sábado, 12 de fevereiro de 2011

Mubarak Caiu, o Egito Está Livre

Após 18 dias de revolta popular, com centenas de mortos e milhares de feridos, Mubarak renunciou ao cargo e deixou o Egito entregue a uma junta militar, Anunciava ontem o Vice-Presidente Suleiman, logo a seguir rompeu em coro todo o povo de alegria, em particular na Praça Tahir, onde ocorreu desde o inicio o ajuntamento de populares anti Mubarak.
O Egito está Livre, mas ainda é incerto onde é que chegará tudo isto, esperamos o melhor desfecho, para o povo do Egito, para a paz no Médio Oriente e em particular com Israel.
As pessoas caminham em liberdade, felizes, sorridentes e fazendo o vê da vitória, a euforia de um povo livre, fez lembrar o 25 de abril em Portugal, as Diretas Já de 1988 no Brasil e enfim um sem numero de manifestações de igual ordem nunca antes visto.
Agora as atenções viram-se para a Argélia, e para o Iemen, o que se sucederá com a queda de Mubarak?


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A Revolta Popular no Mundo Árabe



Após décadas de estabilidade e de autoritarismo, explodiu no mundo árabe a partir da Tunísia a revolta popular dos povos árabes, que se insurgem contra os seus governante após decadas de ditadura incontestada pelas populações de então.
Os regimes que começam a ruir, eram até aqui aliados do mundo ocidental, à exceção da Líbia, mas que nos últimos tempos têm vindo a ter uma política de moderação face ao ocidente.
O que está em jogo afinal? é preciso voltar algumas décadas atrás e ver o que mudou nos países árabes, então vemos uma filosofia política pró-socialista de Abdel Nasser do Egito, que tinha uma política nacionalista pan-arabista e um modelo económico estatal, Nasser influenciou outros líderes tais como o antigo presidente Sírio Hafez Al-Hassad e Muamar Kadafi da Líbia, entre outros, para além disso o mundo estava dividido em dois blocos um capitalista e imperialista: Os EUA e a Europa Ocidental e do outro lado da "cortina de ferro"  tínhamos o mundo dito Socialista liderado pelo imperialismo da União Soviética, e consequentemente a "Guerra Fria" entre esses dois blocos politico-ideológicos.
O Mundo árabe por ser religioso e muçulmano, não queria o capitalismo ocidental nem a ditadura estalinista dos soviéticos ou maoista dos chineses, e menos ainda as consequências drásticas que foram os confrontos da guerra fria nas guerras da Coreia e do Vietname.
Mas o mundo mudou muito, o colonialismo acabou de vez quando da independência das colónias portuguesas em África após o fim do regime de Salazar e Caetano, acabou a União Soviética, a social democracia europeia cessou, o comunismo na China abriu-se ao sistema capitalista e as mudanças tecnológicas desde a informática à tv satélite e telefones celulares (telemóveis) colocaram todos os povos da terra no mundo da informação num simples toque de teclas, cliques ou zapings nas tv satélites e nos milhões de páginas web, logo o mundo árabe embora não deseje os defeitos do ocidente, deseja a sua liberdade e os benefícios da justiça social que no mundo árabe não há.
O que os povos árabes estão a ver, e os faz revoltarem-se é a mudança de direção política, o fim do pan-arabismo, o fim de uma economia estatizada, e sobretudo os seus lideres políticos aplicarem politicas económicas ultra liberais, enriquecendo a nata da sociedade mas deixando a maioria da população com baixos ordenados, alto índice de desemprego e ainda por cima sem liberdade política.
No entanto. é preciso cautela, para ver o que vai sair destas revoltas, pois é incerto em que mãos é que ficará o poder se os atuais governantes caírem, não é bom o mal de ninguém.
O ideal, para o ocidente e também para os países árabes é uma abertura política e um aumento da justiça social para se evitar males maiores e sobretudo que se mantenha a paz no mundo árabe.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Livros - As Etapas do Pensamento Sociológico



Livro a não perder um verdadeiro clássico da sociologia, já na 9ª edição em Portugal pelas Edições Dom Quixote, "As Etapas do Pensamento Sociológico" é fulcral para
compreender a Sociologia das origens aos dias atuais.

Raymond Aron tal com Émile Durkheim era francês e judeu, nascido em Paris no Ano de 1905, faleceu na mesma cidade no ano de 1983, para além de sociólogo, Aron era também professor, filosofo e dedicou-se ao jornalismo como analista político, foi colega de Friedman, Sartre, Marrou entre outros grandes vultos do pensamento sociológico e filosófico francês na École Normale Supérieure.

