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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Ciência Política # 20 - A Teoria das Elites


A etimologia da palavra mostra-nos o seu verdadeiro significado, vem do francês antigo éliere e significa eleger escolher, utilizado para designar algo ou alguém que tinha uma qualidade excepcional  mais tarde empregou-se o termo a fins militares, políticos e sociais.

Ao contrário do que a grande maioria das pessoas pensa, Elite não significa ser rico ou de uma classe social alta, mas significa sim ser o melhor naquilo que se faz. Todas as classes e todas as profissões têm a sua elite, os seus líderes.

Os teóricos desta teoria são os sociólogos Vilfredo Pareto, Gaetano Mosca e Robert Michels.

Pareto entendeu que se deveria descobrir o porquê as pessoas agem de uma determinada maneira, sendo tanto lógica como ilógica, essas ações pautam-se por ações e por omissões. Pareto chamou a estas atitudes de "Resíduos" e "Persistência nos Agregados".

I - Resíduos de Combinações
: Instintos que explicam comportamentos e que estão ligados ao risco, à inovação, à mudança e que fazem as Elites.

II - Persistência nos agregados - São também instintos que explicam por sua vez o contrário, ou seja a resistência ao risco, à inovação e à mudança que tanto têm caracterizado o que Pareto chama de "Massas".

Para Pareto a alternância do poder político ocorre entre as elites, governantes e não governantes, contudo não ocorre nunca nas "massas", visto não estarem aptas para o poder.

Coroação de Carlos Magno pelo Papa Leão III
Há vários tipos de Elite, segundo Pareto, uma é a Elite de Raposas - esperteza na governação (como exemplo temos o Partido Democrático nos EUA e o Presidente Clinton), a outra é a Elite dos Leões - governam com a força (como exemplo temos o Partido Republicano dos EUA e o Presidente Bush ou o Candidato Donald Trump, (ultra conservadores e imbuídos de uma ideologia belicista).

A Elite é conservadora no que se refere às massas.
Hoje em dia, temos também como exemplo de elite, os formadores de opinião e os líderes em diversas áreas sociais, politicas económicas e culturais


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Elaborar e Redigir Trabalhos Académicos

Um trabalho académico, é antes de tudo, um dos elementos fulcrais da vida de um estudante universitário, pois trata-se no fundo de um trabalho cientifico  feito de uma pesquisa ou um estudo, que visa compreender os fenómenos, em várias áreas cientificas, através de determinados textos científicos anteriores, dados estatísticos entre outros, que nos auxiliem na compreensão das causas e efeitos de determinados fenómenos, e diversas áreas da ciência, levando assim o aluno a estudar fazendo, e fazer estudando, ou ainda por outras palavras é também um instrumento que permite ao aluno a reflexão.

Segundo a conceituada plataforma brasileira de ensino a distância Planeta EAD, sobre os objetivos fundamentais que um trabalho, académico deve ter em conta, são:
1º observar o fenómeno, a visão e compreensão do fenómeno;
2º explicar o fenómeno, reflexão do mesmo;
3º elaborar o trabalho, a partir de um ou mais textos científicos.

Há para além disso a necessidade de complementar o trabalho corroborando as suas ideias com o texto cientifico, apoiando-se noutros textos pertinentes ao estudo, do qual sairá a sua informação bibliográfica.

Há para este tema de como elaborar e redigir trabalhos académicos, numa vasta informação quer bibliográfica quer infográfica, sobre a elaboração de trabalhos académicos, fundamentalmente todos corroboram, em maior ou menor grau as informações no que toca à padronização dos trabalhos académicos, com respeito às normas ISO.

Dentre os elementos que se deve ter em conta são, a Capa, o frontispício, o índice  o corpo do trabalho, a bibliografia, entre outros elementos de suma importância, pelo que colocamos  abaixo o manual em pdf, que contém as normas para a redação de trabalhos académicos, o respetivo manual é da autoria do Concelho Cientifico da Escola Superior de Saúde de Alcoitão - Portugal.

