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sexta-feira, 19 de maio de 2017

Brasil - Michel Temer no Abismo Político

O que menos se desejava, acabou por acontecer, os esquemas de corrupção funcionam sempre como uma bomba relógio, a bomba explodiu, e tem consequências graves para a política, a economia e a sociedade, cujos índices de recuperação econômica foram desfeitos em segundos, mas vejamos por partes cada uma das consequências.

A Crise Política - A sustentabilidade dos governos no Brasil sempre foi muito frágil desde o fim da ditadura, o sistema eleitoral, foi mal estruturado e acabou por fazer com que, mais de duas dezenas de partidos dividam entre si os assentos parlamentares, o Presidente, que no Brasil é quem governa, não tem como fazer valer o seu programa de governo, senão por um complexo sistema de alianças e jogos político-partidários. Com esta bomba política que caiu contra Temer na tarde do dia 16 de maio, levou os aliados no Parlamento dessem em debandada, a base de apoio ruiu.

Temer disse no entanto que não renunciaria,  ainda que se mantenha no poder, não conseguirá governar nestas condições, o que prejudicará ainda mais a já frágil recuperação económica, além de toda a situação causada, vir prejudicar a imagem do Brasil na comunidade internacional.
A Crise Económica - As medidas, que tinham sido tomadas, embora contestadas do ponto de vista social, era cruciais para a recuperação da imagem do Brasil no mercado externo, todavia, eram ainda índices tímidos, que deslizavam com cautela, na frágil situação política e económica desde a destituição de Dilma Roussef, além do mediático processo judicial contra o Ex-Presidente Lula.
Como consequência imediata desta nova crise, o real foi desvalorizado face às principais moedas, como o dólar e o euro, as ações das bolsas de valores como o Bovespa de São Paulo, caiaram mais de 15%, bem como as ações de empresas brasileiras nas bolsas internacionais foram desvalorizadas. Isto poderá ser o inicio da bola de neve que aí vem; O jornal 'El País', revela que os mercados estão reticentes com o Brasil e os investimentos irão cair, deitando por terra as políticas, até então adotadas com vista à recuperação e minando a imagem externa do Brasil e a confiança dos mercados.
A Crise Social - As consequências sociais, são à primeira vista, a perda credibilidade da população nas instituições políticas, o que por si só, é muito grave, e reflete na visão de mundo que as pessoas desenvolvem a partir destes acontecimentos negativos, gerando uma sensação de desamparo coletivo ou de orfandade generalizada.

Segundo, porque trata-se de um acontecimento fraturante na sociedade, não por uma divisão dicotómica de esquerda e direita, mas pelo facto de que os valores pátrios e os discursos políticos tornam-se insignificantes, criando um vazio político, ideológico mas sobretudo moral, pois os que estão no topo, dão os exemplos da incúria e sobretudo do desrespeito para com os contribuinte e os seus eleitores, por outras palavras,  "faz o que eu digo, não faças o que eu faço", ou como diz um ditado árabe: "A árvore quando é cortada, repara com tristeza que o cabo do machado que a corta é de madeira".

A Situação é grave, e Temer será pressionado a renunciar, inclusive pelos membros do seu partido, para salvar o que ainda pode ser salvo da imagem política do partido, do parlamento e do país. O próximo presidente será interino e terá que marcar eleições presidenciais indiretas, para um exercício no cargo por um ano, assim pode-se antever que 2018 será o ano crucial e mais difícil da política no Brasil.


Autor: Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Os Awá - Uma Tribo em Perigo de Extinção