As Etapas do pensamento Sociológico, foi escrito em 1967, e é um dos seus mais importantes livros, a par com:
"O Marxismo de Marx" (1955), "18 Lições sobre a sociedade industrial" (1962) entre outros, foi o fundador de uma revista trimestral de analise politica, filosófica e sociológica denominada "Commentaire" fundada em 1978.


Não podia deixar passar em branco, esta tão formidável e belíssima obra que nos tira o sono de tão atraente e nos alimenta o intelecto de tão doce que é a sua escrita, lógica, clara e objetiva, que em caminhos de filosofia e realidades sociológicas nos ensina a aprender e a amar sociologia, que nos mostra atráves dos pais da sociologia: Montesquieu, Augusto Comte, Karl Marx Tocqueville, Émile Durkheim, Vilfredo Pareto e Max Weber o percurso que vai da origem à consolidação da Sociologia como ciência e a conjuntura sócio-política e histórica em que se desenrolou.



Editora: Dom Quixote (2010)
Coleção: Cadernos do Saber
Páginas: 648 
Preço: 25,90€

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cavaco Vence Mas Não Convence

É Com um resultado inferior aos seus antecessores para um segundo mandato, Cavaco Silva venceu à primeira volta com 52.9 %, tendo uma maioria absoluta que no entanto o
grande vitorioso destas eleições foi o povo português, que descontente votou por ficar em casa, junto ao quentinho a tomar café e a falar de tudo menos de política, foi uma abstenção de 53,37%, sendo 5.139.726 eleitores que não votaram, e mostram assim que a democracia está doente.
Os Portugueses sentiram-se roubados com o aumento do desemprego, aumento dos impostos, aumento da corrupção, aumento da idade para a reforma, aumento dos preços e aumento dos escândalos da falência dos bancos BPN e BPP, estando o Presidente Cavaco Silva associado ao primeiro através de amigos e antigos ministros seus, um está preso o outro fugido do país segundo o candidato Surpresa do PND.
De todas as presidenciais, para um segundo mandato à primeira volta, esta eleição de  2011, foi a que mais marcou pela negativa, o Presidente foi reeleito com a maior abstenção de sempre, e com o resultado menor em relação aos seus antecessores, como mostra a lista abaixo:
1976 - António Ramalho Eanes 61,59%
1980 - António Ramalho Eanes 56,44% / 2º mandato
1986 - Mário Soares 51,18%
1991 - Mário Soares 67,91% / 2º mandato
1996 - Jorge Sampaio 53,91%
2001 - Jorge Sampaio 55,55% / 2º mandato
2006 - Cavaco Silva 50,18%
2011 - Cavaco Silva 52,94% / 2º mandato

Autor Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Portugal Descontente Vai a Votos

Portugal acordou hoje mais frio, e também é com essa mesma frieza que se dirigem às urnas, sem esperança de ver uma saída clara da crise económica, da falta de liderança política e sobretudo dos escândalos que assombraram a candidatura do Presidente da República Cavaco Silva, mas que não o beliscaram, pois prevê-se que já à primeira volta seja reeleito com maioria absoluta.  
Os candidatos da oposição estavam divididos e dividiram os portugueses, Manuel Alegre apoiado pelo PS e pelo Bloco de Esquerda, Fernando Nobre independente mas lançado dizem por Mário Soares, Francisco Lopes do PCP, Defensor Moura do PS e por ultimo José Manuel Coelho do PND, tantos candidatos para uma divisão de esquerda contra o quê e contra quem? Queixam-se as pessoas que propostas não se viram nenhumas, só ataques pessoais.
A surpresa foi Fernando Nobre, com uma candidatura totalmente apartidária e com o apoio apenas do voluntariado (F. Lopes foi o fundador da AMI) ele próprio um voluntário em diversos lugares do mundo onde fosse preciso ajuda e solidariedade.
Comícios de hoje menos efusivos que no passado
A incógnita é o que fará Cavaco? Qual o futuro de Portugal face a uma situação tão grave e um Presidente que apesar de poder vir a ser reeleito, é acusado pela maioria do povo de ter sido tão negligente na política do país.
Bem, o ideal é que a sociedade portuguesa saiba viver ultrapassando as crises políticas e económicas, acreditando no seu esforço, trabalho e esperança que sempre marcaram os portugueses de outros tempos.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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