#BringThemHomeNow!
Ha ainda nos túneis de Gaza, um numero estimado em 136 reféns israelitas e judeus sequestrados no fatídico dia dos massacres de 07/10/23.
Solidariedade é a essencia da Justiça Social
Para que uma sociedade se desenvolva em justiça social é fundamental a cultura da solidariedade.
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terça-feira, 5 de agosto de 2014
Israel x Palestina - 'O Ponto de Não Retorno'
terça-feira, agosto 05, 2014
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Penso que hoje, o problema que assola Israel, tem de ser resolvido com
cuidado, porque o que está por trás, não é meramente um problema político, mas
fundamentalmente um problema religioso, o fanatismo Islâmico que com a
decadência dos anteriores regimes autocráticos, e o empobrecimento das
populações educadas desde cedo ao ódio, tornam-se no Barril de pólvora, ou seja
não é a Palestina em si, essa é uma mera bandeira de fundo para dar razão ao
ódio árabe, a tudo o que é ocidental, europeu, cristão e judaico. Isto é o que
nos espera a todos se a situação do ponto de vista da política internacional
não for revertida, longe está o tempo do acordo de Camp David que uniu à mesa,
o ocidente cristão com Jimmy Carter (EUA) o mundo árabe, com Anuar El Sadat
(Egito) e o povo judaico com Menahem Begin (Israel).
Não sei se Israel poderá ter tudo a ganhar com a continuidade dos ataques, mas
sei que é possivel atingir o tal ponto de "Não retorno" que pode
traduzir-se por uma inflamação árabe, sobretudo quando os países latino
americanos condenam abertamente a política israelita, como é o caso do Brasil.e
é isso que tem que ser tido em conta por Benjamin Netanyahu - ונתניה בנימין, muito embora o Estado de Israel esteja a lutar não contra um país, ou um
povo, mas contra grupos terroristas armados, com interesses mais vastos que a
Palestina, porque na realidade a importância que a Palestina tem para os árabes
radicais da Jihad Islâmica, ou o Hezbollah é meramente o "pano de
fundo" para dar razão a lutas armadas, por vezes relativas a disputas
internas de poder.
O mundo olha para a parte Norte de um bairro na Faixa de Gaza, pensando
tratar-se de toda a Palestina, mas esquece-se que numa zona milhares de vezes
maior, cristãos, católicos e ortodoxos são mortos sem que os europeus,
ocidentais e democratas do mundo se preocupem.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
A Paz Não é um Monólogo, Fim ao Terrorismo
quarta-feira, julho 23, 2014
Filipe de Freitas Leal
1 comentário
Te todos os povos do Mundo, há dois povos que foram
impedidos de ter terra, uns eram os Ciganos por serem nómadas e pagãos, os
outros eram os Judeus, por terem sidos expulsos pelos romanos e por
permanecerem fiéis à sua fé judaica.
Essa tradição ainda hoje se mantém, de expulsão em
expulsão, de pogrom em pogrom, passando ao Holocausto, a Europa racista quis
ver-se livre dos judeus, o britânico Balfour permitiu que eles voltassem à sua
terra natal, onde aliás sempre existiram judeus, os mais fieis e teimosos, que
queriam viver na terra prometida, a esses judeus chamados Sabras, os árabes
impunham-lhes os mais altos impostos, e exigiam que vivessem nas casas mais
pobres dificultando-lhes a vida forçando-os a vagas sucessivas de emigração e
degredo. É por isso que o número de judeus era muito reduzido.
A Palestina, aliás nunca existiu como país, e nem como
povo, os palestinianos são árabes, a Palestina só existiu pela simples razão de
os Romanos, rebatizarem a Judeia de Palestina, como forma de subjugar o povo
hebreu, e muito mais tarde a Província da Palestina que era parte do Império
Otomano, incluía o que hoje é a Jordânia.
O Líder muçulmano de Jerusalém o "Mufti" temia
que o retorno dos judeus à Terra Santa, viesse a ser o que de facto se tornou,
Israel, e por isso reuniu-se com Adolf Hitler, desejando o extermínio total
dos judeus europeus.
A Palestina não existia no início do Século XX, o que
Existia era o Império Otomano, que fora retalhado após a I Guerra Mundial, aos
franceses coube o Líbano, aos Ingleses, a Palestina (Israel e Jordânia atuais).
