domingo, 11 de janeiro de 2015

Pensamentos # 22 - A Liberdade Não Tem Preço

Liberté, égalité, fraternité.
Contre nous de la tyrannie.
Estamos no começo de uma nova era, mas pelas piores razões, o terror e a barbárie.

É o momento de reforçar os valores que nos permitiram chegar até aqui, e que paulatinamente, nos trouxeram a democracia, a justiça social, e o desenvolvimento cientifico, cultural e tecnológico, bem como a solidariedade, a tolerância e o respeito pelo direito à diferença e à individualidade, frutos da civilização da Liberdade nascida em 1789.

Não será pelo ódio cobarde de uns, que se instalará o medo no meio de nós, não há franceses, ingleses, ou portugueses, nem europeus, africanos, americanos, ou asiáticos, neste momento há uma Humanidade Inteira que acorda para a necessidade de defender os valores da liberdade, da justiça e da necessidade de se unir para salvar uma civilização baseada nos DIREITOS HUMANOS contra a Barbárie de grupos extremistas que para além do ódio nada mais têm a nos oferecer que a sua insignificância e o vazio triste e infeliz das suas almas.


Face ao extremismo islâmico, não é preciso semear muita coisa, basta ser-se diferente para se ser alvo. O que se viu dia 7 em Paris, não é o fim do terrorismo islâmico na Europa, mas o seu principio, como os serviços secretos haviam avisado, do retorno de 300 europeus, que estavam a atuar como combatentes na Síria e no Iraque nas fileiras do ISIS, estamos a falar de gente que sofreu um forte processo de lavagem cerebral e treino de guerra.

Não proponho novas cruzadas, muito pelo contrário, é preciso reforçar o valor humanista de uma Europa da tolerância e da Liberdade, não podemos nos deixar cair no extremismo oposto, nem nos render pelo medo, que destruirá os valores da nossa civilização, que começaram a ser construídos desde a revolução francesa.

Um erro não justifica outro, quando uma religião, baseia-se na lei de Talião: "Dente por dente e olho por olho", ou seja pagar na mesma moeda, então deveria revidar uma caricatura, com outra caricatura, não com sangue, pois nenhuma religião ensina ou incentiva que se pratique o mal e a vingança, mas antes o bem e o perdão, caso contrário, não estaremos perante uma religião, mas alguma coisa que é muito difícil de entender e definir.


A nossa resposta não pode ser igual, indo de um extremismo a outro, de uma ignorância a outra, tornando-nos iguais àquilo que queremos combater.
A Nossa resposta é a manutenção e reforço dos nossos valores civilizacionais, da liberdade, igualdade e fraternidade.

Os nossos valores são mais poderosos que o fanatismo dos que nos odeiam.
O Ataque perpetrado contra o Semanário francês CHARLIE HEBDO, não foi apenas contra a liberdade de expressão.

Foi um Ataque à Democracia, e à Civilização Europeia baseada nos valores dos Direitos Humanos. Um ataque no Coração da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade.

Não nos Vencerão!!! Não é só a França que está Unida é a Europa e o Mundo, pela Liberdade e contra a tirania do obscurantismo, da ignorância e do ódio.

Quando eu digo "Eu Sou Charlie" é porque o que está em causa, é muito mais profundo e de uma dimensão muito maior que o jornal em si.

Posto isto resta-me dizer, que acredito que só o Humanismo poderá construir um Mundo Novo, porque só por esta via, é possível mobilizar, e responder aos problemas sociais, tendo a pessoa humana no centro dos objetivos da ação politica, económica, social e cultural visando o bem estar dos cidadãos e a coesão social.


Só o humanismo e a dignificação da pessoa humana, a equidade em sociedade, é que podem permitir um mundo plural e tolerante, que fará com que todo o extremismo simplesmente se esvazie, porque subjazem nele toda a desigualdade e toda a espécie de injustiças.







Por Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos e poesia.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Poema # 42 - Ser na Exata Medida

Eu quis ser um dia,
Tal com o em criança eu queria ser,
E qui-lo verdadeiramente ser,
Em tudo o melhor de mim.