 Manual Redação de Trabalhos Académicos - consulta Aqui

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Livros Grátis para Download

Agora à disposição dos leitores, um conjunto de livros de diversas áreas do saber, da cultura e da técnica, que este blog oferece para download gratuito em pdf, particularmente livros na área da Filosofia, Sociologia, Ciência Política, Letras e artes.

Em breve será colocado à disposição dos leitores, um acervo de livros para download gratuito, diretamente de uma elaborada lista que está a ser organizada e hospedada num servidor para o efeito.

Os linkes abaixo, redirecionam para outras páginas web, como a Universia.

Livros de Arte - download Aqui
Livros de Ciência Política - download Aqui
Livros de Direito - download Aqui
Livros de Economia - download Aqui
Livros de Filosofia - download Aqui
Livros de Literatura - download Aqui
Livros de Psicologia - download Aqui
Livros de Religião - download Aqui
Livros de Sociologia - download Aqui
Livros Didáticos de Inglês - download Aqui
Livros Académicos - download Aqui
Dicionários de Ciências Sociais - download Aqui
Apontamentos Universidade Aberta - download Aqui

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Alfred Marshall

Um dos maiores economistas de sempre, que foi muito influente no seu tempo, Alfred Marshall, (nascido em Londres 1842, e falecido em Cambridge no ano de 1924.

Escreveu um célebre livro de economia "Principles of Economics" Principios de Economia, onde definiu muito claramente a noção económica de Oferta x Procura, além da Utilidade Marginal e dos custos de produção. O seu livro foi um dos principais manuais de economia por muito tempo.

A sua aptidão por matemática desde menino o levaram alto nos estudos e ingerssou na Universidade de Cambridge, tinha como objetivo ser ministro (pastor) da Igreja Anglicana, mas o seu sucesso na universidade fizeram que ingressasse na carreira académica na qual foi Professor de Economia Política, desviando-o do seu objetivo inicial, Marshall viria a ser professor de notáveis economistas como John Maynard Keynes, e os alunos de Cambridge gozaram por muito tempo de um grande prestigio devido à influência de Marshall.

Diz-se que seguiu na senda de Adam Smith, ou de John Stuart Mill ou ainda de David Ricardo, é possível, no entanto há muito de próprio nas ideias e no modo como Marshall via e encarava  a economia, daí o seu contributo que consistiu em utilizar a matemática aplicada como meio de análise do fenómeno económico.

Tal como a cultura britânica muito pragmática, Marshall levou à economia esse modo de pensar e agir, fazendo que só os factos observados, reais e lógicos fossem tido em conta no momento de decisões económicas, os seus conceitos também o foram, e por isso permaneceram e influenciaram toda a ciência económica, utilizando a noção de Tempo nos conceitos económicos, com os quais desenvolveu a teoria de custo de produção, utilidade marginal e desenvolveu a teoria da procura e da oferta.

Link:
http://www.pensamentoeconomico.ecn.br/


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 6 de novembro de 2011

Introdução à Economia 02 - Conceitos Básicos

A Economia – Conceitos e Noções

Neste presente artigo abordamos o objeto de estudo da ‘Economia’ e os seus conceitos fundamentais.

Então podemos iniciar, que a economia é a Ciência que estuda o modo como a sociedade, as pessoas e as entidades, escolhem a melhor forma de empregar os seus recursos, com o objetivo de suprir as suas necessidades, mas fundamentalmente, estamos a falar de Recursos Escassos, dai que nos leva a fazer a melhor escolha de acordo com as necessidades que temos e os recusos dos quais dispomos. (Samuelson 1948)

Conceito de Escassez

Por outras palavras, a economia é a ciência que estuda o modo como a Escassez influencia o nosso modos vivendi, na medida em que os recursos, deverão ser distribuídos a satisfazer necessidades ilimitadas, pelo que entra ai a Lei da Procura e da Oferta, quem tem mais adquire o bem. A Escassez de um bem determina o seu valor, bem como os recursos financeiros de que dispomos ir-nos-á mostrar, se estarão ou não ao nosso alcance, pelo que devido à escassez de um determinado bem, teremos de fazer as nossas escolhas consoante os recursos de que dispomos; A Escassez influencia a nossa escolha, que se reflete na escassez de recursos individuais tais como o tempo e o poder aquisitivo.

