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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Novo Ano Letivo – Sintra Oferece Manuais Escolares

Mais um ano letivo, e mais uma vez a Câmara Municipal de Sintra, através dos seus Pelouros da Educação e da Ação Social, vai oferecer manuais escolares aos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico da Rede Pública do Concelho, numa iniciativa que ocorre também noutros municípios espalhados pelo país (ver aqui).

Prevê-se que a iniciativa atinja um universo de 15.300 alunos e implique um investimento na ordem dos 370.000 euros.
Esta iniciativa tem vindo a ocorrer há vários anos, não deixando de ser nos atuais tempos de crise, um oportuno e desejado apoio às famílias, bem como um claro incentivo à educação.

Não obstante este incentivo se destine ao 1º Ciclo do Ensino Básico, as famílias mais carenciadas do Concelho de Sintra com educandos noutros ciclos de ensino, poderão obter apoio económico adicional, recorrendo ao SASE – Serviços de Ação Social Escolar, devendo para o efeito contactar desde já o estabelecimento de ensino onde está inscrito o(a) aluno(a) (ver contactos aqui).

Um grande bem haja por mais esta iniciativa e votos de sucesso a todos os alunos e professores neste novo ano letivo.

Autor Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

O Modelo Sistémico na Intervenção Social

1. Introdução

A metodologia tem no Serviço Social segundo Maria José Núncio (2010; 113,114) a importância de criar um corpo sistemático de práticas, que visam compreender a realidade dos problemas do sistema cliente, das circunstâncias sociais envolventes, visando também a teorização, que uma vez posta em prática é analisada de forma crítica com o objetivo de corrigir e redefinir métodos para uma nova teorização atualizada.


Os métodos clássicos são o “Serviço Social de Casos”, o “Serviço Social de Grupos” e o “Serviço Social de Comunidades”, cujas metodologias visam em comum, a eliminação de obstáculos, a libertação de recursos e potenciar capacidades (NÚNCIO, 2010: 114) que indo, do indivíduo até à sociedade, obtêm-se os três tipos de metodologias, que evoluíram em dois diferentes enfoques, um de cariz psicológico e outro comunitário, (Caparroz, 1997) centrando-se o primeiro nos indivíduos, suas relações com outros grupos e a satisfação de suas necessidades, o segundo enfoque centra-se nas relações na relação com grupos e/ou relações comunitárias do sistema cliente.

O Serviço Social de Casos, que está na génese do Serviço Social, desde os primórdios do próprio Serviço Social (Viscarret, 2007:38), mas que tem vindo a ser muito desenvolvido nos anos 50, (Núncio, 2010: 115), defendia uma metodologia casuística (cada caso é um caso) e personalista (centrado na pessoa e no seu contexto), cuja metodologia era ajudar o cliente a ajudar na solução do seu problema, mas também conhecer e melhorar a situação do individuo no aspeto social e familiar, combatendo a exclusão social como a pobreza, toxicodependência, desemprego, carências habitacionais, insucesso escolar, maus tratos, violência doméstica, delinquência, abandono e discriminação (Garcia, 2004:424).

O Serviço Social de Grupos, visa a solução dos problemas do indivíduo num contexto de grupo, visando também o interesse social global, esta metodologia só começou a ser desenvolvida a partir de 1930, compreendendo que os grupos podem ajudar as pessoas nos seus problemas, através da participação do cliente nos grupos e comunidades, dando um sentido à vida, incentivando o cliente adquirindo competências sociais e motivações, sendo que o Serviço Social de Grupos centra-se em métodos psicoterapêuticos e socioeducativos (Garcia, 2004: 433), com o objetivo de combater o isolamento, exclusão, reabilitação, aprendizagem, orientação e informação.

O Serviço Social de Comunidades, desenvolveu-se a partir da segunda metade do Século XX, mas tendo sido idealizado em 1939 (Moix, 1991) muito apoiado pela ONU com o objetivo de promover políticas sociais e melhoria das condições de vida em países subdesenvolvidos.

