Belchior, uma das vozes marcantes dos anos 70 e 80 da MPB Musica Popular Brasileira, morreu aos 70 anos no fim de semana passada, Seu nome era António Carlos Belchior, nascera no Ceará, fez carreira nas grandes capitais, no entanto retirou-se da vida pública há dez anos, não por depressão, doença, mas porque quis viver cercado de livros, numa vida de clausura e meditação.
Iniciou estudos em Psicologia e Filosofia, mas é na poesia e na arte que encontra a sua alma mater, dedica-se de corpo e alma a transmitir ideias pela música. A coragem deste homem simples e sensível, de se retirar do mundo e da azáfama do dia a dia, não é para todos. É necessária uma grande dose de sensibilidade mas também de coragem.
Não escolheu a maneira que morreu, mas escolheu o modo de viver o fim da sua vida, inclusive escolheu uma cidade pequena, longe de tudo. Pelo que resta-me perguntar, não será a solidão um encontro conosco próprios? Não será essa a maneira mais doce de abraçar a vida, saber a sua finitude e não temer pensar?
Sempre pensei nisto, no que acabou por ser noticia com Belchior, já terá passado pela cabeça de tanta gente, como vou viver os dias que me restam?
Sempre pensei nisto, no que acabou por ser noticia com Belchior, já terá passado pela cabeça de tanta gente, como vou viver os dias que me restam?
Autor: Filipe de Freitas Leal
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