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domingo, 5 de junho de 2011

Exclusão Social, Pobreza e Imigração

A imigração mitos, verdades e mentiras.
Portugal passou a ser um país de imigração, sendo intensificado o fluxo de imigração logo depois de 1986 quando da entrada para a então denominada CEE Comunidade Económica Europeia, antes era apenas um país de emigração, onde milhares de portugueses ao longo do século XX, buscavam fora o que não encontravam cá dentro, (trabalho, oportunidades e liberdade) hoje centenas de milhares de imigrantes, buscam no nosso país exatamente o mesmo, no entanto a emigração dos portugueses voltou a acentuar-se, Portugal é pois um país ambivalente no fluxo migratório.

A imigração tem trazido reações, baseadas em ideias feitas e erradas, de que os imigrantes vêm roubar-nos o trabalho, estão a invadir Portugal, vem gastar os recursos da Segurança Social com a constante dependência de subsídios, que são criminoso, que vem destruir a nossa cultura, enfim, reações que nascem do desconhecimento, que são preconceituosas, baseando-se em sentimentos de xenofobia e racismo que originam a exclusão social dos imigrantes na medida em que não os acolhem.
Calcula-se em torno de 200 milhões, o número de pessoas a viver fora dos seus países de origem, havendo claramente um crescimento dos movimentos migratórios a nível mundial, redefinam as suas políticas face ao problema. Em Portugal havia em 2007 segundo o INE, cerca de 452 mil imigrantes legalizados, sendo 10% da população ativa e 5% da população total.

Inclusão Social de Imigrantes – Que programas há?
A exclusão Social é um fenómeno que provoca desigualdades em relação, no que refere ao acesso ao emprego e  remuneração condigna, para fazer face a todas as necessidades básicas de alimentação e  habitação condigna; a uma pensão de reforma/velhice que permita a subsistência de quem a aufere.[1]

Segundo dados do ACIDI, a população imigrante é a primeira a perder o emprego em situação de crise, dada a vulnerabilidade contratual e por trabalharem em setores económicos sensíveis a mudanças bruscas na economia do país.[2]
O movimento migratório pode ser visto e analisado de duas formas, a regulação do fluxo em termos de volume, origem e perfil, e no que se refere à Integração Social, tendo em conta as necessidades do mercado de trabalho no país de acolhimento.[3]

Há no entanto, situações de exclusão social grave, como os imigrantes sem abrigo. Nesse sentido a JRS Portugal – Serviço Jesuíta aos Refugiados, tem vindo a desenvolver o programa Rua da Esperança, desde outubro de 2010, com o intuito de promover a reinserção social.

Outro fator de grande vulnerabilidade e exclusão social é o tráfico humano de mulheres para exploração sexual, proveniente maioritariamente do Brasil e países do Leste.[4]

 Portugal tem vindo desde os anos 90, a criar organismos, instituições e programas com o objetivo de integrar, reinserir ou mesmo de evitar a exclusão social dos imigrantes, e no combate à xenofobia e racismo, com atuação na área da aprendizagem do idioma português, da formação profissional (Novas Oportunidades) em áreas não abrangidas pelo sistema normal de ensino e da educação escolar, com aplicação do Sase - Serviço de Ação Social Escolar (Serviço no âmbito da promoção de medidas de combate à exclusão social, abandono escolar e de igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolar, apoiando todos os alunos carenciados (aplicados aos alunos maioritariamente de origem estrangeira e também aos nacionais, neste caso), de acordo com as normas publicadas anualmente no Diário da República) com os seguintes programas de intervenção:

1 - A.E.D (Auxílios Económicos Diretos):
Empréstimo de manuais escolares; transporte especial para alunos com deficiência; Complemento Curricular (visitas de estudo).

2 - Refeitório:
  Fornecimento de refeições completas.  

3 - Bufete:
  Fornece pequenas refeições aos alunos ao menor custo possível, tendo em conta uma alimentação saudável.

4 - Papelaria:
  Serviço de apoio onde o aluno pode adquirir algum material escolar ao menor custo possível.

5 - Transportes:
  Requisição de passes ou títulos de transporte junto das empresas para os alunos que deles necessitem, desde que a eles tenham direito.