Para resolver o problema da Província da Palestina, a
mesma foi dividida em duas partes, a Oriental (Jordânia) e a Ocidental, que
viria a ser dividida em dois estados o Judaico e o Árabe, pela resolução 181 da
ONU em 1947.
O Problema é que após a retirada dos ingleses, (e lavaram
as mãos) do terreno, os países árabes não aceitam no meio deles a existência de
nenhum outro país que não seja muçulmano, daí Israel após a declaração de
independência ter sido atacado por 6 países ao mesmo tempo. Egito, Líbano,
Síria, Jordânia, Iraque e Arábia Saudita.
Israel contudo conseguiu vencer todos esses seis
exércitos, mas há algo curioso, Israel respeitou a existência de um Estado
Muçulmano, que por sinal foi anexado pela Jordânia e pelo Egito.
De qualquer modo, a Paz, e a Independência de Palestina,
são necessárias para o bem de Israel, e do Mundo, e defendo que isso se faça o
mais breve possível, no entanto todos os países árabes tem a obrigação de
reconhecer o direito de Israel existir como nação, e de os judeus poderem viver
na terra de onde foram expulsos por romanos, cristãos, muçulmanos ao longo dos
séculos.
No entanto a condição sine quan non, é a total renúncia
armada e o fim desmantelamento dos movimentos terroristas. Pois a Paz não pode
ser um ato unilateral de boa vontade.
Massada só aconteceu uma vez na história da Humanidade,
nunca mais irá voltar a acontecer.
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)
Filipe de Freitas Leal - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)
quinta-feira, 3 de julho de 2014
É Tempo de Promover a Paz - Porque a Guerra Teima
quinta-feira, julho 03, 2014
Filipe de Freitas Leal
2 comentários
Os
Humanistas de todo o Mundo repudiam todo e qualquer tipo de violência, seja a
violência física, verbal, moral ou psicológica infringida a qualquer ser humano,
qualquer ser vivente ou ainda contra a natureza de modo geral.
Repudiamos também as formas de violência exercidas por poderes ou contrapoderes estabelecidos, tais como a violência económica, a violência cultural, a violência racial, a violência étnica e a violência religiosa.
Todos somos um na diversidade cultural, haverá a complementaridade humana, pela paz, que só poderá ser atingida pela prática da NVA A Não-violência Ativa, que parte de pessoas consciencializadas e comprometidas na construção pacífica de um mundo melhor para todos.
E neste sentido, repudiamos os atos violentos que martirizaram inocentes (3 israelitas e um palestiniano) jovens dos 16 aos 19 anos de idade não podem nem devem ser vítimas de ideologias violentas e perversas que não tem o Bem Comum como objetivo.
Repudiamos também as formas de violência exercidas por poderes ou contrapoderes estabelecidos, tais como a violência económica, a violência cultural, a violência racial, a violência étnica e a violência religiosa.
Todos somos um na diversidade cultural, haverá a complementaridade humana, pela paz, que só poderá ser atingida pela prática da NVA A Não-violência Ativa, que parte de pessoas consciencializadas e comprometidas na construção pacífica de um mundo melhor para todos.
E neste sentido, repudiamos os atos violentos que martirizaram inocentes (3 israelitas e um palestiniano) jovens dos 16 aos 19 anos de idade não podem nem devem ser vítimas de ideologias violentas e perversas que não tem o Bem Comum como objetivo.
Que o D-us comum das três grandes
religiões (judaísmo, cristianismo e islamismo) permita a Paz e a Concórdia no
coração dos homens e mulheres deste mundo, isentos de ódio, preconceitos e
ignorância e que em Paz possamos construir um amanhã de prosperidade para as
próximas gerações.
Este artigo respeita as normas do novo Acordo
Ortográfico.
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)
Filipe de Freitas Leal - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)
terça-feira, 10 de junho de 2014
A Oração Pela Paz no Médio Oriente
terça-feira, junho 10, 2014
Filipe de Freitas Leal
1 comentário
O Papa Francisco I, afirmou que não é a sua intenção mediar politicamente o
conflito, mas sim promover o diálogo através da oração, é bom lembrarmos que de
facto ao longo de décadas os vários planos de paz, sofreram a erosão das
palavras ditas ao vento, e a 'paz podre' permaneceu.
