terça-feira, 5 de novembro de 2024

O Dia D das Eleições Americanas


É hoje o grande dia do voto nos EUA, mas é amanhã dia 6 o The Day After para ver o Estado em que a América fica com esta divisão fraturante. 
A Democracia ela própria está por um fio, e os EUA dão sinal às democracias musculadas que é esse o caminho.

Eu não gosto do Trump devido ao seu comportamento e às afirmações que faz, mas Trump diz ao que vem, logo é claro no seu discurso, também não gosto de Kamala que com aquele sorriso forçado quer ser a libertadora dos americanos, no entanto é demasiado omissa, e a omissão em política não só é um mau sinal, como também tem um preço alto.

Se Kamala ganhar será bom para a América mas pode significar a continuidade da Guerra. Se Trump ganhar, pode ser mau para a América, mas irá tentar impor um período de paz, coisa em que nem o governo Biden nem a União europeia se empenharam.em promover, muito pelo contrário.

Portanto, temos de ver a coisa por dois âmbitos: por um lado o nível e a qualidade da democracia interna nos EUA, por outro lado a Paz Global, porque o perigo eminente de uma guerra global é grande e há uma inegável ligação entre a Guerra em Gaza e no Líbano com a Guerra na Ucrânia, que é a Aliança entre Rússia e Irão.

Autor Filipe de Freitas Leal (também publicado no Facebook em 03/11/2024)

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

domingo, 3 de novembro de 2024

A Influência Externa nas Eleições Americanas

A corrida à Casa Branca está renhida, mas a influencia de potências estrangeiras, como a Rússia, a China ou o Irão, a acontecer como a influência russa nas eleições de 2016, será meramente da contra informação, da desinformação nas redes sociais, pode ter algum impacto, mas não creio que tenha uma influencia decisiva no eleitorado, e como tal, não chegará para alterar o resultado final das eleições americanas de Terça-feira dia 5 de novembro. Porquê? Porque há outros fatores internos, como a situação económica, a inflação, gastos com despesas militares, segurança, entre outros fatores fraturantes como a imigração ilegal ou o aborto, que terão certamente uma maior influência no resultado final de uma parte do eleitorado.

O que importa não é ver o número de votantes nas intenções de voto, pois as eleições são indiretas, os eleitores elegem delegados e não o candidato em si, além disso, as sondagens são feitas por uma amostra que é uma pequena parcela e revela apenas uma a tendência, que contém em si mesma uma margem de erro que ronda entre os 2,5% ou 3,5% de erro.

Para além da sondagem por amostragem está uma maioria silenciosa que irá definir no voto o que Trump ou Kamala querem, que é conquistar os Estados decisivos, e porque? Porque o candidato mais votado conquista todos os delegados desse estado ao colégio eleitoral, e ao conquistar o maior número de Estados decisivos e é isso que lhe dará a vitória. Basta conseguir 270 delegados e será eleito o candidato com maior representação de delegados e não necessariamente o mais votado. Poderá acontecer o candidato mais votado não conseguir os 270 delegados e nesse sentido não será eleito.

O perigo da influência estrangeira é também em certa medida a conjuntura politica internacional que pode decidir mudar o sentido de voto, a Guerra na Ucrânia, as contendas com a China, e além disso a influência destes através de fake news nas redes sociais, a questões identitárias do wokismo e a guerra em Gaza terão sem dúvida uma grande repercussão no eleitorado mais jovem.

Autor Filipe de Freitas Leal 

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

Os Lusitanos e a Bandeira do Dragão


A Bandeira da Lusitânia, era um pano branco com um dragão alado verde. Os lusitanos eram um povo que viveu há 3000 anos na Península Hispânica, aproximadamente no espaço onde hoje é Portugal, além da língua, das tradições e costumes, tinham a sua própria escrita, religião e mitologia.

No entanto, se a Lusitânia estava abaixo do Rio Douro, o Condado de Portugal nasceu há 1150 anos, precisamente acima das margens do Rio Douro.

Após a conquista, os lusitanos absorvem a cultura romana, mais tarde misturam-se com suevos, visigodos, árabes e assim, desapareceu na penumbra do tempo que chamamos história, cedendo aos conquistadores vindos do Norte do Douro para cristianizar os povos maometanos do sul, eram os portucalenses que de lusitanos nem a ideia tinham.

Dizer que os portugueses são lusitanos é meramente figurativo e poético, daí essa ideia simbólica ter sido usada por Camões no poema épico dos Lusíadas.

