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terça-feira, 5 de agosto de 2014

Israel x Palestina - 'O Ponto de Não Retorno'

Penso que hoje, o problema que assola Israel, tem de ser resolvido com cuidado, porque o que está por trás, não é meramente um problema político, mas fundamentalmente um problema religioso, o fanatismo Islâmico que com a decadência dos anteriores regimes autocráticos, e o empobrecimento das populações educadas desde cedo ao ódio, tornam-se no Barril de pólvora, ou seja não é a Palestina em si, essa é uma mera bandeira de fundo para dar razão ao ódio árabe, a tudo o que é ocidental, europeu, cristão e judaico. Isto é o que nos espera a todos se a situação do ponto de vista da política internacional não for revertida, longe está o tempo do acordo de Camp David que uniu à mesa, o ocidente cristão com Jimmy Carter (EUA) o mundo árabe, com Anuar El Sadat (Egito) e o povo judaico com Menahem Begin (Israel).
Não sei se Israel poderá ter tudo a ganhar com a continuidade dos ataques, mas sei que é possivel atingir o tal ponto de "Não retorno" que pode traduzir-se por uma inflamação árabe, sobretudo quando os países latino americanos condenam abertamente a política israelita, como é o caso do Brasil.e é isso que tem que ser tido em conta por Benjamin Netanyahu - ונתניה בנימין, muito embora o Estado de Israel esteja a lutar não contra um país, ou um povo, mas contra grupos terroristas armados, com interesses mais vastos que a Palestina, porque na realidade a importância que a Palestina tem para os árabes radicais da Jihad Islâmica, ou o Hezbollah é meramente o "pano de fundo" para dar razão a lutas armadas, por vezes relativas a disputas internas de poder.
O mundo olha para a parte Norte de um bairro na Faixa de Gaza, pensando tratar-se de toda a Palestina, mas esquece-se que numa zona milhares de vezes maior, cristãos, católicos e ortodoxos são mortos sem que os europeus, ocidentais e democratas do mundo se preocupem.


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

A Paz Não é um Monólogo, Fim ao Terrorismo

Te todos os povos do Mundo, há dois povos que foram impedidos de ter terra, uns eram os Ciganos por serem nómadas e pagãos, os outros eram os Judeus, por terem sidos expulsos pelos romanos e por permanecerem fiéis à sua fé judaica.

Essa tradição ainda hoje se mantém, de expulsão em expulsão, de pogrom em pogrom, passando ao Holocausto, a Europa racista quis ver-se livre dos judeus, o britânico Balfour permitiu que eles voltassem à sua terra natal, onde aliás sempre existiram judeus, os mais fieis e teimosos, que queriam viver na terra prometida, a esses judeus chamados Sabras, os árabes impunham-lhes os mais altos impostos, e exigiam que vivessem nas casas mais pobres dificultando-lhes a vida forçando-os a vagas sucessivas de emigração e degredo. É por isso que o número de judeus era muito reduzido.

A Palestina, aliás nunca existiu como país, e nem como povo, os palestinianos são árabes, a Palestina só existiu pela simples razão de os Romanos, rebatizarem a Judeia de Palestina, como forma de subjugar o povo hebreu, e muito mais tarde a Província da Palestina que era parte do Império Otomano, incluía o que hoje é a Jordânia.

O Líder muçulmano de Jerusalém o "Mufti" temia que o retorno dos judeus à Terra Santa, viesse a ser o que de facto se tornou, Israel, e por isso reuniu-se com Adolf Hitler, desejando o extermínio total dos judeus europeus.

A Palestina não existia no início do Século XX, o que Existia era o Império Otomano, que fora retalhado após a I Guerra Mundial, aos franceses coube o Líbano, aos Ingleses, a Palestina (Israel e Jordânia atuais).

Para resolver o problema da Província da Palestina, a mesma foi dividida em duas partes, a Oriental (Jordânia) e a Ocidental, que viria a ser dividida em dois estados o Judaico e o Árabe, pela resolução 181 da ONU em 1947.

O Problema é que após a retirada dos ingleses, (e lavaram as mãos) do terreno, os países árabes não aceitam no meio deles a existência de nenhum outro país que não seja muçulmano, daí Israel após a declaração de independência ter sido atacado por 6 países ao mesmo tempo. Egito, Líbano, Síria, Jordânia, Iraque e Arábia Saudita.
Israel contudo conseguiu vencer todos esses seis exércitos, mas há algo curioso, Israel respeitou a existência de um Estado Muçulmano, que por sinal foi anexado pela Jordânia e pelo Egito.

