sábado, 27 de dezembro de 2014

Poema # 35 - Os Sonhos

Oh sonhos meus, qual desdobrar de cenas
desconexas, fora do tempo, fora do espaço,
Oh sonhos meus, que parecem tão sem nexo,
Algures em minha mente, haverá um sentido
Lógico, a trazer-me à memoria os meus sentidos,
As mais leves impressões, medos e esperanças.
Oh sonhos, que me abris portas atrás de portas.

Os sonhos meus, são o estúdio e cenários
Idílicos, belos, luminosos e carregados de esperança,
Por vezes sombrios, no breu onde mora o medo,
Por vezes arrebatadores, de um doce e belo mistério,
Dos sentidos claros trazidos à minha mente adormecida.
E sem nexo aparente, deveras consentido, encontro-te.
Oh sonhos que sois, diálogos de minha própria alma.

Oh sonhos da minha mutação, ilusão, caleidoscópio,
Fazeis de mim as personagens de tempo e de lugar,
Oh sonhos, profundamente guardados, e escondidos,
Dizeis tudo a minh'alma, e escondeis à mente,
O que ela não entende e o que a boca cala.
Oh sonhos, que acordados são desejos
Como belas conchas que se abrem
A mostrar a mais preciosa pérola
Na profundidade do nosso ser.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Citações # 23 - A Sabedoria e o Amor (Silo)

A "Sabedoria está no fundo da tua consciência, tal como o amor, está no fundo do teu coração".
É uma frase de Mário Rodriguez Cobos, chamado de "Silo" e que é o fundador do Novo Humanismo, movimento que defende três pilares básicos da civilização humana, 1.º o Ser Humano como elemento central, 2.º a NVA Não Violência Ativa, e 3.º a Não Discriminação, o movimento surge na Argentina, terra natal de Silo, nascido na Província de Mendonza, e é lá que surge o movimento, em 1969 com o Discurso de " O Fim do Sofrimento".

Por Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, É Blogger desde 2007, com o ideal de cariz Humanista, além disso dedica-se a outros blogs de cariz filosófico, teológico e poético.

Poema # 34 - Nossa Casa a Nossa Alma

Sei de que são feitas as casas,
Não mais de tijolos e madeira,
São sim feitas de sentimentos,
Onde ecoam palavras e sorrisos,
Alicerçadas na ternura de mãe,
Na fortaleza de pai.

E sei que as casas são o som
Sublime do riso das crianças.
São feitas de cheiros e sabores,
São feitas de ideias e labores,
E também são festas.

Agora sei que mais que um chão,
E ainda que sem uma certeza,
Uma casa é feita sem paredes,
Sem portas e janelas,
Sem escadas e alpendres.

Uma casa é feita de cada um
De cada coração que bate,
De cada olhar que se cruza e fala,
Do colo de pai e mãe
Do palrar dos nossos filhos,
Dos passos gastos dos avós
Uma casa, uma parte de nós.

E mais que casas, precisamos de lares,
E o conforto doce de um leito no cansaço,
Uma casa é mais que um nome é uma alma
Formada pelo encontro e tecida pelo abraço.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Poema # 33 - Uma Estrela Pequenina.

Ah, se eu fosse uma estrelinha,
Como brilhariam meus olhos, ao ver os teus,
Quem me dera ser a mais pequenininha,
Das que contemplas ao olhar os sete céus

Ou então poderia renascer num pássaro,
Um rouxinol que te cante manhã cedo alegremente,
E faria no teu telhado, o meu mais belo ninho,
E cantaria para ti belas melodias, eternamente.

Eu já tenho no peito a minha estrelinha,
E oiço na minha mente o Rouxinol e o seu belo canto.
Mas o astro que tanto queria, afastou-se, não quis ser minha,
E nem sobrou o canto alegre do rouxinol, apenas o pranto.

Dentro de mim sobrou espaço a um turbilhão,
Desejaria nesta galáxia poder ser tua estrelinha,
Sinto que dentro de mim há um imenso vulcão,
Que não me permite o canto, só a poesia destas linhas

E sobrou um enorme silêncio, que grita mil palavras de amor.
Que não as entendo, porque não sendo para mim, são dor.
E até já me disseste, escreveste eu lendo comovido,
Soube que me visitaste em sonho, e segredaste-me

Que eu não poderia receber de ti, o meu terno pedido,
Como impedir? se sem querer tu cativaste-me.
Agora estou agrilhoado, num amor que não tem fim,
Numa esperança que não cessará nunca em mim.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Citações # 22 - O Silêncio dos Bons (Luther King)

Martin Luther King, foi um pastor protestante, e um ativista contra o racismo, sendo o líder do movimento pela causa da emancipação negra nos Estados Unidos, foi um dos ativistas que utilizou a NVA como modelo de intervenção e consciencialização, tal como fizera Ghandi na luta pela independência da Índia. Luther King veio no entanto a ser assassinado em 1968. 

Nesta citação, Luther King, tenta consciencializar mais a maioria silenciosa, dos que nada fazem, e desresponsabilizando-se por tomar nas mãos a obra de um mundo melhor, permitem de forma passiva a arbitrariedade que lhes é imposta.

Filipe de Freitas Leal





Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, É Blogger desde 2007, com o ideal de cariz Humanista, além disso dedica-se a outros blogs de cariz filosófico, teológico e poético.

Citações # 21 - A Democracia (Rousseau)

Jean Jacques Rosseau, é um dos grande pensadores e filósofos europeus, do século XVIII, da época do iluminismo, Rosseau, nasceu na suiça. É dele a teoria de que formação é deformação, pois acreditava que a educação institucional desvirtua o  homem, modelando-o e retirando-lhe a sua natural vocação. A sua obra mais conhecida é "O Contrato Social".

Nesta citação, refere-se à natureza intrínseca da democracia, que deve coexistir com  a justiça social, condição sem a qual, não haverá democracia.

Filipe de Freitas Leal





Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, É Blogger desde 2007, com o ideal de cariz Humanista, além disso dedica-se a outros blogs de cariz filosófico, teológico e poético.

Citações # 20 - Os Adolescentes (Sócrates)

O mais famoso dos filósofos da Grécia antiga, é sem dúvida Sócrates, foi ele o Professor de Platão, ensinando na na sua escola peripatética* que mais não era que o Espaço Público da Ágora (Praça) onde através do seu método de perguntar e extrair a verdade que está na lógica do pensamento, método socrático a que o próprio Sócrates chamava de "Maiêutica" ou seja "dar à luz", o conhecimento. Sócrates foi condenado à morte, acusado de ateísmo e de subversão da juventude.
Na defesa de Sócrates, Platão escreve uma das  mais belas obras. "A Apologia de Sócrates".

Aqui nesta citação de Sócrates, temos a impressão de que, o que muda não são os tempos, mas somos nós que mudamos com o tempo, e que sempre os mais velho se incompatibilizavam de algum modo com o comportamento dos mais novos.

Filipe de Freitas Leal





Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, É Blogger desde 2007, com o ideal de cariz Humanista, além disso dedica-se a outros blogs de cariz filosófico, teológico e poético.

 
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