segunda-feira, 12 de outubro de 2015

2 de Outubro - Dia Internacional da Não Violência


No dia 2 de outubro celebra-se o "Dia Internacional da Não Violência", tendo sido escolhido este dia, por ser a data do aniversário de Mahatma Ghandi, um dos mais conhecidos lideres e promotores da NVA Não Violência Ativa como modo de consciencialização, reivindicação e de luta pelos Direitos Humanos. Outros desses lideres mundiais foram Martin Luther King, Nelson Mandela e o fundador no Novo Humanismo Mário Rodriguez Cobos conhecido por Silo.
A NVA Não Violência Ativa, é diretamente conotada com a Cidadania Ativa no que se refere a uma participação politica consciente e ativa, lutando contra as injustiças sociais, as desigualdades e toda a forma de violência praticada contra toda a pessoa humana, visto que a violência não é apenas física, verbal ou psicológica, há também um violência cultural, racial, religiosa, mas também sexual  e sem falar na violência doméstica em todas as suas formas.
Podemos falar na violência económica, que é a que escraviza milhões de seres humanos condenados a viver abaixo dos níveis de pobreza, logo trata-se como afirma o movimento humanista de uma atitude frente a vida, no seu modo de ser, com o total repúdio pelas diversas formas de violência praticadas na sociedade, quer seja de forma explicita ou implícita.
A Não Violência Ativa, repudia também a violência propagada pelos meios de comunicação social, os Mass media, que banalizam a violência em todas as suas formas. Há que se promover uma revolução humanista, que gradualmente possa nos levar a combater e substituir esta cultura do lucro e da violência.
Para se promover a NVA é necessário que de uma forma pessoal, se repudie a violência, não colaborando com nada que seja claramente ou veladamente violento contra o semelhante, um animal ou a natureza, bem como denunciar todos os atos violentos e mobilizar pessoas, grupos e comunidades para que se organizem a fim de promover a luta pela Não Violência, se preciso for até com a desobediência civil como nos ensinou Mahatma Ghandi o libertador da Índia.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 11 de outubro de 2015

Marcelo Candidata-se a Presidente e Deixa a TV

Marcelo Rebelo de Sousa, que teve no passado menos sorte na política que na vida profissional, como professor e comentador político na TV, assumiu publicamente a sua candidatura à Presidência da República, despede-se assim neste domingo do programa (rubrica) dentro do telejornal da TVI, onde fazia comentários semanais sobretudo de política, sai assim o comentador e passa a haver o candidato.

Marcelo Rebelo de Sousa, perdeu as eleições para a presidência da Câmara de Lisboa em 1989, liderou o PSD, sem grande sucesso, sendo agora a tentativa final de reverter a sorte na politica.

A escolha da data, não poderia ter sido melhor, já se antevia que sendo candidato, deixaria de fazer comentários na televisão, contudo a data calha precisamente numa altura critica para a formação de um novo governo, que não se sabe se será de direita mas fragilizado, ou de esquerda.

As eleições presidenciais serão em janeiro de 2016, no entanto o ainda líder do PSD, não morre de amores por Marcelo Rebelo de Sousa, e não parece que lhe dê apoio politico, a liderança atual do PSD refere de longe Rui Rio, o que indica que Marcelo Rebelo de Sousa, possa avançar como independente, visto que parte com uma grande vantagem nas intenções de voto.

Com esta configuração da política portuguesa, e com a divisão do PS em dois candidatos, um oficial e outro como independente, podendo o mesmo acontecer no PSD se este partido vier a apoiar a candidatura de Rui Rio. Haverá ainda muitas movimentações políticas daqui para a frente.


Autor Filipe de Freitas Leal



Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Jacques Brel - Ne Me Quitte Pas

Ne Me Quitte Pas / Não Me Deixes

Não me deixes
Devemos esquecer
Tudo pode ser esquecido
Que já tenha passado
Esquecer o tempo
Dos mal-entendidos
E o tempo perdido
Tentando saber como
Esquecer as horas
Que as vezes matavam
Com golpes de porquês
O coração da felicidade
Não me deixes


Oferecer-te-ei
Pérolas de chuva
Vindas de países
Onde não chove
Eu vou cavar a terra
Até após a minha morte
Para cobrir o teu corpo
De ouro e de luzes
Eu farei um reino
Onde o amor será rei
Onde o amor será lei
Onde serás a rainha
Não me deixes

Não me deixes
Eu inventarei
Palavras sem sentido
Que tu compreenderás
Eu falar-te-ei
Sobre os amantes
Que viram duas vezes
Seus corações a incendiar-se
Eu contar-te-ei
A história deste rei
Morto por não poder
Conhecer-te
Não me deixes

