domingo, 6 de novembro de 2022

A Nova Mentalidade no Século XXI

O que me assusta na mentalidade deste Século XXI, é o fenómeno cada vez maior, que vai dos novos valores e hábitos até ao Desporto e à Política, onde tudo é vivido com uma paixão desmedida, desproporcional e irrefletida, atingindo patamares em tudo idênticos ao fanatismo religioso, que por sinal, torna-se terreno fértil para a divisão e o ódio, pois onde reina o fanatismo não brilha a paz, o progresso e nem a luz da razão e da verdade.

Neste ano de 2022, verificou-se um exacerbar de sentimentos à flor da pele, com as eleições presidenciais e legislativa no Brasil, onde a mera simpatia ou posicionamento político deu lugar a uma onde de fanatismo, e de posições radicais, não raros os casos de violência, sobretudo após o resultado eleitoral que deu lugar ao ex-Presidente Lula da Silva do PT, que foi eleito por uma margem muito reduzida. Num episódio de manifestação por parte de simpatizantes de Bolsonaro, foi cantado o hino nacional com a saudação nazi-fascista, o que chocou a opinião publica.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sábado, 5 de novembro de 2022

Países Liberais ou Países Democráticos?

Agora a moda é usar os termos "Países democráticos" e "Países liberais", como se fossem sinónimos, e a meu ver não são.

A democracia é um regime político, um sistema de governo; o liberalismo é referente a uma ideologia política de cariz económico, que defende a economia de mercado livre e sem a regulação e interferência do Estado.
Para os liberais, o mercado não precisa de leis ou intervenção estatal, crêem que funciona bem por si mesmo (a mão invisível), e afirmam que até mesmo o mercado de trabalho funciona bem sem regulação legal. Nada mais errado. Tal como a sociedade, os mercados para funcionarem bem e a favor de todos, precisam e devem ser regulados pela Lei.
No passado, foi o Liberalismo que deu origem às Monarquias constitucionais, de inspiração burguesa, mas com o apogeu da República, o liberalismo transformou-se no actual Neoliberalismo, que é o oposto das ideologias social-democrata e democrata-cristã, que têm um forte cunho ideológico de intervenção a favor da Justiça e Bem-estar Sociais.
Entendem agora porque não sou a favor da ideologia Liberal?

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

O Alto Preço para a Liberdade da Ucrânia

Eu tenho estado a reflectir muito, sobre esta guerra na Ucrânia, e hoje, passados oito meses penso de maneira diferente. Creio que eu no lugar do Zelensky não sacrificava a vida do meu povo, nem as infraestruturas do meu país, a resistência está no fundo a ser em vão. A Europa fala de uma derrota da Rússia, mas o que eu vejo é a derrota de um país devastado e de um povo massacrado, vejo que os ucranianos foram atirados para a guerra, em nome do Liberalismo.

E não, não estou a dar razão de forma alguma a Putin, mas a evidenciar que, poderia ter sido evitado. Bastava um acordo, tipo isto: entra na UE mas fica de fora da OTAN. Ou algo do género, mas está claro que a Ucrânia foi empurrada para este cenário, e embora eu goste muito do Zelensky, eu no lugar dele teria evitado por todos os meios que um só inocente pagasse com a vida, o que de facto é um capricho dos EUA que quer mostrar que ainda manda e da UE que só pensa no vil metal.
Aliás, é nítido que as actuais lideranças europeias e estadunidenses não chegam aos pés em brio, em competência e em sabedoria face aos que testemunhamos nos anos 70 a 90. Onde a UE era uma união solidária de povos europeus, hoje é um mero mercado financeiro, e que por isso, está hoje menos preocupado com o bem-estar social que promovia nos anos 70, bem como com a sustentabilidade ambiental, que só agora urge corrigir. Embora digam o contrário, não passa de meros tecnocratas.
É fácil hastear bandeiras da Ucrânia na UE, e bater palmas nas costas do Zelensky e dizer-lhe: Força, estamos contigo. No entanto não vivem em búnqueres nem comem ração de combate, pelo contrário, jantam caviar e dormem tranquilos preocupados com os dados macroeconómicos e as posições geoestratégicas.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Proposta da Semana de 4 Dias de Trabalho

Discutir a semana de quatro dias de trabalho, não é prioridade diante da situação que hoje se vive na Europa, quer pela Guerra na Ucrânia, quer a crise económica a nível global com o retorno da inflação.

A Prioridade, presumo, seja a de gerar e manter empregos, que devido ao momento que se vive não será fácil.