No entanto os problemas que ocorrem no Médio Oriente, e que minam a paz da região e suas populações, surgiu à 66 anos com a Partilha da Palestina, que após a queda do Império Otomano, ficou dividida em duas parte, uma a Oriente que corresponde à atual Jordânia, e outra a Ocidente que foi a parte do Território ainda sob ocupação Britânica que viria a ser dividido em dois Estados pela resolução das Nações Unidas de N.º 181 de 1947, sobre a Partilha da Palestina em Estado Judeu e Estado Muçulmano, o restante a História encarregou-se de registar par má memória de toda a Humanidade, no entanto o ónus da culpa coube sempre a Israel, e sem que hoje as pessoas saibam foi precisamente Israel que foi atacado por seis Exércitos ao mesmo tempo, Egito, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque e Arábia Saudita, precisamente um dia após a Independência de Israel e da saída das tropas Britânicas de todo o protetorado a Palestina. Porquê? Porque Israel reconheceu o direito palestiniano a ter o seu Estado, mas o Mundo árabe não reconheceu o direito ao povo judeu de Estar na sua terra ancestral. E porquê isto? Não sei, mas o Mufti de Jerusalém que se reunira com Hitler muito antes do fim da II Guerra Mundial e que nutria ódio pelos judeus, poderia dar-nos hoje a resposta.
No entanto os problemas que ocorrem no Médio Oriente, e que minam a paz da região e suas populações, surgiu à 66 anos com a Partilha da Palestina, que após a queda do Império Otomano, ficou dividida em duas parte, uma a Oriente que corresponde à atual Jordânia, e outra a Ocidente que foi a parte do Território ainda sob ocupação Britânica que viria a ser dividido em dois Estados pela resolução das Nações Unidas de N.º 181 de 1947, sobre a Partilha da Palestina em Estado Judeu e Estado Muçulmano, o restante a História encarregou-se de registar par má memória de toda a Humanidade, no entanto o ónus da culpa coube sempre a Israel, e sem que hoje as pessoas saibam foi precisamente Israel que foi atacado por seis Exércitos ao mesmo tempo, Egito, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque e Arábia Saudita, precisamente um dia após a Independência de Israel e da saída das tropas Britânicas de todo o protetorado a Palestina. Porquê? Porque Israel reconheceu o direito palestiniano a ter o seu Estado, mas o Mundo árabe não reconheceu o direito ao povo judeu de Estar na sua terra ancestral. E porquê isto? Não sei, mas o Mufti de Jerusalém que se reunira com Hitler muito antes do fim da II Guerra Mundial e que nutria ódio pelos judeus, poderia dar-nos hoje a resposta.
E deixem-me dizer: "Que de facto, mais que tratados assinados, o diálogo feito em reposta ao anseio de paz dos povos do Médio Oriente é a melhor opção, se esta falhar, falharão todas as outras. Porque é no coração dos Homens que deve residir a PAZ".
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
sexta-feira, 14 de março de 2014
Israel x Palestina - A dificil Equação da Paz II
sexta-feira, março 14, 2014
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
A paz, por vezes não
passa mais do que uma palavra, três letras e muitos discursos, quanto às
intenções, essas ficam-se pelo caminho. Mas pior que isso é a hipocrisia da
grande imprensa e dos políticos ocidentais, que fecham os olhos aos ataques
iniciados pelos terroristas. As vitimas são e serão sempre as mesmas, o
processo de paz e os povos de ambos os lados da fronteira, Israel e Palestina na difícil equação da Paz, merecem o apoio sério da comunidade internacional, e de uma imprensa
isenta e esclarecida e esclarecedora.
Esta quarta-feira Israel foi atacado com mais de 65 rockets, lançados a partir da fronteira da Faixa de Gaza, no que é considerado de uma Guerra Santa (Jihad Islâmica) que tem obrigado várias famílias israelitas a se refugiar em abrigos subterrâneos.