2. Os Métodos Integrados no Serviço Social

Os métodos de caso, grupo e comunidades, atrás referidos, distinguiam-se pela especificidade do cliente ou clientes, mas que a partir dos anos 60 do século XX, desenvolveu-se um método unificador dos métodos de Casos, Grupos e Comunidades, nascendo assim um método integrador no Serviço Social segundo Maria José Núncio (2010:126) com o foco no conceito da intervenção, para que se conseguisse dar melhor resposta em função dos problemas concretos.

O método integrador, almeja portanto, a solução dos problemas de forma entrecruzada, do cliente, família, grupo e comunidade, partindo do microssocial para o macrossocial (Núncio, 2010:127), tornando-se muito mais adequado para o trabalhador social, mas recebendo a oposição dos conservadores do serviço social, que obstavam as implicações de um método na realidade era integrador e agente promotor de mudança, englobava “o que fazer” e o “como fazer”. Mas surgiu assim a necessidade de definir modelos de intervenção no Serviço Social.

3. Os Modelos de Intervenção

Segundo Maria José Núncio (2010:127) o método integrado de Intervenção em Serviço Social, está associado ao desenvolvimento teórico do conceito de Modelos de Intervenção, que se desenvolveu a partir dos anos 70 do século passado, abrangendo as componentes teórica, metodológica, filosófica e funcional, mas não sendo exclusivamente direcionada ao cliente, como nos métodos clássicos. (Hill, 1986) e os modelos visam estudar, planear e determinar a ação a implementar, os objetivos almejados, bem como os métodos e as técnicas necessárias para atingir esse fim, (Núncio, 2010:128), sendo os principais modelos de intervenção no Serviço Social os seguintes: Modelo Psicossocial, que utiliza uma síntese de conhecimentos científicos da psiquiatria, da psicanálise, da psicologia social e da sociologia, mas que abarca os aspetos sociais, económicos, físicos, psicológicos e até emocionais, que envolvem o processo e o problema; o Modelo de Modificação de Conduta, baseado nos princípios do “Behaviorismo” e da teoria da “aprendizagem”, centrado no problema/comportamento; o Modelo Sistémico, por sua vez encara os fenómenos, não de forma individual ou de causa e efeito, mas sim numa perspetiva de análise “totalizadora”, que engloba além dos fatores acima referidos, os aspetos materiais, culturais e de relacionamento, (Núncio, 2010: 132); o quarto e ultimo modelo é o Modelo de Intervenção em Crise, com fortes raízes na Psicologia, Psiquiatria e Psicologia Social, sendo que a crise é provocada por um acontecimento de grandes proporções que afeta a estabilidade social e a dos indivíduos, podendo estar relacionadas com catástrofes, ruturas emocionais, perdas materiais entre outros acontecimentos traumatizantes, este modelo é centrado no “apoio à vitima” baseado na proteção, aceitação, valorização e na promoção, (Nelson, 1980).

4. O Modelo Sistémico o que é?

O Modelo Sistémico no Serviço Social, é um modelo de Intervenção em que o Trabalhador Social tenta promover a mudança, não de uma forma pura e simplesmente assistencialista ou linear, mas de uma forma integradora e circular, onde é envolvida toda a componente socioeconómica, psicológica, cultural, familiar e interpessoal do cliente.

O Modelo Sistémico, é o mais utilizado pela SCML – Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e em Instituições como a Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão (CMRA), conforme refere o site daquela instituição.

A gravura na página anterior, é o exemplo da aplicação do Modelo Sistémico, num Centro de Medicina de Reabilitação, onde se afirma que um sistema é um conjunto de elementos em interação dinâmica, organizados e com um objetivo definido.

