Wolfgang Schäuble,
ministro das Fianças da Alemanha, irrita-se com a exigência de renegociação da
divida por parte de Yanis Varoufakis o ministro das finanças do governo grego
de Alexis Tsipras, recentemente Schäble afirmou que "Concordamos que discordamos"
ao que Varoufakis, contradisse dizendo: "Nem sequer concordamos que
discordamos", no entanto parece que Berlim deve dar condições de
recuperação económica à Grécia, caso queira o dinheiro de volta, porque para
poder pagar a divida obviamente, é preciso ter com o que pagar, não basta
emprestar dinheiro a juros, faz-se imperioso que os credores se certifiquem de
quais são as necessárias condições que permitam o cumprimento.
O problema não é a
Alemanha, como querem fazer crer algumas vozes contestatárias na Europa, mas
sim, o problema é uma questão ideológica, é contra ideias que se combate no
campo de batalha chamado Euro e União Europeia, numa dicotomia que cria
trincheiras entre esquerda e direita, entre o mercado livre do Neo-liberalismo
e a economia mista, entre a mentalidade meramente financeira dos tecnocratas e
uma realidade vivida por hordas de deserdados, os chamados órfãos do sonho
europeu.
E como trata-se de um
problema ideológico, político, num braço de ferro por vezes desproporcional,
torna-se também a prática política da Terra-queimada, visando a destruição de
todas as conquistas do Welfare State que surgiram na Europa do Pós-Guerra,
política essa que visa entrar-se numa nova revolução global, pelo esvaziamento
dos Estados e a despersonalização dos povos.
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