Por outras palavras, creio que a preocupação de se propor os 4 dias da semana de trabalho, são uma forma de desviar outros assuntos prementes, há quem considere que chega a ser insultuosa essa proposta, visto que o patronato vai continuar a exigir as 40 horas semanais, hora isso implica que de oito horas as pessoas passam a trabalhar dez horas, e isso é insuportável no contexto atual de deslocações e cuidados com filhos.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Autocarros da Carris Apedrejados na Ajuda

Não é típico nem comum, no meu bom e amado povo português, apedrejar autocarros, nunca vi tal coisa em Portugal em toda a minha vida.

Sempre disse e volto a dizer, que Portugal não é um país seguro, e volto a dizer, Portugal não é um país seguro como comummente se apregoa, Portugal é sim, um país pacífico, temos um povo sereno e ordeiro.
Não podemos confundir paz social com segurança, o ideal é ter ambas. E por isso creio que a tendência de fecharem esquadras da Polícia, é uma política errada que deixa a população vulnerável em casos destes e de outros que ainda não vimos. Costumo andar pelas ruas de Lisboa e não vejo patrulhas de polícias, nem de dia nem à noite, portanto não estou seguro, a sorte é que este país chama-se Portugal.
Deixemos a hipocrisia de lado, sabemos que fronteiras abertas trazem também o joio juntamente com o trigo.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Eleições no Brasil - Lula Vence à Tangente

"Foi por uma unha negra", como se costuma dizer em Portugal, ou seja, foi por um triz, o mesmo que dizer que a margem é muito reduzida 0,9%. Trata-se da volta de um líder a um País dividido.

Que eu me lembre, foram as piores eleições do Brasil, pois nunca vi nada assim, muitos votaram num candidato porque rejeitavam o outro candidato, além disso, o ambiente e os ânimos estavam exaltados, as pessoas não votaram por aderir a ideias ou projectos, mas antes votaram embaladas pelas paixões e os sentimentos mais elementares que foram embalados na campanha, e chegam a beirar o ódio.

O nível de polarização foi tamanho, que até chegou a dividir famílias, desfez amizades, atingiu níveis de loucura com uma deputada federal recém eleita a disparar contra um militante do partido adversário. Assim, para os que vivem no Brasil, é preciso ter muita cautela e serenar.

Diz a música de Ney Matogrosso: "Se correr, o bicho pega, e se ficar o bicho come", é o que se passa com Lula, ganhou as eleições, mas vão fazer-lhe a vida negra, porque não tem a maioria no parlamento, logo a situação não lhe será favorável, nem para determinar a distribuição de verbas do Orçamento de Estado, resta-lhe apenas o campo diplomático para ao menos, tentar repor o Brasil no Mapa Mundo, e voltar a ter importância na cena internacional.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

domingo, 7 de agosto de 2022

Ninguém Nasce Por Acaso.


Ninguém nasce por acaso! Pensa nisto.
Foram necessários milhares de casais, país e mães, muito amor, muitas gerações sobre gerações, muitos séculos de dedicação e cuidados para chegar a nossa vez. Agora resta-nos respeitar e dignificar as nossas origens, os nossos ancestrais. Porque deles recebemos a nossa língua, a nossa cultura, a educação, as tradições, costumes e crenças, os valores e os princípios que nos norteiam, tudo isto faz que sejamos mais do que uma família, somos um povo, uma nação.

Para existirmos, tiveram que nascer antes de nós muitos casais, formados por um homem e uma mulher, vejamos portanto o "implexo" causal: 
2 pais (1 pai e uma mãe), 4 avós, 8 bisavós, 16 trisavós, 32 tataravós, 64 pentavós, 128 hexavós, 256 heptavós, 512 octavós, 1024 eneavós, 2048 decavós, 4096 hendecavós, 8192 dodecavós, 16324 tridecavós, 32768 tetradecavós. Ao todo foi necessário terem nascido antes de nós 64874 pessoas em 15 gerações, calculadas em 375 anos em média 25 anos por geração. Posto isto, quantos seres humanos existiram desde o aparecimento do Homem na Terra para que chegássemos a existir? Isto mostra que somos muito mais família do que imaginamos, e que há de facto mais motivos para vermo-nos como irmãos, pois é muito maior o sangue que nos une do que as divisões artificiais que nos separam.

A China surgiu há 5000 anos, ou seja, conta já com 200 gerações;
Israel foi criado há 3700 anos, equivale a 148 gerações.
Portugal irá comemorar 900 anos de independência que corresponde a 36 gerações;
A Espanha surgiu há 540 anos, com a união de Castela com Aragão, totalizando já 21 gerações e meia;
O Brasil vai comemorar os 200 anos da sua independência, que corresponde a 8 gerações;  
Os países mais novos, como Angola, Palau, Zimbabwe e todos países tornados independentes após 1975, não chegaram ainda a completar duas gerações.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

 
Projeto gráfico pela Free WordPress Themes | Tema desenvolvido por 'Lasantha' - 'Premium Blogger Themes' | GreenGeeks Review