Muitas vezes vimos
Renascer o fogo
Do vulcão antigo
Que pensávamos estar velho demais
Dizem que existem
Terras ardidas
Onde nasce mais trigo
Do que num melhor Abril
E quando vem a noite
Para que o céu flameja
Não é que o vermelho e o negro
Se casam
Não me deixes

Não me deixes
Não vou mais chorar
Não vou mais falar
Esconderei-me-ei aqui
Para contemplar-te
Dançar, sorrir
E para te ouvir
Cantar e depois rir
Deixa que eu me torne
A sombra da tua sombra
A sombra da tua mão
A sombra da tua mão
Não me deixes

Autor Filipe de Freitas Leal



Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diverso

Edith Piaf - Non Je Ne Regrett Rien

A voz de Edit Piaf calou-se a 10 de outrubro de 1963, e no dia 11, há precisamente 52 anos, foi anunciada a sua morte, Edith foi a mais famosa das cantoras francesas e ainda permanece na memória coletiva, não apenas dos franceses, mas sim a nível mundial, é um dos ícones que da música passou para a cultura mundial.

Nascida em 1915, de seu nome original Edith Giovana Gasson, presenteou-nos com a sua belíssima voz e as músicas, tais como La vie en rose, Non je ne regrett rien, 
Hymne à l'amour, músicas que contribuiram para que a França a engrandecesse e entronizasse como a cantora nacional de França, de tal modo que no cinquentenário da sua morte, houve em França inumeras comemorações alusivas à sua memória.

Aqui deixamos a letra e o video de Non je ne regrett rien (com a tradução)

Não, Não Me Arrependo de Nada

Não, nada de nada...
Não, não me arrependo de nada...
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal – tudo isso tanto me faz!

Não, nada de nada...
Não, não me arrependo de nada...
Está pago, varrido, esquecido
Não me importa o passado!

Com as minhas recordações
Acendi o fogo
Minhas mágoas, meus prazeres
Não preciso mais deles!

Varridos os amores
E todos os seus temores
Varridos para sempre
Recomeço do zero.

Não, nada de nada...
Não, não me arrependo de nada...
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal, tudo isso tanto me faz!

Não, nada de nada...
Não, não me arrependo de nada...
Na minha vida, nem das minhas alegrias
Hoje, tudo isso começa contigo!




Autor Filipe de Freitas Leal



Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Assinado Gigantesco Acordo Comercial do Pacifico

Assinado nesta segunda-feira dia 5 de Outubro, o acordo comercial da PTP Parceria Trans-Pacifico, ou TPP Trans-Pacific Partnership  que engloba três continentes e doze países, da América, os EUA, Canadá, México, Peru e Chile; da Oceania, a Austrália e Nova Zelândia; da Ásia o Japão, o Vietname, Cingapura, Brunei e a Malásia.

Os objetivos que foram o que se chama de a política fundamental do Presidente estadunidense Barac Obama,  são o incremento das relações comerciais com os demais países do Pacífico, com o intuito de diminuir a influencia e o peso comercial da China no mercado, não só do Oceano Pacífico mas mundial.

Contudo o acordo assinado, é provavelmente nocivo para os interesses comerciais e políticos do Brasil, visto que não sendo um País do Pacifico não fará parte desta organização, e soma-se o facto de a OMC poder vir a ser colocada em segundo plano, até porque simultaneamente está prestes a ser constituído o Tratado de Livre Comercio Trans- Atlântico (EUA-UE).

A questão é premente, visto que os países estão obviamente a tentar sobreviver num mundo globalizado, mas há uma inversão de papeis, ou seja os governos são meramente instrumentos de concretização oficial de interesses económicos, que não se revertem em benefícios para as populações.

Assim sendo temos vindo a assistir a um incrementar de fases de desenvolvimento do capitalismo, mas de uma involução no evoluir das condições de vida de uma considerável parte do globo em países sub-desenvolvidos.

O Acordo agora assinado, poderá ter impacto nas condições de contratação laboral, nos procedimentos comerciais entre os países, e acarretará obviamente consequências nos mercados paralelos.


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Portugal - Ganhar as Eleições sem Ter a Vitória

Os dados estáo lançados / Alea jacta est
A maioria do portugueses é hoje de esquerda, isso impossibilita o PSD-PP de governar a seu bel prazer de acordo com a sua agenda, pelo que do parlamento que agora se forma com as eleições de 4 de outubro, sairá nomeado pelo Presidente da República um líder para formar o futuro governo.