De qualquer modo, a Paz, e a Independência de Palestina, são necessárias para o bem de Israel, e do Mundo, e defendo que isso se faça o mais breve possível, no entanto todos os países árabes tem a obrigação de reconhecer o direito de Israel existir como nação, e de os judeus poderem viver na terra de onde foram expulsos por romanos, cristãos, muçulmanos ao longo dos séculos.
No entanto a condição sine quan non, é a total renúncia armada e o fim desmantelamento dos movimentos terroristas. Pois a Paz não pode ser um ato unilateral de boa vontade.

Massada só aconteceu uma vez na história da Humanidade, nunca mais irá voltar a acontecer.

A Paz Urge, e que D-us o Pai dos povos do livro permita-a de facto.






Sobre o Autor



 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

quinta-feira, 3 de julho de 2014

É Tempo de Promover a Paz - Porque a Guerra Teima

Os Humanistas de todo o Mundo repudiam todo e qualquer tipo de violência, seja a violência física, verbal, moral ou psicológica infringida a qualquer ser humano, qualquer ser vivente ou ainda contra a natureza de modo geral.

Repudiamos também as formas de violência exercidas por poderes ou contrapoderes estabelecidos, tais como a violência económica, a violência cultural, a violência racial, a violência étnica e a violência religiosa.
Todos somos um na diversidade cultural, haverá a complementaridade humana, pela paz, que só poderá ser atingida pela prática da NVA A Não-violência Ativa, que parte de pessoas consciencializadas e comprometidas na construção pacífica de um mundo melhor para todos.
E neste sentido, repudiamos os atos violentos que martirizaram inocentes (3 israelitas e um palestiniano) jovens dos 16 aos 19 anos de idade não podem nem devem ser vítimas de ideologias violentas e perversas que não tem o Bem Comum como objetivo.

Que o D-us comum das três grandes religiões (judaísmo, cristianismo e islamismo) permita a Paz e a Concórdia no coração dos homens e mulheres deste mundo, isentos de ódio, preconceitos e ignorância e que em Paz possamos construir um amanhã de prosperidade para as próximas gerações.

Por Filipe de Freitas Leal




Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.



Sobre o Autor



 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

terça-feira, 10 de junho de 2014

A Oração Pela Paz no Médio Oriente

A Paz, ou mais precisamente o desejo de paz, reuniu nos jardins da ‘Cidade do Vaticano’ em oração as três grandes religiões da ‘revelação’ na pessoa de três chefes de Estado, Mahmoud Abbas, Presidente da Autoridade Palestiniana; Shimon Peres, Presidente da República de Israel e o Papa Francisco I, que no Vaticano reuniu-os para juntos rezarem pela paz. Cada uma das religiões e seu líderes religiosos recitaram orações ao D-us comum, por ordem cronológica de surgimento, primeiro foram as orações presididas por rabinos, pelo Judaísmo, surgido aproximadamente há 3500 anos; seguiram-se as orações de sacerdotes católicos pelo cristianismo, surgido há 2000 anos e por fim as orações dos Imãs do Islamismo que surgiu há exatamente 1392 anos, cada uma das seções de oração foram seguidas de músicas tradicionais de cada fé.

O Papa Francisco I, afirmou que não é a sua intenção mediar politicamente o conflito, mas sim promover o diálogo através da oração, é bom lembrarmos que de facto ao longo de décadas os vários planos de paz, sofreram a erosão das palavras ditas ao vento, e a 'paz podre' permaneceu.

No entanto os problemas que ocorrem no Médio Oriente, e que minam a paz da região e suas populações, surgiu à 66 anos com a Partilha da Palestina, que após a queda do Império Otomano, ficou dividida em duas parte, uma a Oriente que corresponde à atual Jordânia, e outra a Ocidente que foi a parte do Território ainda sob ocupação Britânica que viria a ser dividido em dois Estados pela resolução das Nações Unidas de N.º 181 de 1947, sobre a Partilha da Palestina em Estado Judeu e Estado Muçulmano, o restante a História encarregou-se de registar par má memória de toda a Humanidade, no entanto o ónus da culpa coube sempre a Israel, e sem que hoje as pessoas saibam foi precisamente Israel que foi atacado por seis Exércitos ao mesmo tempo, Egito, Jordânia, Síria, Líbano,  Iraque e Arábia Saudita, precisamente um dia após a Independência de Israel e da saída das tropas Britânicas de todo o protetorado a Palestina. Porquê? Porque Israel reconheceu o direito palestiniano a ter o seu Estado, mas o Mundo árabe não reconheceu o direito ao povo judeu de Estar na sua terra ancestral. E porquê isto? Não sei, mas o Mufti de Jerusalém que se reunira com Hitler muito antes do fim da II Guerra Mundial e que nutria ódio pelos judeus, poderia dar-nos hoje a resposta.