Não são só os animais e as plantas que se extinguem, povos e tribos também podem se extinguir, perdendo-se também a riqueza da diversidade das suas culturas, histórias, mitos e línguas.
É precisamente isso o que esta a acontecer com uma tribo de indigenas no Brasil encontrando-se neste momento em perigo de extinção, trata-se dos guajá, que são uma tribo auto denomina por Awá, termo cujo significado é pessoa, gente, ser humano. Os awá são em número reduzido, supostamente não irá além dos 350 habitantes na sua totalidade, falam o dialeto indígena da família dos guajá e geograficamente situam-se no norte do Brasil, entre os Estados do Maranhão e do Pará. Este grupo ameríndio tem mantido inalteráveis as suas tradições, usos e costumes ao longo do tempo, são nómadas e praticam a recolecção de frutos além como a caça usando arcos e setas, não praticam nem a pastorícia nem a agricultura.
Tem surgido afirmações de que as awá usam armas de fogo para a caça, mas na realidade essa afirmação é falsa, pois trata-se de outras tribos, próximos da região que no entanto mantêm contacto com a civilização, tribos essas que aliás, têm vindo a aumentar a sua população e consequentemente, através da casa pelo uso de armas de fogo, têm colocado em perigo de extinção as espécies raras de macacos, no entanto não se trata dos awá que ao contrário têm vindo a diminuir a sua população, muito provavelmente pelas dificuldades de sobrevivência e das doenças que os afetam.
Segundo informações dadas pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) os awá, só foram contactados pela primeira vez em 1973, nesse sentido, por serem nómadas e viverem na floresta densa, evitam a civilização e o contato com o homem branco, que aliás temem. A mesma fonte afirmou em março de 2015 em entrevista à Rede Globo, que há tribos awá ainda sem terem sido contactadas ou avistadas, ou seja são grupos indígenas que nunca tiveram contacto ou até mesmo o conhecimento da existência da civilização moderna.
À primeira vista parece que se trata mais de um modo de eles sobreviverem e se manterem, mas na realidade com o desmatamento da Amazónia e a grave alteração climática, que por sua vez afeta o equilíbrio da fauna e da flora por via de extinção ou deslocação, faz com que os awá se encontrem numa situação de grande vulnerabilidade.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O Brasil Numa Encruzilhada Política

O Brasil está num dilema. Tal como está. não pode ficar, pelo que precisa urgentemente de mudar o seu sistema político para evitar entrar em encruzilhadas perigosas.
Exigir na rua que Dilma saia do poder é legitimo, mas não é vinculativo, o que é vinculativo é o voto.
Não pode haver um impeachment, sem acusação formal por parte de um tribunal, apoiado em indícios de crimes graves que por ventura tenham ocorrido durante o exercício das funções da Presidente; caso contrário o que cai por terra é a credibilidade da política brasileira a nível internacional, com o agravamento da situação económica. que já se esta a fazer sentir.
Se querem destituir o governo, tem de criar um sistema parlamentarista, mas para haver estabilidade política têm de haver a bipolarização de duas forças que garantam a alternância democrática do poder politico, tal como ocorre na maioria dos países desenvolvidos.
Normalmente graves crises politicas, geram graves crises económicas, e é o que se passa no Brasil hoje, o gigante está doente e precisa ser cuidado.
O Brasil precisa de uma reforma do seu sistema politico e partidário.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Brasil - A Paz Social ou o Impeachment

Cartaz de Dilma a Presidente do Brasil
A criação de um Movimento Popular, com vista a levar a cabo, o impeachment à Presidente Dilma Rousseff, tem obviamente a natureza que a democracia permite, mas acarretará perigos tais, que poderão por em causa a estabilidade política, social e económica do Brasil, sobretudo porque criariam uma enorme divisão, e porque se segue a uma eleição muito recente que ocorreu em dois turnos em sufrágio direto e universal.

O caminho neste momento, é de vivênciar a democracia como ela deve ser vivida, praticada e desenvolvida, com civismo, cidadania ativa, participativa, mas com muito patriotismo da parte de todos os cidadãos e de todos os políticos, quer dos que venceram neste sufrágio, quer dos que não foram eleitos.

Movimento que pode gerar tensão e divisão.
Em democracia não há derrotados, têm tanta ou mais importância aqueles que sabem fazer uma oposição eficaz, competente e objetivada nos interesses da população à qual representam, tanto quanto os eleitos no cumprimento programático que a maioria lhe confiou.

O Brasil e os seus cidadãos, devem estar no centro dos interesses de todos os partidos políticos com representação no Parlamento, independentemente de estarem na situação ou na oposição, de serem de esquerda ou de direita.

Como humanista, defendo a paz social, e creio ser mais adequado e politicamente correto promover, o diálogo e a concórdia em nome de todos os brasileiros, pois esta é a oportunidade do Brasil mostrar a sua maturidade política, deixando que cada poder exerça as suas funções sem pressões sectoriais, partidárias, económicas, internas ou externas, mas que cumpram com o dever de promover a justiça, averiguar as denúncias e os responsáveis na busca da verdade, de modo pacifico em clima de harmonia e patriotismo.

Por Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor                                                                           

Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. É estagiário como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, Blogger desde 2007, com o ideal de cariz Humanista, além disso dedica-se a outros blogs de cariz filosófico e poesia.

 
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