sábado, 26 de março de 2011

OTAN Assume Ação Militar na Líbia

A OTAN vai assumir a ação militar na Líbia contra o regime do Coronel Muamar Kaddafi, com o apoio da Turquia após dias de discussão em que só sexta-feira se fez um acordo final.
Quais as consequências desta decisão da aliança europeia, da retirada estratégica dos EUA com uma guerra na Líbia que promete arrastar-se por algum tempo, que não se sabe ao certo quanto, ninguém sabe responder ainda. Mas espera-se a vitoria da democracia.
O mundo árabe vive hoje uma forte conturbação social, devido às baixas condições de vida das populações e também da opressão politica e social, as populações árabes do Magrebe e do Oriente Médio tomaram consciência da democracia e querem-na em seus países, é da democracia que depende o desenvolvimento dos seus países e das gerações futuras, é importante que se dê à Tunísia e ao Egito o apoio e se façam os esforços necessários a nível internacional para a consolidação da democracia e do desenvolvimento social nesses países.
No entanto a Costa do Marfim submerge numa nova guerra civil, após as eleições em que Laurent Gbagbo após perder as eleições, não reconheceu a derrota e recusou deixar o poder, iniciando-se uma Guerra Civil lamentável.
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Criminalidade e Reinserção Social

No âmbito do 1º Fórum de Ciências Sociais e Políticas que decorreu no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas - ISCSP, da Universidade Técnica de Lisboa - UTL, tendo particular atenção ao tema acima referido, do dia 16 de março pelas 18h30, com a conferência sobre a Criminalidade e a Reinserção dos ex-reclusos na sociedade, na qual estiveram presentes os seguintes oradores:
Dr.ª Joana Patuleia dando o seu testemunho em nome da DGRSP Direção Geral da Reinserção e dos Serviços Prisionais, atualmente Vereadora da Cultura na Câmara Municipal de Bombarral;
Professor Doutor José de Almeida Brites (Psicólogo e Professor universitário) Diretor de “O Companheiro” - Associação de Fraternidade Cristã, IPSS, Instituição fundada em fevereiro de 1987 pelo Padre Dâmaso Lambers, tendo como lema e missão Para que não haja Homem explorado pelo Homem", vocacionada a promover a reinserção social da população alvo, de reclusos, ex-reclusos e as suas famílias;
Dr.ª Sílvia Moço (Assistente Social) que dirige o Gabinete de Inserção Social - GIS, de "O Companheiro". 
Amílcar Velhinho, presente na conferência, para prestar o seu testemunho vivo, de um ex-recluso, tendo sido recluso por vários anos, e foi apoiado no seu processo de reinserção social pelo "O Companheiro, instituição à qual ainda hoje está ligado.
O Sistema Prisional – Dr.ª. Joana Patuleia
O sistema prisional português, tem vindo a mudar ao longo das últimas décadas, a visão e o modo como encara a sua função na sociedade portuguesa, que desde o inicio da década de 80 tem vindo a ter um cariz mais humanista.
Segundo a Dr.ª Joana Patuleia, que foi diretora de um estabelecimento prisional, formada pelo ISCSP em politica social, afirmou que a filosofia atual do Serviço Prisional é o da segurança e reabilitação, ou seja de retirar a liberdade do recluso com o objetivo de o reinserir na sociedade, e para tal, os serviços prisionais encaram que a intervenção deve ser feita logo de inicio da condenação com o intuito de reabilitar, tendo a visão de que cada caso é um caso, mas devem ser tidas em conta as necessidades de cada recluso na sua formação escolar, profissional e revalorização pessoal para o sucesso da sua reinserção.
O universo dos reclusos em Portugal hoje é da ordem dos 12 mil indivíduos no total e contando com ambos os sexos.