6 - Seguro Escolar:
Levantamento de inquéritos quando ocorrem acidentes na Escola ou a caminho de e para ela, de modo a que os alunos sinistrados sejam socorridos a coberto do Seguro Escolar.

Nota: O Seguro Escolar cobre apenas os encargos resultantes do acidente, que não sejam cobertos pelo subsistema de saúde do aluno sinistrado.

São desenvolvidos também projeto dentro da rede escolar, visando a melhor integração intercultural entre crianças e jovens, e verificando o lado positivo da boa integração existente e a modificação de mentalidades das novas gerações, em que se apercebem que é na diversidade que se cria uma sociedade mais evoluída e enriquecida quer a nível cultural, linguístico, gastronómico, profissional e de uma maior criatividade e produtividade.

Os organismos que mais atuam diretamente junto dos imigrantes e suas comunidades são:

ACIDI Alto Comissariado para a Integração e Dialogo Intercultural foi Criado então com o ACIME prestando serviços de apoio à integração de Imigrantes, em 2007 passa a ser um Instituto Publico interministerial e com ampliação de competências, que criou um projeto de Reunificação Familiar, com o objetivo de melhorar as condições de vida dos imigrantes e contribuindo de forma muito positiva para o combate de entrada e permanência irregular no país e como consequência o aumento maior de nascimentos, em contra partida ao envelhecimento da população portuguesa e aumento da população ativa no mercado de trabalho.

CNAI's, Centros Nacionais de Apoio aos Imigrantes que se subdividem em CLAII's, Centros Locais de Apoio à Integração de Imigrantes, criados em 2003 no âmbito do antigo ACIME. Fazem a nível regional e local as funções do ACIDI, com a promoção da diversidade intercultural e a integração dos jovens no âmbito escolar e nas suas associações locais.

Programa Escolhas, que trata da prevenção da criminalidade e da inserção de jovens em risco de exclusão ou em exclusão efetiva, foi criado em janeiro de 2001, abrangia na altura 50 projetos e um universo de 6.712 indivíduos. Atualmente o Programa escolhas arrancou desde 2010 tendo como medidas a Inclusão escolar e educação; formação profissional e empregabilidade, cidadania, inclusão digital, empreendedorismo e capacitação, tendo como exemplo o projeto de criação de documentários e curtas metragens (audiovisuais) realizados por jovens, com sucesso de integração e realização pessoal ou trabalhos artísticos,  como os realizados no bairro Armador (Escolhas  PISCJA),Cova da Moura (Nu Kre), Bairro Alto (+ Skillz), Bairro 6 de maio (Anos Ki ta Manda), Olais (Sementes), Vale da Amoreira(Escolhas VA)Intendente (Contacto Cultural).

OIM Observatório da Imigração, criado pela ACIDI para o estudo da realidade da Imigração em Portugal, conhecendo o seu volume, origem e perfil, bem como a realidade social em que estão a viver, com a qual se auxiliará na definição de politicas sociais a tomar e o contributo para o desenvolvimento do país que as diferentes pessoas dos diferentes países trazem para cá.

Cursos de Língua Portuguesa para Estrangeiros: praticados nas escolas públicas, juntas de freguesias e centros de formação profissional, em parceria com as câmaras municipais e  as juntas de freguesia, sendo necessário apenas o passaporte com visto válido, que facilitam a inserção no mercado de trabalho ou a naturalização portuguesa, conforme o caso, observando alguns critérios definidos na Lei.

Outros Programas de Caracter Interministerial : O do ponto de vista legal, os imigrantes que se encontrem no território nacional, têm garantia de assistência médica e hospitalar gratuita ou mediante taxas moderadoras; e promoção do Roteiros de Saúde para Todos os Imigrantes, tendo ou não a situação regularizada em Abril / 2010 (Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, C.M.L. e ACIDI), sobre a Saúde Respiratória (Tuberculose e Saúde Materno-Infantil), abordando a equidade no acesso, a importância do acompanhamento das grávidas e do desenvolvimento das crianças, a utilização adequada de recursos, a racionalidade do uso aos serviços de saúde por parte dos imigrantes, a necessidade da promoção da saúde no campo das questões respiratórias, entre outras questões.