Por aferição, posso deduzir que temos pois no Modelo Sistémico, como o próprio nome indica, um sistema de interação global, de todos os aspetos e interdependências da vida do cliente, não sendo por acaso que algumas instituições de Solidariedade Social, como a CMRA e os seus/as suas assistentes sociais utilizam o modelo Sistémico como a sua praxis profissional, ou por outras palavras trata-se de um Serviço Social Moderno voltado para uma metodologia epistemológica, rompido que está o passado do assistencialismo, e consolidados os valores de uma Ação Social baseada no estudo científico e no rigor da sua da ação humanista e integradora.

5. Conclusão

A dimensão Teórica da Modelo Sistémico
 – Deixa de encarar o problema, como algo individual, defende uma relação de causalidade circular na compreensão dos problemas, tendo em conta todos os fatores envolventes da vida do cliente seja o indivíduo, o grupo ou a comunidade.

A dimensão Metodológica
 – Centra-se na entrevista sistémica, na neutralidade do trabalhador social e na circularidade da analise do grupo, sendo que aí o processo de ajuda, é baseado não no conflito individual, mas sim só é possível a intervenção quando se deteta o conflito de uma relação.

A dimensão Filosófica
 – A filosofia deste modelo é a reintegração do cliente de forma a que um dos elementos da relação que sofra uma mudança, irá afetar positivamente todo o grupo, quantos mais elementos forem sendo modificados mais efetiva será a transformação da realidade do conjunto.

A dimensão Funcional
 – Tendo sido feita a análise circular do problema por todos as interdependências relacionadas entre si, o Trabalhador social desenvolve hipóteses para a solução do problema tendo em vista induzir à mudança. A mudança por sua vez, ocorre no todo e não numa das partes, sendo deste modo mais eficaz uma mudança global que uma pequena mudança parcial.
_________________

Bibliografia Consultada:
Núncio, Mª. José (2010) Introdução ao Serviço Social – História, Teoria e Métodos, Lisboa, ISCSP.
Carmo, Hermano (2002) Intervenção Social com grupos, Lisboa, Universidade Aberta.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 5 de junho de 2011

Exclusão Social, Pobreza e Imigração

A imigração mitos, verdades e mentiras.
Portugal passou a ser um país de imigração, sendo intensificado o fluxo de imigração logo depois de 1986 quando da entrada para a então denominada CEE Comunidade Económica Europeia, antes era apenas um país de emigração, onde milhares de portugueses ao longo do século XX, buscavam fora o que não encontravam cá dentro, (trabalho, oportunidades e liberdade) hoje centenas de milhares de imigrantes, buscam no nosso país exatamente o mesmo, no entanto a emigração dos portugueses voltou a acentuar-se, Portugal é pois um país ambivalente no fluxo migratório.

A imigração tem trazido reações, baseadas em ideias feitas e erradas, de que os imigrantes vêm roubar-nos o trabalho, estão a invadir Portugal, vem gastar os recursos da Segurança Social com a constante dependência de subsídios, que são criminoso, que vem destruir a nossa cultura, enfim, reações que nascem do desconhecimento, que são preconceituosas, baseando-se em sentimentos de xenofobia e racismo que originam a exclusão social dos imigrantes na medida em que não os acolhem.
Calcula-se em torno de 200 milhões, o número de pessoas a viver fora dos seus países de origem, havendo claramente um crescimento dos movimentos migratórios a nível mundial, redefinam as suas políticas face ao problema. Em Portugal havia em 2007 segundo o INE, cerca de 452 mil imigrantes legalizados, sendo 10% da população ativa e 5% da população total.

Inclusão Social de Imigrantes – Que programas há?
A exclusão Social é um fenómeno que provoca desigualdades em relação, no que refere ao acesso ao emprego e  remuneração condigna, para fazer face a todas as necessidades básicas de alimentação e  habitação condigna; a uma pensão de reforma/velhice que permita a subsistência de quem a aufere.[1]

Segundo dados do ACIDI, a população imigrante é a primeira a perder o emprego em situação de crise, dada a vulnerabilidade contratual e por trabalharem em setores económicos sensíveis a mudanças bruscas na economia do país.[2]
O movimento migratório pode ser visto e analisado de duas formas, a regulação do fluxo em termos de volume, origem e perfil, e no que se refere à Integração Social, tendo em conta as necessidades do mercado de trabalho no país de acolhimento.[3]

Há no entanto, situações de exclusão social grave, como os imigrantes sem abrigo. Nesse sentido a JRS Portugal – Serviço Jesuíta aos Refugiados, tem vindo a desenvolver o programa Rua da Esperança, desde outubro de 2010, com o intuito de promover a reinserção social.