Conceito de Recurso

E aqui podemos entender por recurso, não apenas o dinheiro, mas os bens e instrumentos necessários à produção, ou a própria matéria prima, e fundamentalmente um outro recurso importante e também escasso que é o “Tempo”, como diz o ditado, “Time is money” tempo é dinheiro, pelo que o nosso tempo disponivel é um recursos escasso, que requer sem bem regido par podermos tirar dele o melhor proveito.

O Custo de Oportunidade

As escolhas que fazemos, face às necessidades e consoante os nosso recursos, geram o que chamamos comummente de Custo de Oportunidades, ou seja as escolhas, sejam elas quais forem implicam um custo, que é o valor da melhor alternativa escolhida em detrimento de outra, ou seja não se pode ter tudo, e ao fazermos uma escolha, perdemos uma das alternativas, optando sempre pela que nos parece melhor, abdicando de um recurso, que é o custo associado a essa escolha; Por outras palavras é o custo que um beneficio nos dá em detrimento de outro que deixamos de usufruir ou ter de acordo com a opção feita.

O Conceito de Necessidade em Economia

Por outro lado temos o conceito de necessidade, que pode ser definido a grosso modo, como um estado psicológico de insatisfação, quer nos apercebamos conscientemente ou não, da sua existência, levando-nos a procurar um meio de satisfazer essa necessidade através da procura, e das escolhas feitas, necessidades essas que podem ser de ordem psicológica, fisiológica, ou até mesmo de determinados recursos para satisfazer as necessidades sentidas. (Martinez 2012)

No entanto a satissfação das necessidades leva-nos a outros conceitos, tais como o conceito de Bens.

Conceito de Bem

Um bem, é um antes de mais um meio, pelo qual satisfazemos necessidades de diversa ordem, de forma direta ou indireta, e os bens são divididos em duas grandes catetorias de bens, os Económicos, e os Bens Livres.

Os bens económicos são bens utilizáveis mas escassos, já os bens livres, sao os que existem em quantidade ilimitada ou pelos menso suficientes para todos, satisfazendo as necessidades a que esse bem está associado, por exemplo o Ar, a Luz do Sol, o vento etc.

No entanto, eles para além disso, são também classificados da seguinte forma:
Bens Económicos:
01 - bens materiais
02 – bens imateriais (serviços)
03 – bens duradouros
04 – bens não duradouros
05 – bens finais
06 – bens intermédios
07 – bens de produção
08 – bens de consumo.
09 – bens privados
10 – bens complementares
11 – bens substitutos de sucedâneos
12 – bens independentes 

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 5 de novembro de 2011

Introdução à Economia 01 - Oikos e Nomos

A Economia - Oikos+Nomos

O sentido etimológico de economia, vem do grego "Oikos" que significa Casa e "Nomos", Regra, Norma, Lei, por outras palavras Economia quer dizer "Reger a Casa".

Mas podemos afirmar, de uma forma simples que a economia é uma ciência social que estuda a melhor escolha em condições de escassez, e tem como objetivo enquanto ciência compreender o comportamento dos consumidores, o funcionamento da própria economia numa dada sociedade ou na aldeia global, tem ainda a preocupação de estudar e compreender o papel dos agentes microeconómicos e macroeconómicos.

Em economia, podemos dizer, que é a ciência que utiliza da melhor forma a gestão dos recursos escassos, ou simplesmente que gere a Escassez.

Entende-se por escassez, o facto de na sociedade os recursos serem limitados, não podendo satisfazer todas as necessidades da demanda vinda de todos os seus agentes, quer seja no que se refere a produtos ou a serviços.

Todos nós temos necessidades, desejos e sonhos limitados, sendo restringidos pela escassez de recursos como o tempo, e o dinheiro, e sendo esses dois recursos limitados temos pois de saber fazer a escolha racional, tendo em conta a noção de Custo e Oportunidade, fazendo que tenha de optar por uma escolha em detrimento de outra, visando o maior beneficio dentro do menor custo possível.

