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sábado, 27 de dezembro de 2014

Poema # 35 - Os Sonhos

Oh sonhos meus, qual desdobrar de cenas
desconexas, fora do tempo, fora do espaço,
Oh sonhos meus, que parecem tão sem nexo,
Algures em minha mente, haverá um sentido
Lógico, a trazer-me à memoria os meus sentidos,
As mais leves impressões, medos e esperanças.
Oh sonhos, que me abris portas atrás de portas.

Os sonhos meus, são o estúdio e cenários
Idílicos, belos, luminosos e carregados de esperança,
Por vezes sombrios, no breu onde mora o medo,
Por vezes arrebatadores, de um doce e belo mistério,
Dos sentidos claros trazidos à minha mente adormecida.
E sem nexo aparente, deveras consentido, encontro-te.
Oh sonhos que sois, diálogos de minha própria alma.

Oh sonhos da minha mutação, ilusão, caleidoscópio,
Fazeis de mim as personagens de tempo e de lugar,
Oh sonhos, profundamente guardados, e escondidos,
Dizeis tudo a minh'alma, e escondeis à mente,
O que ela não entende e o que a boca cala.
Oh sonhos, que acordados são desejos
Como belas conchas que se abrem
A mostrar a mais preciosa pérola
Na profundidade do nosso ser.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Poema # 34 - Nossa Casa a Nossa Alma

Sei de que são feitas as casas,
Não mais de tijolos e madeira,
São sim feitas de sentimentos,
Onde ecoam palavras e sorrisos,
Alicerçadas na ternura de mãe,
Na fortaleza de pai.

E sei que as casas são o som
Sublime do riso das crianças.
São feitas de cheiros e sabores,
São feitas de ideias e labores,
E também são festas.

Agora sei que mais que um chão,
E ainda que sem uma certeza,
Uma casa é feita sem paredes,
Sem portas e janelas,
Sem escadas e alpendres.

Uma casa é feita de cada um
De cada coração que bate,
De cada olhar que se cruza e fala,
Do colo de pai e mãe
Do palrar dos nossos filhos,
Dos passos gastos dos avós
Uma casa, uma parte de nós.

E mais que casas, precisamos de lares,
E o conforto doce de um leito no cansaço,
Uma casa é mais que um nome é uma alma
Formada pelo encontro e tecida pelo abraço.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Poema # 33 - Uma Estrela Pequenina.

Ah, se eu fosse uma estrelinha,
Como brilhariam meus olhos, ao ver os teus,
Quem me dera ser a mais pequenininha,
Das que contemplas ao olhar os sete céus

Ou então poderia renascer num pássaro,
Um rouxinol que te cante manhã cedo alegremente,
E faria no teu telhado, o meu mais belo ninho,
E cantaria para ti belas melodias, eternamente.

Eu já tenho no peito a minha estrelinha,
E oiço na minha mente o Rouxinol e o seu belo canto.
Mas o astro que tanto queria, afastou-se, não quis ser minha,
E nem sobrou o canto alegre do rouxinol, apenas o pranto.

Dentro de mim sobrou espaço a um turbilhão,
Desejaria nesta galáxia poder ser tua estrelinha,
Sinto que dentro de mim há um imenso vulcão,
Que não me permite o canto, só a poesia destas linhas

E sobrou um enorme silêncio, que grita mil palavras de amor.
Que não as entendo, porque não sendo para mim, são dor.
E até já me disseste, escreveste eu lendo comovido,
Soube que me visitaste em sonho, e segredaste-me

Que eu não poderia receber de ti, o meu terno pedido,
Como impedir? se sem querer tu cativaste-me.
Agora estou agrilhoado, num amor que não tem fim,
Numa esperança que não cessará nunca em mim.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 30 de novembro de 2014

Poema # 32 - Um Brinde

Decidi abrir uma garrafa de champanhe,
Nem sei bem para comemorar o quê,
Talvez tudo, talvez quase nada,
Ou um nadinha de tudo.

Comemorar sobretudo a vida,
Comemorar que mais um dia passou,
Sem que perdesse a esperança,
Sem deixar-me levar num turbilhão,
De um mar revolto, das indecisões.

Um brinde à vida, um brinde a tudo,
O que o Universo hoje nos permite
Um brinde porque há um passado e uma história,
Um brinde porque há um futuro e uma esperança,
Um brinde porque há o aqui e o agora,
Um brinde porque temos de fazer escolhas
E é aqui que reside a festa da vida,
A responsabilidade das nossas escolhas.

Na luta pelos nossos sonhos,
Na conquista das nossas mais profundas
E misteriosas vocações.

Porque nunca é tarde,
Para dizer o que tem que ser dito,
Nem fazer o que deve ser feito
Um brinde a todos os que sonham
Um brinde a todos os que amam,
Um brinde a ti e a mim.
Um brinde
Um




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Poema # 31 - Barquinhos de Papel

Procuro-me pensativo durante a noite,
Alumiada por velas, e brilhos,
E o sopro da madrugada como açoite,
Tira-me os pensamentos dos trilhos.

Como se comboios fossem,
Sem ter partida, são de brincar.
Não têm sequer paisagem
E nem onde chegar.