Outro fator de grande vulnerabilidade e exclusão social é o tráfico humano de mulheres para exploração sexual, proveniente maioritariamente do Brasil e países do Leste.[4]

 Portugal tem vindo desde os anos 90, a criar organismos, instituições e programas com o objetivo de integrar, reinserir ou mesmo de evitar a exclusão social dos imigrantes, e no combate à xenofobia e racismo, com atuação na área da aprendizagem do idioma português, da formação profissional (Novas Oportunidades) em áreas não abrangidas pelo sistema normal de ensino e da educação escolar, com aplicação do Sase - Serviço de Ação Social Escolar (Serviço no âmbito da promoção de medidas de combate à exclusão social, abandono escolar e de igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolar, apoiando todos os alunos carenciados (aplicados aos alunos maioritariamente de origem estrangeira e também aos nacionais, neste caso), de acordo com as normas publicadas anualmente no Diário da República) com os seguintes programas de intervenção:

1 - A.E.D (Auxílios Económicos Diretos):
Empréstimo de manuais escolares; transporte especial para alunos com deficiência; Complemento Curricular (visitas de estudo).

2 - Refeitório:
  Fornecimento de refeições completas.  

3 - Bufete:
  Fornece pequenas refeições aos alunos ao menor custo possível, tendo em conta uma alimentação saudável.

4 - Papelaria:
  Serviço de apoio onde o aluno pode adquirir algum material escolar ao menor custo possível.

5 - Transportes:
  Requisição de passes ou títulos de transporte junto das empresas para os alunos que deles necessitem, desde que a eles tenham direito.

6 - Seguro Escolar:
Levantamento de inquéritos quando ocorrem acidentes na Escola ou a caminho de e para ela, de modo a que os alunos sinistrados sejam socorridos a coberto do Seguro Escolar.

Nota: O Seguro Escolar cobre apenas os encargos resultantes do acidente, que não sejam cobertos pelo subsistema de saúde do aluno sinistrado.

São desenvolvidos também projeto dentro da rede escolar, visando a melhor integração intercultural entre crianças e jovens, e verificando o lado positivo da boa integração existente e a modificação de mentalidades das novas gerações, em que se apercebem que é na diversidade que se cria uma sociedade mais evoluída e enriquecida quer a nível cultural, linguístico, gastronómico, profissional e de uma maior criatividade e produtividade.

Os organismos que mais atuam diretamente junto dos imigrantes e suas comunidades são:

ACIDI Alto Comissariado para a Integração e Dialogo Intercultural foi Criado então com o ACIME prestando serviços de apoio à integração de Imigrantes, em 2007 passa a ser um Instituto Publico interministerial e com ampliação de competências, que criou um projeto de Reunificação Familiar, com o objetivo de melhorar as condições de vida dos imigrantes e contribuindo de forma muito positiva para o combate de entrada e permanência irregular no país e como consequência o aumento maior de nascimentos, em contra partida ao envelhecimento da população portuguesa e aumento da população ativa no mercado de trabalho.

CNAI's, Centros Nacionais de Apoio aos Imigrantes que se subdividem em CLAII's, Centros Locais de Apoio à Integração de Imigrantes, criados em 2003 no âmbito do antigo ACIME. Fazem a nível regional e local as funções do ACIDI, com a promoção da diversidade intercultural e a integração dos jovens no âmbito escolar e nas suas associações locais.

