sábado, 26 de dezembro de 2015

Os Awá - Uma Tribo em Perigo de Extinção

Não são só os animais e as plantas que se extinguem, povos e tribos também podem se extinguir, perdendo-se também a riqueza da diversidade das suas culturas, histórias, mitos e línguas.
É precisamente isso o que esta a acontecer com uma tribo de indigenas no Brasil encontrando-se neste momento em perigo de extinção, trata-se dos guajá, que são uma tribo auto denomina por Awá, termo cujo significado é pessoa, gente, ser humano. Os awá são em número reduzido, supostamente não irá além dos 350 habitantes na sua totalidade, falam o dialeto indígena da família dos guajá e geograficamente situam-se no norte do Brasil, entre os Estados do Maranhão e do Pará. Este grupo ameríndio tem mantido inalteráveis as suas tradições, usos e costumes ao longo do tempo, são nómadas e praticam a recolecção de frutos além como a caça usando arcos e setas, não praticam nem a pastorícia nem a agricultura.
Tem surgido afirmações de que as awá usam armas de fogo para a caça, mas na realidade essa afirmação é falsa, pois trata-se de outras tribos, próximos da região que no entanto mantêm contacto com a civilização, tribos essas que aliás, têm vindo a aumentar a sua população e consequentemente, através da casa pelo uso de armas de fogo, têm colocado em perigo de extinção as espécies raras de macacos, no entanto não se trata dos awá que ao contrário têm vindo a diminuir a sua população, muito provavelmente pelas dificuldades de sobrevivência e das doenças que os afetam.
Segundo informações dadas pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) os awá, só foram contactados pela primeira vez em 1973, nesse sentido, por serem nómadas e viverem na floresta densa, evitam a civilização e o contato com o homem branco, que aliás temem. A mesma fonte afirmou em março de 2015 em entrevista à Rede Globo, que há tribos awá ainda sem terem sido contactadas ou avistadas, ou seja são grupos indígenas que nunca tiveram contacto ou até mesmo o conhecimento da existência da civilização moderna.
À primeira vista parece que se trata mais de um modo de eles sobreviverem e se manterem, mas na realidade com o desmatamento da Amazónia e a grave alteração climática, que por sua vez afeta o equilíbrio da fauna e da flora por via de extinção ou deslocação, faz com que os awá se encontrem numa situação de grande vulnerabilidade.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Nova Zelandia Muda de Bandeira

A Nova Zelândia poderá mudar em breve de bandeira, trata-se de um corte com Londres, mas fundamentalmente de um corte simbólico.
A escolha foi sugerida pelo novo Primeiro-ministro neozelandês John Key que entende que o pavilhão britânico no canto superior esquerdo e a excessiva semelhança da bandeira neozelandesa com a australiana não representam o país e nem os seus valores à luz dos tempos atuais.
Nesse sentido foi aberto um concurso para a escolha do novo símbolo nacional, que deixará de ter a Union Jack no cantão superior da haste, pelo que do concurso, surgem muitas ideias de vanguarda em termos de heráldica moderna.
A escolha da mudança de bandeira faz-se através de dois referendos, um já realizado a partir de 20 de novembro a 11 de dezembro, com cinco propostas que estão na imagem abaixo, pelo que os neozelandeses terão escolhido a bandeira ideal para o país em caso de mudança, seguir-se-á um segundo referendo em janeiro de 2016, no qual será escolhida a opção de preferência dos cidadãos eleitores, votando na bandeira atual ou escolhendo a que foi a mais votada do primeiro referendo.
A bandeira acima e que também está na imagem abaixo, sendo a primeira da direita para a esquerda, é considerada um equilíbrio entre a bandeira atual e a que representa o espírito de mudança face ao símbolos nacionais, contendo uma palma prateada, um dos símbolos dos maori, o povo autóctone da Nova Zelândia.



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Curiosidades Históricas da Península Ibérica

Curiosidades históricas da Península Ibérica:
1 - O primeiro a conquistar território e a formar a sua Nação foi Portugal a partir de 1128 e definitivamente consolidada a independência em 1140 com D. Afonso Henriques o primeiro rei de Portugal, a Espanha surge a partir do Século XV, com a unificação dos reinos de Castela e Aragão, ou seja três séculos depois da formação de Portugal.
2 - No fim da II Grande Guerra, da qual aliás Portugal e Espanha não participaram, Portugal constitui-se no entanto como membro fundador da Organização do Tratado do Atlântico Norte, e logo em 1976 inicia o processo de adesão à CEE, passos que Espanha seguiu e em 1986 entram juntos na Comunidade económica Europeia, tendo a Espanha aderido nessa mesma data à OTAN.
3 - Após um longo período de ditadura em simultâneo nos dois países ibéricos, Portugal liberta-se pela revolução dos cravos em 1974, a Espanha só em 1976 daria os primeiros passos rumo à democracia, embora de forma menos traumática.
4 - Num regime parlamentarista, que só viu em 40 anos surgirem governos com maioria absoluta ou relativa, as eleições em Portugal revelam um novo cenário político em tudo igual às mais desenvolvidas democracias, quem teve mais votos, não conseguiu formar governo. Agora é a vez de Espanha, que nos segue nesse mesmo caminho, o do Parlamentarismo puro e de uma democracia pragmática, construída no diálogo e no respeito de todas as forças políticas como expressão dos eleitores.
No Entanto é a Espanha que está a ser o motor de Portugal, se o país vizinho entra em crise, Portugal ressente-se dessa crise na sua economia pelo desequilíbrio da balança comercial e consequentes desajuste nas finanças públicas pela queda das exportações.
Se a Espanha revigora a sua economia, Portugal vai atrás e ergue-se, por isso, é natural que em ambos os países ocorram fenómenos políticos e sociais idênticos, resta que os portugueses reconheçam isso e se abram as portas de uma maior concertação política e económica entre ambos, com vista ao fortalecimento dos países periféricos da União Europeia. Quiçá um Benelux Ibérico.
A Península Ibérica, a nossa casa, o nosso chão, sua forma faz-nos lembrar Jannus, o deus romano com duas caras, uma que olhava para o passado e outra para o futuro, assim são Portugal e Espanha, os lusitanos com a nostalgia da saudade olham o passado e o que construíram além mar e os espanhóis empenhados em seguir em frente olham para o futuro europeu.
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Pensamentos # 23 - Filósofos

Um país não será pobre, por ter Filipe Pondé e Olavo de Carvalho como filósofos, mas será pobre, por serem só esses dois.
Pobre do país que não produza numa década, um único filósofo.
Ser filósofo não é estudar filosofia, ser comentador ou crítico, ser filósofo é pensar a sociedade do seu tempo e compreende-la, para poder indicar caminhos.
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Poema # 57 - Ausência

Ter um coração,
Sem ter quem se ama,
Não é ter coração,
É ter um pedaço da gente
Que espera por quem ama
E por isso sonha-se acordado
Na espera desse dia.
Ter coração com tanta distância,
De encanto e doçura,
É ter a dor da separação,
A surdez da ausência
Esquecida na canção,
Por isso faço do meu fado
A nossa melodia.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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