#BringThemHomeNow!
Ha ainda nos túneis de Gaza, um numero estimado em 136 reféns israelitas e judeus sequestrados no fatídico dia dos massacres de 07/10/23.
Solidariedade é a essencia da Justiça Social
Para que uma sociedade se desenvolva em justiça social é fundamental a cultura da solidariedade.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Voltaire
sexta-feira, julho 01, 2011
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Figura incontornável da
cultura, Voltaire,
aliás nascido François Marie Arouet, foi um notável
filósofo, ensaísta e escritor francês, nascido no seio de uma família
burguesa, na cidade de Paris no ano de 1694, tendo vindo a falecer em idade já
avançada, na mesma cidade em 1778.
Foi acérrimo defensor do
Iluminismo e das liberdades, incluindo a liberdade de expressão, a liberdade
religiosa e o livre comércio.
Voltaire era um pensador
nato, com uma grande perspicácia sendo dos mais espirituosos homens
do seu tempo, tendo deixado como legado à humanidade e à cultura, uma vasta
obra, de romances, poesia, teatro, diversos ensaios
e variadíssima correspondência, obras que no seu conjunto vieram
a influenciar pensadores e lideres ligados à Revolução Francesa e à Independência
das treze colónias que viriam a ser os Estados Unidos da América.
Voltaire não era muito favorável à Igreja Católica Romana
nem ao antigo regime da monarquia absoluta, pelo que usou da sua obra
literária de forma bastante sarcástica, para criticar no catolicismo e no
regime absolutista, tudo o que pudesse impedir o
desenvolvimento cientifico, económico e social da altura, e essa oposição
devia-se ao facto de além de iluminista, Voltaire era partidário da
"Reforma Social", tendo chegado a elaborar um conjunto de leis a ela
relativas, no entanto foram consideradas, leis bastante rígidas no
que se refere à punição do não cumprimento das mesmas, criticas aliás às quais
Voltaire era incólume.
A sua maneira desprendida e
despretensiosa de ser e pensar, levaram-no muito cedo ao cárcere na Bastilha,
onde aliás escreveu um livro (Édipo) em 1718, e mais tarde chegou a ter de
fugir de França e viveu como exilado político por três anos no Reino Unido onde
conheceu o filósofo inglês John Locke, de quem se tornou amigo.
Voltaire já no fim da vida,
adere à maçonaria e viria a ser iniciado numa loja maçónica de Paris no ano de
sua morte em 1778.
Das suas obras as que mais
se destacam são "Cândido", "Édipo", "Cartas
Filosóficas", "Dicionário Filosófico" dentre outras, das várias
obras, do seu vasto e profícuo labor das letras e do pensamento.
Por Filipe de Freitas Leal
domingo, 26 de junho de 2011
Trabalho e Emprego Depois dos 50
domingo, junho 26, 2011
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Como é do conhecimento geral, o mercado de trabalho
sempre penalizou quem ultrapassasse os 45 anos, aos 50 anos então
pior, somos novos para reforma (aposentadoria) e somos velhos para o trabalho; por outras palavras, isto redunda numa tremenda injustiça, que começa no preconceito de idade, e
género, as mulheres sofrem mais nestes casos, e acaba-se por criar um
fator grave de exclusão social e empobrecimento.
O desemprego está a subir a índices nunca antes
vistos, no espaço europeu, Portugal não foge à regra, e a situação do
desemprego é dramática.
Mas nem tudo está perdido, as experiências de
vida e profissional são um valor acrescentado a qualquer pessoa, aos 50 anos
ainda se tem mais 15 ou 17 anos de vida ativa pela frente, há pois que lutar
por isto, mas como?
O maior erro de um trabalhador, é ficar 15, 20 ou até 25
anos numa empresa, a fazer exatamente a mesma coisa, e nunca procurar formação
profissional, reciclagem de técnicas de aprimoramento, como
informática, inglês, ou mesmo a conclusão dos estudos secundários, caso não os
tenha. E porque? Bem, porque o novo mercado de trabalho está cada vez
mais flexível, e exige a flexibilidade e rentabilidade dos seus
empregados.
O conceito de trabalho para toda a vida acabou, o patrão
acabou, agora as empresas são sociedades, e regem-se por novos conceitos. E
isso, faz-nos ter que sermos bons no que fazemos, temos de nos aperfeiçoar e
preparar para sair por iniciativa patronal, ou mesmo sermos nós a sair para uma
empresa que nos ofereça melhores condições. Portanto aqui ficam alguns
conselhos para lutar por uma colocação.