E deixem-me dizer: "Que de facto, mais que tratados assinados, o diálogo feito em reposta ao anseio de paz dos povos do Médio Oriente é a melhor opção, se esta falhar, falharão todas as outras. Porque é no coração dos Homens que deve residir a PAZ".



Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Israel x Palestina - A dificil Equação da Paz II

A paz, por vezes não passa mais do que uma palavra, três letras e muitos discursos, quanto às intenções, essas ficam-se pelo caminho. Mas pior que isso é a hipocrisia da grande imprensa e dos políticos ocidentais, que fecham os olhos aos ataques iniciados pelos terroristas. As vitimas são e serão sempre as mesmas, o processo de paz e os povos de ambos os lados da fronteira, Israel e Palestina na difícil equação da Paz, merecem o apoio sério da comunidade internacional, e de uma imprensa isenta e esclarecida e esclarecedora.

Esta quarta-feira Israel foi atacado com mais de 65 rockets, lançados a partir da fronteira da Faixa de Gaza, no que é considerado de uma Guerra Santa (Jihad Islâmica) que tem obrigado várias famílias israelitas a se refugiar em abrigos subterrâneos. 

Não irei comentar os ataques em si, não é minha missão dar a noticia, mas comentar e denúnciar acontecimentos e factos. Neste caso, o que observo é que há uma total desconsideração face às potências ocidentais para a verdadeira resolução deste problema, que sabemos nós não se resolve com ódio, nem vingança, mas com passos largos e decididos em direção à paz, mas para isso, o primeiro passo é de certeza, conquistar a confiança do outro, dando sinais inequívocos de que se está a construir essa paz, não com palavras mas com atos e seriedade. Como diria Amos Oz, é preciso combater o preconceito de ambas as partes. Só que isso não basta, enquanto os terrorista lançam 65 rockets contra alvos civis em Israel, propositadamente ignorados pela imprensa internacional, que só vê interesse em divulgar com o notícia a resposta israelita, numa total deformação da informação, e da deturpação da opinião pública internacional referente ao caso. 

A paz é o bem mais precioso que ambos os povos, dos dois lados da fronteira poderão ter, e não sei quem verdadeiramente perde com o fim deste conflito, mas sei que terá tudo a ganhar com a Paz plena e duradoura, pois através dela todo o resto é possível, paz essa que é necessária para que se possa vislumbrar o reconhecimento mutuo de ambos os Países, condição sine qua non para a Palestina tornar-se um país soberano. 


Shalom Aleichem, que é a palavra hebraica que significa Paz, e que serve de cumprimento à chegada e à partida, possa vir a ser dita em alto e bom som, para que todos os povos compreendam e saibam que ela é sinónimo de sede, de sonho e de uma incansável esperança, para homens e mulheres, novos e velhos, de todos os credos.


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Israel x Palestina - A Díficil Equação da Paz I