Por exemplo, podemos usar o tempo, que sendo escasso deve ser gerido através escolhas baseadas na noção de custo x beneficio com o qual vamos aproveitar da melhor forma possível as  horas do dia, repartidas por tempo de escanço, trabalho, estudo, lazer e ainda o tempo despendido nas deslocações.

Normalmente a racionalidade leva-nos a fazer as melhores escolhas, para obter o melhor beneficio, mas nem sempre sabemos qual a melhor escolha, devido ao desconhecimento, daí haver erros e más escolhas.

A eficiência visa exatamente eliminar o mais possível o erro nas nossas escolhar; Estes são os principais pontos do estudo de "ICE Introdução à Ciência Económica" lecionado no Curso de Serviço Social-Pós Laboral do ISCSP Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da UTL Universidade Técnica de Lisboa.

No programa constam os seguintes tópicos, que serão colocados neste blog em posteriores posts.
          2. Introdução à Economia - Conceitos Básicos
          3. Economia de Mercado: Leis da oferta e da Procura,
          4. Macroeconomia: os grandes agregados,
          5. Equilíbrio orçamental e externo: finanças públicas e balança de pagamentos,
          6. Moeda e política monetária.
          7. Oferta e procura agregadas,
          8. Inflação e desemprego.

Fontes e Referências:
COSTA, Carla. G (Org) (2011) Principios de Economia, ISCSP, Lisboa
LOUÇÃ, Francisco (2007) Introdução à Macroeconomia, Escolar Editora, Lisboa
SAMUELSON, P. e NORDHAUS, D. (2005) Economia, Lisboa, McGraw Hill.

Baseado nos Apontamentos Universitários (2011/2012)
Filipe de Freitas Leal 2º Ano do Curso de Serviço Social do 
ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da UTL - Universidade Técnica de Lisboa.
Sendo Professora a Drª. Elvira Pereira.

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

IAD - Introdução à Análise de Dados

Introdução à Estatística para as Ciências Sociais

Estatística, é uma ciência ou um método de estudo sobre um conjunto de dados, para a obtenção de informações acerca de uma dada atividade ou um dado facto.

Mais precisamente é a ciência que nos dá uma informação sobre dados quantitativos ou qualitativos importantes para a tomada de decisões.

Nenhuma ciência experimental, como por exemplo a sociologia aplicada, pode prescindir de dados e métodos quantitativos, mesmo na área do Serviço Social, os dados revelados pelo método Estatístico e de Análise de Dados é fundamental para um melhor conhecimento da realidade sócio-económica na qual se irá intervir. Portanto como ciência a Estatística ocupa-se de coletar os dados, organiza-los, descrevê-los e de os interpretar, que seja por investigação de todos os elementos da população ou por amostragem de parte.

Estatística Descritiva, é a parte mais visível da estatística e na qual se tem a coleta, organização, análise das previsões e das correlações do nosso quotidiano. É pois, uma ferramenta multidisciplinar da classificação e organização de dados imprescindíveis para o conhecimento da realidade social nas ciências sociais.

Estatística Inferencial, é a estatística feita por amostragem, e é a partir daí, que inferimos sobre a realidade ou factos sociais (em causa) e que nos darão respostas por hipóteses aos problemas em questão.

Embora na amostragem não haja a certeza absoluta, por haver margem de erro (como por exemplo uma sondagem) então temos apesar disso uma aproximação considerável da realidade que poderá ser por exemplo de 95% de probabilidade de acerto e de 5% de probabilidade de margem de erro.

População, é o que se entende como o conjunto de indivíduos a ser estudado, pode até ser um conjunto de objetos, mas é no fundo sobre a "População" que incide o estudo estatístico  mas não estuda as pessoas em si, apenas pretende compreender os fenómenos em causa ou os problemas para os quais se quer obter respostas quantitativas ou qualitativas.
          Da população que pode ser "finita" ou "infinita" (ou seja em que os seus elementos respetivamente têm um número limitado e torna-se possível enumera-los, e na infinita, são ilimitados os seus elementos tornando-se impossível enumera-los todos) é feita uma amostragem de parte dessa população, com o qual se obterá os dados.