Há quem não acredite na simbologia do Dragão alado como símbolo dos lusitanos, como sendo algo lendário, e há quem levante duvidas que tenha sido usado no estandarte/bandeira da Lusitânia, há que lembrar que, quanto ao dragão alado, tanto na representação da Bandeira ou estandarte da Província Romana da Lusitânia, bem como na heráldica portuguesa, o mesmo dragão era representado na cor verde com duas patas e o seu corpo terminava como o de uma serpente, dai que seja um tipo especifico de dragões denominados de "Serpe" sendo que era este que fora apresentado no Escudo de Armas de D. João I desde 1357, no seculo XIV, ano que dera inicio a dinastia de Avis, mais tarde o mesmo símbolo foi usado no Escudo de Armas de Portugal durante a dinastia de Bragança, logo não era um símbolo exclusivo de uma família especifica da nobreza portuguesa, mas sim como um símbolo nacional de Portugal.

Autor Filipe de Freitas Leal (também publicado no Facebook em 03/11/2024)

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Distúrbios e Violência na Grande Lisboa


Os recentes acontecimentos em Portugal são graves, o tempo é o da ação politica, e não o da análise analise social, nem do ruido de muitas vozes a ecoar a opinião, e ainda menos o da disputa partidária, urge no momento presente a unidade contra o banditismo e também a serenidade e lucidez nas afirmações de todos os quadrantes políticos, seja a Direita seja a Esquerda, o momento e da unidade. Mas não e isso que se esta a ver.

Esta situação e critica, e embora tenha um elemento causal na origem e sem duvida, multifacetada e complexa:
1° Facto- Um homem que não obedecendo à policia que lhe pediu para parar, foge, abalroa carros até ser travado pelos agentes. Houve um crime seguramente, porque terá agido daquela maneira se nada tinha a esconder?
2° Facto - Um dos agentes, o mais jovem e inexperiente alvejou o indivíduo que veio a morrer no hospital. Há aqui uma situação que levanta suspeitas e será apurada pelas autoridades judiciais, há que lembrar que num Estado de Direito todo o erguido goza perante a Lei de Presunção de Inocência, todavia, com a imprensa e os discursos incendiários de alguns deputados parece que lhes interessa a presunção da culpa;
3° Facto - Alegando sentimentos de revolta iniciam-se Distúrbios de vandalismo, violência, desobediência civil de tal forma que colocam a ordem pública em causa. Pressupõe-se que se trate de criminosos de grupos organizados e obviamente não se trata de um movimento popular espontâneo. Um erro não justifica outro erro, e muito menos justifica distúrbios e violência gratuita contra pessoas inocentes;
4° Facto - As autoridades não estão a conseguir conter os atos violentos, nesta quinta-feira um motorista da Carris ficou em estado grave por ter sido atirado um objeto incendiário para dentro do veículo ainda com o motorista lá dentro, o ato foi intencional, outro motorista foi espancado. Os motins alastram-se para outras cidades;
As declarações do Presidente da República são insípidas e não produzem o sentido necessário de coesão, as do Primeiro-Ministro não geraram o sentido de segurança que pretendia.
Urge repensar o problema à luz das necessidade de Segurança Pública, com reforço de efetivos, porque um erro não justifica outro erro, e muito menos justifica distúrbios e violência gratuita contra pessoas inocentes;

Mas os políticos populistas, com comentários infelizes tanto à Esquerda como à Direita, somados a uma imprensa sensacionalista, falam dos Distúrbios como se fosse um só acontecimento. A principal causa deste fenómeno é a falta de políticas sérias para a Segurança Pública e a Defesa Nacional, os portugueses sabem que Governar um país não é o mesmo que gerir uma empresa, é garantir o bem-estar social e a ordem pública.

Resumindo e preciso dizer em alto e bom som, que as verdadeiras razões dos Distúrbios que ocorrem já há 3 dias na Grande Lisboa, não são a morte de um imigrante negro na segunda feira. Nota-se uma violência gratuita, o gosto pelo vandalismo que é perpetrado por criminosos cujo verdadeiro motivo é o ódio à ordem social vigente e visam medir forças com as autoridades e medir a reação da Sociedade civil. E estes desacatos são organizados.

Lamentável é que tanto o Chega como o Bloco de Esquerda prefiram incentivar o ódio e os distúrbios em diferentes barricadas com declarações infelizes feitas pelos seus líderes, se por um lado um pede a condecoração ao policia, o cumulo foi a deputada do Bloco de Esquerda dizer que o homem só foi morto por ser negro, e ninguem se levanta contra isto, mas e se o homem fosse branco? O que é que Mariana Mortágua diria?

