terça-feira, 11 de dezembro de 2018

70 anos da independência de Israel

Este ano de 2018 Israel comemorou os 70 anos de Restauração da Independência, em hebraico diz-se Yom HaAtzmaut ( יום העצמאות), onde teve lugar inúmeros eventos e grandes festividades em todo Israel, mas também nas comunidades israelitas espalhadas por todo o mundo, tendo o Presidente da República Reuven Rivlin, presidido às celebrações e comemorado com os cidadãos em vários eventos.

A Restauração do Estado Judaico é considerado o maior milagre do século XX, se tivermos em conta um exílio forçado da Grande Diáspora por mais de dois mil anos, uma nação que nunca se desintegrou como povo após a perda do seu território, ressuscitou, venceu batalhas, ultrapassou obstáculos e conseguiu reerguer-se.

Theodor Herzl, não chegou a ver realizado o sonho da restauração de Eretz Israel (Terra de Israel, também denominada de Terra Santa onde existia a antiga Canaã), sonho esse, que surgiu no fim do Século XIX com a criação do Congresso Sionista em Basileia na Suiça no ano de 1897, como o órgão supremo da Organização Sionista Mundial que procurava uma solução para a Questão Judaica, procurando um lar para reunir todas as comunidades israelitas do mundo, fugindo assim aos processos contínuos de perseguição, explosões, pogroms e à segregação a que os judeus foram sujeitos por manterem-se como uma nação, acabando por não poder exercer em muitos países os direitos dos cidadãos nacionais.

A declaração do Balfour, do então ministro dos negócios-estrangeiros do Reino Unido em 2 de novembro de 1917, afirmando que o povo judeu tem o direito a ter uma pátria judaica, e que o governo britânico comprometia-se a facilitar a criação de um Lar Nacional Judaico na Palestina. Algo que deu força ao movimento sionista.

 A pior das perseguições foi a Inquisição e o pior dos pogroms foi o Holocausto Nazista, Hitler nos seus discursos dizia que para a Questão Judaica a Solução Final era a extinção do povo judeu da face da Terra, e cometeu o maior genocídio até hoje visto, com a morte de 6 milhões de judeus nos campos de concentração.

Todavia, o caminho percorrido até aqui, não foi fácil, da guerra pela independência, aos contínuos ataques terroristas, com rockets e a entifada das facas, mostram que a independência não foi fácil, tal como não é fácil a vida das comunidades israelitas na Diáspora com o recrudescimento do antissemitismo.

Além da Capital Jerusalém, um outro lugar emblemático das celebrações foi o Bulevar Rothschild, em Tel Aviv, onde David Ben Gurion proclamou a independência do Estado de Israel no dia 14 de maio de 1948.



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 25 de novembro de 2018

Citações - Karl Marx

KARL MARX (1818-1883), alemão, filósofo, sociólogo e economista, foi juntamente com Friedrich Engels, um dos mentores da criação e organização da I Internacional Socialista, Marx foi influenciando o pensamento político, económico e sociológico até aos dias de hoje, e o movimento que criou dividiu-se entre o comunismo totalitário e a esquerda social-democrata moderada. A sua mais célebre frase é:Proletários de todo o Mundo, Uni-vos”.

domingo, 18 de novembro de 2018

Citações - Napoleão Bonaparte

Napoleão Bonaparte (1769-1821) Nasceu na Córsega e chegou a ser imperador da França. "Nada é mais difícil, e por isso mais precioso, do que ser capaz de decidir".

Citações - George Washington

George Washington (1732-1799),  Primeiro Presidente dos Estados Unidos da América: "A disciplina é a alma de de um exército ; torna grandes os pequenos contingentes, proporciona êxito aos fracos, e estima toda a gente".

Citações - Luís XIV

Luís XIV (1638-1715), conhecido como o Rei Sol, foi um verdadeiro déspota, rei absoluto de França, sendo o símbolo exemplar do que foi o "Ancien Regime", a sua célebre frase é: "L'État c'est moi!" - O Estado, sou eu!.

XX - O Que São Sistemas de Estado?


Por Sistema de Estado, entende-se o funcionamento da organização política de um Estado, ao nível do seu grau de soberania, ou seja, é o sistema que além de definir um modelo político, determina ainda como e por quem é exercida a Chefia

do Estado. Posto isto, é necessário saber que se trata de Estados Soberanos, ou quando muito os Semissoberanos, devido a que os Estados Não-soberanos, no que concerne à sua organização política, são definidos por regras e lei ao nível da divisão administrativa interna de um país.
Todavia, há uma grande divergência entre os termos Sistemas de Estado ou Sistemas de Governo, segundo o Professor Paulo Bonavides, os cientistas políticos alemães, preferem utilizar Sistemas de Estado, já os franceses utilizam sistemas de governo, entretanto há ainda os que utilizam de forma indiscriminada, tanto um termo como outro. O que poderá gerar confusão ao leitor, assim, faz-se necessário usar um termo apenas, e tentar dar-lhe uma base de sustentação plausível.
Porque então devemos chamar aqui Sistemas de Estado? Devido à especificação do termo e pelo facto de haver uma diferença clara entre as funções e a natureza do Estado em si, que é mais abrangente face ao Governo, que é meramente quem administra os assuntos do Estado.
Abaixo está indicado o esquema de apresentação dos dois principais Sistemas de Estado, a Monarquia e a República, e também a organização política interna dos Estados:

