domingo, 1 de junho de 2014

Desemprego # 1 - Tipologias

Entende-se por desemprego, fundamentalmente a parte da população ativa de um país que não está a trabalhar, quer por conta própria (pequeno, médio ou microempresário) quer por conta de outrem (contrato com terceiros), que está disponível para trabalhar e que está à procura de trabalho. Em ralação à população ativa, pode dizer-se que corresponde à parcela da população que encontra-se entre os 16 e os 66 anos de idade, que são o primeiro ano em que se pode iniciar a atividade laboral, e o segundo que é a idade para se obter a reforma (aposentadoria).

A situação de desemprego está diretamente ligada ao mercado de trabalho, que o mesmo será dizer que neste mercado quem procura trabalho são as empresas, e quem oferece trabalho são os trabalhadores.

A diferença entre os termo trabalho e emprego, pode ser compreendida de modo simples pelo facto de trabalho ser a realização de qualquer tarefa, seja ela paga ou não, contratada ou não, enquanto emprego, é a situação especifica de um trabalhador vender (empregar) a sua força de trabalho,  bem como a disponibilidade do seu tempo e do seu saber, em troca de uma remuneração, acordada em contrato.

O desemprego está também ligado aos ciclos económicos, que variam de acordo com o crescimento da economia mundial, nacional e local, que geram oscilações da procura e da oferta, em tempos de crise, a procura diminui e com isso gera-se a queda das procuras, e consequentemente da produtividade e do emprego.

Há fundamentalmente três tipos diferentes de tipologias de desemprego, a saber
1.º - desemprego estrutural, É o tipo de desemprego que está diretamente relacionado com a oscilação da oferta e da procura no mercado de trabalho, ocorre quando as características da oferta de trabalho por parte dos indivíduos não corresponde as características pretendidas da procura de trabalho pelas empresas, ou seja, as qualificações dos trabalhadores a oferecer a força de trabalho não corresponde às necessidades do mercado, daí não se complementarem, e o desemprego permanece, podendo haver o mesmo numero de desempregados e o mesmo numero de vagas, mas que não conseguem ser preenchidas por falta de qualificações adequadas às mesmas, daí haver indivíduos que optem por procurar formação e emprego noutras áreas.
2.º - desemprego conjuntural está relacionado com a conjuntura económica de um dado país, portanto muito diretamente é afetada pelas oscilações do PIB, que segundo a teoria denominada de 'Lei de Okum', a cada quebra de 2% do PIB a taxa de desemprego aumenta 1%, é portanto um tipo de desemprego onde a procura de trabalho por parte das empresas é muito reduzida, gerando também uma quebra no nível salarial, ou podemos dizer que é uma situação de desemprego cíclica, pois é diretamente influenciada pelos ciclos económicos de receção e expansão da economia.
3.º - desemprego friccional, resulta da movimentação da mão-de-obra, de uma empresa para outra, sendo este tipo de desemprego, considerado o mais natural, pois existe sempre independentemente dos ciclos económicos, e sobretudo hoje em dia, na aldeia global, a procura de emprego é cada vez mais feita além-fronteiras.

Para além destes três tipos de desemprego, há que ainda que ter a noção das diferentes formas de emprego que são os seguintes e a sua relação social (Castel, 1995):
a-) Emprego estável - é o emprego que contribui para socialização dos indivíduos pelo trabalho
b-) Emprego precário -  É a situação de trabalho que devido à fragilidade do mesmo, coloca o trabalhador numa zona de vulnerabilidade social.
c-) Perda de emprego - É a situação que acarreta uma rutura progressiva dos laços sociais do individuo, também denominado de desfiliação.

Por Filipe de Freitas Leal


Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.





Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Livros - Ciência Política - Sousa Lara

Ciência Política – Estudo da Ordem e da Subversão, é o título de um excelente compêndio, que foi o meu manual na faculdade na disciplina da Introdução à Ciência Política, que já vai na 6ª edição, cujo autor é o Professor Doutor António de Sousa Lara, do ISCSP Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, que segundo o autor foi escrito para auxiliar os seus alunos, como um manual que preenche o lugar vazio das sebentas de antigamente.
O Livro é composto por três partes, a primeira trata da ‘Metodologia e ideologia’, a segunda é sobre ‘O poder no Estado’, e a terceira e última parte é sobre ‘A subversão e o Estado’, tendo no entanto o conjunto das partes do livro, um total de 38 capítulos em aproximadamente 700 páginas, editado pelas Edições ISCSP.