·
Formação profissional e
sucessivas reciclagens
·
Aperfeiçoamento de
idiomas,
·
Atualizar o curriculum
vitae.
·
Conclusão dos estudos caso não tenha ainda a escolaridade
obrigatória. Se já tiver, pondere um curso superior (Não é uma garantia, mas
uma mais valia na valorização do trabalhador sénior).
·
Apostar nas novas
tecnologias.
·
Não pare, disciplina e força de vontade, o seu trabalho é
arranjar trabalho.
·
Informe amigos e familiares da situação, não é vergonha
estar desempregado.
·
Se estiver no fundo desemprego, tendo tempo livre, faça
trabalho voluntário, alarga conhecimentos e aumenta a experiência profissional,
com as quais poderão se abrir algumas portas.
·
Caso seja possível tente a criação
do próprio emprego através da orientação do Centro de Emprego da Sua
área de residência.
·
Pensamento positivo, acredite em si.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Época de Exames - Como Preparar-se
domingo, junho 26, 2011
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Quando
chegamos perto do fim do ano letivo, começam a se esboçar no horizonte dos
alunos a ansiedade e o pânico pela época de exames.
Chegados
ao fim ano escolar, mês de junho no hemisfério Norte, ou em dezembro no hemisfério
Sul, os alunos entram na reta final, há que nos prepararmos para os exames, a
fim de conseguirmos obter as melhores notas e claro passar de ano.
Há
algo que se deve ter em conta, muitos tentam ser os melhores, os primeiros, mas
ser o melhor, implica em que se deve sê-lo em tudo, ora como isso
é impossível, devemos limitar-nos a ser naturalmente nós mesmos, aceitando
as qualidade e evitando a competição. O importante é adquirir a Sabedoria que
nos irá preparar para a vida e o exercício pleno da profissão.
A preparação para os exames
O Estudo
- Antes de mais, nada de dar tréguas
aos estudos.
- Escolha um lugar calmo, arejado e
limpo para estudar. Caso não
seja possível uma biblioteca é um lugar ideal. Até
porque tem montes de livros à mão para tirar duvidas.
- Elabore um horário de estudos e
siga-o à risca, não deve estudar muitas horas seguidas e nem sempre a
mesma disciplina.
- Sublinhar as partes principais a
caneta fluorescente (caderno) ou lápis com um traço ligeiro no
caso de ser um livro para não o estragar.
Descanso, Alimentação e Lazer
- Depois de tanto estudo, que não
deve chegar à exaustão, há que descansar e ter em conta que se
deve dormir de 7 a 8 horas. As diretas
são contraproducentes evite-as.
- Sublinhar as ideias importantes,
consultar palavras novas que surjam, não se limite a um livro ou autor,
amplie as fontes e confronte e apreenda a informação.
- Quanto à alimentação, está claro
que também influencia, todos dizem que se deve comer bem, o que não se
deve é confundir comer bem com comer muito. O melhor é
três refeições diárias, beba bastante água e coma frutas, evite
doces em excesso. O café também costuma ser um bom companheiro
mas pode influenciar o sono.
- Pratique desporto com os colegas,
caso não haja tempo, faça caminhadas, que por sinal são ótimas para se
pensar e meditar.
Disciplina, Ânimo e Otimismo
- Nada de pensamentos negativos, é
daí que vem o medo, o nervosismo e as notas baixas.
- Lembre-se o professor quer de
verdade que os seus alunos consigam o melhor possível.
- Se não acreditar em si, quem
acreditará? Mas para isso, treine, treine muito as respostas dos exames de
anos anteriores, é sempre possível conseguir alguns, faça em
casa tal como fará na universidade, uma pagina e meia
no mínimo por pergunta, e desenvolva de forma sintética.
todo o conhecimento que a questão abarca.
- Há quem queira queimar as pestanas
a estudar e ouvir música ao mesmo tempo, mas calma, músicas muito
movimentadas e barulhentas são contraproducentes, tenta antes clássica,
caso não gostes experimenta jazz, ou então outro tipo mas tem de ser
musica calma
- Evitar ver Televisão, é o pior que se pode fazer, a TV é inimiga do estudo, nem que a desculpa seja um documentário, é de evitar.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Pensamentos - Solidão e Ausência
domingo, junho 26, 2011
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
"O que distingue a
solidão da ausência, a solidão é sentir-se só, mesmo que acompanhado, a
ausência é nos sentindo acompanhados por alguém que amamos, mas que não esteja presente fisicamente, apenas uma doce presença nos nossos sentimentos e pensamentos."