Para além desses organismo oficiais, os imigrantes contam com o apoio das associações dos seus países, que orientam quanto às leis aplicadas em Portugal, prestam assistência jurídica, e encaminhamento aos orgãos públicos, apoio ao retorno voluntário, além da promoção de eventos culturais e étnicos que tornam menos penoso a distancia da família e do seu país de origem.

Outro, são as Instituições Religiosas, sejam elas cristãs ou não, onde os membros encontram um ponto de apoio muito importante para a sua integração e colmatar a solidão.


[1] ALVES, Sandra (1996): Exclusão Social, Rotas de Intervenção (Coordenação de H. Carmo). Lisboa, ISCSP
[2] ACIDI (2008) Os mitos e os factos, pp. 12. Lisboa, ACIDI / Presidência do Conselho de Ministros
[3] MACHADO, Fernando Luís (2003): Sociologia, Problemas e práticas, n.º 41, pp. 183-188. Oeiras, Celta Editora

[4] CAVITP Comissão de Apoio à Vitima do Tráfico de Pessoas: http://www.ecclesia.pt/ocpm [consulta: 28/05]


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Intervenção Social Integrada com Famílias

Tendo em conta o quadro económico que se tem vindo a agravar e a afetar o país, em particular zonas do território nacional economicamente deprimidas, com o consequente agravamento das condições de vida de cidadãos e famílias empobrecidas, urge criar novas oportunidade de desenvolvimento e empreendedorismo.
Nesse sentido será realizado no dia 27 de maio de 2011 no Auditório do Centro de Convívio de Ourique, o Seminário “Intervenção Social Integrada com Famílias” organizado pela Orika-te – CLDS Contrato Local de Desenvolvimento Social do Concelho de Ourique que é um programa do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, com vista a financiar projetos de intervenção social em áreas carenciadas e com publico alvo em situação socioeconómica vulnerável, o seminário é promovido pela CMO - Câmara Municipal de Ourique, Esdime – Agência para o Desenvolvimento Local do Alentejo Sudoeste entre outros organismos.
O Evento é destinado a todos os trabalhadores sociais, que atuam na área de intervenção social com famílias multiproblemáticas, tendo como finalidade a criação de um espaço de debate e partilha de experiências entre os técnicos, para o combate à pobreza, exclusão social e das melhorias de empregabilidade e qualidade de vida das famílias de forma integrada através de parcerias no âmbito desenvolvimento local.
Data e Local: 09h30 – 27 de maio de 2011 / Centro de Convívio de Ourique
Inscrição: através do E-mail: intervencao.familia@gmail.com
Contato: Vera Lopes Neca (Técnica de Intervenção Social), ORIKA-TE, Telf: 286.512.500 ou Tlm: 932950018.
Site: www.esdime.pt


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 8 de maio de 2011

Jornadas da Saúde e Toxicodependência

Decorreu no passado dia 6 de maio as IX Jornadas da Saúde e da Toxicodependência. Estas jornadas, integradas no programa “Crisis Socialis”, tiveram lugar no Auditório da Escola Superior de Saúde de Leiria, tendo estado a organização a cargo da Comunidade Vida e Paz (Centro de Moimento – Fátima) que é uma conhecida instituição de solidariedade social, sem fins lucrativos, que tem como objetivo o tratamento e a reinserção social de indivíduos Sem Abrigo, Toxicodependentes e Alcoólicos.
Foram abordados temas relacionados com a atual crise social e económica que o país atravessa, com o exponencial agravamento de situações de dependência e exclusão, focando-se questões diversificadas, das necessidades materiais às emocionais, passando pelos efeitos da conjuntura socioeconómica no escalar das dependências.
O Evento teve a sessão de abertura pelo Secretariado, onde estiveram presentes o Professor Doutor Ilídio Pinto (Escola Superior de Saúde de Leiria); o Dr. Jorge Santos, diretor da Comunidade Vida e Paz; o Dr. Carlos Ramalheira, delegado regional IDT Centro; e a Dr.ª Lurdes Machado da Ação Social da Câmara Municipal de Leiria.
O Evento contou ainda com um workshop de técnicas motivacionais a cargo da Dr.ª Maria Vieira da “Ideias e Desafios”.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 10 de abril de 2011

A Corrente Humanista no Serviço Social

O Que é o Humanismo?
A questão de uma ideologia para o Serviço Social sempre foi tida em conta, sobretudo nos anos 60 e 70, época da reconceituação do Serviço Social na América Latina, e é nesse contexto que se reforça um corrente de cariz humanista no setor.