Sendo humanista e defensor da Não-Violência Ativa, como modo de vida pessoal, preconizo o diálogo na construção da paz, como meio de se resolverem quaisquer conflitos armados ou não, e defendendo os direitos humanos acima de tudo.
Tenho observado no entanto, há já algum tempo, que há acontecimentos e factos que são julgados sob dois pesos e duas medidas, ou melhor são difundidos sob prismas diferentes e obviamente tendenciosos, com o intuito de formar uma opinião pública favorável aos seus interesses, e precisamente, um desses casos é o conflito no Médio Oriente, que opõe Palestinianos e Israelitas, e espanta-me ser tão levianamente julgado, na exata medida da ignorância daquele que julga, sem conhecer os antecedentes históricos do denvolvimento do conflito, quer de aspectos como o espaço geográfico e a conjuntura da época, quer de outros aspectos que nos escapam à primeira vista; E digo leviano porque suscita maiores paixões este caso do que quaisquer outros conflitos separatistas e sangrentos, como são os conflitos do Curdistão, do Saara Ocidental, do Tibet, do Darfur, da Chechénia, da Abcásia ou da Ossétia do Sul entre outros, ou ainda conflitos internos, como os da Síria, locais em que se dá a morte de milhares de pessoas e um grave e notório desprezo pelos Direitos Humanos, muitas vezes sob o silêncio da comunidade internacional e sobretudo da grande imprensa, porque então é que a Palestina e Israel chamam mais atenção que todos os outros? a resposta é simples: porque trata-se de mera hipocrisia da comunidade internacional.
Mesmo o caso de Timor-Leste, estaria votado ao esquecimento, das milhares de timorenses que foram presos, torturados e mortos, sob o regime torcionário de Jacarta e do seu algoz o ditador Suharto, que silenciou a voz maubere com a conivência de grandes potencias internacionais, e se não fosse Portugal a insistir no caso do massacre de Santa Cruz o peso económico da Indonésia teria falado mais alto.
Voltando à questão do antijudaísmo, olhando atrás no tempo, observamos que o ódio antissemita, tantas vezes nutrido e incentivado quer pelos vários cleros cristãos, quer pelos diversos Estados em várias zonas da Europa e do mundo, fez levantar "A questão judaica", aliás titulo de uma obra do pensador Karl Marx, e podemos ainda ilustrar o preconceito antijudaico na Europa com o Caso Dreyfus, ocorrido em França, ou ainda com o que se passou com Aristides de Sousa Mendes, Consul de Portugal em Bordéus, ao tempo da II Guerra Mundial, e que salvou várias vidas humanas, concedendo vistos para a fuga de judeus, Salazar não o perdoo, castigou-o severamente, destituído do seu cargo e sem outros recursos, Aristides viveu num total ostracismo e morreu numa miséria absoluta. Porquê? Porque salvou milhares de famílias judias! se não fossem judeus talvez até fosse condecorado pelo regime salazarista.
Como resposta a um continuo e crescente antissemitismo, numa Europa em que o fascismo crescia a olhos vistos, acompanhado de um exacerbado nacionalismo político e religioso, levou o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Arthur James Balfour a fazer uma declaração, que ficou conhecida na História como a Declaração de Balfour, a 2 de novembro de 1917, tratando-se de uma carta enviada a um banqueiro judeu, o Barão Rothschild, cujo nome era Lionel Walter Rothschild, e que estava envolvido no movimento sionista, iniciado por Theodor Herzl anos antes em Basileia na Suiça.
Carta essa, em que Balfour em nome do governo britânico está disposto a conceder o estabelecimento de um lar judeu na Palestina (então província do Império Otomano), caso a Inglaterra conseguisse derrotar e desmembrar o Império Otomano na I Guerra Mundial.
Primeiramente é preciso ter em conta que os palestinianos não se reviam no Império Otomano tal como outros árabes, ter em conta que nunca deixaram de haver judeus na Palestina, embora devido ao abandono crescente que os Otomanos impunham a essa província, e os impostos que os otomanos cobravam à população não muçulmana,  fazendo com que muitos judeus saíssem da Palestina, tendo havido no entanto comunidades judaicas que persistiam em viver na Terra Santa e que eram formadas por judeus naturais da Palestina os chamados Sabras.
Com o Movimento Sionista, imigram no fim do Século XIX, muitos judeus russos, polacos e de outros países da Europa do Leste, vitimas de Pogroms, iniciando a construção em 1906 de uma cidade totalmente judaica na Palestina "Tel Aviv", construída sob uma terra pantanosa que os otomanos venderam ao judeus, mas essa imigração aumenta com o inicio da II Guerra Mundial e com o fim do Holocausto, onde passaram a tentar imigrar vários sobreviventes judeus segundo autorização dada pelos britânicos, temos dessa altura o Caso do Navio Exodus, que chegou a buscar judeus refugiados na Ilha de Porto Santo em Portugal.
A Palestina nunca fora um país independente, e já na antiguidade o termo "Palestina" era aplicado a toda uma região onde existiam o Reino de Israel, Judá, de Edom, de Moab e outros povos como os nabateus e os filisteus, e é precisamente dos filisteus que nasce o termo grego "phalasti" que quer dizer "Falastina" ou terra dos filisteus (povo oriundo do mar Egeu a que os egípcios chamavam os povos do mar), que se situava onde é hoje a faixa de Gaza, tendo este território, vindo mais tarde a ser ocupado pelos árabes muçulmanos, no entanto sempre existiram populações autóctones de judeus, os chamados Sabras, muitos no entanto viam-se forçados a emigrar, devido à pobreza que era imposta pelo império otomano aos judeus,  através de avultados impostos ou ainda de segregação.