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
A Situação Social e Económica de Portugal
quinta-feira, junho 23, 2011
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
O livro
lançado pelo Diário de Notícias,
com o título “O Estado a que o
Estado chegou”, é um projeto editorial, que através de reportagens e
entrevistas, publicadas no respetivo diário lisboeta, entre os dias, 7 a 14 de
janeiro de 2011[1], teve como objetivo despertar os
portugueses, para a real dimensão da crise e das suas razões.
Nessas
reportagens foi ilustrado o aparelho do Estado, como sendo um edifício, que não
funciona bem, por ser mal construído, velho, desorganizado, com brechas,
dispendioso e desequilibrado tal como a Torre de Pisa,[2] aliás
ilustração clara, que foi adotada para capa do livro.
Ouve-se
comentar nas ruas e nos cafés, sobre a tão falada crise e dos erros políticos,
da classe dirigente, fala-se com facilidade de tudo, na linguagem simples e
popular, mas qual é afinal a origem do problema? Qual é a real dimensão da
situação? Quais são as consequências e quanto tempo vai ser preciso até
equilibrar as contas e colocar o País a produzir e exportar? São essas as perguntas
que nos surgem quando a leitura deste livro faz-nos viajar através dele ao país
real, e é a partir daí, que passamos a nos debruçar mais atentos às questões,
que urgem e que a todos diz respeito, sem exceções, tanto ao cidadão comum como
aos decisores do Estado e privados.
2 -
Análise da Obra
Podemos
para ilustrar, começar por exemplos que nos saltam à vista na despesa pública,
nos dados fornecidos pela obra[3], onde se constata que Portugal tem uma
despesa de 47,9% do total do PIB, despesa essa que começou a subir nos governos
constitucionais a seguir ao 25 de Abril de 74, tendo vindo sempre a subir, em
sucessivos governos, somente com o governo de José Sócrates, teve uma pequena
queda na despesa pública (2010), que no entanto não vingou vindo a subir, com a
crise instalada em 2008, por causa do Crédito do Suprime nos Estados Unidos, e
que contagiando a economia mundial qual efeito dominó, agravou a situação
portuguesa; É na sequência dessa crise que surge a falência de vários bancos a
nível mundial, levando a Islândia à bancarrota, bancos e seguradoras faliram
nos EUA, e por cá foi o BPP Banco Privado Português e o BPN Banco Português de
Negócios, que embora falido foi salvo pela Caixa Geral de Depósitos – CGD, que
acabou por engrossar os índices do défice público.
A
origem do Problema, ao longo do que se lê no livro, é o modelo económico e
administrativo que foi adotado, onde se criaram vícios e despesismos
desnecessários, para os corrigir, criaram-se organismos para gerir e fiscalizar
outros organismos, que além de não gerarem receita nenhuma geram mais despesa e
fazem crescer o “Monstro”[4] como as
que foram criadas em 2011 para analisar fiscalizar as contas do Estado e as
PPP’s, sendo que o estado tem perdas avultadas com as Parcerias Público Privadas,
que teoricamente seria o contrario, aliviar a carga fiscal entregando a
administração a privados.
Cabe ao
TC Tribunal de contas, fazer precisamente a fiscalização das contas do estado e
das PPP’s, instituições e organismo, sejam elas quais forem
No entanto
o Tribunal de Contas é o retrato fiel do exemplo da situação económica e
financeira do Estado, e porque? Pelo simples facto de que de todos os
organismos públicos, apenas apresentam contas 1.724 organismos, sendo
fiscalizados apenas 418 num total de 13.740·, tendo em conta que o conjunto dos
organismos do estado, uma grande quantidade está ou pode ficar isenta de
apresentar contas, tornando assim a máquina do Estado mais pesada, e sendo
grandiosa, gera uma despesa insuportável, que atinge os 81 mil milhões de euros
ano os tais 50% da riqueza produzida no país, tendo vindo a subir
consecutivamente o défice que rondava os 9,2% do PIB em 2010.
Não
obstante, nascem todos os anos em média, 12 fundações por dia, que vão usufruir
de fundos do erário público, para a sua manutenção, tendo a agravante de
ordenados avultados.
Esta
realidade fiscal e financeira, somada à baixa produtividade e competitividade
do país faz com que os mercados internacionais não confiem que Portugal consiga
honrar os seus compromissos e tem agido de forma a mostrar isso, subindo para
valores nunca antes vistos as taxas de juro para a divida portuguesa.