O Humanismo é a corrente filosófica e moral, que defende que o Ser Humano é o centro das preocupações sociais e políticas, ao contrário por exemplo do neo-liberalismo, que defende a importância do capital ou do socialismo que defende a sociedade como um todo no centro das suas preocupações e praxis política.

Inicialmente o conceito de Humanismo, teve origem na antiga Grécia, nas ideias de Sócrates e Platão, mas foi no Renascimento e no Iluminismo, que teve um novo impulso, sendo inclusive confundido com o anticlericalismo.

O humanismo tem várias vertentes, Humanismo Marxista, Humanismo Secular, Humanismo Positivista ou Contiano e o Humanismo Religioso (incluindo o Humanismo Cristão), é este último que influencia o Serviço Social, que era baseado nos valores cristãos e católicos na ação social, praticada pela caridade cristã dos seus fiéis, tal como a “Sociedade São Vicente de Paulo” e Frederico Ozanam, ou Ainda Dom Bosco, que funda a Pia Sociedade São Vicente de Sales (os Salesianos) com o objetivo de promover a reinserção de adolescentes e jovens.

A Doutrina Social da Igreja na formação da emergência do Serviço Social.

A doutrina Social da Igreja, lançada no fim do séc. XIX pelo Papa Leão XIII na sua encíclica “Rerum Novarum”, lançando não só o “magistério social da igreja” mas também as ideias de um humanismo cristão que combatia os excessos nefastos do capitalismo triunfante, por outro lado combatia o socialismo cientifico de caris marxista, em crescimento na classe operária, trazendo para a sociedade civil e em particular para o seio do catolicismo uma clara resposta cristã e humanista, foi claramente este ideal que fez nascer em vários países, a “Assistência Social”, que por sua vez tem vindo a evoluir ao longo do tempo até chegarmos ao moderno “Serviço Social”

Os Direitos Humanos e o Serviço Social.

A política social do Estado, teve um forte impulso, a partir dos anos que se seguiram à II Guerra Mundial, da criação da ONU e em especial a DUDH Declaração Universal dos Direitos Humanos e dos “Gloriosos 30” que veio a fomentar cada vez mais a preocupação dos Estados em implementar ou desenvolver políticas sociais, nomeadamente o conceito do “welfare state” muito em voga nos países desenvolvidos da Europa Ocidental e América do Norte, mas também de lutar contra a discriminação, a exclusão e a favor de amparar os mais indefesos da sociedade como as crianças, idosos e os desfavorecidos da sociedade.

É neste contexto que surge a reconceituação do Serviço Social na América Latina e nos Estados Unidos, onde o expoente máximo foi Carl Rogers, e este novo conceito teve claramente um cariz humanista, muito voltado para o combate à pobreza, à reinserção social da pessoa humana, mas também para a consciencialização do individuo face aos seus direitos e à sua cidadania, onde o sistema cliente passa a ser tido como um importante agente no processo da sua própria reinserção, em que as pessoas procuram fazer o seu projeto de vida, muito ao contrario do inicio do Século XX onde o Serviço Social era mais uma ação higienista, feita do topo para a base, com o objetivo de remediar, onde a pessoa não era tida no processo de solução. Era uma Assistência na Pobreza e a pessoa humana não era o centro no processo decisório.

Logo hoje totalmente distante dos erros do inicio desse tempo, a Exclusão Social é totalmente incompatível com o humanismo dos “Direitos Humanos”, do “Estado de Direito” e da cidadania plena dos indivíduos.

