domingo, 29 de maio de 2011

Eleições e a Ciranda das Songagens

Portugal entrou em derrapagem económica, e com o PEC IV sendo rejeitado no Parlamento gerou-se a crise política e a consequente demissão do governo Sócrates, por fim marcaram-se eleições e já só faltam 8 dias para o ato eleitoral do qual sairá o novo governo.
Programa de governo, já está definido pela tão falada TRIADE e em particular o FMI, só nos resta esperar o governo eleito para gerir como "deve ser" os fundos do FMI que entregou a primeira tranche a 24 de maio.
O Empate técnico registado nas sondagens, entre PS e PSD, ( 34% a 36%), bem como a visível necessidade de se aliarem ao partido muleta o CDS/PP, e a esquerda tradicional que não se alia a nada nem a ninguém, fazem prever dois cenários, primeiro a conclusão de que vai ser dificil formar governo maioritário, e isso mostra a desnecessária convocação de eleições, pois fica tudo na mesma, face à legislatura anterior (se o partido mais votado obtiver apenas uma maioria relativa), e porque o programa do futuro governo já deve estar no fundo, condicionado pelo acordo da TRÍADE do Governo Português, FMI e UE, sem o qual não se poderia governar, logo o programa eleitoral é um e o de governo será outro.
modelo de cédula eleitoral portuguesa
Segundo é, PS, PPD/PSD e CDS/PP têm o mesmíssimo compromisso, não há para onde fugir, sendo que quem quiser o poder, e é esta a lógica visível que provocou as eleições, terá de se coligar ou a dois ou a três, mas essa coligação poderia ser feita sem haver eleições. Agora até poderá ser que o PS vindo a ser o mais votado não seja o partido do governo, teriamos um governo formado pela oposição de direita PSD-PP, mas tanto faz, pois qual é a diferença de Sócrates, Coelho e Portas? No que se refere ao programa a ser implantado nenhuma, quanto às qualidades e experiência logo se verá.
De resto a alternativa do voto em branco, nulo ou tão somente a abstenção, ainda que em enormes proporções, nada adianta e nada constrói para a crise do país, se se quiser provocar um protesto pelo voto, (e acho válido), só há uma possibilidade é votar em partidos extraparlamentares forçando o poder político a repensar uma reforma politica e eleitoral, que possa promover uma democracia participativa e a eleição de deputados de forma uninominal.

Por Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

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