A obra,
viaja pelo país real, em números, em contas que nos assustam a todos e que
merecem atenção, à medida que nos despertam para a realidade ou arremessam-nos
para um pesadelo. Mostra-nos a obra que o funcionalismo público com cerca de 663 mil funcionários, é
exageradamente grande, para um país como o nosso, parco de recursos, a solução
encontrada dos recibos verdes no
estado, que se prevê aumentar, e que não esta prevista no OE Orçamento de
Estado[5] também
são um grave indício da situação, outro sinal de alerta é a carga fiscal usada como forma de socorro
financeiro, que sobrecarrega os contribuintes, e não soluciona o problema.
3 - A
Realidade socioeconómica do País
As
crises económicas, não são novidade na história de Portugal, até já tivemos uma
situação de Bancarrota no tempo de D. Carlos I, e demorou 10 anos para se sair
dessa situação, na I República, houve mais crises, a de 1913-14, levou ao
encerramento de dois bancos, desemprego, greves e a queda do governo.[6] Mais
tarde outra crise entre 1920-25, trazendo grande índice de inflação,
especulação com taxas de juro e desconto aumentou grandemente.
Mas não
houveram apenas crises na nossa História, no que se refere à tragédia
económica, houve inclusivamente a Bancarrota, que foi declarada parcialmente, e
que segundo o jornal “Publico” na sua edição de 10 de outubro de 2011[7] foi uma
solução possível na época, pois os bancos que compravam divida pública dos
países em crise financeira, fecharam os cordões à bolsa, dado o pânico com a
Insolvência da Argentina e do Uruguai. Portugal então sem poder vender divida
pública, teve de aplicar medidas de austeridade e viu-se obrigado a declarar a
Bancarrota Parcial.
Na
introdução ao seu livro “Uma Tragédia Portuguesa”, António Nogueira Leite,
afirma que só em 2010 a população portuguesa se apercebeu da situação grave em
que o país se encontra[8], sendo pressionado pelos mercados
internacionais e pelas agências de rating, entre outros indicadores económicos
inegáveis como a subida em 2009 para 9.4% do défice do Estado face ao PIB,
fazendo Portugal passar uma das mais graves crises desde 1983, afirma Nogueira
Leite no seu livro,[9] observando-se um aumento do custo de
vida e uma queda substancial dos ordenados.[10]
O
problema de Portugal é estrutural, e está relacionado com o modelo económico
seguido logo após a democratização do País com a Revolução dos Cravos de 1974,
sendo seguido pela Espanha em 1975 com a morte de Francisco Franco e o restabelecimento da monarquia
constitucional. Os países ibéricos, periféricos e tardiamente democratizados,
apresentam falhas estruturais e diferenças substanciais entre ambos[11], devido ao modo
como cada um fez a democratização e a seguinte organização económico-social,
com ênfase no mercado de trabalho especialmente os índices de desemprego,
prevê-se que o estado venha a criar trabalho precário triplicando as despesas
de recibos verdes como forma de evitar contratações.
4 - A
baixa produtividade e o peso do Estado
A Baixa
produtividade tem produzido o crescimento do Défice face ao PIB, segundo o
gráfico do Eurostat,[12] fazendo
com que os credores internacionais não acreditem que Portugal conseguirá
cumprir com os seus objetivos, pois o país gasta mais do que consegue produzir,
e isso tem sido feito de forma sistemática, afirma o economista António
Nogueira Leite no seu livro “Uma Tragédia Portuguesa”, acrescentando que para
além da pouca produtividade de riqueza, a poupança é reduzida, perdendo a
histórica característica da economia portuguesa, que era uma economia de aforro,[13] Mas é preciso reparar também que as
família poupam pouco porque não tem como poupar numa economia como a nossa,
onde as famílias tem um alto grau de endividamento, por outras palavras “Estamos todos no
mesmo barco do endividamento”, o
Estado, as Empresas e as famílias portuguesas, que por falta de uma politica
habitacional correta no passado, fez com que os portugueses se endividassem
para comprar casa, e isso fez-nos perder a nossa capacidade de poupar veio o
endividamento paulatino do país e dos portugueses, na ânsia de um nível de vida
que na realidade não era o nosso, como consequência fez com que várias famílias
entrassem em situação de insolvência, crescendo o crédito mal parado.
5 -
Conclusão
O livro
que neste trabalho é referido, “O Estado a que o
Estado chegou”, da autoria de vários autores, tais como Carlos Diogo
Santos, João Cristóvão Baptista, Rui Marques Simões, Rui Pedro Antunes e Sónia
Simões, que sob a coordenação da jornalista Maria de Lurdes Vale, fez um
excelente trabalho, no que se refere, ao serviço público de informar a
população sobre a realidade do país no que diz respeito aos aspetos
financeiros, sociais e económicos.