Amostra, é a parte representativa da população num dado estudo, com o objetivo de fazer inferências.

As sondagens, que politicas ou não, são feitas por empresas de estudos de mercado, que utilizam o método de "Amostra" através de entrevistas, quer pessoalmente porta a porta quer por telefone.

Na amostra usamos a indução, que é um modo de obter os dados de uma população partindo do conhecimento das partes para inferir sobre a realidade do todo, mas aqui há sempre uma margem de erro.

Manuais de Introdução à Análise de Dados
 Análise de Dados - Textos de Apoio para professores do 1.º Ciclo. PDF.
 Descrição, análise e interpretação de informação quantitativa. PDF
 Métodos Quantitativos Estatísticos PDF


Bibliografia consultada:
BASTOS, L. Roberto, "Probabilidade e Estatística" Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro (2005) pp.5-52
PINTO, R. Ramos, "Introdução à Análise de Dados com recurso a SPSS" Silabo, Lisboa (2009)

Baseado nos Apontamentos Universitários (2011/2012)
Filipe de Freitas Leal 2º Ano do Curso de Serviço Social do 
ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da UTL - Universidade Técnica de Lisboa,
Sendo Docente o Professor João Morais Martins.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos blogs de temas diversos.

sábado, 16 de abril de 2011

A Informatização e as Transformações Sociais

Computerization and Social Transformations - de Rob Kling (Resumo)
Rob Kling examina neste artigo a relação entre a informatização e as mudanças sociais, e pergunta: “A informatização trouxe à sociedade, transformações consideráveis nos
seus diferentes aspetos? E se sim, como? Em que é que a sociedade foi modificada? E como?
Trata-se de uma abordagem da sociologia da tecnologia, tendo sido feitos vários estudos para responder esta questão, estudos tais como a informatização e a qualidade de vida no trabalho, incluído por vários autores nos seus livros sobre este tema, como Strassman em 1985, com o seu livro “The transformation of work in the electric age”.
Estudos cujo tópico é, essencialmente a influencia do desenvolvimento da inteligência artificial e a relação da informática com a organização empresarial, a reorganização do processo de trabalho e os custos, bem como a influencia no poder político e nas decisões económicas. Mostrando que a transformação da Sociedade da Informação é irreversível.
Rob Kling apresenta como ideia chave o desenvolvimento das relações interpessoais, intergrupais e institucionais, através da informatização e da reestruturação dessas mesmas relações, reorganizando o fluxo de informação, daí a ideia de Aldeia Global.
Kling escreve sobre Alvin Toffler e John Naisbitt como promotores futuristas da ideia da revolução da informação. Toffler é lembrado no que se refere à Info-esfera e à Tecno-esfera, do seu livro da “Terceira Vaga” (1980). Embora não precisando uma data, Toffler consegue ser quase que preciso nas suas previsões.
Comentário do Artigo “A Sociedade irreversível da Informação”
Neste artigo de Rob Kling, e a questão, quais as transformações sociais feitas pela informatização, nos seus mais diversos aspetos sociais? E como é que se processaram essas transformações? Saltam á nossa consciência todo um mundo que nos cerca, e parece natural (a Physis é a natureza na Grécia antiga), mas não é natural, é sim fruto da obra humana (a Poiesis na Grécia antiga era a ação, criação), do seu génio inventivo e criativo, também irreversivelmente nos encontramos num mundo em que já não saberíamos viver (no mesmo grau de eficiência e desenvolvimento) sem as conquistas feitas pela tecnologia (a Techne que na Grécia é Conhecimento), conquistas essas que no espaço de tempo de mais ou menos de 250 anos, têm vindo a mudar o mundo gradativa e irreversivelmente. A filosofia da Tecnologia e a Sociologia da Tecnologia tentam nos dar resposta a estas questões que são de suma importância.
