domingo, 29 de janeiro de 2012

Nós e as Redes Sociais - I

Das visitas que teimosamente faço às redes sociais, sendo esse espaço cibernético hoje o que os cafés o foram no passado recente, e isso faz-me nunca deixar de passear por esses caminhos em busca de tertúlias on-line, onde encontro temas para o blog, no que me deparei há dias no facebook, com um comentário bastante pertinente de uma querida amiga, que dizia o seguinte: Que há pessoas que pensão que para se darem ao respeito, devem ser pessoas sisudas, sérias, distantes e impenetráveis, pelo que afirmou, que o que é preciso é o contrário,  ou seja dá-se ao respeito "todo aquele que candidamente é quem é e respeita aquilo que os outros são" tal como popularmente se diz "vive e deixa viver", acrescentei eu.
Pois eu cá penso do mesmo modo, dá-se ao respeito sendo quem se é e aceitando o próximo em toda a sua a personalidade, ou dignidade de ser quem é e como é. Há que sermos flexíveis e não os duros da história, e isso fez-me lembrar algo muito interessante, a razão de nascer de uma arte marcial, o judo. Certa vez, um monge budista ao observar a neve que se acumulava nas folhas e galhos das árvores, reparou que quando os galhos estavam muito carregados cediam com a sua flexibilidade e a neve caia, evitando que se partisse, voltando assim à sua posição normal. Do mesmo modo devemos fazer nós na vida a flexibilidade vai mais a nosso favor que a favor do nosso inimigo ou adversário, pois tirando partido da força que dele emana e que não espera, se nos empurrarem nos os puxamos, se nos puxarem nós os empurramos e nos defendemos e os vencemos sem os agredir. Gostei muito desta filosofia budista.
De outro modo, ser flexível nos relacionamentos, respeitar os outros e nos darmos ao respeito, em nada nos impede de escrever sobre nós próprios publicamente nas redes sociais, não é de modo algum redutor, devemos também, saber ensinar os outros utentes dessas redes, a usarem de modo responsável, lógico e racional esse instrumento e mecanismo, fazendo ver que o seu bom uso é aliás, um modo bastante adequado de se desenvolverem contactos, onde podemos afastar os que não nos merecem e aproximarmo-nos de todos aqueles com quem reciprocamente nos identificamos, estreitando laços por vezes interessantes e bastante pertinentes para os nossos estudos e a nossa atividade profissional, creio que é uma forma de se ir descobrindo nas redes pessoas semelhantes, com ideais parecidas, é um meio de partilhar, de aprender e um modo de dar sentido à vida e aos nossos projetos.
Os que não compreendem, ou que connosco não se identificam, tem toda a liberdade de seguir o seu caminho e a obrigação de nos deixarem ser livres nas redes sociais, que o somos de forma correta, responsável, honesta e de modo pertinente voltada para interesses reais de pessoas e grupos, seja no facebook, orkut, LinkedIn, twitter, e qualquer outro.
E deveras tenho a ideia de que tudo isto que referi, só será possível plenamente, num espírito de verdade, respeito e transparência, que de outro modo as simulações os tolheriam e nunca seriam eles mesmos quem pretendiam alguma vez ser.
Penso que como de uma minúscula semente de mostarda, que faz nascer um arbusto enorme, assim também é a amizade, qual ouro escondido e mais valioso que temos de saber preservar com o carinho e respeito necessários. Inclusive as amizades presentes nas redes sociais.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas os.

Nada Será Como Antes

Estava de volta do computador e reli comentários de amigos nas redes sociais, e uma chamou-me a atenção, pelo que passo agora para o blog, antes que se perca para sempre.