Programa Escolhas, que trata da prevenção da criminalidade e da inserção de jovens em risco de exclusão ou em exclusão efetiva, foi criado em janeiro de 2001, abrangia na altura 50 projetos e um universo de 6.712 indivíduos. Atualmente o Programa escolhas arrancou desde 2010 tendo como medidas a Inclusão escolar e educação; formação profissional e empregabilidade, cidadania, inclusão digital, empreendedorismo e capacitação, tendo como exemplo o projeto de criação de documentários e curtas metragens (audiovisuais) realizados por jovens, com sucesso de integração e realização pessoal ou trabalhos artísticos,  como os realizados no bairro Armador (Escolhas  PISCJA),Cova da Moura (Nu Kre), Bairro Alto (+ Skillz), Bairro 6 de maio (Anos Ki ta Manda), Olais (Sementes), Vale da Amoreira(Escolhas VA)Intendente (Contacto Cultural).

OIM Observatório da Imigração, criado pela ACIDI para o estudo da realidade da Imigração em Portugal, conhecendo o seu volume, origem e perfil, bem como a realidade social em que estão a viver, com a qual se auxiliará na definição de politicas sociais a tomar e o contributo para o desenvolvimento do país que as diferentes pessoas dos diferentes países trazem para cá.

Cursos de Língua Portuguesa para Estrangeiros: praticados nas escolas públicas, juntas de freguesias e centros de formação profissional, em parceria com as câmaras municipais e  as juntas de freguesia, sendo necessário apenas o passaporte com visto válido, que facilitam a inserção no mercado de trabalho ou a naturalização portuguesa, conforme o caso, observando alguns critérios definidos na Lei.

Outros Programas de Caracter Interministerial : O do ponto de vista legal, os imigrantes que se encontrem no território nacional, têm garantia de assistência médica e hospitalar gratuita ou mediante taxas moderadoras; e promoção do Roteiros de Saúde para Todos os Imigrantes, tendo ou não a situação regularizada em Abril / 2010 (Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, C.M.L. e ACIDI), sobre a Saúde Respiratória (Tuberculose e Saúde Materno-Infantil), abordando a equidade no acesso, a importância do acompanhamento das grávidas e do desenvolvimento das crianças, a utilização adequada de recursos, a racionalidade do uso aos serviços de saúde por parte dos imigrantes, a necessidade da promoção da saúde no campo das questões respiratórias, entre outras questões.

Para além desses organismo oficiais, os imigrantes contam com o apoio das associações dos seus países, que orientam quanto às leis aplicadas em Portugal, prestam assistência jurídica, e encaminhamento aos orgãos públicos, apoio ao retorno voluntário, além da promoção de eventos culturais e étnicos que tornam menos penoso a distancia da família e do seu país de origem.

Outro, são as Instituições Religiosas, sejam elas cristãs ou não, onde os membros encontram um ponto de apoio muito importante para a sua integração e colmatar a solidão.


[1] ALVES, Sandra (1996): Exclusão Social, Rotas de Intervenção (Coordenação de H. Carmo). Lisboa, ISCSP
[2] ACIDI (2008) Os mitos e os factos, pp. 12. Lisboa, ACIDI / Presidência do Conselho de Ministros
[3] MACHADO, Fernando Luís (2003): Sociologia, Problemas e práticas, n.º 41, pp. 183-188. Oeiras, Celta Editora

[4] CAVITP Comissão de Apoio à Vitima do Tráfico de Pessoas: http://www.ecclesia.pt/ocpm [consulta: 28/05]