Um pai e um filho, um irmão,
Um marido sem igual,
Um amigo e um colega,
Um homem, um cidadão.

Embora muito aquém
Fui, fui na exata medida
Daquilo que deveras,
Podia e sabia ser.

Falhas e dúvidas,
Que as leve o vento,
Que eu cá não carrego fardos,
Mais que os que eu invento.

Fui, fui tudo o que pude,
Na exata medida
Do que podia ser,
Eu mesmo!

E o destino a isto não castiga,
Porque fui fogo e fui terra, fui água e ar.
Aprendi a ser o que a arte obriga,
E sem saber como, aprendi a amar.

Sem ser diferente, fui igual
A mim mesmo, como sonhei,
E procurei perfeição tal,
Que só nos limites a encontrei,
Nos grilhões do tempo impiedoso,
Na imensidão do espaço desditoso.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Poema # 41 - Um Novo Mundo

Willow Flats area and Teton Range in Grand Teton National Park.jpg
Pensamento profundo,
De um novo mundo,
E em tudo novo,
Na mente de um povo.
Tal como um dia primaveril,
Céu límpido, sol risonho,
Campos cheios de cor,  abril,
Brisa suave, um sonho.
Também será com esperança,
Doce sorriso de uma criança,
Confiante nos dias do amanhã,
Com doce olhar, ternura sã.
Ó mundo,
Deixa-me acreditar no fundo,
Na minha utopia do amor,
Num novo mundo em flor.
Oiço bem baixinho
A voz do silencio presente,
Qual pequeno burburinho,
Do que a alma sente.
A voz, diz-me na mente
Não crer ser em vão eternamente
A utopia da solidariedade,
Do amor pelos irmãos e a verdade.
Onde está esse mundo que preciso?
Quando nascerá na mente humana?
Sinto-me deveras sequioso,
Da vida que dele emana.



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Cartoon # 16 - Em Defesa da Liberdade

Do chileno Francisco Javier Olea


Do holandês Ruben L. Oppenheimer
Cartunista Francês Lucille Clerc
Cartunista australiano Daviv Pope

























Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Pensamentos # 21 - Partir

Dedicar-me-ei doravante aos estudos Universitários, ao aprendizado do Hebraico e da Tora.
E Preparar-me para a minha ida a Israel, adorava ir e nunca mais voltar.
A mágoa que tenho deste Portugal é enorme, acho que se trata de um País desgovernado, que aprendeu a pensar pequeno não dando espaço a quem quer ser maior e onde a mesquinhez impera.

(in Facebook 29/03/2013)

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Pensamentos # 20 - Aquele Que Crê

"São as atitudes que distinguem quem é a pessoa religiosa, a que crê, a que tem fé e a pessoa que ama.
A religião é um mero aspecto cultural; a Crença é um aspecto cognitivo intelectual e filosófico; A Fé é uma atitude perante a vida um aspecto psicológico proativo;
O Amor é o que se reflete nos nossos atos e que mostra quem deveras somos.
Há pessoas religiosas que são crentes, mas falta-lhes a fé ou o amor; Há pessoas que crêem mas não têm fé, há pessoas que são descrentes mas têm atitudes de fé, há pessoas que não tem nem uma nem outra, mas têm amor e estas últimas são as mais importantes."
Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Pensamentos # 19 - Saber Envelhecer

Perde-se o acessório e o passageiro, e ganha-se o que é verdadeiramente eterno, a serenidade, a fé, a sabedoria e o Amor.
Um verdadeiro Homem, Mulher, um Ser Humano, valorizam no outro o que ele tem de verdadeiramente profundo e perene, não o que apenas aparenta e nem o que é meramente é supérfluo.
A Beleza não está no modo como se veste, nem nas roupas de grife, isso tudo é ilusório, não torna uma mulher mais bonita. É no conteúdo, no que está por dentro do Ser que um homem verdadeiramente olha e por quem se apaixona.

A beleza dos cabelos brancos, a riqueza das rugas vividas e com história, a ternura de uma mulher nas suas formas ditas fofinhas, são mil vezes preferíveis à frivolidade da aparência fútil de um coração escravo da moda.
Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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