Há alguns dias atrás, uma pessoa amiga perguntava, "será que as coisas poderiam voltar a ser como eram antes?",  confesso que a pergunta não me foi dirigida a mim, logo não conheço a razão de ser da questão, mas a pertinência da mesma, levou-me a dar prontamente um auxilio, pelo que respondi dizendo: "Nada na vida, volta a ser igual como o fora antes alguma vez, mas creio que, ou será melhor porque a experiência e a maturidade assim o fazem, ou será pior, porque as circunstâncias assim o impõe".
Já Heráclito (filósofo grego) dizia: "Um Homem não se banha duas vezes no mesmo rio", querendo dizer com isto que numa segunda vez, nem o homem nem o rio eram os mesmos, tudo muda. Da mesma forma acrescento, as Primaveras não são todas iguais, a mudança é uma constante na irreversibilidade do caminho da vida. Há pois que saber tirar partido disto.
O que a cara amiga tinha em mente, quando formulou a pergunta, não o sei, e provavelmente não o saberei, mas à minha mente veio a questão: A crise que veio com a queda das torres gémeas em 2001, as guerras no Afeganistão e Iraque (desastrosas) os tsunami na Tailândia em 2004 e no Japão em 2011 com o agravamento do acidente nuclear, vem trazer um agravamento do problema ambiental em todo globo, somando ainda a crise de 2008 nos EUA e o seu contágio a todo o Mundo com efeitos desastrosos para a Europa, e em particular Portugal, levando a uma crise financeira e monetária com a derrocada do euro, na qual os PIGS se viram numa situação de ruptura financeira, orçamental e não estão livres do perigo iminente de Bancarrota, tudo isto fazem-me crer, que trouxeram de forma irreversível e exponencial, mudanças políticas, económicas, sociais e culturais.

O mundo daí saído será outro, e tal como nas gerações passadas, não mais veremos o que chamámos ainda ontem, de bons velhos tempos, que sociedade irão herdar os nosso filhos e netos? Logo resta dizer: Nada é ou será como antes.

Autor Filipe de Freitas Leal




Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Não Tenhamos Medo Da Própria Sombra

Venho aqui postar um artigo baseado em pensamentos, qual imagens soltas, que não sendo imediatamente apreendidas e prontamente presas a um papel que me sirva de socorro, perder-se iam no viés das frases soltas que se atropelam na mente, como ideias, que se não fossem logo escritas, perderiam a sua pertinência, e por vezes encontro sempre lenha para queimar assuntos e posts na blogosfera, vindas de comentários e conversas nas redes sociais, mas não como as conversas de café, que essas eu dispenso bem, no entanto sozinho quando escrevo, ai sim, o café seja quente, morno ou frio nunca falta à minha mesa em meio a papeis, teclado e um relógio a acusar horas tardias teimosamente.
O cerne da questão, da qual venho falar, que tanto me cativou num comentário de uma pessoa amiga, é referente ao que hora se fala, comenta e propaga, sobre a Maçonaria, devo dizer que creio tratar-se de um assunto estrategicamente desviante da atenção do povo, inculcando-lhe suspeições, duvidas, mas também por vezes incitando ao preconceito, explorando os medos e o desconhecimento do que seja a maçonaria ou outra ordem qualquer, como os Rosacruzes, os novos-templários etc. Não caro leitor, não faço parte de nenhuma dessas organizações ditas sociedades secretas, mas não gosto de julgamentos fáceis em praça pública, feitos a partir da maldade, do conluio ou de razões escuras e duvidosas.
Penso e sinto, ser essa maldade, essa ignorância (se me permitem a palavra) esses temores, que geram hoje em nós aquilo de que Albert Camus diz no seu livro l'étranger, "fazem um homem se sentir estrangeiro", quer seja no seu país, no seu emprego, na sua casa e até dentro de si mesmo. Mas mais grave é que quem usa dessa maldade, usa-o agora porque os tempos são penosa e perigosamente difíceis e porque a plebe sente a necessidade de bodes expiatórios.
Já no antigo Império Romano, os imperadores sabiam que para dominar a turba, bastava-lhes dar pão e circo, como em tempos de crise escasseia o pão, está à vista que é mais fácil criar circos do que criar empregos, é mais fácil encontrar culpados do que buscar soluções, é mais fácil lidar com o medo do que mostrar confiança e novos caminhos.
E isso assusta-me na medida em que é na génese teste tipo de coisas, que se fez nascer o preconceito racial, o anti-semitismo, o ódio à diferença, sejam diferenças de etnia, crença, consciência política, religiosa, cultural de género ou de opção sexual, quem ousa ser diferente em tempos conturbados corre perigos, mesmo à porta de casa, no café, no autocarro, no emprego, na vizinhança e em toda a parte onde possa estar, é sempre julgado pelo seu ser, seja porque se veste como um muçulmano, porque tem um kipá judeu, porque usa uma tatuagem de alguma tribo urbana, ou porque ousa simplesmente ser ele mesmo, livre no que é, no que crê e no que pensa.
Mas apesar de tudo, digo-vos: não tenhamos medo da própria sombra!