Bibliografia:
Silva, Guadalupe Maria; Ideologias e Serviço Social, 1983 Cortez Editora / Brasil
Kisnerman, Natalio; Sete Estudos sobre Serviço Social, 1980 Cortez e Moraes / Brasil
Núncio, Maria José Núncio – Introdução ao Serviço Social, 2010 ISCSP / Portugal
Caratini, Roger – História Critica do Pensamento Social.

Sitografia:
http://www.infopedia.pt/$humanismo


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Escolas do Futuro e a Inclusão Social

Realizou-se a 6 de Abril, a I Conferencia Internacional da EPIS - Empresários pela Inclusão Social, com o tema "Escolas do Futuro", que teve lugar na Fundação Caloust Gulbenkian.
O evento foi gratuito e destinado a um vasto público, como empresários, professores, alunos e interessados na área, onde foram abordadas as vias e as alternativas possíveis para uma "Escola do Futuro", correndo o evento em paralelo no Facebook.
O orador é um consultor da rede "Education Impact", o britânico Dun Buckley, autor do modelo pedagógico "Personalization by Pieces", Buckhey é um pedagogo com larga experiência na inovação educativa e é atualmente colaborador da Microsoft no projeto "Building Schools for the future".
Entre outros esteve presente o Presidente da EPIS António Pires de Lima; bem como Isabel Alçada, Ministra da Educação; António Costa, Presidente da Câmara de Lisboa e Eduardo Marçal Grilo da Fundação Gulbenkian. O evento decorreu num único dia.
Sites relacionados: 
Programa do evento.


Autor Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 5 de abril de 2011

"Quanto Custa ser Feliz? 10º Congresso CAIS

A Associação CAIS vai organizar de 06 a 08 de Abril, o 10º Congresso CAIS, com o tema: “Quanto custa ser feliz? Por uma economia do Bem Estar”, em que o objetivo é dar a conhecer o “Estudo sobre o nível de felicidade dos portugueses” e por extensão da qualidade de vida no nosso País, um estudo que faz parte de uma investigação académica realizada por Maria Júlia Nunes do ISCTE/IUL, o evento terá lugar no ISEG Edifício Quelhas, Auditório 1, e nele pretende-se criar um ambiente de debate sobre a situação sócio-económica da realidade portuguesa, que neste momento é de crise, torna pertinente o estudo abordado e sobretudo pela Associação CAIS, cuja razão de existir prende-se com a reinserção social ou de uma forma mais lata as causa que produzem a exclusão social.
Vale a pena a todos os interessados, participarem do estudo sobre a felicidade dos portugueses através do inquérito realizado online aqui, todas as informações dadas por si são confidenciais e anónimas)
O Congresso tem entrada livre, no entanto requer-se que façam as inscrições por telefone: 218 369 005 ou por mail eliana.lavos@cais.pt
Para mais informações: Associação Cais e o Programa do evento.
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 29 de março de 2011

Adoção de Idosos e Exclusão Social

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/53/Alte_frau_seybold.jpg
Portugal mais uma vez está a realizar um censo, o seu XVº recenseamento geral da população, pelo que esperamos o fim desta consulta para termos acesso a dados novos sobre a nossa sociedade. O censo pode ser respondido on-line teoricamente por todos, embora de facto essa possibilidade esteja vedada à faixa da população que se encontra em “infoexclusão”, novo conceito de exclusão social em países desenvolvidos que designa o conjunto de pessoas que não têm acesso aos meios informáticos, quer seja por inaptidão devido à idade, quer seja por falta de recursos.

Um dos dados que se aguarda com antecipação é o do nível de envelhecimento da nossa população – a expectativa de vida em Portugal é maior hoje que no passado naturalmente, mas há que saber precisar exatamente quanto. Segundo a CIA World Factbooka  longevidade nas mulheres portuguesas atinge em média os 82 anos e nos homens fica-se pelos 75, o que contudo é baseado apenas nas estimativas possíveis entre recenseamentos gerais.