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Marcha Contra a Fome

A iniciativa do Programa Alimentar das Nações Unidas, denominada de Marcha Mundial contra a Fome, tendo a parceria da TNT Express e da Unilever a nível internacional, a Oikos junta-se a esta iniciativa, estando o evento a realizar-se em Portugal pela 8ª vez desde 2004, e terá lugar no próximo domingo dia 22 de maio, em Lisboa com partida da Torre de Belém e no Porto com partida no Cais de Gaia, em ambas as cidades a partida será às 10h00 da manhã.
As inscrições para o evento serão feitas no próprio dia no local da partida, tendo um valor de 5€ por participante. Em 2010 foram arrecadados cerca de 50 mil euros, o que permite aproximadamente 250 mil refeições servidas a crianças carenciadas, o objetivo desta marcha é sensibilizar nos diversos países em que decorre, para a grave carência alimentar e educacional de milhares de crianças em todo o mundo que com um simples gesto pode ser combatido, dando a oportunidade tão desejada de muitas crianças pobres em todo o globo.
Para quem quer participar pode fazer a inscrição no próprio dia e local da partida, para quem quiser ajudar mesmo não participando da marcha pode contribuir com 5€ por transferência para o NIB abaixo indicado:
NIB: 007/0576/00003800018/84, pode guardar o comprovativo da transferência e levantar a sua T-Shirt no dia da prova.
Informações: http://walktheworld.wfp.org/walk

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

2ª Feira do Emprego e da Carreira do Seixal

Será já na próxima quinta-feira dia 12 de maio, que se inicia a 2ª Feira do Emprego e da Carreira a decorrer até o dia 15 do corrente mês, trata-se de uma iniciativa do Contrato Local de Desenvolvimento Social de Arrentela (CLDS), Câmara Municipal do Seixal e da empresa Efeitos e Eventos que tem como objetivo conseguir a oferta de emprego e de formação profissional a pelo menos 50 pessoas, através de parcerias de serviços públicos e empresas do setor privado.
A Feira inaugura-se às 17hoo do dia 12, em simultâneo com a 34ª Reunião Plenária Ordinária da Ação Social do Conselho do Seixal, onde serão debatidos problemas relacionados com o desemprego, formação profissional, nos dias 13 e 14 funcionará das 10h00 até às 23h00 e no último dia até às 13h00.
Haverá permanentemente um "Balcão de Emprego", com a finalidade de recrutamento pelas empresas presentes, haverá ainda sessões de esclarecimento durante todo o evento.  Local: RioSul Shopping, Parque de Estacionamento exterior no piso 1. de 12 a 15 de maio.  Contatos: Telefone: 289.807.075;

e-mail: geral@efeitoeventos.com; Site: www.efeitoeventos.com e Camara Municipal do Seixal.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mendicidade, Um Estigma na Pobreza II

