A retirada dos soldados do complexo da Azovstal, que Putin classifica de Rendição, é na verdade a alma da natureza desta guerra na Ucrânia, que é a ascensão da "Tirania" e dos seus seguidores, contra as democracias e a autodeterminação dos Povos.
Ha ainda nos túneis de Gaza, um numero estimado em 136 reféns israelitas e judeus sequestrados no fatídico dia dos massacres de 07/10/23.
Para que uma sociedade se desenvolva em justiça social é fundamental a cultura da solidariedade.
A imagem que ilustra este post, foi criada em abril de 2017 para ilustrar um outro artigo num dos meus blogues sobre a solidariedade social, as cores azul e amarelo de fundo foram escolhidas por mero acaso, na verdade gosto imenso destas cores em bandeiras que tenham azul e branco como a antiga de Israel ou a antiga bandeira de Portugal, e do azul e amarelo como as bandeiras da Suécia, da Madeira e claro, da Ucrânia, todavia, nunca pensei que tal imagem pudesse ser tão pertinente para os dias de hoje no que concerne à Guerra na Ucrânia e à luta que um povo trava para manter a sua soberania.
A Ucrânia nestes dias, apesar da propaganda, da informação e contrainformação oficiosa de ambas as partes, revela-se heroica e feroz na luta pela sua independência, faz-nos até lembrar na História antiga a famosa Batalha das Termópilas, (que gerou um filme em 2006: "300" de Zack Snyder), que relata a luta dos gregos espartanos com 7.000 homens, que bravamente contra 300.000 soldados persas, até serem reduzidos a um batalhão de 300 homens, hoje a Pérsia é a Rússia, e os espartanos são os ucranianos.
Atualmente na cidade de Mariupol a resistência está a ser feita por um grupo reduzido de soldados ucranianos incluindo o tão falado batalhão de Azov, contra 14.000 soldados russos, que por terra, mar e ar estão a destruir toda a cidade, desde as suas infraestruturas militares, industriais e de transportes até zonas residenciais, passando também por escolas e hospitais, até destruir toda a resistência ucraniana naquela região, e parece ser este o novo Objetivo de Putin para impor os termos do armistício.
Batalha das Termópilas em 480 AEC. |
Mas o mais curioso é o milagre que se faz, olhar para a vida como uma vitória, em Mariupol até já se celebraram casamentos, como forma derradeira de celebrar a vida e acreditar na vitória, ainda que se perca uma batalha, não se perderá a guerra.
Passados os anos 80, as batas caíram em desuso no ensino público e os alunos vestiam-se como queriam, ou pior, como podiam, porque a diferença de classes sociais afeta a aparência e o prestígios a partir das roupas que se usam, principalmente as roupas de grife, fazendo com que os alunos e aluna passassem a apresentar um comportamento de competição e deixando de lado o espirito de camaradagem, porque agora eram todos diferentes.
Atualmente com os a smartphones, a competição entre alunos pelo estatuto de ter um ipad ou iphone tornou-se ainda mais acentuada. Devido a esta distração competitiva por parte dos alunos focados nas marcas de roupas ou de telemóveis, fez com que os resultados desejados pelo corpo pedagógico das escolas não fosse atingido, perante isto, algumas escolas públicas em Espanha decidiram aplicar o uso obrigatório do uniforme escolar, e a proibição da entrada de smartphones dentro das salas de aula. O resultado foi muito positivo.
A questão foi muito positiva também para os pais e encarregados de educação, em primeiro porque o problema de se saber que roupa usar, acabou de vez; Quanto às famílias carenciadas de recursos financeiros, os uniformes foram vendidos a um preço simbólico e em alguns casos doados, o preço de duas mudas completas do uniforme escolar é de 160,00 € em Espanha.
Com o uniforme os alunos passam a concentrar-se mais nos estudos, obtendo melhores resultados, além disso todos são iguais, não há diferenças de classe, etnia, religião, e isso tem um impacto profundo e muito positivo nos alunos. Ou seja, o que para uns parece ser elitista, a realidade mostra que é igualdade de tratamento e qualidade de ensino.
Autor do blog: Filipe de Freitas Leal
Eu discordo, reconheço que Portugal, que foi o primeiro
Estado Nação na Europa, terá surgido na Idade Média, quanto a Espanha, Reino
Unide entre outros, não chegaram a ser Estados Nação, porque são formados por
mais de uma nação.
O conceito de nação está patente na Torá sagrada de forma
inequívoca, os hebreus formaram um grupo étnico coeso e a partir daí uma nação, e isso ocorreu muito antes da Idade Média e longe da
Europa, há 3.700 anos, são hoje a nação israelita, que se manteve viva na
diásporta durante 2000 mil anos, através da sua cultura, religião, dos seus
mitos, da língua litúrgica e tradições, usos costumes, uma identidade nacional
perene.
Os chineses também formaram a sua cultura e a sua
identidade nacional há pelo menos 5000 anos. São as mais antigas ações, que
ainda existem. O conceito de nação pode ser estudado apenas de acordo com o
modelo europeu da idade média.
Outro autor sobre o tema, o historiador britânico nascido
no Egito, Eric Hobsbawm (1917-2012), de corrente neo-marxista, foi mais longe e
afirma que o conceito de nação começou a ser construído nos últimos 200 anos,
ou seja, no final do século XVIII até hoje. O que este senhor talvez não
soubesse, é que ainda no século XIV Portugal já tinha a sua identidade nacional
formada, a conquista cristã contra o islão, o isolamento em frente a um mar
inexplorado e a inimizado com Castela, criaram nos portugueses o sentimento de
identidade muito acentuado, a que chamamos hoje a "Portugalidade".
Resumindo o que podemos verificar é que há uma forte tendência por parte de alguns historiadores, antropólogos e sociólogos, de algumas correntes de pensamento ideológico, que visam desvalorizar o conceito de nação, ou até mesmo de o eliminar, e pior, há a tendência de vincular a narrativa sobre a nação, e o sentimento nacionalista apenas à direita mais radical, contribuindo para uma visão negativa do conceito de Nação e até mesmo do sentimento patriótico ou nacionalista.
É curioso que é precisamente este conceito anti nação que está na base da narrativa de Putin, para eliminar a nação ucraniana, invadir o país e promover a russificação. Sendo a Rússia por natureza uma Federação de Muitos Estados e povos.
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