Editora: Edições ISCSP
Coleção: Manuais Pedagógicos
Páginas: 700
Preço: 21.20 € no Site do ISCSP.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Cartoon # 10 - O Papa na Terra Santa


Diálogo entre o Papa Francisco I e o Primeiro ministro de Israel, Netanyahu:
O Papa: "Porquê este muro em Israel?
Netanyahu: "Porquê vidros à prova de bala no Papamóvel?

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Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

Música - Cold Play - The Scientist

The Scientist

Come up to meet you, tell you I'm sorry
You don't know how lovely you are
I had to find you, tell you I need you
Tell you I set you apart

Tell me your secrets and ask me your questions
Oh, let's go back to the start
Running in circles, coming up tails
Heads on a science apart

Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh, take me back to the start

I was just guessing at numbers and figures
Pulling the puzzles apart
Questions of science, science and progress
Do not speak as loud as my heart
But tell me you love me, come back and haunt me
Oh and I rush to the start
Running in circles, chasing our tails
Coming back as we are

Nobody said it was easy
Oh, it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be so hard
I'm going back to the start

Oh ooh, ooh ooh ooh ooh
Ah ooh, ooh ooh ooh ooh



O(A) Cientista

Vim para encontrar-te e dizer que lamento
Tu não sabes o quão amável és,

Tenho que te encontrar, e dizer que preciso de ti
E dizer-te que escolhi a ti.

Conta-me os teus segredos, faz-me perguntas
Oh, vamos voltar para o começo
A Correr em círculos, a perseguir a cauda
Cabeças num silêncio à parte

Ninguém disse que seria fácil
É uma pena nós nos separarmos
Ninguém disse que seria fácil
Ninguém jamais disse que seria tão difícil assim
Oh, leva-me de volta ao começo

Eu só estava a pensar em números e figuras
A por de parte os teus puzzles,
Questões da ciência, ciência e progresso
Não falam tão alto quanto o meu coração
Diz-me que amas-me, volta e surpreende-me
Oh, quando eu corro para o começo
A correr em círculos, a perseguir a cauda
E a voltar a ser tal como éramos

Ninguém disse que era fácil
É uma pena nós nos separarmos
Ninguém disse que era fácil
Ninguém jamais disse que seria tão difícil assim
Eu estou a ir de volta para o começo

Oh ooh, ooh ooh ooh ooh
Ah ooh, ooh ooh ooh ooh

Antissemitismo - Um Problema de Todos Nós.

A crescente onda de Antissemitismo, que ressurge no solo europeu, não deve ser encarada como um problema apenas dos judeus. É antes de tudo um problema nosso, de todos, de cada um de nós, enquanto cidadãos e pessoas humanas que somos, cabe a todos defender o património comum dos Direitos Humanos, unidos e de uma forma coesa, a uma só voz, mesmo dentro de todo o pluralismo que naturalmente há e deve haver, mas não fragmentados por categorias. Todos somos um.

Enquanto inebriados pelas vitórias futebolísticas, pela febre do consumo possível e pelos espetáculos televisivos, a Europa corre perigo de guerra na Ucrânia, a xenofobia, o racismo e o antissemitismo ganham terreno de uma forma veloz e cada vez mais agressiva, para não dizer avassaladora, judeus tem sido atacados e mortos, à luz do dia em pleno coração da civilizada Europa, que neste domingo deu a vitória à Extrema Direita em França, na Dinamarca e noutros países com votação expressiva como a Holanda a Alemanha e a Grécia.

Como disse acima há o crescente perigo de voltarmos a ver no solo europeu, uma guerra fratricida, mais exatamente na Ucrânia, a tensão aumenta, e meras manifestações atingem as dezenas de mortos, mas mesmo que de uma só vitima se tratasse já seria preocupante o bastante, e na Europa comunitária as pessoas não se apercebem que estão a ser manipuladas em direção a uma catástrofe, o objetivo fundamental de tudo isto é o enfraquecimento político e económico de Toda a Europa em primeiro lugar e da Democracia como regime, em prol de interesses políticos e económicos, que se jogam no xadrez da Geopolítica da guerra e de grandes interesses económicos que os sustêm, enquanto isso, os judeus, os imigrantes, as minorias, os pobres e toda a sorte de excluidos voltam a ser o bode expiatório que é alimentado pela massa ignorante e sedenta de expetáculo.

Estejamos atentos, e que ninguém nos diga por onde ir, se não for deveras o caminho que devemos humanamente seguir, em direção a um porto seguro em que os seres humanos estejam todos em primeiro lugar nas agendas politica, social e económica, que as preocupações sejam antes a da inclusão e do Humanismo na promoção do  bem-estar social, de modo equilibrado pela balança da justilça social, mas isto depende do nosso querer e da capacidade que teremos ou não de estar conscientes e atentos aos rumos políticos que nos propõem.

Por Filipe de Freitas Leal


Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.





Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

 
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