Há um mês atrás escrevemos neste blog, sobre a Mendicidade lembram-se? Nesse artigo falámos de duas instituições que prestam auxílio na pobreza: a “CASA” e a “CEPAC”
(ver o artigo aqui). Agora com o agravamento dos dados macroeconómicos do país a afetar  diretamente a vida das pessoas, escrevemos uma segunda parte do artigo. Hoje e por estarmos no Ano Europeu do Voluntariado falamos sobre o “Exército da Salvação” e a “Comunidade Vida e Paz” que prestam ajuda às pessoas e famílias em grande dificuldade ou mesmo em situação de exclusão social e indigência.
Exército da Salvação
O Exército da Salvação é uma instituição caritativa religiosa da corrente evangélica, fundada por William Booth em 1865, hoje presente e atuando em 120 países de acordo com as necessidades específicas desses mesmos países, possuindo hospitais, orfanatos, casas de acolhimento para os sem-abrigo, lares da terceira idade, centros de apoio para doentes seropositivos e até em alguns países campos de refugiados.
Em Portugal esta instituição possui dois centros de dia e lares para idosos, um centro de acolhimento para os sem-abrigo, um lar para crianças, três programas de apoio domiciliário a pessoas incapacitadas e um centro comunitário que fornece roupa e bens alimentares a famílias carenciadas e ainda fornece sopa aos sem-abrigo duas vezes por semana.
Embora a obra seja religiosa, toda a ajuda é bem vinda – seja através de voluntariado ou de ajudas materiais, são sempre bem aceites pela instituição todos os apoios que se lhe possa dar.
Sede Institucional: Rua. Dr. Silva Teles, 16 1050-080 Lisboa
Qualquer pessoa interessada em voluntariado pode contactar:
Dra. Sandra Martins Lopes (Corpo Normal) Tel: 217.802.930 Fax: 217.802.940
E-mail: sandra.martins@exercitodesalvacao.pt
Comunidade Vida e Paz
A Comunidade Vida e Paz, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) fundada pela Irmã Maria Gonçalves, com sede em Lisboa. É uma instituição de cariz cristão, tutelada pelo Patriarcado de Lisboa, e que recebe apoio de várias pessoas e instituições de diferentes correntes religiosas e de pensamento, que em comum têm as preocupações de caráter humanista.
O seu principal objetivo é recuperar, tratar e promover a reinserção social dos sem-abrigo, de alcoólicos e toxicodependentes, tendo para esse efeito três centros terapêuticos na Venda do Pinheiro, Fátima e Sobral de Monte Agraço, Apartamentos de Reinserção em Leiria, Venda do Pinheiro e São Pedro da Cadeira. A Comunidade aplica as vertentes emocionais, física, psicológica e espiritual a favor da recuperação da vida dessas pessoas, dispondo ainda da oferta de cursos de valorização educacional, formação profissional entre outros, orientados para a reinserção no mercado de trabalho.
A Comunidade Vida e Paz distribui todos os dias, alimentos, leite, agasalhos e esperança aos sem-abrigo, não faltando juntamente com os bens materiais uma palavra de conforto e calor humano vinda dos voluntários empenhados neste desafio.
Pode-se ajudar a Comunidade Vida e Paz de diversas formas, uma delas é como voluntário nas equipas de noite e distribuição de alimentos. Pode-se ainda doar alimentos, vestuário ou realizar a doação de dinheiro por telefone, pelos ctt, payshop ou transferência bancária para as seguintes contas:
Montepio Geral – NIB – 0036 0000 9910 5505 0519 6
Caixa Geral de Depósitos – NIB – 0035 0675 0003 5284 6306 8
Banco Espírito Santo – NIB – 0007 0023 0054 6620 0189 3
Pode-se pedir recibo para efeitos de IRS através do e-mail: geral@alvalade.cvidaepaz.pt
Sede Institucional: Rua Domingos Bomtempo, Nº 7 / 1700-142 Lisboa
Telf: 218 460 165 / 843 97 93 Fax: 218 495 310
Email: geral@alvalade.cvidaepaz.pt


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

EAPN - Promove Sessões de Empregabilidade

Face a uma conjuntura económica bastante difícil, e que não é boa conselheira, gerando o aumento exponencial do desemprego e das consequências pessoais, familiares e sociais que com esta situação estão relacionadas.
No entanto não se deve fechar a porta de esperança, antes abrir caminhos através de organismo ou de pessoas dispostas a dar apoio e orientação, como uma mão amiga a quem dela precisa. É o caso da EAPN – Rede Europeia Contra a Pobreza, que iniciou no IEFP de Xabregas, as Sessões de emprego e empregabilidade, com o objetivo de sensibilizar o público com dificuldade de inserção no mercado de trabalho, visando aprofundar conhecimentos, métodos de procura de emprego, desenvolver as competências profissionais e de relacionamento interpessoal, promovendo-se uma maior possibilidade de adaptação ao mercado laboral.
As sessões iniciaram-se no dia 26 de maio nas instalações do Centro de Emprego da respetiva localidade, tendo como público alvo pessoas desempregadas ou em situação de precariedade laboral.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 10 de abril de 2011

A Corrente Humanista no Serviço Social

O Que é o Humanismo?
A questão de uma ideologia para o Serviço Social sempre foi tida em conta, sobretudo nos anos 60 e 70, época da reconceituação do Serviço Social na América Latina, e é nesse contexto que se reforça um corrente de cariz humanista no setor.