Os principais modelos de Estado:
Quanto ao Sistema de Estado
Ø  Monarquia
·     Constitucional ou absoluta
·     Sucessão por hereditariedade
ü Num só reino ou em Uniões Reais
Ø  República
·     Presidencialismo, também exerce o governo
ü Maioritariamente Repúblicas Federativas.
·     Parlamentarismo, o Presidente não governa.
ü Maioritariamente em Estados Unitários.
Ø  Chefia do Estado por Rotatividade
·     Rotatividade, no cargo por substituição, como a Comissão Europeia.
Quanto à Organização Interna
Ø  Estados Federados
·     A União Federal e os Estados Membros.
Ø  Estados Regionalizados
·     Uma unidade Nacional e as Regiões
ü  Regiões Autónomas
ü  Regiões Administrativas
Ø  Estados Unitários
·     Um país sem Regiões, só municípios
Ø  União Real
·     Um ou mais países monárquicos, unidos mantendo a sua autonomia e representados por um Monarca, Exemplo, Reino Unido, Bélgica, Espanha e Emirados Árabes Unidos.

sábado, 20 de outubro de 2018

Brasil - Da Crise à Decadência da Democracia

As eleições no Brasil, foram uma surpresa não tanto pelos resultados do escrutínio (pois já eram esperados), mas sim, pelo modo como a campanha foi realizada. Obviamente não se trata de algo que passe despercebido à comunidade Internacional e à imprensa mundial, mas ao analisarmos o resultado deixando de lado as paixões ideológicas e as simpatias políticas, torna-se possível entender que deve-se calmamente fazer um rescaldo deste Primeiro Turno da Eleição Presidencial no Brasil.

Antes de mais, a ascensão de um candidato declaradamente conservador e de extrema-direita no seio de um partido minúsculo, o qual foi guindado a ser agora a segunda força política no Parlamento ou seja o novo segundo maior partido do pais com 1 deputado em 2014, passa a ter 52 deputados eleitos em 2018; algo que dá o que pensar, pois é preciso saber se se trata de um bom marketing político, ou pelo contrário não será o sinal de desgaste da classe política assolada primeiro por escândalos de corrupção e em segundo pela crise que gerou falências e um saldo de 13 milhões de desempregados, mas também poderá ser o resultado do esvaziamento ideológico que a erosão do tempo deixou na mente das pessoas, à exceção claro, do Partido dos Trabalhadores.

Em grande medida, o que se passou foi a conjugação de diversos fatores e situações que, entre elas levaram ao desgaste da imagem dos candidatos tradicionais, mas sobretudo porque houve dois tipos de candidatos e dois modos de fazer campanha, assim, à direita está Bolsonaro um político populista com um discurso radical e incómodo, que nos seus discursos coloca-se ao lado dos populares prometendo armas para toda a população. Do outro temos o candidato do PT o Partidos dos Trabalhadores, que na verdade agiu sempre como um anticandidato, servindo como um candidato que foi a mera sombra de Lula da Silva, que o nomeou como seu Delfim  a partir do cárcere na prisão em Curitiba.

O PT teve uma campanha focada na vitimização de um Impeachement que foi golpe ou da prisão de Lula da Silva, que serviu de mote de campanha, voltando-se para dentro, para o seu eleitorado, não dialogou à esquerda e ao centro achando-se o único partido capaz e merecedor de ser o salvador do Brasil, dando espaço a que o Salvador da Pátria estivesse no lado oposto.

Houve outros fatores interessantes que levaram Bolsonaro a ser o favorito, em primeiro lugar, porque todas as forças políticas focaram nele a sua campanha, mas também pela marketing negativo que foi o #ELENÃO, que serviu para dar força aos descontentes, que são a massa de eleitores de baixa escolaridade e pouco esclarecidos em política, mas que sentem-se traídos pelo regime político que saiu da Constituição de 1988, os "deserdados" ou simplesmente a horda de descontentes, decide votar precisamente nos candidatos que os outros partidos combatem, ou seja quanto maior é o ataque a Bolsonaro mais intenção de votos tem e mais forte fica sua campanha, este fator é fundamentalmente provocado pela campanha do PT, que tem sido das mais fracas até hoje, no sentido da estratégia e táticas, nem os milhares de dólares que recebeu do governo do Irão, chegaram para evitar o descalabro do PT e a decadência da democracia.

Por tudo isto, podemos aferir que quem ajudou a eleger Bolsonaro foi o PT, por falta de visão, por falta de estratégia e por um marketing político ultrapassado, quando a campanha do candidato do PSL, foi praticamente feita como a do Presidente Trump, ou seja, nas redes sociais como o Twitter. Mas o tiro no pé, foi quando Fernando Haddad do PT subiu no mesmo palanque com o Presidente Temer que foi dar-lhe oficialmente o seu apoio pessoal e institucional do MDB.

Resta saber o que será a governança de Bolsonaro, que políticos escolherá para formar a sua equipa e que políticas irão ser tomadas, é cedo para dizer que a democracia acabou ou que uma ditadura vem a caminho tal como ocorreu na Turquia, é preciso ter primeiramente em conta que sem um Golpe de Estado isso não será possível no Brasil, em segundo que no Parlamento não terá apoio suficiente para fazer mudanças nesse sentido e por último, lembremo-nos que o Brasil não é a Turquia nem a Venezuela.

Autor: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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