Não irei comentar os ataques em si, não é minha missão dar a noticia, mas comentar e denúnciar acontecimentos e factos. Neste caso, o que observo é que há uma total desconsideração face às potências ocidentais para a verdadeira resolução deste problema, que sabemos nós não se resolve com ódio, nem vingança, mas com passos largos e decididos em direção à paz, mas para isso, o primeiro passo é de certeza, conquistar a confiança do outro, dando sinais inequívocos de que se está a construir essa paz, não com palavras mas com atos e seriedade. Como diria Amos Oz, é preciso combater o preconceito de ambas as partes. Só que isso não basta, enquanto os terrorista lançam 65 rockets contra alvos civis em Israel, propositadamente ignorados pela imprensa internacional, que só vê interesse em divulgar com o notícia a resposta israelita, numa total deformação da informação, e da deturpação da opinião pública internacional referente ao caso.
A paz é o bem mais precioso que ambos os povos, dos dois lados da fronteira poderão ter, e não sei quem verdadeiramente perde com o fim deste conflito, mas sei que terá tudo a ganhar com a Paz plena e duradoura, pois através dela todo o resto é possível, paz essa que é necessária para que se possa vislumbrar o reconhecimento mutuo de ambos os Países, condição sine qua non para a Palestina tornar-se um país soberano.
Shalom Aleichem, que é a palavra hebraica que significa Paz, e que serve de cumprimento à chegada e à partida, possa vir a ser dita em alto e bom som, para que todos os povos compreendam e saibam que ela é sinónimo de sede, de sonho e de uma incansável esperança, para homens e mulheres, novos e velhos, de todos os credos.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Israel x Palestina - A Díficil Equação da Paz I
terça-feira, dezembro 11, 2012
Filipe de Freitas Leal
1 comentário
Sendo humanista e defensor da Não-Violência Ativa, como
modo de vida pessoal, preconizo o diálogo na construção da paz, como
meio de se resolverem quaisquer conflitos armados ou não, e defendendo os
direitos humanos acima de tudo.
Tenho observado no entanto, há já algum tempo, que há
acontecimentos e factos que são julgados sob dois pesos e duas medidas, ou
melhor são difundidos sob prismas diferentes e obviamente tendenciosos, com o
intuito de formar uma opinião pública favorável aos seus interesses, e precisamente,
um desses casos é o conflito no Médio Oriente, que opõe Palestinianos e
Israelitas, e espanta-me ser tão levianamente julgado, na exata medida da
ignorância daquele que julga, sem conhecer os antecedentes históricos do
denvolvimento do conflito, quer de aspectos como o espaço geográfico e a
conjuntura da época, quer de outros aspectos que nos escapam à primeira vista;
E digo leviano porque suscita maiores paixões este caso do que quaisquer outros
conflitos separatistas e sangrentos, como são os conflitos do Curdistão, do
Saara Ocidental, do Tibet, do Darfur, da Chechénia, da Abcásia ou da Ossétia do
Sul entre outros, ou ainda conflitos internos, como os da Síria, locais em que
se dá a morte de milhares de pessoas e um grave e notório desprezo pelos Direitos Humanos, muitas
vezes sob o silêncio da comunidade internacional e sobretudo da grande
imprensa, porque então é que a Palestina e Israel chamam mais atenção que todos
os outros? a resposta é simples: porque trata-se de mera hipocrisia da
comunidade internacional.
Mesmo o caso de Timor-Leste, estaria
votado ao esquecimento, das milhares de timorenses que foram presos, torturados
e mortos, sob o regime torcionário de Jacarta e do seu algoz o ditador Suharto,
que silenciou a voz maubere com a conivência de grandes potencias
internacionais, e se não fosse Portugal a insistir no caso do massacre de Santa
Cruz o peso económico da Indonésia teria falado mais alto.
Voltando à questão do antijudaísmo, olhando atrás no
tempo, observamos que o ódio antissemita, tantas vezes nutrido e incentivado
quer pelos vários cleros cristãos, quer pelos diversos Estados em várias zonas
da Europa e do mundo, fez levantar "A questão judaica", aliás titulo de uma obra do pensador Karl Marx, e podemos
ainda ilustrar o preconceito antijudaico na Europa com o Caso Dreyfus, ocorrido
em França, ou ainda com o que se passou com Aristides
de Sousa Mendes, Consul de Portugal em Bordéus, ao tempo da II Guerra
Mundial, e que salvou várias vidas humanas, concedendo vistos para a fuga de
judeus, Salazar não o perdoo, castigou-o severamente, destituído do
seu cargo e sem outros recursos, Aristides viveu num total ostracismo e morreu
numa miséria absoluta. Porquê? Porque salvou milhares
de famílias judias! se não fossem judeus talvez até fosse condecorado
pelo regime salazarista.