O Humanismo é a corrente filosófica e moral, que defende que o Ser Humano é o centro das preocupações sociais e políticas, ao contrário por exemplo do neo-liberalismo, que defende a importância do capital ou do socialismo que defende a sociedade como um todo no centro das suas preocupações e praxis política.

Inicialmente o conceito de Humanismo, teve origem na antiga Grécia, nas ideias de Sócrates e Platão, mas foi no Renascimento e no Iluminismo, que teve um novo impulso, sendo inclusive confundido com o anticlericalismo.

O humanismo tem várias vertentes, Humanismo Marxista, Humanismo Secular, Humanismo Positivista ou Contiano e o Humanismo Religioso (incluindo o Humanismo Cristão), é este último que influencia o Serviço Social, que era baseado nos valores cristãos e católicos na ação social, praticada pela caridade cristã dos seus fiéis, tal como a “Sociedade São Vicente de Paulo” e Frederico Ozanam, ou Ainda Dom Bosco, que funda a Pia Sociedade São Vicente de Sales (os Salesianos) com o objetivo de promover a reinserção de adolescentes e jovens.

A Doutrina Social da Igreja na formação da emergência do Serviço Social.

A doutrina Social da Igreja, lançada no fim do séc. XIX pelo Papa Leão XIII na sua encíclica “Rerum Novarum”, lançando não só o “magistério social da igreja” mas também as ideias de um humanismo cristão que combatia os excessos nefastos do capitalismo triunfante, por outro lado combatia o socialismo cientifico de caris marxista, em crescimento na classe operária, trazendo para a sociedade civil e em particular para o seio do catolicismo uma clara resposta cristã e humanista, foi claramente este ideal que fez nascer em vários países, a “Assistência Social”, que por sua vez tem vindo a evoluir ao longo do tempo até chegarmos ao moderno “Serviço Social”

Os Direitos Humanos e o Serviço Social.

A política social do Estado, teve um forte impulso, a partir dos anos que se seguiram à II Guerra Mundial, da criação da ONU e em especial a DUDH Declaração Universal dos Direitos Humanos e dos “Gloriosos 30” que veio a fomentar cada vez mais a preocupação dos Estados em implementar ou desenvolver políticas sociais, nomeadamente o conceito do “welfare state” muito em voga nos países desenvolvidos da Europa Ocidental e América do Norte, mas também de lutar contra a discriminação, a exclusão e a favor de amparar os mais indefesos da sociedade como as crianças, idosos e os desfavorecidos da sociedade.

É neste contexto que surge a reconceituação do Serviço Social na América Latina e nos Estados Unidos, onde o expoente máximo foi Carl Rogers, e este novo conceito teve claramente um cariz humanista, muito voltado para o combate à pobreza, à reinserção social da pessoa humana, mas também para a consciencialização do individuo face aos seus direitos e à sua cidadania, onde o sistema cliente passa a ser tido como um importante agente no processo da sua própria reinserção, em que as pessoas procuram fazer o seu projeto de vida, muito ao contrario do inicio do Século XX onde o Serviço Social era mais uma ação higienista, feita do topo para a base, com o objetivo de remediar, onde a pessoa não era tida no processo de solução. Era uma Assistência na Pobreza e a pessoa humana não era o centro no processo decisório.

Logo hoje totalmente distante dos erros do inicio desse tempo, a Exclusão Social é totalmente incompatível com o humanismo dos “Direitos Humanos”, do “Estado de Direito” e da cidadania plena dos indivíduos.

Bibliografia:
Silva, Guadalupe Maria; Ideologias e Serviço Social, 1983 Cortez Editora / Brasil
Kisnerman, Natalio; Sete Estudos sobre Serviço Social, 1980 Cortez e Moraes / Brasil
Núncio, Maria José Núncio – Introdução ao Serviço Social, 2010 ISCSP / Portugal
Caratini, Roger – História Critica do Pensamento Social.

Sitografia:
http://www.infopedia.pt/$humanismo


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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