uma peça metálica;
- Para os que são filhos de polícias, operação tráz-lhes à memória uma ação de segurança para combater os criminosos;
- Para os filhos de bancários, operação parece-lhes ser o trabalho que realiza um investimento financeiro;
- Para os que são filhos de bombeiros, operação é a ação de apagar um incêndio ou o resgate de uma vítima;
- Para os filhos de médicos, operação é entendida como toda a cirurgia feita a um doente;
- Para os filhos de professores de matemática, vêm a palavra operação como sendo as equações e cálculos matemáticos;
- Para a professora, operação é levar a cabo o seu trabalho de ensinar.
São várias as interpretações sobre uma mesma palavra, depende sempre do contexto, mas também depende de factores sociais, económicos, etários e culturais. É por isto que devemos pensar sempre antes de falar, saber analisar o público, escolher bem os termos certos para podermos passar a mensagem de forma inequívoca.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Elly Schlein é a Primeira Mulher a Liderar o Cento-Esquerda em Itália


Ao contrário do que se previa, foi uma jovem de 37 anos a ganhar as eleições primárias para a liderança do Partido Democráta (PD) em Itália, chama-se Elly Schlein assumiu hoje mesmo a liderança do Centro Esquerda italiano ao tomar posse como Secretária, nasceu em maio de 1985, é natural da Suiça do municipio de Lugano, entre outros cargos exercidos muito jovem foi deputada ao Parlamento Europeu e Vice-Presidente da Região Administrativa de Emília-Romana.

Um dos seus objetivos políticos agora que é a líder da Esquerda moderada italiana é o de poder unir  partido e reergue- lo nas próximas eleições europeias que ocorrem em maio ou junho de 2024O PD é a junção dos antigos partidos PSI Partido Socialista Italiano e do PCI Partido Comunista Italiano transformado em PDS Partido dela Sinistra. Além de Elly Schlein como Secretária, o PD é presidido por uma mulher, Valentina Cuppi. 

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Pedro Nuno Santos Sai do Governo

Pedro Nuno Santos (esq) ao Lado de António Costa (dir).

A remodelação ministerial que António Costa promoveu no decurso de acusações de irregularidades a dois dos seus ministros e a alguns secretários de Estados, foi a meu ver, inteligente e pragmática, muito ao contrário do que se tem falado na imprensa, que vai muito a reboque dos comentários velados do Presidente da República.

Primeiro porque não há uma ´Crise Política´ em Portugal, o que se passou foi uma crise ministerial que já está resolvida, ou pelo menos resolvida por agora, mas seja como for, tal não justifica de todo, o circo de uma moção de censura no Parlamento promovido pela IL Iniciativa Liberal de Direita, aliás há problemas maiores na República que carecem que ser assinalados e analisados com seriedade pela oposição e solucionados pelo Poder Executivo.

Nesta reforma, saiu o Ministro Pedro Nuno Santos, (que era o mais dinâmico e visionário), e fica uma fruta estragada no cesto do governo, falo de Fernando Medina, não pela pessoa em si, mas pelos ataques que a ele serão feitos com vista a descredibilizar o governo de António Costa. A realidade é que a oposição e os grupos de pressão pediram a cabeça de João Baptista, mas a que entregaram era a de Pedro Nuno Santos; todavia, a culpa não morreu solteira, a verdade virá ao de cima.
Para além disto, tenho a certeza de que não é a morte política de Pedro Nuno Santos, mas talvez o início de um longo caminho de militância para a liderança e renovação do PS Partido Socialista.

Sente-se uma excessiva influência do aparelho partidário non seio do governo, e que é nefasta na medida em que está a destruir a imagem do Primeiro Ministro e do gabinete como um todo, e por sinal, Costa é considerado um bom político e um bom Primeiro Ministro, mas necessita de conquistar uma inequívoca independência face ao aparelho do partido, para assim, promover uma reforma ministerial que redefina os objetivos setoriais prioritários e possa reconquistar a confiança dos portugueses.

Há Ministros e talvez até secretários de Estado que devem ser afastados enquanto é tempo, Fernando Medina é um deles, bem como a sua equipa de secretários de Estado, Alexandra Reis já saiu e nem deveria ter entrado, estes apenas dois nomes, a ponta do Iceberg entre alguns deles.
Um Governo para ser bom, necessita de profissionais tecnicamente competentes, e não de militantes partidários meramente disponíveis, além de ter que ter um cuidado redobrado com as compatibilidades profissionais e éticas antes de lançar convites ou de fazer as nomeações.

A saída de Pedro Nuno Santos da Direcção Nacional do Partido Socialista, não pode nem deve ser, a meu ver, considerada uma oposição interna a António Costa, mas o reforço de uma ala Esquerda do PS, que é critica aos avanços do liberalismo, e que vai preparar uma alternativa política à sucessão na liderança interna, na definição de objetivos e das estratégias para o PS adaptar-se a novos desafios de futuro, e assim, assumir o seu papel na esquerda portuguesa.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

Meu Pensamento de Hoje III - 04/01/23

"O pior inimigo de um pobre, é outro pobre que se considera rico, e que defende aqueles que o tornam pobre" (citação de Pepe Mujica ex-Presidente do Uruguai).

De igual modo, tal como o pior inimigo de um trabalhador, muitas vezes é, na luta pelo poder, mais o seu colega do lado, do que o seu chefe ou o seu patrão".

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.


terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Crise no Serviço Nacional de Saúde em Portugal - O Liberalismo na Saúde

A americanização do SNS, aproxima o Partido Socialista (PS) no governo, das políticas dos Republicanos estadunidenses, o Partido Social Democrata (PSD) na oposição, já há muito que estava associado a essa ideologia de liberalização da saúde. Piadas à parte, faz-se urgente uma reforma que trave o avanço dos Hospitais Privados em Portugal, que é claramente uma herança vergonhosa dos governos liberais de Cavaco Silva.

A solução pode passar por obrigar os médicos recém formados que tenham auferido de bolsa de estudos, a trabalhar só para o Estado pelo igual período de formação, num mínimo de 5 anos. E também estancar a criação de novos hospitais privados.

A questão é que o surgimento de novos hospitais privados em Portugal fez com que os médicos dos hospitais públicos migrassem para o setor privado. Em particular nas urgências de obstetrícia e ginecologia, levando a que muitos hospitais encerrem os serviços por vários dias, inclusive maternidades.

Isto levanta uma questão, se a população portuguesa não aumentou, tal como se verifica com os novos censos de 2022, que mesmos com a imigração o saldo populacional é negativo em menos 320 mil habitantes face a 2011, e por outro lado, se os portugueses também não apresentam ter maiores rendimentos, antes pelo contrário devido à inflação galopante e à crise energética, então não se compreende porquê o aumento de hospitais privados.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Meu Pensamento de Hoje II - 02/01/23

"A experiencia em criar seres misturando animais como porcos com Seres Humanos, é a meu ver, esta experiência é éticamente reprovável, teologicamente inadmissível, moralmente inaceitável e social e politicamente errada, porque abre a porta à desumanização da nossa espécie.

Culturalmente cria a ideia inconsciente, da desvalorização da pessoa, e a destruição da dignidade humana."

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

 
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