Como resposta a um continuo e crescente antissemitismo,
numa Europa em que o fascismo crescia a olhos vistos, acompanhado de um
exacerbado nacionalismo político e religioso, levou o Ministro dos Negócios
Estrangeiros do Reino Unido, Arthur James Balfour a fazer uma declaração, que
ficou conhecida na História como a Declaração
de Balfour, a 2 de novembro de 1917, tratando-se de uma carta enviada a um
banqueiro judeu, o Barão Rothschild, cujo nome era Lionel Walter Rothschild, e que estava
envolvido no movimento sionista, iniciado por Theodor Herzl anos antes em
Basileia na Suiça.
Carta essa, em que Balfour em nome do
governo britânico está disposto a conceder o estabelecimento de um lar judeu na
Palestina (então província do Império Otomano), caso a Inglaterra conseguisse
derrotar e desmembrar o Império Otomano na I Guerra Mundial.
Primeiramente é preciso ter em conta que
os palestinianos não se reviam no Império Otomano tal como outros árabes, ter
em conta que nunca deixaram de haver judeus na Palestina, embora devido ao
abandono crescente que os Otomanos impunham a essa província, e os impostos que
os otomanos cobravam à população não muçulmana, fazendo com que muitos
judeus saíssem da Palestina, tendo havido no entanto comunidades judaicas que
persistiam em viver na Terra Santa e que eram formadas por judeus naturais da
Palestina os chamados Sabras.
Com o Movimento Sionista, imigram no fim
do Século XIX, muitos judeus russos, polacos e de outros países da Europa do
Leste, vitimas de Pogroms, iniciando a construção em 1906 de uma cidade
totalmente judaica na Palestina "Tel Aviv", construída sob uma terra
pantanosa que os otomanos venderam ao judeus, mas essa imigração aumenta com o
inicio da II Guerra Mundial e com o fim do Holocausto, onde passaram a tentar
imigrar vários sobreviventes judeus segundo autorização dada pelos britânicos,
temos dessa altura o Caso do Navio Exodus, que chegou a buscar judeus
refugiados na Ilha de Porto Santo em Portugal.
A Palestina nunca fora um país
independente, e já na antiguidade o termo "Palestina" era aplicado a
toda uma região onde existiam o Reino de Israel, Judá, de Edom, de Moab e
outros povos como os nabateus e os filisteus, e é precisamente dos filisteus
que nasce o termo grego "phalasti" que quer dizer
"Falastina" ou terra dos filisteus (povo oriundo do mar Egeu a que
os egípcios chamavam os povos do mar), que se situava onde é hoje a
faixa de Gaza, tendo este território, vindo mais tarde a ser ocupado pelos
árabes muçulmanos, no entanto sempre existiram populações autóctones de judeus,
os chamados Sabras, muitos no entanto viam-se forçados
a emigrar, devido à pobreza que era imposta pelo império otomano aos judeus,
através de avultados impostos ou ainda de segregação.
A ONU em 1947, defende (e a meu ver
muito bem) que para estar de acordo com os direitos humanos, e especificamente
o direito dos povos à autodeterminação, só seria possível se o povo
judeu (que foi impedido da sua autodeterminação por aproximadamente 2000 anos),
juntamente com o povo palestiniano tivessem direito a formar os seus
respetivos Estados, a Resolução
181 foi aprovada e
fez-se a partilha territorial do que restava da Palestina, visto uma parte já
estar à altura separada (Transjordânia) que veio a formar a atual Jordânia.