A grande causa disso é a revolução industrial do século XVIII, que permitiu ao Homem um grau de desenvolvimento industrial e pesquisa cientifica, desenvolver-se progressivamente desde a máquina a vapor em 1765 por J. Watt, a bateria em 1800 por A. Volta, o telegrafo em 1837 por S. Morse, o telefone em 1876 por Graham Bell, a lâmpada em 1879 por T. Edison, o animatógrafo (precursor do cinema) em 1895 pelos irmãos Lumiére, e assim sucessivamente de invenção em invenção, passando pela fotografia, rádio, automóvel, avião, informática, a Internet, até chegarmos à informatização de ponta mais avançada, inteligência artificial e robótica. Campos diversos da informática que estão ao serviço da ciência, como a medicina, a astronomia e astronáutica, mas também de modo mais prático relacionado com a produção industrial.
A tecnologia é ou pode ser autónoma, humanamente controlável e neutra, onde seus meios e fins são totalmente separados, isto de acordo com a fé no progresso liberal.
Tal como Toffler avia previsto no “Choque do Futuro” e na “Terceira Vaga”, podemos observar que os computadores na atualidade, estão presentes na nossa vida do dia a dia, cada vez mais baratos, mais pequenos e mais potentes, são uma presença continua nos lares, nas escolas, e com o wireless nos cafés, nos transportes públicos, úteis a todos os setores da sociedade e da atividade humana: da pesquisa cientifica de ponta até à mais banal das ações cotidianas.1
A informatização é presente na Telefonia móvel e fixa, Portugal é aliás o país da Europa em que há mais telemóveis por pessoa, a informatização está presente em quase todos os lares, usados para trabalho, estudo e lazer, onde se reproduzem som, imagem e vídeo, que podem ser partilhados na Internet em blogues, redes sociais e e-mails e criando um novo conceito o self-media.
Essas diversas dimensões da informatização, também se refletem num mundo cada vez mais pequeno, em que a aldeia global é monitorizada por uma informatização global, canais satélite, comunicação em tempo real, transações financeiras em simultâneo, mercado de trabalho mais exigente e dinâmico, novos modos de desenvolvimento do ensino como as Universidades Abertas (Open University), e-learning; No comércio temos o desenvolvimento do e-comerce, compras on-line onde acedemos aos supermercados a partir de casa, temos ainda a presença na banca como o já muito conhecido e difundido sistema Multibanco, mas também o home-banking; Na política há países onde se aplica o voto eletrónico, mais seguro e de resultados imediatos, tudo isto possível a partir da explosão da Internet desde a sua criação da ARPANET em 1962, fazendo a passos largos uma sociedade global, aproximando culturas, valores (democracia liberal), aproximando pessoas nas redes sociais, claramente o que Toffler diz ser a “Info-esfera”.
Mas também há impactos negativos na sociedade, desde o impacto no desemprego, causado pela robotização, a dependência de jovens aos jogos on-line ou às redes sociais, provocando até a auto exclusão, há também o crime organizado desde os crimes de colarinho branco até às falsas identidades e crimes de fraudes, pedofilia, terrorismo entre outros, organizados informaticamente, usando a Internet para atingir os seus fins, passando a existir a necessidade de desenvolvimento da segurança informática e de cada vez maior legislação apropriada.
O termo “Revolução” foi sobejamente utilizado, sendo apropriadamente, visto que é do que se trata, mas mais apropriado ainda é o termo Sociedade da Informação, termo surgido nos anos 90 em que se desenvolveu a Internet e a TIC e incluída mais tarde nas reuniões do G7, já o termo “Sociedade do Conhecimento” é usado pelos meios académicos e adotado pela UNESCO em detrimento do termo “Information Society”.2
_________
1 Albuquerque, João Porto de; “Aspetos Sociotécnicos da computação: contextualizando o desenvolvimento de sistemas de computação com o modelo Mikropolis.
2 Burch, Sally; “Sociedade da informação / Sociedade do conhecimento
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Bibliografia:
Kling, Rob; Computerization and Social Transformations; Science, Technology & Human Values,
Vol. 16, No. 3 (Summer, 1991), pp. 342-367
Revista de História Contemporânea; Vários Autores (Fedo Fragoso, Nelson Bandolim, Letícia Destro, Carolina Mendes, Vinificas Mar condes e Mamilo Acácio) N.º 1 Abr. 2008 / Brasil
Sitografia:

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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