As razões da criminalidade tem de ser tomadas em linha de conta, que seja por motivos de família disfuncional, estilos de vida poucos saudáveis e ambiente e companhias com propensão à criminalidade, isto para se poder preparar com programas eficazes de formação dentro da penitenciária e cujo objetivo é dar ao recluso muitas vezes aquilo que precisa mas não soube buscar por si mesmo.
Vários programas tem vindo a ser feitos, em estabelecimentos presidiários, dos quais também fazem parte alguns estudos sobre “Comportamentos Criminógenos” e “Impacto da Intervenção Penitenciária e do Nível de Reinserção”, mas alguns ainda não foram verificadas na sua validade até o momento.
A Reinserção Social – Dr. José Brites (O Companheiro)
Para o Professor Doutor José de Almeida Brites, há falhas no serviço prisional no que se refere à preparação do preso com vista à sua libertação e posterior reinserção social, que por vezes põe em causa os objetivos do Sistema Prisional no termos acima referidos, pois sem as mínimas condições de uma estrutura de apoio familiar e social, os reclusos não terão outra alternativa senão buscar apoio no mundo que conheceram antes da reclusão e é esse mesmo mundo que os levou à marginalidade social, ao crime à toxicodependência, ao alcoolismo e a uma vida de reclusão, por vezes há casos de reclusos que reincidem com o objetivo de voltar à cadeia visto não terem uma perspetiva positiva da sua vida em sociedade.
Foi neste contexto que há 24 anos, nasceu “O Companheiro” para dar uma mão amiga e ajudar os reclusos numa serie de processos de reinserção que passam por ter primeiro um abrigo, um teto, uma palavra de ápio, mas também de obter documentação, tratar da saúde, encontrar um emprego, de ter um ordenado enfim de dar sentido à sua vida.
Mas afirmou, que há muita reformulação legal, muita discussão mas os resultados estão abaixo das expectativas, sem falar no peso da discriminação social que em nada ajuda aos ex-reclusos que queiram voltar à sociedade.
O GIS Gabinete de Inserção Social – Dr.ª. Sílvia Moço
Para Sílvia Moço, nem tudo são rosas, os reclusos quando saem em liberdade, encontram uma série de problemas, sobretudo nos tempos que correm de crise económica, as portas da empregabilidade estão a se fechar, falou também de algo muito forte que o individuo sente cá fora, o “Rótulo”, “a sociedade marca as pessoas e as rotula”, acumulando o peso da idade em que alguns saem, 40 e 50 anos, não têm outra ajuda que não seja “O companheiro” e do apoio de muitos que lá trabalham como voluntários.
As necessidades dos reclusos, são muitas, por vezes vêm revoltados, não conseguem lutar por si, precisam ser incentivados, sobretudo os que não tem família, há necessidades de variadíssima ordem, nomeadamente problemas de saúde, falta de documentação, apoio judiciário, sendo preciso ajuda-los a criar rotinas de trabalho e de organização, gerir dinheiro, higiene, horários enfim criar o seu próprio projeto de vida.
Um testemunho – Amílcar Velhinho.
Amílcar Velhinho deu o seu testemunho, com teor de gratidão pelo apoio recebido no “Companheiro”, e afirmou categóricamente, “Quem passa pelo Companheiro só volta à cadeia se quiser, pois as suas atividades, os seus voluntários e o carinho que prestam nos cuidados de reinserção, é fundamental para o sucesso do indivíduo cá fora em liberdade”, conclui.
Amílcar Velhinho que na cadeia era “O velho”, esteve preso quatro vezes, foi reincidente, e decidiu-se a mudar, só conseguindo com o apoio acima referido, mas que todos sentem que “cá fora” os rótulos marcam, “lá dentro” é um mundo cão.
Voluntariado – O Companheiro
O Companheiro necessita de voluntários para manter vivo este projeto e tamém para manter viva a esperança de quem dele precisa.
Caso esteja interessado(a) em desenvolver um trabalho de voluntariado contacte de acordo com as indicações abaixo:
E-mail: v.franco@companheiro.org
Av.Marechal Teixeira Rebelo, 1500-424, BenficaTelefs: 21 716 00 18/69