O grande opositor do direto dos
israelitas à sua autodeterminação, foi o líder religioso ultra radical o Mufti
de Jerusalém Mohammad Al-Husayni, que chegou a fazer aliança com os
nazistas para o impedimento de um Estado judeu na Palestina, em 1947 defendeu
que os palestinianos não reconhecessem o seu próprio Estado recém
criado, e reivindicassem todos os territórios atributos a
Israel. quando este ultimo declara a independência, Ben Gurion líder do
MAPAI Partidos dos Trabalhadores, estendeu a mão ao povo irmão da Palestina, e
apela para que ambos possam viverem em Paz na construção dos seus dois países,
Ben Gurion defendeu ainda que tanto os palestinianos em Israel, como os judeus
na Palestina, convivessem pacificamente em espítiro de colaboração, mas o que ele
e os britânicos temiam aconteceu, No dia anterior à Retirada da Grã-Bretanha do
Território, e para que não caísse o poder no vazio, Israel declara a
Independência, a 14 de maio de 1948, tal como previsto pela resolução 181,
sendo que os palestinianos não criaram o seu próprio Estado, e no dia 15 de
maio, Israel é atacado por 5 exércitos da Liga Árabe, a Síria, a Jordânia, o
Líbano o Egito e o Iraque, com o intuito de destruir à nascença o Estado
Judaico e de expulsar os israelitas.
O rescaldo dessa iniciativa da Liga
Árabe foi muito prejudicial para os palestinianos, pois foi feita a anexação de
partes da Palestina pela Jordânia e Egito, tendo ainda centenas de milhares de
refugiados palestinianos que viver em países árabes, os palestinianos foram
tratados pelos vizinhos árabes, em alguns casos como meros estrangeiros e não
como árabes, sofrendo segregação, tendo ocorrido inclusive na Jordânia o
massacre que é conhecido por setembro
negro, em que tropas jordanianas entraram em confronto com refugiados
palestinianos e com a OLP que estava estacionada no seu país, confronto esse
que durou 10 dias, onde morreram cerca de 3500 palestinianos, e os restantes
fugiram ou foram expulsos.
Desde 1948, o conflito teve uma escalada
crescente, levando à criação da OLP Organização para a Libertação da Palestina
liderada por Yasser Arafat,
que mais tarde reconheceu o direito de Israel à sua autodeterminação, e
renunciou à luta armada.
Atualmente a Autoridade Palestiniana,
está dividida, desde a guerra civil que ocorreu em 2007 na Faixa de Gaza, e que
opôs o grupo extremista Hammas ao moderado Al-Fatah de Mahmoud Abbas, e é
visivel o franco progresso da Cisjordânia face à Faixa de Gaza.
O impressionante é que o foco de atenção
que a imprensa internacional dá neste conflito, virando-se exclusivamente para
Israel, quando este ataca é tido apenas como ocupante e agressor, não tendo em
conta os ataques do Hammas durante 3 dias com 766 rockets, lançados a
partir de zonas residenciais contra civis israelitas, não terão as autoridades
de Israel o dever moral de defender a sua população e de se defender de atos
terroristas, que em nada contribuem para a paz? será que a Imprensa internacional
não leva em conta o direito de idosos, mulheres e crianças entrarem num
autocarro (onibos) sem que sejam mortos por bombistas-suicidas? a imprensa que
condeno é a grande imprensa, das TV's que vendem reality shows, e impõe
produtos de consumo, com um intuito de alienar e de não informar os seus
telespectadores acerca do que deveras deve ser informado, ou ainda os jornais
sensacionalistas e baratos que só vendem o ódio e o sangue como notícia de
capa, onde está uma grande imprensa que informe e forme uma opinião pública,
sobre os auspícios da verdade dos factos? que promova a paz, que nos
livre dos ódios muitas vezes gratuitos, é que as populações requerem ser
educadas e ensinadas para tal, pois as massas limitam-se a pensar conforme o
sistema assim impõe, aprendem o ódio, e o ódio não é o caminho para a paz,
o caminho é estarmos informados, nem que seja por vias alternativas, o caminho
é a conciliação de esforços, para uma imprensa livre e coerente, o caminho
passa pela Independência da Palestina sim, mas sem o terrorismo do
"Hammas", sem as mentiras de uma grande parte da imprensa, pois ambos
os povos têm direito a viver com dignidade, com liberdade de expressão e de
informação, ou não terão os judeus direito a ter o seu próprio país? ainda há
pessoas com uma mentalidade preconceituosa e sobretudo antissemita. Urge
fazer do foco de notícias, apenas os esforços para a paz, de forma meramente
informativa e não tendenciosa.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.