Outrossim
o projeto editorial, teve como objetivo chamar à prática da cidadania, as
pessoas comuns que normalmente se vêm afastadas desse processo, tendo sempre em
conta que a consciencialização da população é uma grande mais-valia, para a
definição de políticas para o futuro.
O livro
alertou mais para a realidade do despesismo, com gastos supérfluos e
desnecessários que sobrecarregam o erário público e voltam-se contra uma
população envelhecida, pobre e descrente do futuro do país, para as gerações
dos seus filhos e netos; Ficou no entanto muito por falar, no entanto, aqui não
era o espaço apropriado para pedir responsabilidades, não era a plataforma
ideal para o lançamento de projetos de futuro, por isso creio eu, que se ficou,
apenas por uma análise do que é o presente, no edifício desequilibrado do Estado em que o
Estado está.
Filipe
de Freitas Leal
15/06/2011
Trabalho Individual de Sociologia Geral II
Professora Doutora Maria de Lurdes Fonseca
Curso de Serviço Social – 1º Ano – Pós Laboral
6 –
Autores Citados e Bibliografia
Autores
Citados
António
Nogueira Leite, Nasceu
em Lisboa em 1962, Licenciado em Economia pela Universidade Católica
Portuguesa, obteve o grau de Mestre em Economia pela Universidade de Ilinoys,
instituição onde se doutorou em 1988, É professor catedrático da Faculdade de
Economia da Universidade Nova de Lisboa, foi Secretário de Estado do Tesouro e das
Finanças de 1999 a 2000 do XIV Governo Constitucional de António Guterres.
João
Ramos de Almeida, jornalista
do “Público” desde 1995, é Realizador e Argumentista da empresa “Ânimo Leve”
que é uma produtora de vídeos, filmes e documentários, foi jornalista do
Expressos entre outros títulos da Imprensa portuguesa.
Robert
M. Fishman é um
professor de Sociologia e membro do Instituto Kellogg e do Nanovic
Instituto
da Universidade de Notre Dame. Seus livros mais recentes são Vozes da
Democracia (2004) e (com Anthony Messina) O Ano do Euro (2006). Ele está
atualmente escrevendo um livro sobre a prática democrática e resultados sociais
em Portugal e Espanha
Bibliografia
Diciopédia (2011) “História | Ciências Sociais e Humanas A Situação económica difícil da I República” página consulta em 11/06, http://www.infopedia.pt/$situacao-economica-dificil-da-i-republica
Fishman, Robert M. (2010), “Rethinking the Iberian Transformations: How Democratization Scenarios Shaped Labor Market Outcomes”, Springer Science+Business Media, LLC
Leite, António Nogueira (2011) “Uma Tragédia Portuguesa”, Alfragide, Lua de Papel.
VV.AA (2011) “O Estado a que o Estado Chegou”, Lisboa, Editorial Notícias.
[1] VV.AA (2011) O Estado a que o Estado Chegou, Lisboa, Editorial Notícias. pp. 11.
[2] Ibidem. pp. 13.
[3] Ibidem. pp. 27.
[4] VV.AA (2011) “O Estado a que o Estado Chegou”, Lisboa, Editorial Notícias. pp. 43.
[5] Ibidem. pp. 75-77.
[6] Diciopédia (2011) “História | Ciências Sociais e Humanas A Situação económica difícil da I República” página consulta em 11/06, http://www.infopedia.pt/$situacao-economica-dificil-da-i-republica
[7] Almeida, João Ramos de (2011) “Economia/Portugal já declarou bancarrota parcial em 1891 e saiu-se bem". Público Online, 10 de Junho, http://publico.pt/1460267
[8] Leite, António Nogueira (2011) “Uma Tragédia Portuguesa”, Alfragide, Lua de Papel, pp. 15
[9] Ibidem, pp. 21
[10] VV.AA (2011) “O Estado a que o Estado Chegou”, Lisboa, Editorial Notícias. pp. 85-87.
[11] Fishman, Robert M. (2010), “Rethinking the Iberian Transformations: How Democratization Scenarios Shaped Labor Market Outcomes”, Springer Science+Business Media, LLC
[12] Eurostat (2011) “Government Finance Estatistic”, Luxemburg, Eurostat Statistical Books
[13] Leite, António Nogueira (2011) “Uma Tragédia Portuguesa”, Alfragide, Lua de Papel, pp. 23.
Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.