A ONU em 1947, defende (e a meu ver muito bem) que para estar de acordo com os direitos humanos, e especificamente o direito dos povos à autodeterminação, só seria possível se o povo judeu (que foi impedido da sua autodeterminação por aproximadamente 2000 anos), juntamente com  o povo palestiniano tivessem direito a formar os seus respetivos Estados, a Resolução 181 foi aprovada e fez-se a partilha territorial do que restava da Palestina, visto uma parte já estar à altura separada (Transjordânia) que veio a formar a atual Jordânia.
O grande opositor do direto dos israelitas à sua autodeterminação, foi o líder religioso ultra radical o Mufti de Jerusalém Mohammad Al-Husayni, que chegou a fazer aliança com os nazistas para o impedimento de um Estado judeu na Palestina, em 1947 defendeu que os palestinianos não reconhecessem o seu próprio Estado recém criado, e reivindicassem todos os territórios atributos a Israel. quando este ultimo declara a independência, Ben Gurion líder do MAPAI Partidos dos Trabalhadores, estendeu a mão ao povo irmão da Palestina, e apela para que ambos possam viverem em Paz na construção dos seus dois países, Ben Gurion defendeu ainda que tanto os palestinianos em Israel, como os judeus na Palestina, convivessem pacificamente em espítiro de colaboração, mas o que ele e os britânicos temiam aconteceu, No dia anterior à Retirada da Grã-Bretanha do Território, e para que não caísse o poder no vazio, Israel declara a Independência, a 14 de maio de 1948, tal como previsto pela resolução 181, sendo que os palestinianos não criaram o seu próprio Estado, e no dia 15 de maio, Israel é atacado por 5 exércitos da Liga Árabe, a Síria, a Jordânia, o Líbano o Egito e o Iraque, com o intuito de destruir à nascença o Estado Judaico e de expulsar os israelitas.
O rescaldo dessa iniciativa da Liga Árabe foi muito prejudicial para os palestinianos, pois foi feita a anexação de partes da Palestina pela Jordânia e Egito, tendo ainda centenas de milhares de refugiados palestinianos que viver em países árabes, os palestinianos foram tratados pelos vizinhos árabes, em alguns casos como meros estrangeiros e não como árabes, sofrendo segregação, tendo ocorrido inclusive na Jordânia o massacre que é conhecido por setembro negro, em que tropas jordanianas entraram em confronto com refugiados palestinianos e com a OLP que estava estacionada no seu país, confronto esse que durou 10 dias, onde morreram cerca de 3500 palestinianos, e os restantes fugiram ou foram expulsos.
Desde 1948, o conflito teve uma escalada crescente, levando à criação da OLP Organização para a Libertação da Palestina liderada por Yasser Arafat, que mais tarde reconheceu o  direito de Israel à sua autodeterminação, e renunciou à luta armada.
Atualmente a Autoridade Palestiniana, está dividida, desde a guerra civil que ocorreu em 2007 na Faixa de Gaza, e que opôs o grupo extremista Hammas ao moderado Al-Fatah de Mahmoud Abbas, e é visivel o franco progresso da Cisjordânia face à Faixa de Gaza.
O impressionante é que o foco de atenção que a imprensa internacional dá neste conflito, virando-se exclusivamente para Israel, quando este ataca é tido apenas como ocupante e agressor, não tendo em conta os ataques do Hammas durante 3 dias com 766 rockets,  lançados a partir de zonas residenciais contra civis israelitas, não terão as autoridades de Israel o dever moral de defender a sua população e de se defender de atos terroristas, que em nada contribuem para a paz? será que a Imprensa internacional não leva em conta o direito de idosos, mulheres e crianças entrarem num autocarro (onibos) sem que sejam mortos por bombistas-suicidas? a imprensa que condeno é a grande imprensa, das TV's que vendem reality shows, e impõe produtos de consumo, com um intuito de alienar e de não informar os seus telespectadores acerca do que deveras deve ser informado, ou ainda os jornais sensacionalistas e baratos que só vendem o ódio e o sangue como notícia de capa, onde está uma grande imprensa que informe e forme uma opinião pública, sobre os auspícios da verdade dos factos? que promova a paz, que nos livre dos ódios muitas vezes gratuitos, é que as populações requerem ser educadas e ensinadas para tal, pois as massas limitam-se a pensar conforme o sistema assim impõe, aprendem o ódio, e o ódio não é o caminho para a paz, o caminho é estarmos informados, nem que seja por vias alternativas, o caminho é a conciliação de esforços, para uma imprensa livre e coerente, o caminho passa pela Independência da Palestina sim, mas sem o terrorismo do "Hammas", sem as mentiras de uma grande parte da imprensa, pois ambos os povos têm direito a viver com dignidade, com liberdade de expressão e de informação, ou não terão os judeus direito a ter o seu próprio país? ainda há pessoas com uma mentalidade preconceituosa e sobretudo antissemita.  Urge fazer do foco de notícias, apenas os esforços para a paz, de forma meramente informativa e não tendenciosa.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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