Figura incontornável da
cultura, Voltaire,
aliás nascido François Marie Arouet, foi um notável
filósofo, ensaísta e escritor francês, nascido no seio de uma família
burguesa, na cidade de Paris no ano de 1694, tendo vindo a falecer em idade já
avançada, na mesma cidade em 1778.
Foi acérrimo defensor do
Iluminismo e das liberdades, incluindo a liberdade de expressão, a liberdade
religiosa e o livre comércio.
Voltaire era um pensador
nato, com uma grande perspicácia sendo dos mais espirituosos homens
do seu tempo, tendo deixado como legado à humanidade e à cultura, uma vasta
obra, de romances, poesia, teatro, diversos ensaios
e variadíssima correspondência, obras que no seu conjunto vieram
a influenciar pensadores e lideres ligados à Revolução Francesa e à Independência
das treze colónias que viriam a ser os Estados Unidos da América.
Voltaire não era muito favorável à Igreja Católica Romana
nem ao antigo regime da monarquia absoluta, pelo que usou da sua obra
literária de forma bastante sarcástica, para criticar no catolicismo e no
regime absolutista, tudo o que pudesse impedir o
desenvolvimento cientifico, económico e social da altura, e essa oposição
devia-se ao facto de além de iluminista, Voltaire era partidário da
"Reforma Social", tendo chegado a elaborar um conjunto de leis a ela
relativas, no entanto foram consideradas, leis bastante rígidas no
que se refere à punição do não cumprimento das mesmas, criticas aliás às quais
Voltaire era incólume.
A sua maneira desprendida e
despretensiosa de ser e pensar, levaram-no muito cedo ao cárcere na Bastilha,
onde aliás escreveu um livro (Édipo) em 1718, e mais tarde chegou a ter de
fugir de França e viveu como exilado político por três anos no Reino Unido onde
conheceu o filósofo inglês John Locke, de quem se tornou amigo.
Voltaire já no fim da vida,
adere à maçonaria e viria a ser iniciado numa loja maçónica de Paris no ano de
sua morte em 1778.
Das suas obras as que mais
se destacam são "Cândido", "Édipo", "Cartas
Filosóficas", "Dicionário Filosófico" dentre outras, das várias
obras, do seu vasto e profícuo labor das letras e do pensamento.
Por Filipe de Freitas Leal
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