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sábado, 19 de outubro de 2024

Israel - O Crescimento da Extrema Direita





Se preferir pode ouvir o artigo.

É imperativo que se diga que, se por um lado o problema Israelo-árabe é causado pela agressão e a insistente recusa dos árabes da Palestina em reconhecer o Estado de Israel, o que levou à Guerra da Independência em 1948; Por outro lado, o problema também é causado ou agravado pelo radicalismo do sionismo religioso e a política de expansão dos colonatos. Há que lembrar que Ygal Amir, um colono ultra-radical que em 1995 assassinou o então Primeiro Ministro de Israel Ytzhak Rabin, era da mesma corrente política e ideológica de Meir Kahane, um judeu fanático, um sionista extremista que defendia ideias de supremacia racial e expancionismo. Essas mesmas ideias fascistas, são as que defendem os atuais ministros da Direita Radical Itamar Ben-Gvir, ministro da Defesa e líder do Partido Nacional Religioso e de Bezalel Smotrich, ministro das finanças e líder do Partido Poder Judaico, pequenos partidos de Extrema-Direita, que em troca de apoio a Benyamin Netanyahu do Partido Likud (consolidação), acabam por impor a sua agenda extremista, como a tentativa de reforma da Justiça e a expansão de colonatos.

É de mau augúrio para Israel que se escolha o caminho do radicalismo, porque não podemos confundir terroristas com civis palestinianos, uma coisa é a guerra de legítima defesa das FDI (Tzahal) contra o terrorismo do Hamas, do Hezbollah ou do Regime Terrorista e teocrático do Irão, outra coisa totalmente diferentes é o ataque contra civis palestinianos por colonos. É prejudicial para todos e mancha a imagem de Israel.

E só para finalizar o raciocínio, resta-me dizer duas coisas; a primeira é que todo e qualquer conflito não se resolve apenas no campo do combate militar, a solução é sempre política e isso passa obviamente pela solução dos dois Estados. Caso contrário voltaremos sempre ao início deste ciclo vicioso, e a segunda é que foi precisamente a fuga dos regimes nazi-fascistas e dos ideais supremacistas e antissemitas, que impulsionou a fuga dos judeus para a Terra Santa, antes, durante e após a II Grande Guerra, e que viria a culminar na criação do Estado de Israel, um lar seguro para a nação israelita. Portanto os ideais de Extrema-Direita não são concordantes com a natureza da religião judaica, os valores da Torá e nem sequer com os princípios do verdadeiro Sionismo que é democrático e plural.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

Irão - Um Perigo Nuclear para Israel e o Mundo


A verdade nua e crua, é que enquanto houver um regime teocrático ditatorial dos Ayiatolás no Irão não haverá paz no Médio Oriente, esta guerra não começou em 2023 com o 7/10, em boa verdade, já dura há 45 anos com o Irão a atacar Israel por meio dos seus proxies, que todavia não tem coragem de enfrentar Israel em pé de igualdade. Resta imaginarmos o que será um regime hediondo como o do Irão tendo em seu poder armas nucleares. o facto é que Israel com armas nucleares garante a paz no Médio Oriente, mas o Irão com armas nucleares é claramente um perigo para a paz global e uma ameaça clara da destruição de Israel.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Israel Eliminou Mais um Líder do Hamas


Com a morte do líder  do Hamas Yahya Sinwar, ocorrida na cidade de Rafah na Faixa de Gaza o mundo torna-se um lugar melhor para viver, na medida em que é um duro golpe e enfraquece aquela organização terrorista, poderá até abrir portas para uma solução negociada, pelo menos depois do fim do conflito com o Hezbollah, que também tem tido imensas baixas e está fragilizado.

O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden, congratulou-se com o Primeiro Ministro de Israel Benyamin Netanyahu, e afirmou que além das vitimas israelita e judias, Sinwar tinha as mãos sujas de sangue americano, e de outras nacionalidades.

Sinwar estava acompanhado por outras duas pessoas, que sendo intercetadas foram atingidas, uma vez feridos esconderam-se em edifícios em ruinas em Rafah, os israelitas não sabiam que se tratava de Sinwar enviaram um drone e a seguir bombardearam o edifício, na manhã do dia 17 de outubro encontraram o corpos com parecenças de Sinwar, e os testes de ADN confirmaram que o cadáver era mesmo do líder terrorista cujo corpo será agora usado como moeda de troca.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

 
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