O silêncio ecoa, e faz-me pensar,
Em tudo, e até um pouco de nada.  
Procuro, sempre e sem cessar,
Pois nenhuma ideia é acabada.

Nem sei o quê, ou onde me encontrar
Nem em que posição tentar dormir,
Ou se escolho um sonho para sonhar,
Ao menos um que me faça rir.
Sonhos qual barquinhos de papelão
Deitados à fonte como se fossem ao mar,
E se não lhes deito a mão,
Nem sequer podem navegar.

E sem dormir, aporto nos livros acordado,
Procuro-te nas páginas, com saudades
De ter certezas que tive no passado.
E que hoje são só meras vaidades.

Quem sabe talvez na próxima página,
Ou porque não no sonho que virá a seguir,
As respostas quem as tem ou imagina?
A não ser o caminho que se tem a seguir.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 29 de novembro de 2014

Poema # 30 - Favas Contadas

Folgo em saber que estás feliz,
A felicidade é  assim, contagiante.
Não é garantida, tal como se diz,
Não são favas contadas certamente,
Vamos ensinar no mundo, cada aprendiz,
Que só há incertezas concretamente,
E assim, resta abraçar a felicidade
Sempre, sem parar e sem saudade.

Compreender, na certeza do abraço,
Ou quem sabe, na ternura de um olhar
Nos esperançamos por esquecer o cansaço.
E assim, a felicidade ressurge logo ao despertar,
Numa manhã de sol em fogo sem embaraço, 
Dando-nos esperança e ânimo para lutar, 
Avançar para horizontes em verdade
Sempre a persistir até a eternidade.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Poema # 29 - Nas Águas Turbulentas

Nas águas turbulentas,
Do rio que tudo leva,
Ou do mar que nos atormenta,
não se aprende apenas a navegar!
Aprende-se o quão valiosa é
Na nossa vida, cada lição aprendida.

E no Oceano aberto da vida,
Navega minh'alma,
Sôfrega e timidamente
Espera, um porto de abrigo,
Que só no outro se alcança,
Só no outro se partilha.



Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Poema # 28 - Nossa Casa, Nosso Espelho

A nossa casa é o espelho do nosso sentir,
O reflexo do nosso modo de ver,
A aura da nossa alma,
E se não nos revimos nela,
Tornam-se opressoras as suas paredes,
Gritos ensurdecedores os seus silêncios,
E nossos passos cansados arrastam-se.

Se a nossa casa for antes de tudo,
O mais belo espelho reluzente do nosso ser,
Até os livros fechados falam de nós,
Os papeis desalinhados que nos esperam,
A chávena de chá, em cima da mesa,
A luz que entra pela janela entre cortada
Pelas persianas, falam de outra luz.

A Luz que nos vai cá dentro,
E cada canto, cada pedacinho somos nós,
quase mudos, são nossa plateia,
Nos conhecem tanto ou melhor que nós.
...

Somos, não o que os outros vêm
Mas fundamentalmente o que nós vimos
Sentimos e tocamos, no perpétuo movimento
De aprender a ser.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Poesia - E Não Sobrou Ninguém - Martin Niemöller

Martin Niemöller(1892-1984) nascido na Alemanha, foi um pastor luterano, que não aceitou submeter a sua igreja ao regime nazista do III Reich, que impunha a adulteração da teologia cristã ao serviço dos interesses ideológicos arianos, foi perseguido e preso por duas vezes, sendo que da ultima Hitler não aceitou a sua libertação após o cumprimento da pena, enviando-o como prisioneiro pessoal para um campo de concentração, o último dos quais em Daschau, onde esteve até ao fim da II Guerra Mundial.

Este sacerdote protestante foi um exemplo de luta, consciência civica e humanismo, que soube levar até às últimas consequencias. Sobreviveu no entanto e ficou famoso pela sua luta e pelo modo coerente como viveu.

E não sobrou ninguém

"Quando os nazistas levaram os comunistas,
eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista.
Quando eles prenderam os sociais-democratas,
eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata.
Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei,
porque, afinal, eu não era sindicalista.
Quando levaram os judeus, eu não protestei,
porque, afinal, eu não era judeu.
Quando me levaram, 
não havia mais quem protestasse"

O poema acima, foi escrito por Martin Niemöller, tendo sido no entando adaptado de um poema homónimo da autoria de Vladimir Maiakovski. 

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Poema # 27 - Despeço-me

Despeço-me hoje
Na tarde que já vai longe e fria,
Na noite que chega, cansada
Em que convidativa, me retiro.

Despeço-me agora,
De tudo o que a mente cala
De tudo o que o coração grita,
sobre a saudade de ti.


Despeço-me do teu silêncio,
Do sorriso que já não vejo,
Da tua voz que já não escuto,
Mas que teima na memória.


Despeço-me, silenciosamente
De todos os palcos sem plateia,
De todos os sonhos intangíveis
De toda a palavra que se torna muda.


Despeço-me serenamente
De toda a indiferença,
Despeço-me de todo o desalento,
Que no peito foi tormento.


Despeço-me, mas incansável
Sabendo que a cada despedida,
Nasce sempre manhãzinha cedo,
A necessidade firme de te amar.



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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