A
ascensão dos partidos de Extrema-direita na Europa e de sentimentos de
xenofobia e racismo, têm vindo a recrudescer no seio da União Europeia, através
de choque e confronto de culturas entre população autóctone e imigrante. Mas
por outro lado, estão a ofuscar o verdadeiro problema que está por trás disso,
a crise demográfica verificada com a queda de natalidade e as consequências que
terá para o futuro da Europa.
Num estudo publicado pela Pordata, e realizado pela União Europeia, sobre o
índice de fecundidade, efetuado entre os 27 Estados membros da UE, Portugal
ficou em 20.ª posição com 1,4 filhos por mulher e a Alemanha em 13.ª com 1,6
filhos por mulher, esta queda de natalidade vem acentuando de forma acelerada o
declínio da população, pela incapacidade de reposição da população autóctone. A
Taxa de reposição populacional teria que ser no mínimo de 2,2 filhos por
mulher, todavia, nenhum país da Europa tem este índice.
Os países que se encontram nos últimos lugares são Chipre, Itália, Espanha
e Malta com 1,3 filhos por mulher. Ou seja, a incapacidade de a Europa repor a
sua população autóctone é negativa, pelo que os Estados membros recorrem à
Imigração de mão-de-obra estrangeira para poder repor o índice populacional e
manter a dimensão da economia e a capacidade de consumo no mercado interno.
Os estudos Demográficos juntamente com estudos sociológicos, ajudam-nos a
obter respostas para podermos compreender aspetos importantes na alteração da
cultura e dos valores, bem como das relações sociais que surgem entre a
população autóctone e a população imigrante, fazendo surgir mais questões,
como:
1 - "Será que haverá uma simbiose de culturas, ou manter-se-ão
separadas num "Melting Pot" típico de uma sociedade multicultural e
multiétnica?
2 - "A cultura tradicional dos povos europeus conseguirá ceder lugar
às tradições trazidas pelos imigrantes?
3 - "Visto que há uma séria crise demográfica denominada por "Envelhecimento Populacional", verificada no Topo da pirâmide pela longevidade da população adulta, e na Base, pela redução da natalidade, resta saber quais as consequências para os Estados europeus devido ao declínio da sua população"?
Autor Filipe de Freitas Leal
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