Segundo dados do INE, existiam em 2009 cerca de 321 mil idosos a viver sozinhos em Portugal (via), sendo a maioria mulheres viúvas. Ora, estes dados, que aparecem associados ao relato por parte da autoridade estatística do seu progressivo aumento no passado recente, exigem que se olhe cada vez de modo mais sério para a problemática da terceira idade na nossa sociedade, que vem associada a problemas gravosos e cada vez mais bem mapeados como os da exclusão social dos idosos em geral, os da violência familiar sobre os idosos, os da escassez de cuidados de saúde especializados e contínuos ou os da falha da garantia aos idosos dos seus direitos básicos de dignidade individual e social.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) é uma das instituições sociais mais ativas e diversificadas no cuidado que presta a idosos - ver aqui a diversidade da sua oferta.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/53/Alte_frau_seybold.jpgDe destacar é contudo, pela sua oportunidade e originalidade, a campanha que vem desenvolvendo desde Maio de 2010, que pretende identificar famílias que estejam disponíveis para adotar idosos carenciados sem família. Não obstante as famílias disponíveis recebam pelo menos 447,27€ por mês para acolherem o idoso, podendo acolher até um máximo de três, os primeiros meses da campanha foram uma deceção, obrigando a uma nova fase de ativa publicitação dessa possibilidade, no fim do ano passado, também sem grandes resultados (via). Ora, continua em aberto essa possibilidade, e as necessidades são crescentes. Sobre essa forma de apoio social, contacte-se a Direção de Acção Social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (ver aqui).

Outro serviço que merece relevo é o de Atendimento e Apoio Telefónico para Idosos, em especial o de TeleAssistência. Para além de um fim assistencial, estes serviços têm também o fim declarado de ajudarem a combater a solidão dos idosos.

Actualmente, nesse âmbito, a SCML tem ao serviço da população idosa as linhas abaixo:
  • STA – Serviço Tele Alarme – Serviços de Apoio a idosos: 21 793 33 60
  • Linha do Cidadão Idoso: 800 20 35 31.
 Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Mendicidade, Um Estigma na Pobreza I

O século XXI, surgiu-nos pleno de promessas e esperanças, após as grandes conquistas do século passado, como as tecnológicas, as de direitos de cidadania, as de cada vez maior igualdade de género, e as de combate crescente à segregação e ao preconceito, seja de género, raça, credo ou de nacionalidade.  A Democracia forneceu o pano de fundo a muitas dessas mudanças civilizacionais, como princípio de organização política sustentada no reconhecimento e disseminação do postulado do direito à autodeterminação dos povos que culturalmente foi consolidando o princípio do direito à “auto-determinação individual”. Enfim, tratava-se de um novo século que após tantas conquistas seria logo à partida, julgava-se, tão promissor quanto possível, e o palco, esperávamos, do encontrar do tão desejado equilíbrio sócioeconómico a nível global, que permitiria o avanço sustentado do combate à pobreza e à exclusão social.

Mas eis que, na realidade, não obstante seja positivo o sentido global de evolução, inegavelmente, a grande desprotecção dos pobres e dos excluídos face à variação das condições socioeconómicas fez com que, neste século que tem até ao momento sido de mudanças e desafios profundos ao nível do modelo económico vigente, se tem verificado um agravamento generalizado nas sociedades ocidentais da situação dos mais desfavorecidos, quer em consequência da crise económica do Subprime em 2008 quer do efeito dominó que a partir daí arrebatou as  economias de países que entraram em banca rota, como a Islândia, o Equador, a Grécia, a Irlanda. Portugal não ficou imune, sendo arrastado para uma crise económica, política e social que se agrava.

Esta crise acarreta a ruína de uma franja da população de forma violenta, os mais necessitados, os sem abrigo, os sem emprego, os sem família os sem esperança, e sobretudo os dependentes quase exclusivamente da caridade alheia e das instituições religiosas e de solidariedade social, tais como por exemplo (internacionalmente) “O Exército de Salvação” e a “Santa Casa da Misericórdia” e por exemplo (nacionalmente) a “Comunidade Vida e Paz”, a “Casa” e a “CEPAC Centro Padre Alves Correia” que prestam uma grande ajuda às pessoas mais pobres e empobrecidas. Destacaremos hoje as duas últimas quer como modo de divulgar os seus esforços, quer como de as promover junto dos estudantes e especializados na área das Ciências Sociais, convidando todos a uma visita, desde logo, aos seus sites.