Artigo reeditado em 07 de janeiro de 2015

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 19 de março de 2011

Feira do Livro da Lusofonia em Odivelas

Decorre desde o dia 25 de Janeiro de 2011, a “Feira do Livro de Autores de Países Lusófonos”, instalada na Biblioteca Municipal D. Dinis em Odivelas. Aí poderão ser encontradas obras de grandes autores de todos os países da CPLP, muitos dos quais presentes no decurso do evento.
Amanhã, sábado, decorrerá o último dia dedicado à Guiné-Bissau no certame. Seguir-se-á um período dedicado a Moçambique (de 22 de Março a 2 de Abril), um dedicado a São Tomé e Príncipe (de 5 a 16 de Abril) e, por último, um conjunto de dias dedicado a Timor Leste (de 19 a 30 de Abril).
Este evento terminará com a Grande Feira do Livro de Autores Lusófonos de 3 a 21 de Maio. Trata-se de um evento cujo objectivo declarado é aproximar os diferentes povos e culturas na unidade do mesmo idioma, dando corpo ao sentido que Fernando Pessoa tão bem cristalizou na frase “A Língua Portuguesa é a minha Pátria”.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Dia Internacional Contra a Discriminação

O ACIDI (Alto Comissariado para a Imigração e Diversidade Intercultural) promove um evento no dia 21 de Março para comemorar o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. Trata-se de um Seminário onde serão debatidos temas como o enquadramento legal contra a discriminação racial em Portugal, as estratégias do combate à xenofobia, e a discussão em torno do racismo em Portugal, especificamente discutindo o que é mito ou realidade no tratamento dessa problemática, entre outros temas pertinentes ao evento.
O evento ocorrerá no no Centro de Informação Urbana de Lisboa CIUL – Picoas Plaza pelas 9H30. É necessário confirmar a presença através de envio de um e-mail para seminários@acidi.gov.pt até amanhã, dia 17 de Março.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Concurso de Fotografia da Amnistia Internacional

Decorre desde o dia 11 de fevereiro, um concurso de fotografia, organizado pela Amnistia Internacional, subordinado ao tema “Sim à diversidade, não à discriminação” que convida em toda a Europa pessoas para participar deste concurso, com fotografias em que seja visível a visão que cada um tem sobre uma sociedade sem discriminação, e pela inclusão social, através da sua criatividade fotográfica e expressão visual sobre o tema abordado.
Voltamos ao tema para lembrar que o prazo final de candidatura está próximo: 31 de Março de 2011. Para mais informações sobre os termos do concurso e como obter acesso à ficha de inscrição veja-se o site da Amnistia Internacional.   O mail a ser usado no pedido de mais informações é o e-mail: i.gomes@amnistia-internacional.pt.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 13 de março de 2011

Livro - O Estado a Que o Estado Chegou

Livro lançado, dia 25 de fevereiro, vem mostrar aos portugueses, de todos os quadrantes e classes sociais, de forma clara e detalhadamente ilustrado com gráficos, mapas e muitas estatísticas reais do dia a dia do país, nos seus gastos desmesurados, e sobretudo num futuro que parece ser mais distante, e de um impasse que se mostra perpetuar no tempo.
Temos visto que a obra lançada pelo DN em várias reportagens editadas ao longo do mês de janeiro, com a coordenação editorial de Maria de Lurdes Vale, com a colaboração de Carlos Diogo Santos, João Cristóvão Baptista, Rui Marques Simões, Rui Pedro Antunes e Sónia Simões, editado pela Gradiva e DN, vem mostrar o verdadeiro retrato de Portugal.
É uma obra que fazia falta, para a prática da cidadania não basta votar, criticar é preciso ter consciência e saber o que queremos como povo e para onde queremos que os nossos dirigentes levem o país.

Ano: 2011
Editora: Gradiva
Páginas: 200
Preço: 13,00 €
Link: www.wook.pt

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Realizou-se o 2º Congresso da EAPN

Realizou-se nos 11 e 12 de Março de 2011, na Foz do Arelho – Caldas da Rainha, o 2º Encontro Nacional de Associados da EAPN, a Rede Europeia Anti-Pobreza, que já tem em Portugal 20 anos, e várias organizações associadas.
Os objectivos principais são avaliar o percurso até aqui, e planear acções de futuro no combate à pobreza, promovendo projectos de inclusão social, organizar a comemoração do ano europeu do voluntariado entre outras actividades. Confira no site http://www.eapn.pt/.
A EAPN é uma entidade sem fins lucrativos, reconhecida como ONGD Organização Não Governamental para o Desenvolvimento.
Mais uma organização à qual nos podemos juntar como voluntários, na construção de um sociedade melhor em prol dos mais desfavorecidos.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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