Autor Filipe de Freitas Leal




Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Repositórios

Repositórios são coleções de documentos digitais, para partilhar o conhecimento, em todas as áreas do saber ciêntifico.
Normalmente são organizados pelas instituições de ensino superior onde o conhecimento se produz, e são armazenados em formatos digitais como PDF ou similares.
Os objetivos da existência de repositórios são para além da partilha, a promoção do conhecimento de forma credível.
Eis aqui uma série de links para acesso a Repositórios científicos, ferramenta essencial do estudo, incluindo o autodidático, onde encontrará desde teses e dissertações
até obras completas de todos os campos do conhecimento.
A maioria dos repositórios é de acesso livre pertencendo a universidades ou bibliotecas.

Estudo Geral - Repositório Digital da Universidade de Coimbra
https://estudogeral.sib.uc.pt/

OA-USP - Open Source USP Universidade de São Paulo
http://www.acessoaberto.usp.br/repositorio-institucional-da-usp/

Oasis.br - Portal Brasileiro de Acesso Aberto à Informação Ciêntifica

RAUP - Repositório Aberto Universidade do Porto

RCAAP - Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal

RIUnB - Repositório Institucional da Universidade de Brasília

RUL - Repositório da Universidade de Lisboa
http://repositorio.ul.pt/

RUN - Repositório da Universidade Nova de Lisboa
http://run.unl.pt/


R-UTL - Repositório da Universidade Técnica de Lisboa
https://www.repository.utl.pt/?locale=pt

SHERPA - Search All UK Repositories
http://www.sherpa.ac.uk










Método autodidático

O método autodidático, pode parecer à primeira vista, algo do outro mundo para muitos iniciantes, mas na realidade todos nós, sem exceção já o praticamos, em momentos que fora necessária a consulta de materiais de apoio, quer sejam em formato audio e video, ou mesmo escrito, por outras palavras todos somos de certo modo autoditadas.

No método autodidatico, são utilizados pelo aprendiz, de acordo com as suas escolhas e necessidade, diversos materiais de apoio, como ficheiros áudio e video e texto, os já famosos manuais escritos, à disposição na biblioteca UHL.

O que há na UHL

Nesta plataforma, denominada de Universidade Humanista Livre, não havendo propriamente um curso, há no entanto uma vasta área do conhecimento à disposição dos interessados, que vai da História à Economia, passando pela Sociologia, Antropologia entre outras disciplinas.

Biblioteca

Na biblioteca estão os manuais em pdf, ou a indicação de leituras on-line pertinentes a cada uma das disciplinas a estudar.
É ainda colocada à disposição dos leitores aprendizes, sites de repositórios universitários, onde se encontrarão muitas teses e dissertações.
Há ainda uma página só de hiperligações de sites de referência, para consulta, há que tirar todo o proveito da internet e ir diretamente aos sitios certos, a fim de não perder tempo.

Temas

Os temas a que se pode aceder no menu do site UHL, são: Artes, ciências sociais, humanidades, letras e a chamada Educação Liberal com o trivium e o quadrivium.

 
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