A CEPAC, tem como objectivo reinserir os imigrantes ilegais explorados em Portugal, tais como as ciganas romenas. O centro pretende ajudar quem vive em situação de mendicidade, tendo baixa escolaridade e encontrando-se em situação de uma forte exclusão social.

A CEPAC presta um enorme serviço, por exemplo no caso das mulheres ciganas romenas, dando formação a estas mulheres, não só escolar mas também profissional, o que se torna numa grande mais valia para a sua inserção social, auto estima, autonomia, bem como para a conquista do seu espaço na sociedade, deixando as ruas, a indigência e a mendicidade.

A CEPAC tem vários projectos de desenvolvimento para imigrantes, tais como o: “Fronteiras do Imigrante – Agir para Incluir”, sendo apoiada pela ONGD “Pórticus”.

Recomenda-se quer a visita ao site quer a colaboração. Nesta página encontram-se dados sobre como apoiar financeiramente a instituição ou como colaborar com tempo, em regime de voluntariado.
Outra instituição, e esta totalmente voltada para os “Sem Abrigo” é a “Casa – Centro de Apoio aos Sem Abrigo”, que suportando-se no apoio de voluntários e de restaurantes e benfeitores das cidades onde actua, tem vindo a servir todas as noites, refeições quentes e embaladas, a distribuir roupas e uma palavra amiga e de esperança, aos sem abrigo nas cidades de Lisboa, Porto, Coimbra, Faro e Setúbal.
A “Casa” necessita também de voluntários, agradecendo também todos os donativos que lhe possam ser encaminhados. Sobre donativos ver aqui. Sobre voluntariado especializado e não especializado aqui.
Ambas as instituições podem ser receptoras da consignação de 0,5% em sede de IRS. Vejam nas páginas indicadas como.
C.A.S.A. – Centro de Apoio ao Sem Abrigo
Sede Institucional: Rua Dona Estefânia, 124, 1º, 1000-158 Lisboa
Tel: 212 419 968 Fax: 213 163 488 email: info@casaapoioaosemabrigo.org
CEPAC – Centro Padre Alves Correia
Sede Institucional: Rua Dona Estefânia, 124, 1º, 1000-158 Lisboa
Tel: 213.973.030 Fax: 213.951.280 e-mail: director.tecnico@cepac.pt
www.cepac.pt.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 27 de março de 2011

Serviço Social em Contexto de Crise

Tem-se vindo a falar em Portugal, de uma pobreza escondida, de uma classe de novos pobres que foram anteriormente empresários, ou profissionais liberais e que devido à crise que se iniciou em 2008 nos Estados Unidos da América com o “Subprime”, alastrou a todo o mundo e atingiu na sua maioria os países com uma economia mais fraca, como é o caso de Portugal, tendo em conta o agravamento do défice público.

Mediante este quadro, e com bastante pertinência vai realizar-se na UTAD – Universidade de Trás os Montes e Alto-Douro, a Conferência dedicada ao tema “Os Serviços Sociais e os Profissionais em Contextos de Crise”, a decorrer dia 7 de Abril das 14h30 às 17h00, no Auditório do Edifício CIFOP em Vila Real, no âmbito do II Ciclo de Conferências em  Serviço Social, e que terá como orador o Professor Doutor Pedro Hespanha da Universidade de Coimbra.
No âmbito do mesmo Ciclo, está ainda agendada para dia 11 de Maio, no mesmo horário e local da conferência anterior, a Conferência “Tendências, Enfoques e Modalidades do Serviço Social”, ministrada pela Professora Doutora Marlene Braz Rodrigues, docente no ISSSL.
O objectivo destas conferências é explorar o contexto que decorre da actual conjuntura socioeconómica portuguesa, ou seja do agravamento da crise e das consequências que daí advém tanto para a um fatia da população que se vê empobrecida bem como para os profissionais de serviço social que têm de reavaliar a prática e a abordagem do seu método de trabalho para a intervenção junto do sistema cliente, agora mais alargado.
A Entrada é livre, mas não dispensa a inscrição prévia. Para mais informações clique-se aqui ou recorra-se aos contactos abaixo:
UTAD/DESG, Av. Almeida Lucena, 1 /5000-660 Vila Real


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.


 
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