No sistema parlamentarista não é per si, que quem tenha o maior número de votos à partida que caberá a missão de formar governo, mas sim, deverá ser aquele que conseguir reunir consensos para um governo estável, isto só é possível à esquerda com António Costa, a menos que o Presidente Cavaco Silva queira condenar o Portugal a um governo de gestão limitado nas suas funções, e consequentemente a novas eleições em Abril ou Maio do ano que vem.

Como disse, os dados estão lançados, e ainda é cedo para a direita cantar vitória. até porque também a coligação do governo PSD-PP, ainda que sendo a mais votada, é claramente perdedora, visto ter perdido a maioria absoluta e a confiança da grande maioria dos portugueses, tanto no que se refere aos votos úteis, como brancos, nulos e sobretudo a abstenção que foi superior a 43% do total de eleitores.

Há inequivocamente um ganhador sem Vitória e um perdedor sem derrota, em suma há um empate político e um impasse histórico, eis o rescaldo das eleições de 4 de outubro.

A Realidade tem que ser encarada de Frente, e os dados devem ser lidos com seriedade e sobretudo respeito com a vontade popular, assim sendo e analisando bem, temos um ganhador sem vitória e um perdedor sem derrota, ou seja há um empate politico:
1.º) 43,11% de Abstenção é claramente uma derrota para este governo;
2.º) O PáF obteve 36,8 % contra 38,9 % do PSD sozinho em 2014, claramente uma derrota;
3.º) A esquerda maioritária inviabilizará um governo de direita, claramente uma derrota;
4.º) Ainda que formem governo, sem conseguir  mas não consigam aprovar a sua agenda, é claramente uma derrota política para o governo.

Então resta perguntar, de facto quem ganho estas eleições e quem as perdeu?
Não interessa quem ganha as eleições, interessa é quem ganha o jogo no xadrez político, sendo que como diz o ditado popular "a procissão ainda vai no adro" pelo que a semana será longa.

Nisto ficamos a aguardar expectantes a decisão do decisor, que diz que raramente tem dúvidas e nunca se engana, ou pelas palavras de Sophia de Mello Breyner: "O velho abutre é sábio e alisa as suas penas, A podridão lhe agrada e os seus discursos têm o dom de tornar as almas mais pequenas".

Posto isto, vamos como diz o povo às favas contadas, ou seja contas feitas à vida, vimos que a coligação PSD-CDS/PP perde:
- 12 deputados para o PS;
- 11 deputados para o BE;
- 1 deputado para a CDU;
- 1 deputado para o PAN.

E agora? ainda querem saber de quem é a vitoria? Calma, ou como diz outro ditado português "até ao lagar dos cestos ainda é vindima".

A semana que ontem nasceu promete ser longa, tudo ainda está em aberto, e o sistema parlamentarista irá mostrar se funciona ou se é mera teoria, pondo também à prova o Presidente da República face ao problema que tem nas mãos.

Contudo, é absurdo que a maioria das pessoas vote à esquerda, mas a minoria de direita é quem detém o poder governa.

No PS os que se acham pavões, são meramente abutres que lançam-se à disputa de despojos de uma derrota que não houve. Foi o interior do PS que tornou em derrota o que na verdade foi um empate, e para desempatar basta haver um acordo com o BE.

Enquanto o PS não se posicionar verdadeiramente à esquerda, como aliás de facto deve ser o seu campo, não voltará a ser alternativa de governo.

Quanto à esquerda, enquanto não se redefinir ideologicamente, não conseguirá mais que uma implosão da esquerda em várias esquerdas de várias forças políticas desunidas, desavindas e que fazem do Partido Socialista o seu pior inimigo isolando-o ao Centro, enquanto é a Direita minoritária que unida desgoverna, humilha e esfola ao sabor dos mando da Troika.



Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 3 de outubro de 2015

Cartoon # 22 - Assim São os Abstencionistas

Dia 4 de outubro realizam-se as eleições legislativas em Portugal, para eleger os 230 deputados para o Parlamento, sendo que paira sobre toda a Europa o fantasma do abstencionismo eleitoral, de tal forma que o atual Presidente da República foi eleito à primeira volta tendo havido uma abstenção superior a 54% dos eleitores, o que normalmente em outros países exigira uma segunda volta.


O autor deste Cartoon é Nick Anderson, um cartoonista estadunidense, aqui refere-se ao abstencionismo no Estado do Texas nos Estados Unidos da América, em que os abstencionistas estão convencidos que o seu voto não alteraria nada na vida política do seu País e do seu Estado.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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